...e a manter a grana que esta sustentando a igreja.Tigershark escreveu:
"Faremos o possível para ajudar a manter a sua terra", afirmou o papa.
A Batalha de Roraima. [Edit]
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Outra vergonha que também tem o dedo do seu TARSO GENRO.
Carlos Chagas
Tiraram a bandeira brasileira
BRASÍLIA - Vale abrir espaço para o desabafo de um militar que serviu na Amazônia durante quase toda sua vida profissional. Hoje na reserva, o coronel Gélio Fregapani, um dos fundadores da Escola de Guerra na Selva, revela toda sua indignação numa nota por nós recebida:
"A cidadezinha de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a única povoação brasileira nas serras que marcam, no Norte, o início do nosso País". Apesar de toda a pressão, essa população está crescendo, o que torna mais difícil a missão dos traidores da pátria: acabar com o enclave brasileiro na pretensa nova "nação" separada do Brasil, a reserva Raposa-Serra do Sul, em área contínua que chega até a fronteira.
Uma das vilas sob pressão dos traidores resiste. Surumu, que mantém hasteada das 6 às 18 horas uma grande bandeira nacional, como símbolo da decisão de se manter brasileira. Sorrateiramente, num fim de semana, gente do Conselho Indígena de Roraima (CIR) retirou a bandeira, depois de espezinhá-la.
A população local, na maioria índios, mas todos brasileiros, indignados com o ato antipatriótico e com indiferença das autoridades, prepararam-se para retomar a bandeira à força. Na iminência de um conflito, a Funai afinal se mexeu: fez com que os asseclas do CIR devolvessem a bandeira, que novamente tremula em Surumu. Entretanto, ao devolvê-la, declararam que depois de agosto haveria outra bandeira hasteada, e que não seria a brasileira.
Após esse incidente o CIR declarou que bloqueará o entroncamento da BR-174 para a vila Surumu, o que me parece difícil pelo seu pouco efetivo, embora prenhe de recursos das Ongs e, mesmo, da Funasa. O CIR solicitou ainda da Funai 15 passagens aéreas para seus índios virem a Brasília reforçar seus lobbies. Eles mantêm a pressão enquanto tentam reduzir Pacaraima pelo estrangulamento de recursos, cortados por setores governamentais mal informados ou mal intencionados.
Com o refluxo dos brasileiros expulsos das pequenas fazendas e vilas que existiam antes da homologação da reserva Raposa-Serra do Sol, as necessidades da prefeitura são desproporcionais para atender nossos conterrâneos, índios e não índios. "Se você puder ajudar de alguma forma, lembre que o Brasil precisa de todos nós para permanecer inteiro."
O coronel Fregapani informa que esta semana reúne-se em Pacaraima pessoal da Confederação Nacional de Agricultura, para conhecer as ameaças à integridade do Brasil. Em Brasília, segundo seu texto, "o ministro da (in) justiça, numa audiência, tentará convencê-los de seus pontos de vista, com o auxílio de gente do CIR e da ex-ministra Marina Silva. O contraponto será o senador Mozarildo Cavalcanti. Toma vulto a marcha dos produtores rurais a Pacaraima".
Outra notícia dada pelo militar é de que agentes da Polícia Federal vem expressando seu desacordo com a retirada de brasileiros da reserva Raposa-Serra do Sol. A Força Nacional de Segurança também compreende o malefício que causará a entrega da região ao CIR.
Menos mal.
Carlos Chagas
Tiraram a bandeira brasileira
BRASÍLIA - Vale abrir espaço para o desabafo de um militar que serviu na Amazônia durante quase toda sua vida profissional. Hoje na reserva, o coronel Gélio Fregapani, um dos fundadores da Escola de Guerra na Selva, revela toda sua indignação numa nota por nós recebida:
"A cidadezinha de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a única povoação brasileira nas serras que marcam, no Norte, o início do nosso País". Apesar de toda a pressão, essa população está crescendo, o que torna mais difícil a missão dos traidores da pátria: acabar com o enclave brasileiro na pretensa nova "nação" separada do Brasil, a reserva Raposa-Serra do Sul, em área contínua que chega até a fronteira.
Uma das vilas sob pressão dos traidores resiste. Surumu, que mantém hasteada das 6 às 18 horas uma grande bandeira nacional, como símbolo da decisão de se manter brasileira. Sorrateiramente, num fim de semana, gente do Conselho Indígena de Roraima (CIR) retirou a bandeira, depois de espezinhá-la.
A população local, na maioria índios, mas todos brasileiros, indignados com o ato antipatriótico e com indiferença das autoridades, prepararam-se para retomar a bandeira à força. Na iminência de um conflito, a Funai afinal se mexeu: fez com que os asseclas do CIR devolvessem a bandeira, que novamente tremula em Surumu. Entretanto, ao devolvê-la, declararam que depois de agosto haveria outra bandeira hasteada, e que não seria a brasileira.
Após esse incidente o CIR declarou que bloqueará o entroncamento da BR-174 para a vila Surumu, o que me parece difícil pelo seu pouco efetivo, embora prenhe de recursos das Ongs e, mesmo, da Funasa. O CIR solicitou ainda da Funai 15 passagens aéreas para seus índios virem a Brasília reforçar seus lobbies. Eles mantêm a pressão enquanto tentam reduzir Pacaraima pelo estrangulamento de recursos, cortados por setores governamentais mal informados ou mal intencionados.
