Eleições EUA 2008
John McCain entrou ao ataque, mas Obama venceu o último debate presidencial
16.10.2008 - 08h13 Rita Siza, Hempstead (Nova Iorque)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, aproveitou o terceiro e último debate televisivo para lançar a mais dura ofensiva até agora contra o seu adversário democrata Barack Obama, que procurou descrever como um extremista em quase todos os quesitos — da política fiscal ao alargamento do papel do governo, no ambiente, na educação, no aborto e nas associações a figuras polémicas, como Bill Ayers, o professor universitário de Chicago que nos anos 60 fundou um grupo radical classificado pelo FBI como uma organização terrorista.
Confrontado com um acentuado declínio nas sondagens, que dão ao democrata uma vantagem de dois dígitos a nível nacional e em alguns dos estados indecisos, e pressionado para produzir uma reviravolta que alterasse a dinâmica da campanha, John McCain saiu ao ataque assim que o moderador do confronto, o veterano jornalista da CBS Bob Schieffer, deu as boas-noites à audiência.
Logo na primeira pergunta, que naturalmente foi sobre a economia, o candidato republicano tratou de descrever Obama como alguém que quer assumir a postura de um Robin dos Bosques e redistribuir a riqueza, promovendo uma “guerra de classes” entre ricos e pobres. Além disso, [youtube]repetiu McCain uma e outra vez, Obama quer subir os impostos, alargar a intervenção do governo, aumentar a despesa federal — e assim inviabilizar os esforços daqueles que lutam para realizar o “sonho americano”.
Foi um ataque detalhado e consistente, tanto às políticas como ao carácter de Barack Obama. Foi também uma forma de marcar a sua diferença: McCain assumiu-se como um herdeiro da tradição económica conservadora de menos impostos e menos governo — para se distinguir do concorrente democrata e da actual Administração republicana, cujo despesismo “fora de controlo” foi igualmente rejeitado.
Assim que o senador democrata o associou ao Presidente George W. Bush, McCain reagiu com um “sound-bite” destinado a arrumar com o assunto. “Senador Obama, eu não sou o Presidente Bush. Se queria correr contra ele, devia ter-se candidatado há quatro anos”, lançou. Obama prosseguiu, porém, na mesma linha. “Se ocasionalmente confundo as suas políticas com as de George W. Bush, é porque nas questões essenciais que interessam ao povo americano — na política fiscal, energética, nas prioridades da despesa — o senador tem sido um vigoroso apoiante deste Presidente”, retorquiu.
O fogo constante de McCain não pareceu assustar Barack Obama, que se manteve no seu estilo, calmo, contido, por vezes mesmo aborrecido. Só raras vezes o senador republicano logrou verdadeiramente colocar o seu opositor na defensiva. Às sucessivas acusações, Obama deu a mesma resposta (mais tarde repetida pelos seus porta-vozes no “spin-room”): os eleitores estão preocupados com a economia e querem que os candidatos lhes apresentem soluções, e não os distraiam com questões acessórias.
Joe, o canalizador
Nos dias antes do debate, os comentadores repetiram que John McCain teria que jogar um ás de trunfo, tirar um coelho da cartola, se queria ser bem sucedido e contrariar a ascensão do seu concorrente. O senador republicano saiu-se com… Joe Wurzelbarcher ou, como ficou imortalizado ontem à noite, “Joe o canalizador”, um eleitor do Ohio que numa paragem da campanha de Barack Obama questionou o senador do Illinois sobre o seu plano fiscal.
Depois de apresentado o personagem, os dois candidatos perderam minutos e minutos a falar sobre Joe — e para Joe. O seu nome foi mencionado mais de 20 vezes. “Joe, o senador Obama quer que tu pagues mais impostos”, alertou McCain. “Joe, se me estás a ouvir, o teu negócio não pagará nenhuma multa se não comprar um seguro de saúde para todos os trabalhadores”, esclareceu Obama.
