EUA: PRESIDENCIAIS 2008
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Considerando que no ultimo trimestre o EUA cresceu 3% e o crescimento no consumo aumentou em 2% não vejo um cenário economico tão ruim para os EUA no longo prazo.
- Bourne
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Eu vejo e tantos outros, também
E os problemas vão muito além de crescimento do PIB e consumo. Estão ligados a própria estruturação da economia norte-americana, formatada desde a década de 1970, quando começou a financeirização do poder norte-americano e a sua lenta perda proporcional de poder em relação aos demais países do sistema. Isso não são as trombetas do apocalipse, mas, sim, uma mudança esperada nos movimentos de expansão capitalista, desde as cidades italianas no século XV.
E os problemas vão muito além de crescimento do PIB e consumo. Estão ligados a própria estruturação da economia norte-americana, formatada desde a década de 1970, quando começou a financeirização do poder norte-americano e a sua lenta perda proporcional de poder em relação aos demais países do sistema. Isso não são as trombetas do apocalipse, mas, sim, uma mudança esperada nos movimentos de expansão capitalista, desde as cidades italianas no século XV.
- P44
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- rodrigo
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
08/09/2008 - 02h52
McCain supera Obama na pesquisa USA Today/Gallup
da France Presse, em Washington
da Folha Online
O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, superou o rival democrata Barack Obama nas intenções de voto, segundo pesquisa USA Today/Gallup publicada neste domingo.
A pesquisa mostra McCain na frente de Obama com 50% a 46% entre os eleitores, o que representa uma reversão de uma enquete prévia feita pelo jornal antes da Convenção Nacional do Partido Republicano, realizada na semana passada.
Segundo o jornal "USA Today", na pesquisa anterior McCain estava atrás de Obama por sete pontos percentuais.
"Os republicanos celebraram uma convenção bem sucedida e, pelo menos no princípio, a escolha de Sarah Palin fez a grande diferença", indicou o analista político Larry Sabato da Universidade de Virginia.
Vinte e nove por cento dos entrevistados afirmaram que a escolha de Palin como vice os incentivou a votar em McCain e 21% afirmaram que agora seu voto para a chapa republicana é menos provável.
Discurso
O discurso de McCain na Convenção Republicana na quinta-feira passada (4) foi assistido por 38,9 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, informou a consultoria Nielsen Media Research.
Em comparação, as declarações de Obama, durante a Convenção Democrata, atraiu 38,3 milhões de americanos, na semana anterior. Já o discurso da vice de McCain, Sarah Palin, foi visto por 37,2 milhões de telespectadores, na quarta-feira (2).
Uma pesquisa divulgada na sexta mostrou que Palin --antes desconhecida da maior parte do público americano-- atingiu popularidade entre 58% dos eleitores americanos, enquanto os presidenciáveis McCain e o democrata Barack Obama são ambos vistos de forma favorável por 57%.
A governadora do Alasca ganhou as manchetes das mídias dos Estados Unidos depois de ser nomeada candidata à vice do presidenciável republicano, John McCain, na semana passada.
Escândalos envolvendo a vida pessoal de Palin, como a gravidez de sua filha adolescente, também contribuiram para sua meteórica ascensão nos noticiários.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2405.shtml
McCain supera Obama na pesquisa USA Today/Gallup
da France Presse, em Washington
da Folha Online
O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, superou o rival democrata Barack Obama nas intenções de voto, segundo pesquisa USA Today/Gallup publicada neste domingo.
A pesquisa mostra McCain na frente de Obama com 50% a 46% entre os eleitores, o que representa uma reversão de uma enquete prévia feita pelo jornal antes da Convenção Nacional do Partido Republicano, realizada na semana passada.
Segundo o jornal "USA Today", na pesquisa anterior McCain estava atrás de Obama por sete pontos percentuais.
"Os republicanos celebraram uma convenção bem sucedida e, pelo menos no princípio, a escolha de Sarah Palin fez a grande diferença", indicou o analista político Larry Sabato da Universidade de Virginia.
Vinte e nove por cento dos entrevistados afirmaram que a escolha de Palin como vice os incentivou a votar em McCain e 21% afirmaram que agora seu voto para a chapa republicana é menos provável.