Com o refluxo dos brasileiros expulsos das pequenas fazendas e vilas que existiam antes da homologação da reserva Raposa-Serra do Sol, as necessidades da prefeitura são desproporcionais para atender nossos conterrâneos, índios e não índios. "Se você puder ajudar de alguma forma, lembre que o Brasil precisa de todos nós para permanecer inteiro."
O coronel Fregapani informa que esta semana reúne-se em Pacaraima pessoal da Confederação Nacional de Agricultura, para conhecer as ameaças à integridade do Brasil. Em Brasília, segundo seu texto, "o ministro da (in) justiça, numa audiência, tentará convencê-los de seus pontos de vista, com o auxílio de gente do CIR e da ex-ministra Marina Silva. O contraponto será o senador Mozarildo Cavalcanti. Toma vulto a marcha dos produtores rurais a Pacaraima".
Outra notícia dada pelo militar é de que agentes da Polícia Federal vem expressando seu desacordo com a retirada de brasileiros da reserva Raposa-Serra do Sol. A Força Nacional de Segurança também compreende o malefício que causará a entrega da região ao CIR.
Menos mal.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
O pior de tudo é ter que ingulir que TGenro já foi Of R/2.
Me sinto mal em ter que dividir essa honraria com este pustulão. Xo comuna!
Me sinto mal em ter que dividir essa honraria com este pustulão. Xo comuna!
...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota;
aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas...
SUNTZU
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Sensacional essa do Jair Bolsonaro.
Essa da bandeira é paredão de fuzilamento, no mínimo.

Essa da bandeira é paredão de fuzilamento, no mínimo.
Vinicius Pimenta
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
rodrigo escreveu:
Noooooooooossa. Esse honrou a cadeira. Reparem a covardia do Ministro da Injustiça que sequer encara o Bolsonaro durante todo o discurso.
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Conflito anunciado em Roraima
A Polícia Federal e o Exército que se preparem: produtores rurais vão protestar na sexta-feira (16) em Paracaima (RR) contra a “balcanização do país”, caso o Supremo Tribunal Federal mantenha contínua a reserva indígena Raposa Serra do Sol. A ONG Conselho Indigenista de Roraima, controlada pela Igreja, contra-atacará trazendo índios da Guiana, Venezuela e México para exigir a continuidade da reserva.
link: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Abraços,
Wesley
P.S.: "...contra-atacará trazendo índios da Guiana, Venezuela e México para exigir a continuidade da reserva."
E o que eles tem com isso:?:
A Polícia Federal e o Exército que se preparem: produtores rurais vão protestar na sexta-feira (16) em Paracaima (RR) contra a “balcanização do país”, caso o Supremo Tribunal Federal mantenha contínua a reserva indígena Raposa Serra do Sol. A ONG Conselho Indigenista de Roraima, controlada pela Igreja, contra-atacará trazendo índios da Guiana, Venezuela e México para exigir a continuidade da reserva.
link: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Abraços,
Wesley
P.S.: "...contra-atacará trazendo índios da Guiana, Venezuela e México para exigir a continuidade da reserva."
E o que eles tem com isso:?:

"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Pendurado na brocha
A situação de Tarso Genro é tão ruim que, sob ataque do deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) na Câmara, quarta (7), nenhum petista o defendeu.
Até Fontana
Entre os petistas que se fingiram de morto para não defender Tarso Genro esteve o líder do PT, Henrique Fontana (RS), muito ligado a ele.
Tarso quem?
O deputado José Genoino (PT-SP) foi outro que saiu de fininho para não defender Tarso Genro dos ataques – até pessoais – de Jair Bolsonaro.
Aliados fortes
A pressão contra Tarso Genro tem aliados no Planalto, inconformados com o fato de Gilberto Carvalho, secretário de Lula, ter sido grampeado.
Gilmar ‘fez a cabeça’ de Lula
O presidente Lula está entre os mais preocupados com o suposto “descontrole” da Polícia Federal. Um ministro “da casa” revelou a esta coluna que, nesse campo, ele está muito mais afinado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, do que com o ministro da Justiça, Tarso Genro. “O Gilmar fez a cabeça do presidente”, diz o ministro, em relação à necessidade de punir abusos de autoridade.
Link: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Abraços,
Wesley
A situação de Tarso Genro é tão ruim que, sob ataque do deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) na Câmara, quarta (7), nenhum petista o defendeu.
Até Fontana
Entre os petistas que se fingiram de morto para não defender Tarso Genro esteve o líder do PT, Henrique Fontana (RS), muito ligado a ele.
Tarso quem?
O deputado José Genoino (PT-SP) foi outro que saiu de fininho para não defender Tarso Genro dos ataques – até pessoais – de Jair Bolsonaro.
Aliados fortes
A pressão contra Tarso Genro tem aliados no Planalto, inconformados com o fato de Gilberto Carvalho, secretário de Lula, ter sido grampeado.