De resto, todo o “sangue” que tinha sido prometido acabou por não espirrar. Houve algumas escaramuças, talvez suficientes para uns arranhões, mas nada de mais dramático (seguramente, não um jorro em golfadas, como antecipava a imprensa).
E nem faltaram oportunidades para hemorragias fatais. A mais esperada — e que fez o público balouçar na cadeira — aconteceu quando Bob Schieffer perguntou aos candidatos se tinham coragem de repetir na cara um do outro as palavras que as suas campanhas têm usado: “errático”, “fora de contexto”, “zangado” nas referências a McCain ou “desrespeitoso”, “perigoso”, “desonroso”, “mentiroso” na descrição de Obama.
Nenhum dos dois o fez. McCain usou a deixa para finalmente questionar a associação de Obama e Bill Ayers, mas com relativa prudência. Obama explicou-se e contra-atacou: “O facto deste assunto se ter tornado uma parte tão importante da sua campanha, senador McCain, diz mais àcerca da sua candidatura do que da minha”, concluiu.
John McCain esteve melhor que anteriormente, mas Obama vence debate
De todos os debates, sem dúvida que aquele que decorreu na Hofstra University de Nova Iorque foi o mais interessante e animado. “No palco estiveram dois homens, um que é um presidente e outro que é um professor”, comentou ao PÚBLICO Rick Davis, o director de campanha de John McCain, no final do debate. “Marcamos as nossas diferenças, apresentamos o nosso caso: perante uma recessão, não é boa ideia subir os impostos e aumentar a despesa”, insistiu.
“Em nenhum momento McCain mostrou que é capaz de oferecer algo novo aos americanos. Não vimos ideias novas, vimos a continuação dos últimos oito anos. Falar de questões de personalidade não tem resultado para o senador republicano, mas ele parece não querer deixar de falar nisso. Nós sentimo-nos muito confortáveis a falar das questões económicas que interessam aos eleitores”, contrapôs David Plouffe, um dos dirigentes da campanha de Obama.
A opinião dos comentadores foi que este foi o debate em que John McCain esteve melhor, mais assertivo na demarcação das suas diferenças para Obama. Só que, notaram, o senador republicano não foi capaz de introduzir nenhum novo elemento na narrativa da corrida: não apresentou uma nova ideia ou plano, não fez nenhuma declaração bombástica, não conduziu o seu opositor a cometer um erro crasso.
Outro problema, assinalaram, foi que em termos de estilo, o republicano deixou passar uma imagem de agressividade, que alguns analistas repudiaram como excessivamente enraivecida e desnecessariamente sarcástica. Assim, e se nas questões de conteúdo McCain esteve melhor do que antes, a forma poderá ter comprometido as suas aspirações.
Quanto ao eleitorado, as sondagens de boca de urna que auscultaram os telespectadores mais uma vez atribuíram a vitória a Barack Obama (que fora já declarado como vencedor nos dois confrontos anteriores). Segundo o inquérito da CNN, 58 por cento considerou que o democrata fez um melhor trabalho no debate e 31 por cento entendeu que foi o republicano. Os números recolhidos pela CBS News apontaram a vitória de Obama por 53 por cento, contra 22 por cento de McCain e 24 por cento que consideraram que foi um empate.[/youtube]
EUA: PRESIDENCIAIS 2008
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Senador McCain disse ontem no debate que isentaria o etanol brasileiro de imposto e compraria o necessário do Brasil. Já Obama...
"O correr da vida embrulha tudo,
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Eu nao consigo ver grande diferença dos 2 candidatos em relação ao Brasil.Senador McCain disse ontem no debate que isentaria o etanol brasileiro de imposto e compraria o necessário do Brasil. Já Obama...
Independente do presidente americano eles precisam se aproximar do Brasil pra continur tendo aliados na AL.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
HUAHUA
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
McCain tenta recolar mas Obama acelera
00h30m / ORLANDO CASTRO / http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/
No último frente-a-frente para as eleições do próximo dia 4 nos EUA, John McCain terá estado no seu ponto mais alto. No entanto, aconteceu o mesmo com Barack Obama. Por isso, as sondagens dão a vitória ao democrata.
