A 4ª Frota e o Brasil
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Ual...
O cara precisa de um mapa-mundi para se localizar. Confundir Golfo Pérsico com Golfo do México é um absurdo tão grande quanto confundir Suiça e Suécia ou Austria com Australia.
O cara precisa de um mapa-mundi para se localizar. Confundir Golfo Pérsico com Golfo do México é um absurdo tão grande quanto confundir Suiça e Suécia ou Austria com Australia.
- Marino
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Da Isto É:
Internacional
Batalha naval
Pela primeira vez depois do fim da Guerra Fria, navios de guerra da Rússia estão prestes a realizar manobras perto da costa americana
PEDRO, O GRANDE ENTRA EM AÇÃO O cruzador vai fazer exercícios com a Marinha da Venezuela
O cruzador russo Pedro, o Grande está entre os maiores navios de guerra do mundo. Só encontra similar na Marinha americana. Com tripulação de mais de 700 homens, tem três helicópteros, 20 lança-mísseis de cruzeiro e 12 lança-mísseis antiaéreos. Movido a propulsão nuclear, Pedro, o Grande lidera a frota que zarpou do porto de Severomorsk, na Rússia, para participar de exercícios navais no Caribe, a 15 mil milhas náuticas de distância. Desde 1989, quando acabou a chamada Guerra Fria, que polarizava os EUA e a extinta União Soviética, a Rússia não fazia manobras perto da costa americana.
A provocação acontece apenas sete semanas após o confronto da Geórgia, marcado pela esmagadora reação da Rússia à invasão da Ossétia do Sul. Aliada do governo George W. Bush, a Geórgia viu naufragar sua tentativa de anexar a Ossétia de forma definitiva, mas acabou abrindo espaço para a presença dos EUA no Mar Negro. A navegação de embarcações americanas e russas lado a lado aumentou a tensão na área de influência da antiga União Soviética, que a Rússia quer restaurar a todo custo.
A tensão se desloca agora para uma área de influência dos EUA onde a Rússia vai fazer “exercícios de resgate e operações contra terroristas” com a Marinha da Venezuela. “Esses exercícios foram planejados bem antes do conflito da Geórgia e Ossétia”, tratou de divulgar Igor Dygalo, porta-voz da Marinha russa. Trata-se, porém, da segunda incursão recente do país pela região. No começo de setembro, dois bombardeiros russos fizeram vôos de treinamento sobre águas internacionais do Caribe. Além disso, a Rússia acaba de anunciar um empréstimo de US$ 1 bilhão à Venezuela, para a compra de armamentos, e de acenar com um acordo nuclear, embora para fins pacíficos.
No passado, o envolvimento militar dos russos no Caribe deu origem a um dos mais dramáticos episódios da Guerra Fria: a crise dos mísseis cubanos, de 1962. Desde a vitória de Fidel Castro, em 1959, Cuba havia se tornado uma pedra no sapato dos EUA. Quando os americanos instalaram mísseis nucleares na Turquia, a URSS resolveu reagir e o dirigente Nikita Kruchóv determinou secretamente a instalação de 60 mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, aviões americanos descobriram bases de lançamento sendo instaladas na ilha. O presidente John Kennedy (foto) resistiu às pressões de falcões do Pentágono para bombardear Cuba e determinou um bloqueio naval contra a ilha – oficialmente chamado de “quarentena”. Por 13 dias, o mundo esteve à beira da hecatombe nuclear. Enquanto um avião espião americano era abatido pelos cubanos, Kennedy recebeu dois telegramas de Kruchóv – um conciliador e outro belicoso – e, por sugestão de seu irmão Bobby, secretário de Justiça, resolveu apostar no primeiro. Em 28 de outubro, Kennedy e Kruchóv chegaram a um acordo: os soviéticos retiravam seus mísseis e os EUA se comprometiam a não derrubar o regime castrista.
“Há um ressurgimento da Rússia como grande potência”, afirma o coronel da reserva Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. “Ela não tem patamar para fazer contraponto militar aos EUA, mas pode provocar os americanos em questões secundárias.” Para Cavagnari, em termos de estratégia, os exercícios no Caribe servem mais ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que criaria uma espécie de blindagem. “Mas é uma falsa blindagem, pois não há interesse americano em atacar militarmente a Venezuela”, diz o coronel. De qualquer forma, as manobras conjuntas, previstas para novembro, devem agitar ainda mais as águas do Caribe, movimentadas desde que o governo Bush anunciou a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA no oceano Atlântico.