Gilmar ‘fez a cabeça’ de Lula
O presidente Lula está entre os mais preocupados com o suposto “descontrole” da Polícia Federal. Um ministro “da casa” revelou a esta coluna que, nesse campo, ele está muito mais afinado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, do que com o ministro da Justiça, Tarso Genro. “O Gilmar fez a cabeça do presidente”, diz o ministro, em relação à necessidade de punir abusos de autoridade.
Link: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
tá ai vinicius, as ong's ficam nas reservas indigenas que ficam(pelo menos é o que todos os tipos de jornalismos nos dão á intender)no meio do mato,alguns pontos do EB tambem. será que o EB não dá uns preçoezinhas de vez em quando, e de vez em nunca pegam um pra bode espiatorio(dá de exemplo).Vinicius Pimenta escreveu:Sensacional essa do Jair Bolsonaro.![]()
Essa da bandeira é paredão de fuzilamento, no mínimo.
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
....E O GENERAL HELENO ESTAVA CERTO.

O jornal inglês The Economist, no dia 1º de outubro de 2007, publicou nota sobre uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU,) de 20 de setembro daquele ano, que determinara como pertencente à Guiana uma área marinha que estava em disputa com o Suriname. O jornal dizia que “o Serviço Geológico dos EUA (USGS) acredita que as águas turvas da Bacia Guiana-Suriname podem conter mais petróleo não descoberto do que as reservas comprovadas no Mar do Norte (…)”.
Pois é, a Guiana tem petróleo. Ela tem petróleo não só no mar, mas também no interior. Nos dias de hoje, por exemplo, a empresa de exploração de petróleo Groundstar aposta nesta potencialidade da Guiana e fechou um pacote de contratos, dentro dos quais estabeleceu 3 pontos para as primeiras perfurações: nas regiões dos rios Karanambo, Rewa e Pirara. Toda esta predisposição petrolífera na vizinha Guiana concentra-se num tipo de terreno geológico-ambiental classificado como bacia sedimentar.
Voltando à Guiana, a exploração do petróleo/gás naquele país acontece na bacia sedimentar do Tacutu, que tem cerca de 30.000 km². Parte dessa bacia, cerca de 12.000 km², está no Brasil, dentro do estado de Roraima. A Bacia de Tacutu originou-se do mesmo movimento tectônico (separação dos continentes) que produziu as bacias cretácicas produtoras de petróleo da costa do Brasil, como a a do Recôncavo, na Bahia, e a Potiguar, no Espírito Santo. A Bacia do Recôncavo tem um terço do tamanho da bacia do Tacutu, produz há mais de 50 anos e, mesmo assim, ainda hoje se descobrem novos campos produtores de óleo.
Entretanto, o que já se fez na bacia do Tacutu, aqui no Brasil, até hoje? Muito pouco. Na década de 80, a Petrobrás realizou levantamentos sísmicos de reconhecimento, mas com tecnologia de baixa capacidade e que hoje já está ultrapassada. Foram perfurados apenas dois poços na área, os quais comprovaram a existência de camadas geradoras e de rochas acumuladoras, mas que não mostraram (nos locais furados) indícios de óleo e gás.
Acontece que, ainda hoje, apesar do enorme progresso obtido nos variados métodos de pesquisa, mais de 80% dos poços pioneiros (os primeiros a serem perfurados em uma bacia sedimentar) não resultam, nem aqui no Brasil e nem no mundo, em descobertas aproveitáveis, oferecendo, porém, valiosas informações quanto às possibilidades petrolíferas da área, permitindo refinar a pesquisa e redirecionar os próximos furos, os quais passam a ter melhores condições de acerto. Na bacia de Campos (Rio de Janeiro), por exemplo, os 10 primeiros poços foram negativos, mas forneceram valiosas informações para localizar o primeiro poço positivo, furado em 1974.
O mapa acima, copiado do site da Groundstar, mostra a posição da Bacia do Tacutu na região de fronteira entre o Brasil e a Guiana. Mostra também a localização dos principais alvos de pesquisa da companhia. Na Guiana já houve produção de petróleo.
Segundo artigos dos geólogos Jaime Fernandes Eiras e Joaquim Ribeiro Wanderley Filho, que já trabalharam para a Petrobrás, “houve produção inicial (1982) de 409 barris de óleo/dia, em basalto atravessado no fundo do poço Karanambo 1. Após a completação, o poço passou a depletar, chegando a produzir por pistoneio, água salgada e apenas 60 barris de óleo/dia. Como o poço foi perfurado sobre um amplo arco regional, acredita-se que situações geológicas mais favoráveis poderiam ser encontradas em zonas mais tectonizadas”.
De acordo com estes mesmos geólogos, o tipo de acumulação da Bacia do Tacutu é similar ao da Bacia do Solimões e, por isto, tem grandes chances de também conter petróleo, já que na do Solimões “a Petrobrás produz diariamente cerca de 57 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás”.