No debate que decorreu na Universidade de Hempstead, Nova Iorque, não foi jogada nenhuma cartada que possa influenciar o rumo da campanha. Segundo a CNN, Obama foi o melhor para 58% dos entrevistados; McCain teve 31%. 53% dos auscultados pela CBS deram avitória ao democrata, contra contra 22% para McCain, havendo 24% que optaram pelo empate.
Obama jogou ao ataque em grande parte do debate, acusando McCain de ser um clone do presidente Bush. "Senador Obama, não sou o presidente Bush", reagiu o republicano que tentou passar a mensagem de que, afinal, é muito mais o que o separa de Bush do que aquilo que os une.
McCain, seguindo o que é feito nas suas campanhas televisivas, atacou Obama acusando-o de perigosas ligações a William Ayers, fundador do grupo radical "Weather Underground", responsável por atentados contra o Pentágono e o Congresso nas décadas de 1960 e 1970.
"Ayers cometeu actos horríveis há 40, quando eu tinha 8 anos", recordou Obama, dizendo que hoje se associa na área económica a Warren Buffett e ao ex-presidente da Resrva Federal (banco central) Paul Volcker; na política externa ao seu vice, Joe Biden, e ao senador republicano Dick Lugar.
"O povo merece que a campanha se concentre, nas próximas semanas, na questão que é realmente importante para o país: a crise económica", disse Obama.
McCain e Obama ajudaram, entretanto, o canalizador Joe a tornar-se uma personagem importante desta campanha, a ponto de ter figurado no último debate.
Joe Wurzelbacher, de 34anos e residente em Holland (Ohio), mereceu a atenção dos candidatos quando, a semana passada, questionou Obama sobre o seu plano fiscal, numa acção eleitoral transmitida pela Fox News, e que motivou o convite para entrar na campanha republicana de McCain.
O candidato republicano disse que o plano de Obama de aumentar os impostos para aqueles que ganham mais de 250 mil dólares por ano iria prejudicar os proprietários de empresas pequenas, como Wurzelbacher.
O canalizador explicou, contudo, que apesar de não ganhar nada que se aproxime dos 250 mil dólares, está preocupado com a proposta de Obama.
"Não sei como é que esse plano me vai ajudar. Vivo numa casa simples. O meu camião já tem alguns anos e provavelmente vou mantê-lo nos próximos dez", lamentou Joe Wurzelbacher.
Por outro lado, o cantor Jon Bon Jovi criticou a campanha de John McCain por usar, sem autorização, uma das suas músicas durante os comícios.
Bon Jovi, que fez um jantar de apoio a Obama com convites que custaram 30 mil dólares por pessoa, disse estar surpreso por ouvir a canção "Who Says You Can't Go Home" ser usada durante comícios de apoio a Sarah Palin.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
a mrd toda é que o eleitorado republicano é muito mais fanático do que o democrata e isso poderá fazer com que muitos democratas pensem que são "favas contadas" e não vão votar no dia 4.
Outa coisa que tenho medo é o "efeito Bradley" dizerem que vão votar no Obama e depois não irem
e finalmente não esqueçamos potenciais fraudes (á la florida 2000)
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
A nível interno isso é lá com eles, já a nível externo espero que Obama ganhe já que promete mudanças, e espero que rume definitivamente para um sentido mais equilibrado e multilateral, que os EUA ouçam mais os seus parceiros, e tenham uma atitude menos belicosa no mundo.
Pelo menos os mentores neo-cons já eram: Ricahrd Pearle, Dick Cheeney, Paul Wolfovitz, Kagan e outros, que no primeiro mandato de Bush muito mal o aconselharam.
Até porque agora com a crise financeira e a económica que ainda nem se fez sentir, eles vão precisar, e muito, do resto do mundo, e aí não há armamentos que lhes valham.