Discurso
O discurso de McCain na Convenção Republicana na quinta-feira passada (4) foi assistido por 38,9 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, informou a consultoria Nielsen Media Research.
Em comparação, as declarações de Obama, durante a Convenção Democrata, atraiu 38,3 milhões de americanos, na semana anterior. Já o discurso da vice de McCain, Sarah Palin, foi visto por 37,2 milhões de telespectadores, na quarta-feira (2).
Uma pesquisa divulgada na sexta mostrou que Palin --antes desconhecida da maior parte do público americano-- atingiu popularidade entre 58% dos eleitores americanos, enquanto os presidenciáveis McCain e o democrata Barack Obama são ambos vistos de forma favorável por 57%.
A governadora do Alasca ganhou as manchetes das mídias dos Estados Unidos depois de ser nomeada candidata à vice do presidenciável republicano, John McCain, na semana passada.
Escândalos envolvendo a vida pessoal de Palin, como a gravidez de sua filha adolescente, também contribuiram para sua meteórica ascensão nos noticiários.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2405.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Troquei até de avatar em homenagem a Obama:
Gallup: McCain está três pontos à frente de Obama
Pesquisa Gallup feita entre os dias 4 e 6 de setembro indica que o republicano John McCain está com 48% das intenções de voto, contra 45% do democrata Barak Obama.
http://www.gallup.com/poll/110050/Gallu ... 48-45.aspx
Gallup: McCain está três pontos à frente de Obama
Pesquisa Gallup feita entre os dias 4 e 6 de setembro indica que o republicano John McCain está com 48% das intenções de voto, contra 45% do democrata Barak Obama.
http://www.gallup.com/poll/110050/Gallu ... 48-45.aspx
- rodrigo
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Obama comete gafe e declara-se muçulmano na TV americana
Democrata reconhece que McCain nunca falou de sua 'fé muçulmana'; após o erro, logo corrigiu: 'fé cristã'
AP
Obama se diz 'muçulmano' na TV americana
WASHINGTON - Em entrevista à rede de televisão ABC, o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, cometeu uma gafe ao falar de sua religião, declarando-se, por engano, muçulmano. O candidato freqüenta há anos uma igreja cristã protestante em Chicago, mas nos últimos tempos está sob a mira de blogs políticos, que o classificam de "secreto muçulmano."
Durante a entrevista, o jornalista George Stephanopoulos comentou os boatos que correm na internet, mas reconheceu que, John McCain, adversário de Obama, em nenhum momento declarou abertamente algo a respeito da fé do democrata.
"Não estamos jogando, você tem razão no fato de que John McCain não falou de minha fé muçulmana", afirmou Obama, sendo interrompido em seguida pelo apresentador, que corrigiu: "fé cristã."
Ao perceber a gafe, o democrata retomou o discurso. "Fé cristã. O que eu quero dizer é que ele [McCain] nunca sugeriu que eu sou um muçulmano", confirmou o candidato democrata, acrescentando que apesar disso, o adversário político "também não fez questão de desmentir os boatos".
Uma hora depois, o trecho da entrevista com a declaração "minha fé muçulmana" foi tirado do contexto restante do diálogo e começou a alimentar blogs e vídeos que defendem a teoria de que Obama seria um seguidor do islamismo.
As polêmicas em torno de sua religião foram acentuadas após o senador democrata, que é filho de muçulmano, ter aparecido em uma foto com roupas típicas somalis, o que reforçou os boatos. Também recentemente, o candidato foi alvo de uma sátira da revista New Yorker, que fez uma caricatura do democrata ao lado de sua esposa, Michelle, em trajes muçulmanos.
http://www.estadao.com.br/internacional ... 7949,0.htm
Democrata reconhece que McCain nunca falou de sua 'fé muçulmana'; após o erro, logo corrigiu: 'fé cristã'
AP
Obama se diz 'muçulmano' na TV americana
WASHINGTON - Em entrevista à rede de televisão ABC, o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, cometeu uma gafe ao falar de sua religião, declarando-se, por engano, muçulmano. O candidato freqüenta há anos uma igreja cristã protestante em Chicago, mas nos últimos tempos está sob a mira de blogs políticos, que o classificam de "secreto muçulmano."
Durante a entrevista, o jornalista George Stephanopoulos comentou os boatos que correm na internet, mas reconheceu que, John McCain, adversário de Obama, em nenhum momento declarou abertamente algo a respeito da fé do democrata.