Essa questão da necessidade de se voltar a pesquisar petróleo/gás na bacia do Tacutu é tão séria que foi, inclusive, tema de tese de dourado no Instituto de Geociências da UFRJ: “Análise Tectono-estratigrágica da Bacia do Tacutu em Território Brasileiro”, do geólogo Renato Lopes Silveira. De acordo com seus estudos, Silveira conclui que o “potencial petrolífero da Bacia do Tacutu não foi adequadamente avaliado e que a aquisição de novos dados geofísicos e a aplicação de parâmetros de aquisição e de processamento mais adequados propiciariam avaliar convenientemente a referida bacia”. Para o geólogo “a ausência de reservatórios convencionais arenosos na bacia do Tacutu, propícios à acumulação de hidrocarbonetos, não seria compatível com a maioria das bacias do tipo rifte que ocorrem no mundo”.
Já em 2001, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) publicava um mapa com as reservas brasileiras de hidrocarbonetos no qual marcava a bacia do Tacutu entre essas reservas. Ou seja, o fato de haver reservas de petróleo e de gás na região não é desconhecido por autoridades ligadas à área petrolífera e nem por parte do governo, que, em novembro de 2006, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, empregou recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, através de emenda parlamentar, na Universidade Federal de Roraima, para a implementação do Núcleo de Pesquisas Energéticas (Nupenerg) com propostas de pesquisar petróleo na bacia do Tacutu, e na Bacia Sedimentar do Amazonas, na região sul de Roraima.
Grande parte da porção brasileira da Bacia do Tacutu está dentro da área da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Ou seja, como se não bastasse haver nióbio, tântalo, ouro e diamantes, na Raposa Serra do Sol também tem petróleo e/ou gás.
Além disso, há outra coisa muito importante que precisa ser observada. Esta semana, o escritor Félix Maier publicou um artigo sobre uma nova demarcação de reserva indígena pretendida pela FUNAI e pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA): a dos Cué-Cué Marabitanas, no Amazonas. A descrição geográfica da posição desta Terra Indígena (TI) feita por Maier impressiona:
“Na extremidade sul da TI Cué-Cué Marabitanas fica a cidade de São Gabriel da Cachoeira… Entre a TI Balaio, a leste (que, por sua vez, já faz fronteira com a TI Ianomâmi); a TI Alto Rio Negro, a oeste; a TI Médio Rio Negro I, ao sul; e a Venezuela, ao norte. Abaixo da TI Alto Rio Negro, existe ainda a TI Rio Apapóris (próximo à Vila Bittencourt). E a leste da TI Médio Rio Negro existem as TI Médio Rio Negro II e TI Rio Tea. Abaixo da TI Médio Rio Negro I - depois de uma faixa de terra ainda não pleiteada pela Funai para os indígenas - existe a TI Uneiuxi. Todas estas TI ficam no Amazonas. Com as demarcações de Balaio e Cué-Cué Marabitanas, o município de São Gabriel da Cachoeira terá 90% de suas terras destinadas aos índios!”
A criação da Reserva Indígena Balaio foi feita depois que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia, identificou Seis Lagos, um imenso depósito de nióbio logo a norte de São Gabriel da Cachoeira. Esse depósito pode ser até maior que o maior depósito de nióbio hoje conhecido no mundo, que é o de Araxá, em Minas Gerais, que produz 95% do nióbio consumido no mundo. Aliás, antes mesmo de criar a reserva indígena foi criado um parque nacional sobre o depósito, para impedir seu estudo. A quem interessa isso?
Mas, as ambições não param por aí. A pretensão da Fundação Nacional Do Índio (Funai) e do Instituto Sócio-Ambiental (ISA) é juntar todas estas terras indígenas numa única, que receberia o nome de TI Balaio, na qual São Gabriel da Cachoeira estaria completamente inserida.
Acompanhando todas as demarcações de TI(s) e de reservas ambientais na região da Amazônia Legal e até nas suas redondezas, pode-se observar a formação de um corredor de riquezas com importância estratégico-geográfica impressionante. Uniria o Oceano Atlântico ao Pacífico, partindo da Guiana e passando pelo Brasil e Colômbia.
Olhando o mundo a partir da suposição de uma Terceira Guerra Mundial, quem tiver o domínio sobre esta região do ‘corredor’ estará muito bem arranjado.O importante é começar a pensar sobre quais seriam as razões por trás da construção deste corredor…
Autora: Rebecca Santoro
Fonte: Agência Amazônia
NOTA DO BLOG: As palavras do General Heleno dizem tudo. “A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. É só ir lá ver as comunidades indígenas para ver que essa política é lamentável, para não dizer caótica.”
16 de abril de 2008

O jornal inglês The Economist, no dia 1º de outubro de 2007, publicou nota sobre uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU,) de 20 de setembro daquele ano, que determinara como pertencente à Guiana uma área marinha que estava em disputa com o Suriname. O jornal dizia que “o Serviço Geológico dos EUA (USGS) acredita que as águas turvas da Bacia Guiana-Suriname podem conter mais petróleo não descoberto do que as reservas comprovadas no Mar do Norte (…)”.
Pois é, a Guiana tem petróleo. Ela tem petróleo não só no mar, mas também no interior. Nos dias de hoje, por exemplo, a empresa de exploração de petróleo Groundstar aposta nesta potencialidade da Guiana e fechou um pacote de contratos, dentro dos quais estabeleceu 3 pontos para as primeiras perfurações: nas regiões dos rios Karanambo, Rewa e Pirara. Toda esta predisposição petrolífera na vizinha Guiana concentra-se num tipo de terreno geológico-ambiental classificado como bacia sedimentar.