Internacional
Batalha naval
Pela primeira vez depois do fim da Guerra Fria, navios de guerra da Rússia estão prestes a realizar manobras perto da costa americana
PEDRO, O GRANDE ENTRA EM AÇÃO O cruzador vai fazer exercícios com a Marinha da Venezuela
O cruzador russo Pedro, o Grande está entre os maiores navios de guerra do mundo. Só encontra similar na Marinha americana. Com tripulação de mais de 700 homens, tem três helicópteros, 20 lança-mísseis de cruzeiro e 12 lança-mísseis antiaéreos. Movido a propulsão nuclear, Pedro, o Grande lidera a frota que zarpou do porto de Severomorsk, na Rússia, para participar de exercícios navais no Caribe, a 15 mil milhas náuticas de distância. Desde 1989, quando acabou a chamada Guerra Fria, que polarizava os EUA e a extinta União Soviética, a Rússia não fazia manobras perto da costa americana.
A provocação acontece apenas sete semanas após o confronto da Geórgia, marcado pela esmagadora reação da Rússia à invasão da Ossétia do Sul. Aliada do governo George W. Bush, a Geórgia viu naufragar sua tentativa de anexar a Ossétia de forma definitiva, mas acabou abrindo espaço para a presença dos EUA no Mar Negro. A navegação de embarcações americanas e russas lado a lado aumentou a tensão na área de influência da antiga União Soviética, que a Rússia quer restaurar a todo custo.
A tensão se desloca agora para uma área de influência dos EUA onde a Rússia vai fazer “exercícios de resgate e operações contra terroristas” com a Marinha da Venezuela. “Esses exercícios foram planejados bem antes do conflito da Geórgia e Ossétia”, tratou de divulgar Igor Dygalo, porta-voz da Marinha russa. Trata-se, porém, da segunda incursão recente do país pela região. No começo de setembro, dois bombardeiros russos fizeram vôos de treinamento sobre águas internacionais do Caribe. Além disso, a Rússia acaba de anunciar um empréstimo de US$ 1 bilhão à Venezuela, para a compra de armamentos, e de acenar com um acordo nuclear, embora para fins pacíficos.
No passado, o envolvimento militar dos russos no Caribe deu origem a um dos mais dramáticos episódios da Guerra Fria: a crise dos mísseis cubanos, de 1962. Desde a vitória de Fidel Castro, em 1959, Cuba havia se tornado uma pedra no sapato dos EUA. Quando os americanos instalaram mísseis nucleares na Turquia, a URSS resolveu reagir e o dirigente Nikita Kruchóv determinou secretamente a instalação de 60 mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, aviões americanos descobriram bases de lançamento sendo instaladas na ilha. O presidente John Kennedy (foto) resistiu às pressões de falcões do Pentágono para bombardear Cuba e determinou um bloqueio naval contra a ilha – oficialmente chamado de “quarentena”. Por 13 dias, o mundo esteve à beira da hecatombe nuclear. Enquanto um avião espião americano era abatido pelos cubanos, Kennedy recebeu dois telegramas de Kruchóv – um conciliador e outro belicoso – e, por sugestão de seu irmão Bobby, secretário de Justiça, resolveu apostar no primeiro. Em 28 de outubro, Kennedy e Kruchóv chegaram a um acordo: os soviéticos retiravam seus mísseis e os EUA se comprometiam a não derrubar o regime castrista.
“Há um ressurgimento da Rússia como grande potência”, afirma o coronel da reserva Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. “Ela não tem patamar para fazer contraponto militar aos EUA, mas pode provocar os americanos em questões secundárias.” Para Cavagnari, em termos de estratégia, os exercícios no Caribe servem mais ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que criaria uma espécie de blindagem. “Mas é uma falsa blindagem, pois não há interesse americano em atacar militarmente a Venezuela”, diz o coronel. De qualquer forma, as manobras conjuntas, previstas para novembro, devem agitar ainda mais as águas do Caribe, movimentadas desde que o governo Bush anunciou a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA no oceano Atlântico.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
É meu amigo Marino, vc é rápido no gatilho. Quando eu ia vc ja voltava.
O Claudio Humberto é uma pessoa muito bem informada.
O que me irrita nestes "profissionais" é que eles recebem para escrever essas m.....!
Enquanto tem gente capacitada que não consegue nem um patrociniozinho.
