A 4ª Frota e o Brasil

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#376 Mensagem por P44 » Sáb Jul 19, 2008 2:15 pm

Oziris escreveu:Imagem


O presidente e o governador. :twisted:

[]'s

fizeram photoshop dessa foto...no original o bush segurava um punhal na sua mão esquerda :twisted:




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#377 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sáb Jul 19, 2008 8:12 pm

As razões da reactivação da 4ª frota dos EUA têm 3 nomes:

S. Tomé, Nigéria e Angola.

O Brasil nada tem a temer, se bem que seja um facto de que estratégicamente os espaços vazios militarmente tendem sempre a ser ocupados por outros.

O mesmo se passa com o triângulo Portugal continental-Açores-Madeira 8-]




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brisa

Re: A 4ª Frota e o Brasil

#378 Mensagem por brisa » Sáb Jul 19, 2008 8:50 pm

Nao entendi porque Sao Tomé Rui. Poderia esclarecer???




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#379 Mensagem por soultrain » Sáb Jul 19, 2008 9:06 pm

Porque em São Tomé foi encontrado petróleo há uns anos. Os EUA têm planos para lá fazer uma base naval.

[[]]'s





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#380 Mensagem por Marino » Dom Jul 20, 2008 9:35 am

Zero Hora:

Américas

Quem tem medo da 4ª Frota?

Falta de informações e discursos nacionalistas dão o tom na volta dos EUA, após 58 anos, às águas do Atlântico Sul



Informações imprecisas e bravatas nacionalistas. Tudo conspira para tornar a 4ª Frota da marinha dos Estados Unidos um fantasma ressurgido em águas latino-americanas no último dia 12, após 58 anos de inatividade. Inegável é que o Caribe e o Atlântico Sul retornam à agenda militar dos EUA. Para alguns, isso é um perigo que não pode ser ignorado.

A 4ª Frota foi criada em 1943, com a função de escoltar navios mercantes no Atlântico Sul, depois que seis deles foram afundados por submarinos alemães. Era a II Guerra Mundial. Sete anos depois, a 4ª Frota foi absorvida pela 2ª Frota, com atuação no Atlântico Norte.

A pergunta que fica pendente: por que só agora?

Especialistas vêem questões de segurança, políticas e econômicas envolvidas no ressurgimento da frota, com 120 militares em seu comando e sede na base naval de Mayport, na Flórida, sul dos EUA.

As de segurança: terrorismo e tráfico de drogas. As políticas: o avanço de líderes esquerdistas em países sul-americanos e a criação de um conselho de defesa regional. As econômicas: o aumento da presença mercantil chinesa e iraniana na região - e a segurança para produtos estratégicos, especialmente o petróleo que promete jorrar mais e mais de jazidas brasileiras a partir das novas descobertas.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, espécie de capitão da esquerda mais extremada no continente, pergunta e responde a si mesmo sobre o motivo da 4ª Frota rediviva - é "uma ameaça" e terá "destino obscuro". Seguem-no seus parceiros boliviano, equatoriano e nicaragüense, no mesmo tom.



Condoleezza procura tranqüilizar o Brasil

- Foi até sugerido que o restabelecimento da frota está de alguma maneira relacionado com descobertas recentes de petróleo. É importante deixar bastante claro: não é o caso - acrescenta o embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel.

E não é apenas dos analistas tidos como de esquerda que saem interpretações roçando a tese da conspiração. Um dos principais especialistas latino-americanos em estratégias militares e geopolítica latino-americana, o argentino Rosendo Fraga vê a volta da 4ª Frota como mais um indicativo da crescente presença militar dos EUA no mundo.

- A criação da 4ª Frota inscreve-se em uma política tendente a acentuar o papel militar dos EUA em todo o mundo. No ano passado, foi criado o Comando da África, destinado a coordenar as operações militares neste continente. A razão é clara: na metade dos países africanos, a população muçulmana é maioria ou pelo menos importante - analisa Fraga, lembrando a presença da rede terrorista Al-Qaeda, por exemplo, na Somália.

Dos analistas considerados de esquerda, espera-se um discurso político. E a expectativa coincide com os fatos. O sociólogo e cientista político argentino Atilio Borón, ex-secretário executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso), estava justamente na Venezuela durante a semana passada, que se seguiu à retomada de atividades da 4ª Frota. Essa e outras medidas são consideradas por ele uma reação ao crescimento da esquerda no continente e a perdas de espaço como a base aérea de Manta (Equador), em 2009 (o presidente equatoriano, Rafael Correa, já anunciou que não haverá a renovação da cedência). De acordo com Borón, a cereja no bolo é a posse, no próximo dia 15, do ex-bispo católico Fernando Lugo como presidente do Paraguai. É a esquerda que avança, por terra e por mar.