Voltando à Guiana, a exploração do petróleo/gás naquele país acontece na bacia sedimentar do Tacutu, que tem cerca de 30.000 km². Parte dessa bacia, cerca de 12.000 km², está no Brasil, dentro do estado de Roraima. A Bacia de Tacutu originou-se do mesmo movimento tectônico (separação dos continentes) que produziu as bacias cretácicas produtoras de petróleo da costa do Brasil, como a a do Recôncavo, na Bahia, e a Potiguar, no Espírito Santo. A Bacia do Recôncavo tem um terço do tamanho da bacia do Tacutu, produz há mais de 50 anos e, mesmo assim, ainda hoje se descobrem novos campos produtores de óleo.
Entretanto, o que já se fez na bacia do Tacutu, aqui no Brasil, até hoje? Muito pouco. Na década de 80, a Petrobrás realizou levantamentos sísmicos de reconhecimento, mas com tecnologia de baixa capacidade e que hoje já está ultrapassada. Foram perfurados apenas dois poços na área, os quais comprovaram a existência de camadas geradoras e de rochas acumuladoras, mas que não mostraram (nos locais furados) indícios de óleo e gás.
Acontece que, ainda hoje, apesar do enorme progresso obtido nos variados métodos de pesquisa, mais de 80% dos poços pioneiros (os primeiros a serem perfurados em uma bacia sedimentar) não resultam, nem aqui no Brasil e nem no mundo, em descobertas aproveitáveis, oferecendo, porém, valiosas informações quanto às possibilidades petrolíferas da área, permitindo refinar a pesquisa e redirecionar os próximos furos, os quais passam a ter melhores condições de acerto. Na bacia de Campos (Rio de Janeiro), por exemplo, os 10 primeiros poços foram negativos, mas forneceram valiosas informações para localizar o primeiro poço positivo, furado em 1974.
O mapa acima, copiado do site da Groundstar, mostra a posição da Bacia do Tacutu na região de fronteira entre o Brasil e a Guiana. Mostra também a localização dos principais alvos de pesquisa da companhia. Na Guiana já houve produção de petróleo.
Segundo artigos dos geólogos Jaime Fernandes Eiras e Joaquim Ribeiro Wanderley Filho, que já trabalharam para a Petrobrás, “houve produção inicial (1982) de 409 barris de óleo/dia, em basalto atravessado no fundo do poço Karanambo 1. Após a completação, o poço passou a depletar, chegando a produzir por pistoneio, água salgada e apenas 60 barris de óleo/dia. Como o poço foi perfurado sobre um amplo arco regional, acredita-se que situações geológicas mais favoráveis poderiam ser encontradas em zonas mais tectonizadas”.
De acordo com estes mesmos geólogos, o tipo de acumulação da Bacia do Tacutu é similar ao da Bacia do Solimões e, por isto, tem grandes chances de também conter petróleo, já que na do Solimões “a Petrobrás produz diariamente cerca de 57 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás”.
Essa questão da necessidade de se voltar a pesquisar petróleo/gás na bacia do Tacutu é tão séria que foi, inclusive, tema de tese de dourado no Instituto de Geociências da UFRJ: “Análise Tectono-estratigrágica da Bacia do Tacutu em Território Brasileiro”, do geólogo Renato Lopes Silveira. De acordo com seus estudos, Silveira conclui que o “potencial petrolífero da Bacia do Tacutu não foi adequadamente avaliado e que a aquisição de novos dados geofísicos e a aplicação de parâmetros de aquisição e de processamento mais adequados propiciariam avaliar convenientemente a referida bacia”. Para o geólogo “a ausência de reservatórios convencionais arenosos na bacia do Tacutu, propícios à acumulação de hidrocarbonetos, não seria compatível com a maioria das bacias do tipo rifte que ocorrem no mundo”.
Já em 2001, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) publicava um mapa com as reservas brasileiras de hidrocarbonetos no qual marcava a bacia do Tacutu entre essas reservas. Ou seja, o fato de haver reservas de petróleo e de gás na região não é desconhecido por autoridades ligadas à área petrolífera e nem por parte do governo, que, em novembro de 2006, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, empregou recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, através de emenda parlamentar, na Universidade Federal de Roraima, para a implementação do Núcleo de Pesquisas Energéticas (Nupenerg) com propostas de pesquisar petróleo na bacia do Tacutu, e na Bacia Sedimentar do Amazonas, na região sul de Roraima.
Grande parte da porção brasileira da Bacia do Tacutu está dentro da área da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Ou seja, como se não bastasse haver nióbio, tântalo, ouro e diamantes, na Raposa Serra do Sol também tem petróleo e/ou gás.