Pelo menos os mentores neo-cons já eram: Ricahrd Pearle, Dick Cheeney, Paul Wolfovitz, Kagan e outros, que no primeiro mandato de Bush muito mal o aconselharam.
Até porque agora com a crise financeira e a económica que ainda nem se fez sentir, eles vão precisar, e muito, do resto do mundo, e aí não há armamentos que lhes valham.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Washington Post declara apoio a Obama
17/10 - 07:26 - AFP
O jornal Washington Post declara apoio ao candidato democrata Barack Obama na eleição presidencial dos Estados Unidos, em editorial publicado na edição desta sexta-feira.
O jornal da capital americana afirma que o apoio não tem ambivalências e elogia a inteligência e capacidade política de Obama, ao mesmo tempo que critica o republicano John McCain e sua candidata à vice-presidência, Sarah Palin.
"A decisão é fácil em parte pela decepcionante campanha de McCain, sobretudo por sua irresponsável escolha de uma companheira de chapa que não está preparada para ser presidente", destaca o Post.
O editorial ressalta que o senador de Illinois é "um homem de fina inteligência, com uma capacidade para captar as nuanças de temas complexos e uma evidente habilidade para a conciliação e a construção de consensos".
"Obama tem o potencial de se tornar um grande presidente", prossegue o editorial, que no entanto manifesta inquietação por considerar a experiência de Obama limitada.
"Sim, temos reservas e preocupações, quase de maneira inevitável, dada a relativamente breve experiência de Obama na política nacional. Porém, também temos enormes esperanças".
O Washington Post apoiou os candidatos democratas Al Gore e John Kerry nas duas últimas eleições presidenciais, que foram vencidas pelo republicano George W. Bush.
O jornal acrescenta que a resposta de Obama em temas de política nacional, como a crescente crise econômica, mostram "um saudável respeito pelos mercados, com uma justificada consternação pela crescente desigualdade e uma compreensão da necessidade de uma regulamentação focalizada".
A respeito da política externa, "a melhor evidência sugere que ele vai manter a liderança e o compromisso dos Estados Unidos, continuará lutando contra o terrorismo e conduzirá uma vigorosa diplomacia em nome dos valores e interesses dos Estados Unidos", conclui o Post.
ksh/fp
17/10 - 07:26 - AFP
O jornal Washington Post declara apoio ao candidato democrata Barack Obama na eleição presidencial dos Estados Unidos, em editorial publicado na edição desta sexta-feira.
O jornal da capital americana afirma que o apoio não tem ambivalências e elogia a inteligência e capacidade política de Obama, ao mesmo tempo que critica o republicano John McCain e sua candidata à vice-presidência, Sarah Palin.
"A decisão é fácil em parte pela decepcionante campanha de McCain, sobretudo por sua irresponsável escolha de uma companheira de chapa que não está preparada para ser presidente", destaca o Post.
O editorial ressalta que o senador de Illinois é "um homem de fina inteligência, com uma capacidade para captar as nuanças de temas complexos e uma evidente habilidade para a conciliação e a construção de consensos".
"Obama tem o potencial de se tornar um grande presidente", prossegue o editorial, que no entanto manifesta inquietação por considerar a experiência de Obama limitada.
"Sim, temos reservas e preocupações, quase de maneira inevitável, dada a relativamente breve experiência de Obama na política nacional. Porém, também temos enormes esperanças".
O Washington Post apoiou os candidatos democratas Al Gore e John Kerry nas duas últimas eleições presidenciais, que foram vencidas pelo republicano George W. Bush.
O jornal acrescenta que a resposta de Obama em temas de política nacional, como a crescente crise econômica, mostram "um saudável respeito pelos mercados, com uma justificada consternação pela crescente desigualdade e uma compreensão da necessidade de uma regulamentação focalizada".