"Não estamos jogando, você tem razão no fato de que John McCain não falou de minha fé muçulmana", afirmou Obama, sendo interrompido em seguida pelo apresentador, que corrigiu: "fé cristã."
Ao perceber a gafe, o democrata retomou o discurso. "Fé cristã. O que eu quero dizer é que ele [McCain] nunca sugeriu que eu sou um muçulmano", confirmou o candidato democrata, acrescentando que apesar disso, o adversário político "também não fez questão de desmentir os boatos".
Uma hora depois, o trecho da entrevista com a declaração "minha fé muçulmana" foi tirado do contexto restante do diálogo e começou a alimentar blogs e vídeos que defendem a teoria de que Obama seria um seguidor do islamismo.
As polêmicas em torno de sua religião foram acentuadas após o senador democrata, que é filho de muçulmano, ter aparecido em uma foto com roupas típicas somalis, o que reforçou os boatos. Também recentemente, o candidato foi alvo de uma sátira da revista New Yorker, que fez uma caricatura do democrata ao lado de sua esposa, Michelle, em trajes muçulmanos.
http://www.estadao.com.br/internacional ... 7949,0.htm
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Tá!!! Pelo menos em uma coisa eu concordo contigo nesse tópico!!Bourne escreveu:Essa mulher tem cara de nifomaniaca.P44 escreveu:FOUR MORE WARS!!!!!
Mas que ela é voluptuosamene gostosa , isso é!!!
Eu não cobrava nadinha pra sair com ela!!!
Voltando ao assunto...
Essa gafe dele, foi sua derrocada. Pode preparar a próxima pesquisa. Até lá, o cara vai aparecer em trocentas igrejas cristãs pra desfazer o dito.
Até imagino a primeira frase dele caso ganhasse: "Alá é grande, e Maomé é seu profeta!"
Me lembra até um grande fato histórico...
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Mas essa foto é mesmo autêntica, ou é montagem?P44 escreveu:FOUR MORE WARS!!!!!
Se for mesmo pra valer, ela é a política mais gostosa que eu me lembro de já ter visto.
Claro, com a excepção da Cicciolina...
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
acho que é montagem, apesar de que a gaja nem é nada de deitar fora...o pior é quando abre a boca (para falar claro...)
mas já podem encomendar, oh bando de republicanos fanáticos...
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Sarah Palin Action Figure Dolls Go On Sale
Posted 11 hours ago by Susan Duclos in Politics | 6 comments | 464 views Next in Politics
The newest Hero Builder dolls have been created of Sarah Palin and are now on the market along with Hillary Clinton, Barack Obama, John McCain and John Edwards hero action figure dolls.
Sarah Palin the Executive and Sarah Palin the Super Hero are the latest dolls American political candidate dolls for sale at Hero Builders.
Other dolls include John McCain, Barack Obama, Hillary Clinton and even John Edwards has a doll in his name. Most of those listed above sell for $27.95, including the Executive Sarah Palin doll, but if you want the Sarah Palin Super Hero doll, you will have to shell out an additional 2 bucks.
The Telegraph reports that this latest addition to American political candidate dolls are meant to capitalize on the "Sarah Palin mania" that seems to have hit certain demographic groups in America.
Palin has been drawing large crowds as she campaigns across America with John McCain, signs saying "Palin Power", "Go Sarah", "Hockey Moms 4 Sarah", "Drill, Baby Drill" and many others greet her where ever she goes.
As of Monday Palin will be campaigning on her own, starting with Pennsylvania.
This leaves us with one question.... since when are politicians considered Super Heroes?
Triste sina ter nascido português
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
Cindy McCain's $300,000 Outfit
by Vanity FairSeptember 4, 2008, 10:29 AM
One of the persistent memes in the Republican line of attack against Barack Obama is the notion that he is an elitist, whereas the G.O.P. represent real working Americans like Levi “F-in’ Redneck” Johnston.
It caught our attention, then, when First Lady Laura Bush and would-be First Lady Cindy McCain took the stage Tuesday night wearing some rather fancy designer clothes. So we asked our fashion department to price out their outfits.