- Os olhos do império se concentrarão a partir de agora na república paraguaia, que passará a engrossar a lista de governos com "débeis credenciais democráticas" - diz.

Borón considera o Paraguai "o último bastião" do conservadorismo sul-americano. Mais: com a posse de Fernando Lugo, segundo ele, cai por terra a intenção americana de instalar a base de Mariscal Estigarribia, com capacidade para abrigar 20 mil soldados, perto da região da Tríplice Fronteira - a 200 quilômetros da Argentina e a 300 quilômetros do território brasileiro.



Petróleo pode ser motivo para a atenção redobrada

As interpretações mais econômicas partem da área empresarial. O diretor de Defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), por exemplo, vê uma convergência nada casual entre a época em que a 4ª Frota ressurge e as descobertas de petróleo no Brasil.

- A 4ª Frota está sendo ativada porque deveremos estar, entre 2013 e 2014, com 1 bilhão a mais de barris de petróleo por ano. Não é para ocupar ou tomar, mas para vigiar esse território - analisa.

Essa interpretação econômica, além dos esperados fatores de política internacional, é uma das levantadas pelos governos venezuelano, boliviano e equatoriano, os países mais à esquerda no continente, que formam uma espécie de bloco anti-EUA. O raciocínio é óbvio: um terço do petróleo que move os Estados Unidos provém de Venezuela, Equador e México. E é grande o contingente de navios que transitam pelo Canal do Panamá.

LÉO GERCHMANN




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#381 Mensagem por Marino » Dom Jul 20, 2008 9:45 am

Correio Brasiliense:

Brasil S/A :: China atrai 2ª Frota


Antônio Machado


Tudo ficou mais complexo no mundo. Árabes produtores de petróleo pararam de comprar castelos na Europa e passaram a investir com a técnica de prudência que os banqueiros dos EUA e Europa ignoraram na orgia do subprime e dos derivativos. Eles operam com a novidade dos fundos soberanos em vez de só acumular reservas ou gastar.

Tal como a China, que foi à África atrás de fornecedores cativos de insumos para suas fábricas. É o que explica a volta da 2ª Frota Naval dos EUA ao Atlântico Sul mais que o temor do presidente Lula — a cobiça no petróleo do pré-sal. O mundo mudou. Vê-lo pela ótica dos mercados é pouco. Muitos governos querem ter voz nas decisões sobre o dólar porque os têm à larga em caixa. A disputa é essa.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#382 Mensagem por Túlio » Dom Jul 20, 2008 11:28 am

Ué, mas num era QUARTA frota? Mudou?

Sério agora, os ianques certamente estão motivados pela presença cada vez mais agressiva da China na África mas não apenas por isso: há muito petróleo no Atlântico Sul, commodity cada vez mais rara e CARA e que move seu País. Vendo Brasileiros com uma Armada sucateada, nada mais natural que eles tenderem a ocupar o vazio de poder numa região cada vez mais estratégica. Eis aí a razão da urgente necessidade de uma completa Reforma da Armada, com meios Nacionais, não apenas os cascos, mas propulsores, sensores e armas também. Chega de 'compras de oportunidade', pagando para ter restos já sem serventia de outras Marinhas. Estamos rapidamente chegando a um ponto de inflexão: ou ocupamos nosso espaço, ou outros o farão. E a hora é AGORA!




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#383 Mensagem por Marino » Dom Jul 20, 2008 11:35 am

Túlio, o reporter errou o texto.
A 4ª Frota tem responsabilidade sobre o AS, e a 2ª sobre a África e Índico (este tenho que confirmar).
Outro texto:

Revista IstoÉ Dinheiro
Dá para encarar?
No momento em que os Estados Unidos reativam sua 4a Frota, a Marinha brasileira vive dias de penúria financeira
GUSTAVO GANTOIS

A SINETA NA BASE DE Mayport, na Flórida, tocou pouco antes das 11h da manhã do sábado 12. Logo em seguida, o almirante Gary Roughead anunciou: "Não se enganem: essa frota estará pronta para qualquer operação, a qualquer hora e em qualquer lugar." Estava restabelecida, após 58 anos, a 4ª Frota da Marinha americana. À frente dela está o almirante Joseph Kernan, que já esteve em ação no Iraque e no Afeganistão. O anúncio foi o bastante para suscitar pedidos de explicações dos presidentes da América do Sul, alvo da divisão recriada. "Descobrimos petróleo em toda a costa e queremos que os Estados Unidos nos expliquem a lógica dessa frota", bradou o presidente Lula. De fato, tanto o Palácio do Planalto quanto o Itamaraty tremeram com o anúncio da 4ª Frota. As recentes descobertas nos campos de Tupi podem levar o Brasil ao oitavo lugar no ranking dos maiores produtores mundiais de petróleo e o caso precisou ser remediado pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. "Está havendo apenas uma reestruturação operacional dos recursos destinados à região", explicou Condie ao chanceler Celso Amorim. A 4a Frota possui nove embarcações - além de um porta-aviões à disposição - e um efetivo de 120 militares. Diante desse arsenal, a Marinha brasileira está preparada para reagir em qualquer eventualidade?