Mas tudo bem, é a vida, ou é o Brasil!
Abraços,
Padilha
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Golfo Pérsico, Golfo do México, golfo de neném, tudo tem água... Vocês também ficam exigindo detalhes e preciosismos pô!?
- Marino
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Brasileiros relatam ações na 4ª Frota
Médicos da Marinha do Brasil atuam em missão humanitária da esquadra americana, reativada neste ano
Principal navio da frota que faz operações no Caribe, o USS Kearsarge também é ideal para combate; envio foi motivos de protestos
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal navio da 4ª Frota americana, o USS Kearsarge está realizando operações de ajuda humanitária no Caribe. A bordo do imenso navio anfíbio, atualmente na República Dominicana, estão dois médicos da Marinha do Brasil. Quando os EUA decidiram recriar a 4ª Frota para atuar nos mares em torno da América Latina, a gritaria foi geral, especialmente entre a esquerda, temerosa de uma nova era de intervenções militares. Os EUA alegaram que era uma simples medida administrativa e que a esquadra atuaria em exercícios conjuntos com Marinhas de países da região, além de prover ajuda humanitária.
O USS Kearsarge é capaz de servir bem a qualquer das intenções. Trata-se de um navio de assalto anfíbio, um gigantesco porta-helicópteros de 45,5 mil toneladas em plena carga, dedicado ao desembarque de fuzileiros navais. Sua tripulação é de 1.200 oficiais e marinheiros e 2.000 fuzileiros navais. Tem mísseis para defesa antiaérea e costuma levar seis aviões de ataque AV-8B Harrier e cerca de 23 helicópteros. Mas, além disso, tem instalações médicas que só perdem em tamanho para as de um navio-hospital. Há seis salas de operação, 578 leitos para doentes e amplo espaço para veículos e carga. Ou seja, é um excelente navio para realizar o que a Marinha do Brasil chama de "aciso" -ação cívico-social.
A missão atual de assistência médico-humanitária chama-se Continuing Promise 2008 ("promessa continuada"). Estavam previstas visitas a seis países, mas o Haiti foi incluído na lista depois de sofrer com as tempestades Gustav e Hanna e o furacão Ike.
Um dos brasileiros a bordo é o capitão-de-corveta (médico) Thomaz Moraes do Carmo, formado pela Universidade Federal do Pará. Na Marinha desde 1996, ele serve no Hospital Naval de Belém. Moraes tem larga experiência de missões de atendimento à população ribeirinha, no rio Amazonas, a bordo do Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz. O outro é o capitão-tenente Ricardo Silva Guimarães, formado pela Faculdade de Medicina de Campos. Ele entrou para o Exército em 1998 e em 2000 se mudou para a Marinha. Atuou no Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade e foi à Antártida a bordo do navio oceanográfico Ary Rongel, entre 2005 e 2006. Os dois concederam entrevista à Folha conjuntamente, por e-mail, quando estavam ao largo do Haiti.
FOLHA - Como foi que surgiu a oportunidade de estar a bordo de um navio da Marinha dos EUA?
THOMAZ MORAES DO CARMO E RICARDO SILVA GUIMARÃES - A Marinha americana convidou dois médicos da Marinha do Brasil a participarem desta missão. Uma das vagas foi oferecida ao Hospital Naval de Belém, por seus médicos terem grande experiência com doenças tropicais. Com isso, o capitão-de-corveta Thomaz foi voluntário. A outra vaga foi decorrente de processo seletivo da Marinha, tendo sido selecionado o capitão-tenente Ricardo.
FOLHA - Em quais países estiveram e de que tipo de atividades participaram? Como se comparam com experiência semelhante de ação cívico-social que realizaram no Brasil?
THOMAZ E RICARDO - Estivemos em Puerto Cabezas, na Nicarágua, e Santa Marta, na Colômbia. O capitão-de-corveta Thomaz realizou atendimento médico primário. O capitão-tenente Ricardo participou de seleção dos pacientes cirúrgicos em terra, tendo realizado as cirurgias a bordo do USS Kearsarge. O tipo de atendimento e as patologias são semelhantes aos do Brasil, porém a população nos pareceu mais carente em saúde e saneamento. A logística americana é maior, devido à natureza da missão, que não se restringe à área médica, com realização de obras de infra-estrutura, como reformas de escolas e hospitais.