Além disso, há outra coisa muito importante que precisa ser observada. Esta semana, o escritor Félix Maier publicou um artigo sobre uma nova demarcação de reserva indígena pretendida pela FUNAI e pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA): a dos Cué-Cué Marabitanas, no Amazonas. A descrição geográfica da posição desta Terra Indígena (TI) feita por Maier impressiona:
“Na extremidade sul da TI Cué-Cué Marabitanas fica a cidade de São Gabriel da Cachoeira… Entre a TI Balaio, a leste (que, por sua vez, já faz fronteira com a TI Ianomâmi); a TI Alto Rio Negro, a oeste; a TI Médio Rio Negro I, ao sul; e a Venezuela, ao norte. Abaixo da TI Alto Rio Negro, existe ainda a TI Rio Apapóris (próximo à Vila Bittencourt). E a leste da TI Médio Rio Negro existem as TI Médio Rio Negro II e TI Rio Tea. Abaixo da TI Médio Rio Negro I - depois de uma faixa de terra ainda não pleiteada pela Funai para os indígenas - existe a TI Uneiuxi. Todas estas TI ficam no Amazonas. Com as demarcações de Balaio e Cué-Cué Marabitanas, o município de São Gabriel da Cachoeira terá 90% de suas terras destinadas aos índios!”
A criação da Reserva Indígena Balaio foi feita depois que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do Ministério de Minas e Energia, identificou Seis Lagos, um imenso depósito de nióbio logo a norte de São Gabriel da Cachoeira. Esse depósito pode ser até maior que o maior depósito de nióbio hoje conhecido no mundo, que é o de Araxá, em Minas Gerais, que produz 95% do nióbio consumido no mundo. Aliás, antes mesmo de criar a reserva indígena foi criado um parque nacional sobre o depósito, para impedir seu estudo. A quem interessa isso?
Mas, as ambições não param por aí. A pretensão da Fundação Nacional Do Índio (Funai) e do Instituto Sócio-Ambiental (ISA) é juntar todas estas terras indígenas numa única, que receberia o nome de TI Balaio, na qual São Gabriel da Cachoeira estaria completamente inserida.
Acompanhando todas as demarcações de TI(s) e de reservas ambientais na região da Amazônia Legal e até nas suas redondezas, pode-se observar a formação de um corredor de riquezas com importância estratégico-geográfica impressionante. Uniria o Oceano Atlântico ao Pacífico, partindo da Guiana e passando pelo Brasil e Colômbia.
Olhando o mundo a partir da suposição de uma Terceira Guerra Mundial, quem tiver o domínio sobre esta região do ‘corredor’ estará muito bem arranjado.O importante é começar a pensar sobre quais seriam as razões por trás da construção deste corredor…
Autora: Rebecca Santoro
Fonte: Agência Amazônia
NOTA DO BLOG: As palavras do General Heleno dizem tudo. “A política indigenista brasileira está completamente dissociada do processo histórico de colonização do nosso país. Precisa ser revista com urgência. É só ir lá ver as comunidades indígenas para ver que essa política é lamentável, para não dizer caótica.”
16 de abril de 2008
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
O foda é que no Ensino Médio o estudante "aprende" que o certo é deixar os índios ficarem com tudo, aí depois é essa dificuldade com a opinião pública.
Uma vez no Ensino Médio (1999 a 2001, mas não lembro o ano certo) numa aula de História estávamos em uma "mesa redonda" e eu falei que os índios brasileiros eram massa de manobra e a política de proteção a esses índios era uma bagunça ou então uma forma dos países do "1º mundo" atrasarem nosso desenvolvimento, faltou eu ser linchado na sala...
Falta ensinarem nas escolas que existe o Desenvolvimento Sustentável...
Uma vez no Ensino Médio (1999 a 2001, mas não lembro o ano certo) numa aula de História estávamos em uma "mesa redonda" e eu falei que os índios brasileiros eram massa de manobra e a política de proteção a esses índios era uma bagunça ou então uma forma dos países do "1º mundo" atrasarem nosso desenvolvimento, faltou eu ser linchado na sala...
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Demarcação contínua tem maioria mas não está definida
Qua, 10 Dez, 06h32
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votou pela manutenção da demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o que obrigará os plantadores de arroz que ocupam a região a deixar o local. No entanto, os ministros fizeram uma série de ressalvas na atuação dos índios na áreas e a maioria dos votos ainda não significa a aprovação oficial da demarcação contínua. O julgamento não terminou porque o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista do processo e pode haver revisão de votos após a apresentação deste parecer.
O ministro Celso de Mello já adiantou que só dará o seu voto após conhecer a posição de Marco Aurélio. Entre essas condições está a que define que os índios não podem explorar recursos hídricos e naturais e potenciais energéticos, e não podem garimpar na área. Já o Estado de Roraima terá que instalar bases e postos militares e não precisará consultar as comunidades indígenas e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os ministros também impuseram a condição de que o Exército e a Polícia Federal possam entrar na reserva sem depender da autorização dos índios e da Funai. Os índios também não poderão cobrar pedágio dos não índios que cruzarem a reserva e utilizam as estradas que passam por dentro da Raposa Serra do Sol.
Já votaram pela demarcação contínua os ministros Carlos Ayres Brito (relator), Carlos Alberto Menezes Direito, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso.
http://br.noticias.yahoo.com/s/10122008 ... s-nao.html
Abraços,
Wesley
Qua, 10 Dez, 06h32
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votou pela manutenção da demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o que obrigará os plantadores de arroz que ocupam a região a deixar o local. No entanto, os ministros fizeram uma série de ressalvas na atuação dos índios na áreas e a maioria dos votos ainda não significa a aprovação oficial da demarcação contínua. O julgamento não terminou porque o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista do processo e pode haver revisão de votos após a apresentação deste parecer.