A respeito da política externa, "a melhor evidência sugere que ele vai manter a liderança e o compromisso dos Estados Unidos, continuará lutando contra o terrorismo e conduzirá uma vigorosa diplomacia em nome dos valores e interesses dos Estados Unidos", conclui o Post.
ksh/fp
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
McCain encara Letterman com humor
Republicano 'faz as pazes' com apresentador do 'Late Show'.
Candidato arrancou risadas do público com piadas sobre o Vietnã.
O candidato presidencial republicano, John McCain, enfrentou com humor nesta quinta-feira seu maior "carrasco" na TV americana, o apresentador David Letterman, durante uma aparição no famoso "Late Show".
A presença de McCain no programa de entrevistas, em Nova York, acabou com o desentendimento surgido no mês passado, após o senador faltar a outro "Late Show".
Questionado por Letterman sobre o motivo da ausência no primeiro programa, McCain brincou: "Posso responder mesmo? Fiz merda".
O público também riu muito quando McCain, prisioneiro durante a guerra do Vietnã, reclamou do bombardeio de perguntas de Letterman. "Não me divertia assim desde meu último interrogatório."
O programa, muito descontraído, contrastou com a tensão do último debate contra o candidato democrata, Barack Obama, na noite de quarta-feira, no qual McCain se mostrou sério e até irritado.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... HUMOR.html
Republicano 'faz as pazes' com apresentador do 'Late Show'.
Candidato arrancou risadas do público com piadas sobre o Vietnã.
O candidato presidencial republicano, John McCain, enfrentou com humor nesta quinta-feira seu maior "carrasco" na TV americana, o apresentador David Letterman, durante uma aparição no famoso "Late Show".
A presença de McCain no programa de entrevistas, em Nova York, acabou com o desentendimento surgido no mês passado, após o senador faltar a outro "Late Show".
Questionado por Letterman sobre o motivo da ausência no primeiro programa, McCain brincou: "Posso responder mesmo? Fiz merda".
O público também riu muito quando McCain, prisioneiro durante a guerra do Vietnã, reclamou do bombardeio de perguntas de Letterman. "Não me divertia assim desde meu último interrogatório."
O programa, muito descontraído, contrastou com a tensão do último debate contra o candidato democrata, Barack Obama, na noite de quarta-feira, no qual McCain se mostrou sério e até irritado.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... HUMOR.html
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
O McCain é engraçado quando ele vai nesses programas huahua
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Especial América 2008
Colin Powell manifesta em público apoio a Barack Obama
Stephen Morrison/EPA O anúncio do apoio de Colin Powell acontece a cerca de duas semanas das eleições presidenciais
O antigo secretário de Estado de George W. Bush anunciou publicamente o seu apoio ao candidato democrata, Barack Obama, na corrida à presidência dos Estados Unidos.
Colin Powell considera que os dois candidatos são qualificados para o lugar, mas entende que o senador do Illinois fará uma boa gestão das questões económicas internas e desempenhará um melhor papel na política externa.
Powell acredita que Obama será um "presidente reformador". "Penso que precisamos de um presidente que configure uma mudança de geração e é por isso que apoio Barack Obama", disse Powell, esta manhã, no programa "Meet the press", emitido pela NBC.
Powell referiu que esta posição não diminuiu o "respeito ou admiração" que sente por McCain, de quem é amigo há 25 anos.
O facto de tanto Obama como Powell serem afro-americanos não foi determinante neste anúncio público, garante o general.
Powell criticou o tom, que qualificou de negativo, da campanha de McCain e a escolha do “número dois”. Sarah Palin, sustenta o general, não está preparada para assumir a presidência se for necessário. Esta será, no seu entender, a característica mais importante a pesar na escolha do vice-presidente.
O candidato republicano desvalorizou o apoio de Powell a Obama, que disse não o ter surpreendido. “Estou contente por beneficiar do apoio de quatro antigos secretários de Estado, Kissinger, Baker, Eagleburger e Haig”, respondeu John McCain, em entrevista à Fox.