FOLHA - Como é a vida a bordo de um navio dos EUA? Sentem-se à vontade ou sofrem de alguma forma de "choque cultural"?
THOMAZ E RICARDO - A convivência a bordo é harmônica e amigável. Não houve nenhum tipo de "choque cultural", visto que já temos alguma experiência com a rotina a bordo de navios da Marinha. Houve, sim, um grande interesse dos americanos em aprender um pouco mais sobre o Brasil. Por ser um navio de grandes dimensões, há uma infra-estrutura maior, o que facilita a vida a bordo.
FOLHA - Onde estão no momento, fazendo o quê? Tiveram contato com as tropas brasileiras da missão de paz no Haiti?
THOMAZ E RICARDO - Estamos ao largo de Porto Príncipe, no Haiti. Neste país foi realizado apenas apoio logístico, pelas aeronaves de bordo, na distribuição de alimentos. Estivemos em terra como voluntários, apenas para ajudar no transbordo dos alimentos para os helicópteros, no aeroporto local. Nós não tivemos contato com a população e as tropas brasileiras.
Médicos da Marinha do Brasil atuam em missão humanitária da esquadra americana, reativada neste ano
Principal navio da frota que faz operações no Caribe, o USS Kearsarge também é ideal para combate; envio foi motivos de protestos
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal navio da 4ª Frota americana, o USS Kearsarge está realizando operações de ajuda humanitária no Caribe. A bordo do imenso navio anfíbio, atualmente na República Dominicana, estão dois médicos da Marinha do Brasil. Quando os EUA decidiram recriar a 4ª Frota para atuar nos mares em torno da América Latina, a gritaria foi geral, especialmente entre a esquerda, temerosa de uma nova era de intervenções militares. Os EUA alegaram que era uma simples medida administrativa e que a esquadra atuaria em exercícios conjuntos com Marinhas de países da região, além de prover ajuda humanitária.
O USS Kearsarge é capaz de servir bem a qualquer das intenções. Trata-se de um navio de assalto anfíbio, um gigantesco porta-helicópteros de 45,5 mil toneladas em plena carga, dedicado ao desembarque de fuzileiros navais. Sua tripulação é de 1.200 oficiais e marinheiros e 2.000 fuzileiros navais. Tem mísseis para defesa antiaérea e costuma levar seis aviões de ataque AV-8B Harrier e cerca de 23 helicópteros. Mas, além disso, tem instalações médicas que só perdem em tamanho para as de um navio-hospital. Há seis salas de operação, 578 leitos para doentes e amplo espaço para veículos e carga. Ou seja, é um excelente navio para realizar o que a Marinha do Brasil chama de "aciso" -ação cívico-social.
A missão atual de assistência médico-humanitária chama-se Continuing Promise 2008 ("promessa continuada"). Estavam previstas visitas a seis países, mas o Haiti foi incluído na lista depois de sofrer com as tempestades Gustav e Hanna e o furacão Ike.
Um dos brasileiros a bordo é o capitão-de-corveta (médico) Thomaz Moraes do Carmo, formado pela Universidade Federal do Pará. Na Marinha desde 1996, ele serve no Hospital Naval de Belém. Moraes tem larga experiência de missões de atendimento à população ribeirinha, no rio Amazonas, a bordo do Navio de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz. O outro é o capitão-tenente Ricardo Silva Guimarães, formado pela Faculdade de Medicina de Campos. Ele entrou para o Exército em 1998 e em 2000 se mudou para a Marinha. Atuou no Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade e foi à Antártida a bordo do navio oceanográfico Ary Rongel, entre 2005 e 2006. Os dois concederam entrevista à Folha conjuntamente, por e-mail, quando estavam ao largo do Haiti.
FOLHA - Como foi que surgiu a oportunidade de estar a bordo de um navio da Marinha dos EUA?
THOMAZ MORAES DO CARMO E RICARDO SILVA GUIMARÃES - A Marinha americana convidou dois médicos da Marinha do Brasil a participarem desta missão. Uma das vagas foi oferecida ao Hospital Naval de Belém, por seus médicos terem grande experiência com doenças tropicais. Com isso, o capitão-de-corveta Thomaz foi voluntário. A outra vaga foi decorrente de processo seletivo da Marinha, tendo sido selecionado o capitão-tenente Ricardo.
FOLHA - Em quais países estiveram e de que tipo de atividades participaram? Como se comparam com experiência semelhante de ação cívico-social que realizaram no Brasil?