O ministro Celso de Mello já adiantou que só dará o seu voto após conhecer a posição de Marco Aurélio. Entre essas condições está a que define que os índios não podem explorar recursos hídricos e naturais e potenciais energéticos, e não podem garimpar na área. Já o Estado de Roraima terá que instalar bases e postos militares e não precisará consultar as comunidades indígenas e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os ministros também impuseram a condição de que o Exército e a Polícia Federal possam entrar na reserva sem depender da autorização dos índios e da Funai. Os índios também não poderão cobrar pedágio dos não índios que cruzarem a reserva e utilizam as estradas que passam por dentro da Raposa Serra do Sol.
Já votaram pela demarcação contínua os ministros Carlos Ayres Brito (relator), Carlos Alberto Menezes Direito, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso.
http://br.noticias.yahoo.com/s/10122008 ... s-nao.html
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Estou colocandoa as 18 condições do STF aqui para quem não leu o topico sobre a questão indigena.
1 - O usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras indígenas pode ser suplantado de maneira genérica sempre que houver como dispõe o artigo 231 (parágrafo 6º, da Constituição Federal) o interesse público da União na forma de Lei Complementar;
2 - O usufruto dos índios não abrange a exploração de recursos hídricos e potenciais energéticos, que dependerá sempre da autorização do Congresso Nacional;
3 - O usufruto dos índios não abrange a pesquisa e a lavra de recursos naturais, que dependerá sempre de autorização do Congresso Nacional;
4- O usufruto dos índios não abrange a garimpagem nem a faiscação, dependendo-se o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira;
5 - O usufruto dos índios fica condicionado ao interesse da Política de Defesa Nacional. A instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares, a expansão estratégica da malha viária, a exploração de alternativas energéticas de cunho estratégico e o resguardo das riquezas de cunho estratégico a critério dos órgãos competentes (o Ministério da Defesa, o Conselho de Defesa Nacional) serão implementados independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;
6 - A atuação das Forças Armadas da Polícia Federal na área indígena, no âmbito de suas atribuições, fica garantida e se dará independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;
7 - O usufruto dos índios não impede a instalação pela União Federal de equipamentos públicos, redes de comunicação, estradas e vias de transporte, além de construções necessárias à prestação de serviços públicos pela União, especialmente os de saúde e de educação;
8 - O usufruto dos índios na área afetada por unidades de conservação fica restrito ao ingresso, trânsito e permanência, bem como caça, pesca e extrativismo vegetal, tudo nos períodos, temporadas e condições estipuladas pela administração da unidade de conservação, que ficará sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;
9 - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade responderá pela administração da área de unidade de conservação, também afetada pela terra indígena, com a participação das comunidades indígenas da área, em caráter apenas opinativo, levando em conta as tradições e costumes dos indígenas, podendo, para tanto, contar com a consultoria da Funai;
10 - O trânsito de visitantes e pesquisadores não-índios deve ser admitido na área afetada à unidade de conservação nos horários e condições estipulados pela administração;
11 - Deve ser admitido o ingresso, o trânsito, a permanência de não-índios no restante da área da terra indígena, observadas as condições estabelecidas pela Funai;
12 - O ingresso, trânsito e a permanência de não-índios não pode ser objeto de cobrança de quaisquer tarifas ou quantias de qualquer natureza por parte das comunidades indígenas;
13 - A cobrança de tarifas ou quantias de qualquer natureza também não poderá incidir ou ser exigida em troca da utilização das estradas, equipamentos públicos, linhas de transmissão de energia ou de quaisquer outros equipamentos e instalações colocadas a serviço do público tenham sido excluídos expressamente da homologação ou não;
14 - As terras indígenas não poderão ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio jurídico, que restrinja o pleno exercício da posse direta pela comunidade jurídica ou pelos silvícolas;
15 - É vedada, nas terras indígenas, qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça, pesca ou coleta de frutas, assim como de atividade agropecuária extrativa;
16 - Os bens do patrimônio indígena, isto é, as terras pertencentes ao domínio dos grupos e comunidades indígenas, o usufruto exclusivo das riquezas naturais e das utilidades existentes nas terras ocupadas, observado o disposto no artigo 49, XVI, e 231, parágrafo 3º, da Constituição da República, bem como a renda indígena, gozam de plena isenção tributária, não cabendo a cobrança de quaisquer impostos taxas ou contribuições sobre uns e outros;
17 - É vedada a ampliação da terra indígena já demarcada;
18 - Os direitos dos índios relacionados as suas terras são imprescritíveis e estas são inalienáveis e indisponíveis.