O republicano preferiu destacar o seu plano económico para os EUA e a experiência que os contactos de campanha têm proporcionado. “Estamos muito satisfeitos com o decorrer da campanha”, comentou na televisão.
John McCain disse ainda que a escolha de Sarah Palin “foi a melhor coisa que poderia ter acontecido à sua campanha e à América” e que “não poderia estar mais feliz” com a opção.
A sondagem da RealClearPolitics atribui vantagem ao candidato democrata. Barack Obama tem 48,9 por cento das intenções de voto, enquanto John McCain segue com 43,9 por cento.
Campanha de Obama anuncia recorde de verbas
As recolhas efectuadas durante o mês de Setembro renderam 150 milhões de dólares ao Senador do Illinois, junto de 632 mil doadores, enquanto em Agosto haviam sido arrecadados 66 milhões. Barack Obama, que não aceitou o financiamento público para actividades de campanha, não tem um limite definido para as mesmas.
A campanha do Senador do Arizona, que aceitou o financiamento público, não poderá gastar mais do que 84 milhões de dólares.
Raquel Ramalho Lopes, RTP
2008-10-19 16:20:58
Colin Powell manifesta em público apoio a Barack Obama
Stephen Morrison/EPA O anúncio do apoio de Colin Powell acontece a cerca de duas semanas das eleições presidenciais
O antigo secretário de Estado de George W. Bush anunciou publicamente o seu apoio ao candidato democrata, Barack Obama, na corrida à presidência dos Estados Unidos.
Colin Powell considera que os dois candidatos são qualificados para o lugar, mas entende que o senador do Illinois fará uma boa gestão das questões económicas internas e desempenhará um melhor papel na política externa.
Powell acredita que Obama será um "presidente reformador". "Penso que precisamos de um presidente que configure uma mudança de geração e é por isso que apoio Barack Obama", disse Powell, esta manhã, no programa "Meet the press", emitido pela NBC.
Powell referiu que esta posição não diminuiu o "respeito ou admiração" que sente por McCain, de quem é amigo há 25 anos.
O facto de tanto Obama como Powell serem afro-americanos não foi determinante neste anúncio público, garante o general.
Powell criticou o tom, que qualificou de negativo, da campanha de McCain e a escolha do “número dois”. Sarah Palin, sustenta o general, não está preparada para assumir a presidência se for necessário. Esta será, no seu entender, a característica mais importante a pesar na escolha do vice-presidente.
O candidato republicano desvalorizou o apoio de Powell a Obama, que disse não o ter surpreendido. “Estou contente por beneficiar do apoio de quatro antigos secretários de Estado, Kissinger, Baker, Eagleburger e Haig”, respondeu John McCain, em entrevista à Fox.
O republicano preferiu destacar o seu plano económico para os EUA e a experiência que os contactos de campanha têm proporcionado. “Estamos muito satisfeitos com o decorrer da campanha”, comentou na televisão.
John McCain disse ainda que a escolha de Sarah Palin “foi a melhor coisa que poderia ter acontecido à sua campanha e à América” e que “não poderia estar mais feliz” com a opção.
A sondagem da RealClearPolitics atribui vantagem ao candidato democrata. Barack Obama tem 48,9 por cento das intenções de voto, enquanto John McCain segue com 43,9 por cento.
Campanha de Obama anuncia recorde de verbas
As recolhas efectuadas durante o mês de Setembro renderam 150 milhões de dólares ao Senador do Illinois, junto de 632 mil doadores, enquanto em Agosto haviam sido arrecadados 66 milhões. Barack Obama, que não aceitou o financiamento público para actividades de campanha, não tem um limite definido para as mesmas.
A campanha do Senador do Arizona, que aceitou o financiamento público, não poderá gastar mais do que 84 milhões de dólares.