THOMAZ E RICARDO - Estivemos em Puerto Cabezas, na Nicarágua, e Santa Marta, na Colômbia. O capitão-de-corveta Thomaz realizou atendimento médico primário. O capitão-tenente Ricardo participou de seleção dos pacientes cirúrgicos em terra, tendo realizado as cirurgias a bordo do USS Kearsarge. O tipo de atendimento e as patologias são semelhantes aos do Brasil, porém a população nos pareceu mais carente em saúde e saneamento. A logística americana é maior, devido à natureza da missão, que não se restringe à área médica, com realização de obras de infra-estrutura, como reformas de escolas e hospitais.
FOLHA - Como é a vida a bordo de um navio dos EUA? Sentem-se à vontade ou sofrem de alguma forma de "choque cultural"?
THOMAZ E RICARDO - A convivência a bordo é harmônica e amigável. Não houve nenhum tipo de "choque cultural", visto que já temos alguma experiência com a rotina a bordo de navios da Marinha. Houve, sim, um grande interesse dos americanos em aprender um pouco mais sobre o Brasil. Por ser um navio de grandes dimensões, há uma infra-estrutura maior, o que facilita a vida a bordo.
FOLHA - Onde estão no momento, fazendo o quê? Tiveram contato com as tropas brasileiras da missão de paz no Haiti?
THOMAZ E RICARDO - Estamos ao largo de Porto Príncipe, no Haiti. Neste país foi realizado apenas apoio logístico, pelas aeronaves de bordo, na distribuição de alimentos. Estivemos em terra como voluntários, apenas para ajudar no transbordo dos alimentos para os helicópteros, no aeroporto local. Nós não tivemos contato com a população e as tropas brasileiras.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Carlos Mathias escreveu:Golfo Pérsico, Golfo do México, golfo de neném, tudo tem água... Vocês também ficam exigindo detalhes e preciosismos pô!?
Muito boa CM!!! Esse Cláudio Humberto é um Mané e a cada reportagem se supera.
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Re: A 4ª Frota e o Brasil
E olha... Chorei de emoção agora com essas ações da Madre Tereza naval, a 4º frota.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
O LHD 3 USS Keasarge
Talvez um navio ou dois desse fosse mais útil ao Brasil que um PA, mas isso é opinião minha, e como se vê, tanto serve para suportar esforços de guerra, como para missões humanitárias
USS KEARSARGE is the third ship in the WASP - class and the fourth ship in the Navy to bear the name.
General Characteristics: Keel Laid: February 6, 1990
Launched: March 26, 1992
Commissioned: October 16, 1993
Builder: Ingalls Shipbuilding , West Bank, Pascagoula, Miss.
Propulsion system: two boilers, two geared turbines
Propellers: two
Aircraft elevators: two
Length: 840 feet (256 meters)
Flight Deck Width: 140 feet (42.6 meters)
Beam: 106 feet (32,.3 meters)
Draft: 26,5 feet (8.1 meters)
Displacement: approx. 40,500 tons full load
Speed: 23 knots
Aircraft: (depends upon mission)
6 AV-8B Harrier attack planes or 6 AV-8B Harrier attack planes
4 AH-1W Super Cobra attack helis 12 CH-46 Sea Knight helicopters
12 CH-46 Sea Knight helicopters 9 CH-53 Sea Stallion helicopters
9 CH-53 Sea Stallion helicopters
4 UH-1N Huey helicopters
Assault: or Sea Control:
42 CH-46 Sea Knight helicopters 20 AV-8B Harrier attack planes
6 ASW helicopters
Crew: Ship: 73 officers, 1,009 enlisted
Marine Detachment: 1,894
Armament: two Mk-29 NATO Sea Sparrow launchers, two 20mm Phalanx CIWS, eight Mk-33 .50 cal. machine guns, two Rolling Airframe Missile Systems
Cost: approx. $353 million
Homeport: Norfolk, Va.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Do jeito que o negócio anda, capaz de virar o maior NaSH da MB em tempo integral... não iam nem deixar pousar helos armados...
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
"nosso desafio é aplicar o poder naval de forma a proteger os interesses vitais dos EUA e, ao mesmo tempo, promover uma maior segurança coletiva, estabilidade e confiança. Enquanto a defesa da pátria e a derrota de inimigos na guerra continuam sendo os principais propósitos do poder naval, este deve ser aplicado de forma mais abrangente, se dessa forma servir aos interesss nacionais."