1 - O usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras indígenas pode ser suplantado de maneira genérica sempre que houver como dispõe o artigo 231 (parágrafo 6º, da Constituição Federal) o interesse público da União na forma de Lei Complementar;
2 - O usufruto dos índios não abrange a exploração de recursos hídricos e potenciais energéticos, que dependerá sempre da autorização do Congresso Nacional;
3 - O usufruto dos índios não abrange a pesquisa e a lavra de recursos naturais, que dependerá sempre de autorização do Congresso Nacional;
4- O usufruto dos índios não abrange a garimpagem nem a faiscação, dependendo-se o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira;
5 - O usufruto dos índios fica condicionado ao interesse da Política de Defesa Nacional. A instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares, a expansão estratégica da malha viária, a exploração de alternativas energéticas de cunho estratégico e o resguardo das riquezas de cunho estratégico a critério dos órgãos competentes (o Ministério da Defesa, o Conselho de Defesa Nacional) serão implementados independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;
6 - A atuação das Forças Armadas da Polícia Federal na área indígena, no âmbito de suas atribuições, fica garantida e se dará independentemente de consulta a comunidades indígenas envolvidas e à Funai;
7 - O usufruto dos índios não impede a instalação pela União Federal de equipamentos públicos, redes de comunicação, estradas e vias de transporte, além de construções necessárias à prestação de serviços públicos pela União, especialmente os de saúde e de educação;
8 - O usufruto dos índios na área afetada por unidades de conservação fica restrito ao ingresso, trânsito e permanência, bem como caça, pesca e extrativismo vegetal, tudo nos períodos, temporadas e condições estipuladas pela administração da unidade de conservação, que ficará sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;
9 - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade responderá pela administração da área de unidade de conservação, também afetada pela terra indígena, com a participação das comunidades indígenas da área, em caráter apenas opinativo, levando em conta as tradições e costumes dos indígenas, podendo, para tanto, contar com a consultoria da Funai;
10 - O trânsito de visitantes e pesquisadores não-índios deve ser admitido na área afetada à unidade de conservação nos horários e condições estipulados pela administração;
11 - Deve ser admitido o ingresso, o trânsito, a permanência de não-índios no restante da área da terra indígena, observadas as condições estabelecidas pela Funai;
12 - O ingresso, trânsito e a permanência de não-índios não pode ser objeto de cobrança de quaisquer tarifas ou quantias de qualquer natureza por parte das comunidades indígenas;
13 - A cobrança de tarifas ou quantias de qualquer natureza também não poderá incidir ou ser exigida em troca da utilização das estradas, equipamentos públicos, linhas de transmissão de energia ou de quaisquer outros equipamentos e instalações colocadas a serviço do público tenham sido excluídos expressamente da homologação ou não;
14 - As terras indígenas não poderão ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio jurídico, que restrinja o pleno exercício da posse direta pela comunidade jurídica ou pelos silvícolas;
15 - É vedada, nas terras indígenas, qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça, pesca ou coleta de frutas, assim como de atividade agropecuária extrativa;
16 - Os bens do patrimônio indígena, isto é, as terras pertencentes ao domínio dos grupos e comunidades indígenas, o usufruto exclusivo das riquezas naturais e das utilidades existentes nas terras ocupadas, observado o disposto no artigo 49, XVI, e 231, parágrafo 3º, da Constituição da República, bem como a renda indígena, gozam de plena isenção tributária, não cabendo a cobrança de quaisquer impostos taxas ou contribuições sobre uns e outros;
17 - É vedada a ampliação da terra indígena já demarcada;
18 - Os direitos dos índios relacionados as suas terras são imprescritíveis e estas são inalienáveis e indisponíveis.
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Re: A Batalha de Roraima. [Edit]
Muito bom, colocaram bem claramente que o índio vai estar lá pra ser índio... E não garimpeiro, madeireiro, dono de estrada, etc...
Agora, se sair com essas restrições vai caber ao povo cobrar do governo o respeito a essas restrições.
Porque legislar é fácil. Esta lá no papel que não pode. Mas aí o índio começa a cobrar pedágio, vender madeira, metais e pedras preciosas etc... O Ibama ou algum outro órgão vai lá conferir e os índios sequestram os caras, e entra a Funai no meio, dizendo que os índios estão no direito deles, etc.
Outra coisa, teria que haver algum tipo de legislação limitando o que pode e o que não pode... É um absurdo ver, por exemplo, aldeias cheias de pick-ups que pertencem aos índios, com luxo etc... Quer viver como índio e ter reservas ENORMES destinadas a isso, ok, mas vá viver como índio. Quer ter luxos de "homem branco", ok, mas vá pagar impostos, seguir a lei e outras desvantagens.
Agora, se sair com essas restrições vai caber ao povo cobrar do governo o respeito a essas restrições.
Porque legislar é fácil. Esta lá no papel que não pode. Mas aí o índio começa a cobrar pedágio, vender madeira, metais e pedras preciosas etc... O Ibama ou algum outro órgão vai lá conferir e os índios sequestram os caras, e entra a Funai no meio, dizendo que os índios estão no direito deles, etc.
Outra coisa, teria que haver algum tipo de legislação limitando o que pode e o que não pode... É um absurdo ver, por exemplo, aldeias cheias de pick-ups que pertencem aos índios, com luxo etc... Quer viver como índio e ter reservas ENORMES destinadas a isso, ok, mas vá viver como índio. Quer ter luxos de "homem branco", ok, mas vá pagar impostos, seguir a lei e outras desvantagens.
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