Laura Bush
Oscar de la Renta suit: $2,500
Stuart Weitzman heels: $325
Pearl stud earrings: $600–$1,500
Total: Between $3,425 and $4,325
Cindy McCain
Oscar de la Renta dress: $3,000
Chanel J12 White Ceramic Watch: $4,500
Three-carat diamond earrings: $280,000
Four-strand pearl necklace: $11,000–$25,000
Shoes, designer unknown: $600
Total: Between $299,100 and $313,100
Wow! No wonder McCain has so many houses: his wife has the price of a Scottsdale split-level hanging from her ears.
(All prices except Laura’s shoes and Cindy’s watch are estimates, and the jewelry prices are based on the assumption that the pieces are real.)
http://www.vanityfair.com/online/politi ... utfit.html
Triste sina ter nascido português
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
MATE UM URSO POLAR EM NOME DOS CÉUS.
Por Eric Margolis – 9 de setembro de 2008.
PARIS – Os franceses ainda estão tentando compreender como Barack Obama pulou de lugar nenhum para concorrer ao mais poderoso cargo no mundo. Agora, estão se esforçando para compreender a convenção republicana da semana passada que produziu a explosão política do Alaska.
Os franceses, igual a muitos americanos e canadenses, estão atordoados e confusos com a escolha-surpresa pelo senador John McCain da governadora Sarah Palin de Wasilla, Alaska, um vilarejo distante, apenas, de um arremesso de bola-de-neve, do Pólo Norte. Os franceses, sendo franceses, acham que ela tem belas pernas. Mas ninguém pode entender por quê os republicanos escolheram uma dama cuja experiência primordial foi ter sido prefeita de uma cidade de esquimós e cozinheira de carne de alce.
“Mon dieu,” um parisiente contou-me. “Esses loucos republicanos devem ter desejo de matar”. Não, não, expliquei ao meu amigo que assistiu demais filmes ruins de Charles Bronson.
Não desejo de matar, afinal de contas. O Partido Republicano está renascendo – literalmente. A aparição de Palin, simplesmente, confirma o emburrecimento final e ruralização do partido, e sua metamorfose num veículo para extrema-direita religiosa.
A atiradora Sarah Palin é a nova santa doméstica do partido, um cruzamento entre Annie Oakley e Joana D’Arc. Se eleita, ela estará a um enfarte da presidência. Um dos velhos amigos de McCain, em Washington, contou-me que o senador tem sérias, até agora ocultas, enfermidades. Os americanos tem que pensar à sério sobre a presidenta Palin do Alaska.
Dois fatores levaram McCain a sua decisão. Primeiro, 53 porcento dos eleitores americanos são mulheres. A escolha de Palin foi, claramente, uma tentativa de agarrar eleitoras democratas desgostosas que ainda estão fumegando por sua heroína, Hillary Clinton, por ter sido uma mulher desprezada. Porém, o desajeitado ardil de McCain pode insultar mais as eleitoras democratas do que atraí-las. Palin, excepto por ser mulher e mãe, é contra, quase tudo, que Hillary Clinton apóia.
De longe, muito mais importante, McCain escolheu Palin como sua companheira de chapa porque ela é uma cristã evangélica, renascida. Cerca de 44 a 50 porcento dos eleitores republicanos, agora, chamam a si próprios de cristãos evangélicos. Concentrados no interior profundo da América e no Cinturão Bíblico sulista, esses protestantes brancos fundamentalistas, ultra-conservadores, fornecem o núcleo de apoio da administração Bush, numa nação onde 63 porcento dos cidadãos acreditam que cada palavra da Bíblia é verdadeira.
Aiatolás evangélicos da TV tem se tornado as maiores figuras políticas na direita da América. Milhões de americanos recebem suas únicas notícias de estações de rádio e TV evangélicas.
Muitos evangélicos acreditam na absoluta natureza literal das Escrituras, nas profecias bíblicas, no iminente retorno do Messias, e na destruição da espécie humana. Fazer qualquer coisa a respeito do meio-ambiente é, portanto, desnecessário. Eles consideram o ensino da evolução, uma abominação.
O evangelismo tornou-se a religião oficial do Partido Republicano, e a senhora Palin é sua nova alta-sacerdotisa.