Para mim basta trocar a palavra EUA por Brasil: concordo até dizer chega!
(...) de modo a ter um instrumento capaz de também defender os interesses Brasileiros.
Taí! Confimou o que eu disse. Ah, uns Monitores (LCMs blindadas e armadas) no Rio Paraná...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Seria capaz do Governo Federal transferir essas embarcações para o Ministério da Saúde e ainda obrigar a MB a operá-los as suas custas...glauberprestes escreveu:Do jeito que o negócio anda, capaz de virar o maior NaSH da MB em tempo integral... não iam nem deixar pousar helos armados...
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Poxa, a MB merecia pelo menos uns dois desses... um para a frota "norte" e outra para a frota "sul"...
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Do Blog do Poder Naval:
Audiência no Senado sobre Quarta Frota inclui Jobin
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado realiza na próxima quarta-feira, às 10h, audiência pública com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre a reativação das atividades, no Atlântico Sul, da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos.
Desde maio deste ano os senadores têm comentado e criticado a reativação da frota norte-americana nas águas da América Latina, determinada pelo presidente George W. Bush. Em julho, o senador José Nery (PSOL-PA) discursou em Plenário criticando o fato. Ele lembrou que a frota foi criada em 1943 para patrulhar submarinos alemães nas águas da região da América Latina, mas foi desativada em 1950. Para José Nery, o fato representa “um verdadeiro ataque à soberania brasileira e uma ameaça à paz na região”. Na interpretação do senador, o restabelecimento da Quarta Frota estimula a militarização e a corrida armamentista nas Américas, além de representar uma “ameaça nuclear”, já que os navios seriam dotados de equipamentos nucleares.
Também em julho, durante reunião da CRE, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse ser “radicalmente contra” a decisão do governo dos Estados Unidos de reativar a Quarta Frota, a respeito da qual afirmou ter as “piores recordações” - em referência à participação do governo norte-americano na deposição do então presidente brasileiro João Goulart, em 1964.
No mesmo mês, Simon, Eduardo Suplicy (PT-SP), João Pedro (PT-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestaram ao embaixador dos Estados Unidos, Clifford Sobel, preocupação com a reativação da frota. Eles pediram a Sobel que transmitisse aos então candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama e John McCain, suas reservas em relação à decisão adotada em final de mandato pelo presidente Bush.
Ainda em julho, Cristovam, em discurso no Plenário, considerou “um erro diplomático” o posicionamento da Quarta Frota em águas do Atlântico próximas à América Latina. Ele disse que a opinião pública nacional, alertada para possíveis ações visando à internacionalização da Amazônia, teme que a aproximação daquela força naval configure mais uma afronta à soberania nacional.
Dias depois, senadores da CRE reuniram-se com Jobim e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para discutir o tema. No mesmo dia, representantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Suriname e Venezuela no Parlamento Amazônico (Parlamaz) concluíram encontro com uma declaração chamada “Carta de Brasília”, na qual defenderam o desenvolvimento sustentável e afirmaram que a presença da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos nos mares da América do Sul é uma ameaça à soberania dos países da região.
Já no final de julho, o Parlamento do Mercosul aprovou projeto de declaração, apresentado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que considera “inoportuna e desnecessária” a reativação da Quarta Frota. O texto ressaltou que a América do Sul é uma região “pacífica e democrática”, onde os eventuais conflitos são resolvidos segundo os princípios da não-intervenção e da solução negociada de divergências.
Em agosto, Suplicy leu em Plenário a carta enviada aos candidatos John McCain e Barack Obama, aprovada por unanimidade pelos membros da CRE. Na carta, de idêntico teor a ambos os candidatos, os senadores questionaram a posição de cada um sobre a reativação da frota.
Em meados de setembro, ao apresentar ao Parlamento do Mercosul a proposta de criação do Conselho de Defesa da América do Sul, o ministro Jobim defendeu a vinculação das estratégias de defesa e desenvolvimento da região. Na ocasião, Jobim afirmou não ter “nenhuma preocupação” com a recriação da Quarta Frota. Ele atribuiu a recriação da frota a uma “reorganização administrativa” e observou que se deve apenas estar atento à soberania dos países da região sobre suas águas territoriais. - As águas jurisdicionais sul-americanas são sul-americanas. E ponto - disse ele.
