Na verdade acho que de início estes MTB's vão ficar na garagem sim, ou ainda melhor, em buracos bem fundos para não serem destruídos por mais bombardeiros, desta vez americanos. Entregando mísseis para grupos de outros países o Irã pode causar uma enorme dor de cabeça para Israel e para os EUA, sem se comprometerem diretamente, o que seria uma estratégia inteligente embora arriscada.Sterrius escreveu:Não esqueça incursões do exercito iraniano no Iraque. 600 MBT`s não vão ficar parados na garagem levando bomba. (fora que o ira é um dos maiores exercitos do mundo em quantidade... a taxa de militares por habitante la é absurda).Hoje eles já entregam alguns mísseis deste tipo para o Hizbolah a conta-gotas, e os israelenses sentiram o efeito disso na sua última invasão ao Líbano. Multiplique aquele conflito por 30 ou 40 e terá uma boa idéia do efeito.
Caso os americanos e/ou israelenses decidissem voltar a bombardear o Irã tentando estancar o fluxo de mísseis aí sim, o Irã poderia se declarar agredido (no caso do programa nuclear ele já irá fazer isso, mas bombas nucleares são outra história e neste assunto todo mundo está contra ele mesmo), e com certeza iria tentar bloquear o Golfo Pérsico e provavelmente invadir o Iraque, e aí estes tanques viriam à tona. Mas pessoalmente acho que a única coisa que eles conseguiriam fazer seria desviar o apoio aéreo americano por algum tempo, e logo estariam todos destruídos ou abandonados.
A principal amaça que o Irã pode colocar no campo de batalha são mesmo unidades de infantaria leve equipadas com mísseis portáteis, atuando em pequenos grupos escondidas em locais de difícil localização. Elas não penetrariam muito no território iraquiano, mas fariam pequenas e rápidas incursões à partir da fronteira, retornando em seguida para seus abrigos. Forças deste tipo imobilizariam uma quantidade enorme de tropas americanas criando uma situação em que os EUA não seriam derrotados, mas também não poderiam vencer (um Afeganistão multiplicado por 20). O território de fronteira entre Irã e Iraque é enorme, e ataques aéreos contra estes grupos pequenos iriam produzir o mesmo efeito que os ataques isrelenses contra o Hizbolah no último conflito no Líbano ou seja, praticamente nenhum, principalmente na região norte, mais montanhosa.
E se os americanos tentassem invadir o Irã por terra, aí a coisa ficaria ainda mais complicada, pois suas tropas estariam em território completamente hostil. Não seria com no Afeganistão ou o próprio Iraque, onde grande parte da população era contra as forças do próprio governo. No Irã ninguém da população local apoiaria as forças americanas, que seriam vistas como invasores e não como libertadores.
É, o Irã pode ser um abacaxi muito duro para os EUA e Israel descascarem.
Leandro G. Card