A visão dos evangélicos sobre a política externa é simples. Horríveis franceses, a Rússia ou a ONU, qualquer um, é o Anticristo (você escolhe). Muçulmanos são malvados e uma ameaça que precisa ser erradicada. Israel é a questão de política externa de maior imporância. O apoio para Israel precisa ser absoluto e ilimitado.
Todos os palestinos precisam ser expelidos da Terra Santa bíblica, os judeus do mundo concentrados lá, e convertidos. Então, o Messias retornará, o Armageddon irá chegar, e a terra será consumida pelo fogo e enxofre. Apenas cristãos renascidos irão sobreviver e serem teleportados para o paraíso. O resto de nós irá tostar.
Os evangélicos estavam muito infelizes com a escolha de McCain, um republicano da Costa Leste, a quem consideram como teologicamente inconfiável, e liberal demais quando se trata de questões sociais, tais como aborto e casamento do mesmo sexo. Sem um forte comparecimento pelos eleitores evangélicos, McCain não teria nenhuma chance de vencer. Por isso sua escolha favorita original para vice, o escorregadio Joe Lieberman de Connecticut, foi descartado em favor da “mate-um urso polar-por Jesus” senhora Palin.
O esperto analista político republicano Kevin Phillips, que construiu a primeira vitória eleitoral de Ronald Reagan, analisa um ponto muito importante em seu livro que deve ser lido, American Theocracy. Nós todos ouvimos falar das “mães do futebol”, mas Phillips identifica um grupo eleitor ainda mais importante, apoiando a administração Bush: “as mães da segurança nacional”.
Essas mães de classe média nos subúrbios afastados e áreas rurais, opina Phillips, estão petrificadas pela campanha de medo da administração Bush sobre o terrorismo, que as fez acreditar que seus pequenos “Johnnies”, no mais remoto do Alabama ou do Kansas, estão para virarem alvos da al-Qaida. Portanto, elas votaram, aos montes, em Bush e Cheney, que prometeram travar a guerra contra o “mal”. Os votos destas mães da segurança, Phillip descobriu, com freqüência, deram a Bush a margem da vitória nas últimas eleições, em muitos estados.
McCain promete continuar sua cruzada que apela ao medo e à ignorância, agora, liderada rumo à batalha por sua nova santa dos sertões, Sarah Palin, com um M-16 numa das mãos e a Bíblia na outra.
Os conservadores da América amam sua nova garota do pôster. Quanto aos horríveis franceses, tudo que eles podem dizer é, “Mon dieu!”.
Por Eric Margolis – 9 de setembro de 2008.
PARIS – Os franceses ainda estão tentando compreender como Barack Obama pulou de lugar nenhum para concorrer ao mais poderoso cargo no mundo. Agora, estão se esforçando para compreender a convenção republicana da semana passada que produziu a explosão política do Alaska.
Os franceses, igual a muitos americanos e canadenses, estão atordoados e confusos com a escolha-surpresa pelo senador John McCain da governadora Sarah Palin de Wasilla, Alaska, um vilarejo distante, apenas, de um arremesso de bola-de-neve, do Pólo Norte. Os franceses, sendo franceses, acham que ela tem belas pernas. Mas ninguém pode entender por quê os republicanos escolheram uma dama cuja experiência primordial foi ter sido prefeita de uma cidade de esquimós e cozinheira de carne de alce.
“Mon dieu,” um parisiente contou-me. “Esses loucos republicanos devem ter desejo de matar”. Não, não, expliquei ao meu amigo que assistiu demais filmes ruins de Charles Bronson.
Não desejo de matar, afinal de contas. O Partido Republicano está renascendo – literalmente. A aparição de Palin, simplesmente, confirma o emburrecimento final e ruralização do partido, e sua metamorfose num veículo para extrema-direita religiosa.
A atiradora Sarah Palin é a nova santa doméstica do partido, um cruzamento entre Annie Oakley e Joana D’Arc. Se eleita, ela estará a um enfarte da presidência. Um dos velhos amigos de McCain, em Washington, contou-me que o senador tem sérias, até agora ocultas, enfermidades. Os americanos tem que pensar à sério sobre a presidenta Palin do Alaska.