Fonte: Agência Senado
Audiência no Senado sobre Quarta Frota inclui Jobin
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado realiza na próxima quarta-feira, às 10h, audiência pública com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre a reativação das atividades, no Atlântico Sul, da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos.
Desde maio deste ano os senadores têm comentado e criticado a reativação da frota norte-americana nas águas da América Latina, determinada pelo presidente George W. Bush. Em julho, o senador José Nery (PSOL-PA) discursou em Plenário criticando o fato. Ele lembrou que a frota foi criada em 1943 para patrulhar submarinos alemães nas águas da região da América Latina, mas foi desativada em 1950. Para José Nery, o fato representa “um verdadeiro ataque à soberania brasileira e uma ameaça à paz na região”. Na interpretação do senador, o restabelecimento da Quarta Frota estimula a militarização e a corrida armamentista nas Américas, além de representar uma “ameaça nuclear”, já que os navios seriam dotados de equipamentos nucleares.
Também em julho, durante reunião da CRE, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse ser “radicalmente contra” a decisão do governo dos Estados Unidos de reativar a Quarta Frota, a respeito da qual afirmou ter as “piores recordações” - em referência à participação do governo norte-americano na deposição do então presidente brasileiro João Goulart, em 1964.
No mesmo mês, Simon, Eduardo Suplicy (PT-SP), João Pedro (PT-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestaram ao embaixador dos Estados Unidos, Clifford Sobel, preocupação com a reativação da frota. Eles pediram a Sobel que transmitisse aos então candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama e John McCain, suas reservas em relação à decisão adotada em final de mandato pelo presidente Bush.
Ainda em julho, Cristovam, em discurso no Plenário, considerou “um erro diplomático” o posicionamento da Quarta Frota em águas do Atlântico próximas à América Latina. Ele disse que a opinião pública nacional, alertada para possíveis ações visando à internacionalização da Amazônia, teme que a aproximação daquela força naval configure mais uma afronta à soberania nacional.
Dias depois, senadores da CRE reuniram-se com Jobim e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para discutir o tema. No mesmo dia, representantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Suriname e Venezuela no Parlamento Amazônico (Parlamaz) concluíram encontro com uma declaração chamada “Carta de Brasília”, na qual defenderam o desenvolvimento sustentável e afirmaram que a presença da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos nos mares da América do Sul é uma ameaça à soberania dos países da região.
Já no final de julho, o Parlamento do Mercosul aprovou projeto de declaração, apresentado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que considera “inoportuna e desnecessária” a reativação da Quarta Frota. O texto ressaltou que a América do Sul é uma região “pacífica e democrática”, onde os eventuais conflitos são resolvidos segundo os princípios da não-intervenção e da solução negociada de divergências.
Em agosto, Suplicy leu em Plenário a carta enviada aos candidatos John McCain e Barack Obama, aprovada por unanimidade pelos membros da CRE. Na carta, de idêntico teor a ambos os candidatos, os senadores questionaram a posição de cada um sobre a reativação da frota.
Em meados de setembro, ao apresentar ao Parlamento do Mercosul a proposta de criação do Conselho de Defesa da América do Sul, o ministro Jobim defendeu a vinculação das estratégias de defesa e desenvolvimento da região. Na ocasião, Jobim afirmou não ter “nenhuma preocupação” com a recriação da Quarta Frota. Ele atribuiu a recriação da frota a uma “reorganização administrativa” e observou que se deve apenas estar atento à soberania dos países da região sobre suas águas territoriais. - As águas jurisdicionais sul-americanas são sul-americanas. E ponto - disse ele.
Fonte: Agência Senado
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: A 4ª Frota e o Brasil
Muito bla, bla, bla e ainda recheada de uma parte controversa, como esta acima.Marino escreveu:Do Blog do Poder Naval:
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Já no final de julho, o Parlamento do Mercosul aprovou projeto de declaração, apresentado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que considera “inoportuna e desnecessária” a reativação da Quarta Frota. O texto ressaltou que a América do Sul é uma região “pacífica e democrática”, onde os eventuais conflitos são resolvidos segundo os princípios da não-intervenção e da solução negociada de divergências.
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Fonte: Agência Senado
Já passou da hora, para nosso pais fazer sua lição de casa e ter atitudes contundentes para tornar sua soberania algo relevante no contexto das nações.
Esses mecanismos multilaterais são muito bonitinhos, mas totalmente irrelevantes diante dos fatos e do uso da força bruta.
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!