Raquel Ramalho Lopes, RTP
2008-10-19 16:20:58
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Piorar a situação é que não vaiBolovo escreveu:O McCain é engraçado quando ele vai nesses programas huahua
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
General e antigo chefe da diplomacia diz que democrata reúne condições para ser Presidente
Colin Powell anuncia apoio a Obama
19.10.2008 - 15h17 PÚBLICO, Agências
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia
Colin Powell, secretário de Estado norte-americano no primeiro mandato de George W. Bush, revelou hoje o seu apoio ao candidato democrata à Casa Branca Barack Obama, um anúncio que marca uma ruptura decisiva do general com a actual Administração republicana.
Powell, que depois de abandonar a Administração criticou a decisão de Bush de avançar para a guerra no Iraque, foi esta manhã ao programa “Meet the Press” da NBC anunciar que a sua escolha de voto não recai sobre o candidato republicano.
O antigo chefe da diplomacia americana considera que o candidato democrata “preenche os critérios” para liderar o país, destacando a sua capacidade “para inspirar” os que o apoiam e para “procurar consensos”. “Todos os americanos, e não apenas os afro-americanos” ficarão orgulhosos se Obama ganhar, afirmou.
O antigo conselheiro para a Segurança Nacional e chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA (cargo que ocupou durante a Guerra do Golfo) desvalorizou a inexperiência do candidato democrata em cargos executivos. “Confio neste homem para comandante-em-chefe e vocês também deveriam confiar”, afirmou Powell, dirigindo-se aos eleitores indecisos.
O general, de 71 anos, explicou que decidiu apoiar Obama depois de seguir “atentamente” as duas campanhas durante as últimas semanas, tendo concluído que o democrata “tem o estilo e a substância” necessárias para responder aos problemas do país e modernizá-lo. “Penso que ele será um Presidente reformador e por essa razão vou votar nele”, acrescentou.
Powell diz que também “McCain daria um bom Presidente”, mas a política nacional precisa “de uma mudança de geração”, de alguém capaz de “electrizar o país e o mundo”.
O antigo chefe da diplomacia lamentou também o “negativismo” e a visão “demasiado estreita” manifestada pela campanha republicana e diz que John McCain “tem-se mostrado demasiado inseguro sobre a forma de lidar com os problemas económicos” que o país atravessa. “Cada dia tem uma posição diferente sobre o tema e isso preocupa-me”, afirmou, citado pela BCC online.
Powell manifestou-se também contra a escolha de Sarah Palin para candidata à vice-presidência: “Ela é uma mulher notável e deve ser admirada”, mas “não creio que esteja pronta para ser Presidente dos EUA, o que é afinal o trabalho de um vice-Presidente”.
Confrontado com este revés, no mesmo dia em que se soube que Obama conseguiu angariar no mês passado um valor recorde de 150 milhões de dólares, John McCain disse “não ter ficado surpreendido” com a decisão de Powell, de quem é "amigo de longa data". “Estou muito contente de poder beneficar com o apoio de [outros] quatro antigos secretários de Estado”, afirmou o candidato republicano, em declarações à televisão Fox News.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
[/color]Eleições nos EUA
McCain promete luta até ao fim da campanha
ELMANO MADAIL, em Westerville, Ohio / http://jn.sapo.pt/Dossies 00h30m
Republicano fez comício no Ohio sem novidades no discurso mas commuito espectáculo à mistura e silêncio sobre o apoio de Powell a Obama
A campanha do candidato republicano à Casa Branca, John McCain, provou este domingo, mais uma vez, no Ohio, que a política é tanto mais mobilizadora quanto mais simples for na substância e mais complexa na aparência.
A multidão exige o espectáculo. E teve-o, no colégio Otterbein, na pequena vila de Westerville, subúrbios de Columbus. A gigantesca produção envolveu, para lá da meia hora discursiva do senador do Arizona, a filha dele, Megan, os demais candidatos conservadores estaduais e a banda musical do colégio, com transmissão para dois ecrãs gigantes montados no exterior para satisfazer os que não chegaram ao recinto.