Dois fatores levaram McCain a sua decisão. Primeiro, 53 porcento dos eleitores americanos são mulheres. A escolha de Palin foi, claramente, uma tentativa de agarrar eleitoras democratas desgostosas que ainda estão fumegando por sua heroína, Hillary Clinton, por ter sido uma mulher desprezada. Porém, o desajeitado ardil de McCain pode insultar mais as eleitoras democratas do que atraí-las. Palin, excepto por ser mulher e mãe, é contra, quase tudo, que Hillary Clinton apóia.
De longe, muito mais importante, McCain escolheu Palin como sua companheira de chapa porque ela é uma cristã evangélica, renascida. Cerca de 44 a 50 porcento dos eleitores republicanos, agora, chamam a si próprios de cristãos evangélicos. Concentrados no interior profundo da América e no Cinturão Bíblico sulista, esses protestantes brancos fundamentalistas, ultra-conservadores, fornecem o núcleo de apoio da administração Bush, numa nação onde 63 porcento dos cidadãos acreditam que cada palavra da Bíblia é verdadeira.
Aiatolás evangélicos da TV tem se tornado as maiores figuras políticas na direita da América. Milhões de americanos recebem suas únicas notícias de estações de rádio e TV evangélicas.
Muitos evangélicos acreditam na absoluta natureza literal das Escrituras, nas profecias bíblicas, no iminente retorno do Messias, e na destruição da espécie humana. Fazer qualquer coisa a respeito do meio-ambiente é, portanto, desnecessário. Eles consideram o ensino da evolução, uma abominação.
O evangelismo tornou-se a religião oficial do Partido Republicano, e a senhora Palin é sua nova alta-sacerdotisa.
A visão dos evangélicos sobre a política externa é simples. Horríveis franceses, a Rússia ou a ONU, qualquer um, é o Anticristo (você escolhe). Muçulmanos são malvados e uma ameaça que precisa ser erradicada. Israel é a questão de política externa de maior imporância. O apoio para Israel precisa ser absoluto e ilimitado.
Todos os palestinos precisam ser expelidos da Terra Santa bíblica, os judeus do mundo concentrados lá, e convertidos. Então, o Messias retornará, o Armageddon irá chegar, e a terra será consumida pelo fogo e enxofre. Apenas cristãos renascidos irão sobreviver e serem teleportados para o paraíso. O resto de nós irá tostar.
Os evangélicos estavam muito infelizes com a escolha de McCain, um republicano da Costa Leste, a quem consideram como teologicamente inconfiável, e liberal demais quando se trata de questões sociais, tais como aborto e casamento do mesmo sexo. Sem um forte comparecimento pelos eleitores evangélicos, McCain não teria nenhuma chance de vencer. Por isso sua escolha favorita original para vice, o escorregadio Joe Lieberman de Connecticut, foi descartado em favor da “mate-um urso polar-por Jesus” senhora Palin.
O esperto analista político republicano Kevin Phillips, que construiu a primeira vitória eleitoral de Ronald Reagan, analisa um ponto muito importante em seu livro que deve ser lido, American Theocracy. Nós todos ouvimos falar das “mães do futebol”, mas Phillips identifica um grupo eleitor ainda mais importante, apoiando a administração Bush: “as mães da segurança nacional”.
Essas mães de classe média nos subúrbios afastados e áreas rurais, opina Phillips, estão petrificadas pela campanha de medo da administração Bush sobre o terrorismo, que as fez acreditar que seus pequenos “Johnnies”, no mais remoto do Alabama ou do Kansas, estão para virarem alvos da al-Qaida. Portanto, elas votaram, aos montes, em Bush e Cheney, que prometeram travar a guerra contra o “mal”. Os votos destas mães da segurança, Phillip descobriu, com freqüência, deram a Bush a margem da vitória nas últimas eleições, em muitos estados.
McCain promete continuar sua cruzada que apela ao medo e à ignorância, agora, liderada rumo à batalha por sua nova santa dos sertões, Sarah Palin, com um M-16 numa das mãos e a Bíblia na outra.
Os conservadores da América amam sua nova garota do pôster. Quanto aos horríveis franceses, tudo que eles podem dizer é, “Mon dieu!”.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008
EDSON escreveu:Ela uma vez queria a independência do Alaska.
o Marido era membro do partido separatista do Alaska e ela tb participava das reuniões.
Para mim a partir do momento em que afirmou que a guerra do Iraque era a "vontade de Deus", acabou...é mais uma lunática
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