A situação da esquadra brasileira não é das melhores. Do orçamento inicial para este ano, de R$ 2,6 bilhões, apenas R$ 1,5 bilhão foi liberado até agora. Especialistas militares afirmam que metade dos navios e submarinos da Marinha encontra-se imobilizada. O Comando Militar não reconhece a informação, mas admite que, para dar início a um processo de recuperação de força, o governo deveria investir, pelo menos, R$ 5 bilhões ao ano. O prejuízo poderia ser menor se o que cabe à Marinha na partilha dos royalties vindos do petróleo, algo como 15% da receita total, fosse corretamente aplicado na Força. Até o ano passado, o estoque "confiscado" pela equipe econômica era de R$ 3,1 bilhões. "Não estamos sucateados, mas certamente defasados", admitiu à DINHEIRO o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto. Fazendo milagre com o pouco que tem em caixa, Moura Neto mandou construir dois navios-patrulha, com entregas previstas para 2009 e 2010. Na semana passada, uma licitação foi aberta para a construção de mais quatro, ao custo de R$ 80 milhões cada. Para duplicar apenas esta frota, que poderá vigiar os campos de petróleo em alto-mar, o comandante da Marinha pede R$ 2,16 bilhões. "Ou é isso ou não estaremos preparados para tomar conta das nossas águas."

Mesmo ciente da situação de penúria, Moura Neto não compartilha da preocupação com a reativação da 4ª Frota. "Não tenho de me preocupar se um país, de forma soberana, decide redistribuir suas forças", explica. A aparente descontração pode ser explicada por uma tese que circula no Ministério da Defesa. O verdadeiro alvo dos navios americanos que voltaram a circular pelas águas do Atlântico Sul seria a China. Cerca de 90% do comércio mundial circula pelos mares. A China vem respondendo por um terço deste total. Numa volta aos preceitos básicos das conquistas marítimas, os chineses passaram a estabelecer bases navais em pontos estratégicos para suas rotas comerciais. Até 2010, por exemplo, estará pronta a das ilhas Maldivas. O mesmo tem ocorrido nas negociações sino-africanas. "Os Estados Unidos podem até estar de olho no petróleo brasileiro, mas o interesse real é na movimentação chinesa", admite Riordan Roett, da Universidade Johns Hopkins




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#384 Mensagem por Marino » Dom Jul 20, 2008 11:39 am

"Não tenho de me preocupar se um país, de forma soberana, decide redistribuir suas forças"
Faltou ele falar: estou preocupado com a MINHA Força.
O verdadeiro alvo dos navios americanos que voltaram a circular pelas águas do Atlântico Sul seria a China.
Papo de repórter, ou para repórter.
A marinha chinesa não aguenta, hoje, nem em seu quintal, a USN. Quanto mais no AS.




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#385 Mensagem por P44 » Seg Jul 21, 2008 7:52 am

Rui Elias Maltez escreveu:As razões da reactivação da 4ª frota dos EUA têm 3 nomes:

S. Tomé, Nigéria e Angola.

O Brasil nada tem a temer, se bem que seja um facto de que estratégicamente os espaços vazios militarmente tendem sempre a ser ocupados por outros.

O mesmo se passa com o triângulo Portugal continental-Açores-Madeira 8-]
mas tu tens estado a par das descobertas de petróleo ao largo de santos no BRASIL????????? :shock: :shock:




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#386 Mensagem por Marino » Ter Jul 22, 2008 6:19 pm

Jornal do Comércio:

Editorial - A polêmica 4ª Frota





Entre 1942 e 1950, os Estados Unidos mantiveram no Atlântico Sul a sua 4ª Frota. No pós-guerra e na efervescência belicosa da Guerra Fria, criaram outras, mas a quarta foi desativada, pois o Comando Sul e seus marines bastariam para policiar a América do Sul e Caribe. Recentemente, porém, o governo de Washington decidiu reativar esse braço armado naval, o que intriga alguns governantes da região hoje mais sintonizados com os interesses de seus povos e com soberania. De fato, além da questão do processamento e tráfico de drogas, os EUA estão incomodados com a ascensão de líderes políticos mais à esquerda no espectro partidário em países outrora dóceis às suas pretensões. Desenvoltos, durante a Guerra Fria, em fomentar golpes e, mais adiante, marcar hora para a redemocratização, em opor-se a governos democraticamente eleitos e apoiar ditadores amigos, hoje eles continuam pregando uma democracia à americana, mas só a aprovam quando o resultado das urnas é favorável aos interesses deles.