O comício, esse, além de não ter acrescentado nada de novo aos temas dominantes da campanha - a situação económica, o sistema de saúde e o Iraque - ignorou completamente o apoio que o rival democrata, Barack Obama, recebeu do ex-secretário de Estado de George W. Bush, Collin Powell (ver texto ao lado). Para muitos, tratou-se apenas de "solidariedade racial" e, logo, de uma "traição esperada". Outros, nem sequer sabiam…
Na verdade, o apoio de Powell só foi referido pelas dezenas de apoiantes de Obama que, munidos de t-shirts e cartazes, tentavam demover a fila de acólitos de McCain, de todas as idades e condições, que aguardavam o ingresso no ginásio de Otterbein, resguardado por dezenas de polícias. Locais, federais e agentes dos serviços secretos. Não obstante a "liberdade de expressão ser um direito constitucional", como referia a jovem e loira Loren S., de 21 anos, cartazes como o dela, afirmando a incapacidade de Sarah Pallin ver "para lá do Alasca (a não ser a Rússia!), apesar dos óculos de 700 dólares", desencadearam a fúria de alguns republicanos mais sensíveis.
Um deles, Kevin Croft, 61 anos coroados por cabelos raros e brancos, ex-operário metalúrgico e patriotismo estampado na gravata que replica a bandeira nacional, não se conteve e brandiu o andarilho de três pernas para a fila dos provocadores democratas, acusando-os de serem "lixo comunista". Outros reforçaram a ideia e mandaram trabalhar os manifestantes, acusando--os de querer apenas "viver à conta dos impostos governamentais para não fazerem nenhum".
No fundo, são traduções populares da mensagem que McCain tem disseminado no périplo pelo Ohio, um estado decisivo - orça em 20 delegados para o colégio eleitoral e deu o segundo mandato a George W. Bush por 166 mil votos. Recordando outra vez o canalizador "Joe" de Toledo - "o único que conseguiu sacar uma resposta clara de Obama" -, acrescentou-lhe ainda a Susan, a Wendy e mais uma sucessão de nomes comuns simbolizando "os pequenos empresários e trabalhadores que serão castigados pela política económica de Obama". Porque, disse McCain, "ele quer aumentar a receita fiscal mas, como não consegue fazê-lo com aqueles que já não pagam nada, terá de aumentar os impostos das pessoas que os pagam e que trabalham. Vocês", disse, dirigindo-se à multidão ululante.
O povo esteve sempre, aliás, na sua mão - como os veteranos, que levantaram os punhos para que o velho herói de guerra pudesse aquilatar o seu apoio -, desde que entrou sob o poderoso som de "Thunder", dos AC/DC, até se ter despedido com o tradicional "God bless América" e o genérico do filme "Rocky".
E será bem preciso um campeão do pugilato para vencer no Ohio, onde as últimas sondagens indicavam vantagem de Obama por 6%. Um combate que McCain quer ganhar, com "a luta que for necessária". Porque ele já anda "a lutar pela América desde os 17". Tem 72 anos. E quer continuar.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
os "santos" republicanos que andavam a gritar fraude por causa da ACORN....
http://www.latimes.com/news/politics/la ... 5611.story
Voters say they were duped into registering as Republicans
YPM, a group hired by the GOP, allegedly deceived Californians who thought they were signing a petition. YPM denies any wrongdoing. Similar accusations have been leveled against the company elsewhere.
By Evan Halper and Michael Rothfeld, Los Angeles Times Staff Writers
October 18, 2008
SACRAMENTO -- Dozens of newly minted Republican voters say they were duped into joining the party by a GOP contractor with a trail of fraud complaints stretching across the country.
Voters contacted by The Times said they were tricked into switching parties while signing what they believed were petitions for tougher penalties against child molesters. Some said they were told that they had to become Republicans to sign the petition, contrary to California initiative law. Others had no idea their registration was being changed.
http://www.latimes.com/news/politics/la ... 5611.story
Triste sina ter nascido português