O presidente Lula encarregou em público o chanceler Celso Amorim de, diplomaticamente, pedir explicações ao Departamento de Estado sobre o significado da medida. A secretária de Estado Condoleezza Rice procurou tranqüilizar o ministro explicando que não haverá mudança na operação rotineira de patrulhamento que já é feita pela Marinha dos EUA nas costas atlânticas desta parte das Américas. Reiterou a versão oficial de que se trata apenas de “uma mudança administrativa, burocrática, para transferir o controle dos recursos financeiros, navios e quadros já existentes para uma 4ª Frota”.

De com a assessoria do ministro Amorim, Rice garantiu que a iniciativa “tem o objetivo de cooperação” e se comprometeu com “transparência nas informações” e “respeito aos direitos internacionais”. Lula havia feito uma ligação do anúncio sobre a reativação daquela Frota a uma megadescoberta de petróleo na Bacia de Santos. O embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, já havia escrito um artigo na imprensa brasileira dando uma versão humanitária e amistosa da ressurreição da 4ª Frota, o que não convenceu nem as autoridades de Brasília nem a opinião pública.

O que mais incomoda presidentes sul-americanos como Lula, Chávez, Morales, Correa, Kirchner é que nem no auge da Guerra Fria, os EUA pensaram nessa ressurreição. Eles não estão nada convencidos com as explicações oficiais estadunidenses e crêem que se trata de clara preocupação com os rumos de regiões das Américas que os EUA sempre consideraram como seu quintal. O ministro da Defesa, Nelson Jobim esteve nos EUA, mas não trouxe novidades. As novidades, como expomos abaixo, vêm de declarações e militares americanos.

Durante todos estes anos após a guerra de 1939 a 1945, navios de guerra e submarinos dos EUA têm navegado do Pólo Norte ao Pólo Sul, do Oceano Atlântico ao Índico, passando pelo Pacífico, combatendo, patrulhando, espionando, fazendo exercícios em comum com países amigos, como a Unitas no Brasil, utilizando as várias Frotas em que está organizada sua Marinha, sem necessidade específica dessa 4ª Frota. Se agora resolvem reativá-la, devem ter bons motivos para fazê-lo de acordo com seus interesses geopolíticos e estratégicos. Ações humanitárias? Quem vai acreditar? Se os diplomatas usam uma linguagem maneirosa, os militares americanos não se julgam com essa obrigação e dão a verdadeira motivação de seus governantes.

Eles falam curto e grosso. O contra-almirante Joseph Kernan, comandante da Frota, que vem de uma força de operações especiais de elite para antiterrorismo e combates não convencionais, foi descrito pelo almirante James Stavridis, do Comando Sul, como “o homem certo para as tarefas desafiadoras da região”. Humanitárias? Disse o almirante que o seu governo se preocupa com a “corrida às armas” na região, que seria estimulada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. O almirante Gary Roughead, chefe de operações navais da Marinha do Tio Sam, foi mais explícito: “Não se engane: esta Frota estará pronta para qualquer operação, a qualquer hora e em qualquer lugar”. Voltariam os desembarques de marines en nuestra Latinoamerica?




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#387 Mensagem por Corsário01 » Ter Jul 22, 2008 6:32 pm

Só não enxerga quem não quiser!
O recado foi dado. Mais claro impossível, mas ainda tem gente que acha que está tudo bem.
Vamos tunar a Corveta Caboclo e vamos coloca-la na linha de frente :evil:

Quando eles acordarão para o problema? :?:




Abraços,

Padilha
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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#388 Mensagem por orestespf » Ter Jul 22, 2008 9:06 pm

Battleaxe escreveu:Só não enxerga quem não quiser!
O recado foi dado. Mais claro impossível, mas ainda tem gente que acha que está tudo bem.
Vamos tunar a Corveta Caboclo e vamos coloca-la na linha de frente :evil:

Quando eles acordarão para o problema? :?:

:?: :?: :?: :shock: :shock: :shock: :shock:

Tô fora!!!! :evil: :evil: :evil:

Brincadeirinha, Padilha véio... :D :D


Grande abraço,

Orestes




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#389 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Jul 23, 2008 12:30 am

No site DB:

A Quarta Frota norte-americana e o Brasil
Por Rodrigo Cintra
22 de Julho de 2008

Durante a Segunda Guerra Mundial o mundo vivenciou uma das mais drásticas mudanças de cenários de poder. O centro do poder, que até então estava na Europa, foi se transferindo aos poucos para a periferia de então: Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Mais em:

http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... rasil.html




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Re: A 4ª Frota e o Brasil

#390 Mensagem por Túlio » Qua Jul 23, 2008 7:26 am

Não dá para entender, em tempos de 4.ª frota e a tigrada se babando por um heli naval ianque com risível capacidade ASuW... :roll:




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