EUA: PRESIDENCIAIS 2008

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Se vc fosse Americano em Quem Votaria?

Esta enquete foi concluída em Qua Nov 05, 2008 12:46 pm

Obama/Biden
22
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McCain/Palin
9
29%
 
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#136 Mensagem por RenaN » Qua Jun 04, 2008 12:23 pm

Bom, aí eu já não sei dizer. :| :?




[<o>]
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Marlboro
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#137 Mensagem por Marlboro » Qui Jun 05, 2008 11:26 am

é ruim de os americanos elegerem um presidente com os sobrenome Osama.




O pior de tudo é o conformismo!
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P44
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#138 Mensagem por P44 » Qui Jun 05, 2008 11:56 am

:roll: afffffffffffffffffffffff




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#139 Mensagem por Bourne » Qui Jun 05, 2008 4:47 pm

Homens de pouca fé.

:lol: :lol: :lol:




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#140 Mensagem por EDSON » Qui Jun 05, 2008 8:27 pm

A esperança venceu o medo.

Mas toda vez que vejo este candidato democrata eu acho que vai terminar como Abraham Lincoln ou J.F.K.




Editado pela última vez por EDSON em Sex Jun 06, 2008 11:58 am, em um total de 1 vez.
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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#141 Mensagem por Edu Lopes » Sex Jun 06, 2008 8:40 am

Jornal alemão é acusado de racismo em manchete sobre Obama

'Die Tageszeitung' faz referência a um romance sobre a escravidão nos EUA ao noticiar a vitória do democrata

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BERLIM - O jornal alemão Die Tageszeitung foi acusado de racismo após estampar na manchete de capa, para anunciar a vitória do senador Barack Obama para a candidatura democrata à presidência norte-americana, uma foto da Casa Branca sob o título "A Cabana do Pai Barack", em alusão ao romance "A Cabana do Pai Tomás", de Harriet Elizabeth Beecher Stowe, sobre a escravidão no sul dos Estados Unidos.

Com o subtítulo "A Casa Branca em Washington: Barack Obama será o primeiro presidente negro a se mudar para lá?" e com uma imagem que ocupa cerca de dois terços da capa, o jornal foi prontamente criticado por abordar o tema com um viés racista.

"Fiquei sem palavras", comentou Gary Smith, diretor da Academia Americana em Berlim, ao jornal Der Spiegel. "Falar 'Tio Tomás' equivale a um insulto racista e, claramente, a direção do Taz sacrificou a substância e os princípios para uma risada instantânea".

A escolha também não agradou os líderes da comunidade negra alemã. "Acho a primeira página do Taz de hoje muito problemática", comentou ao Der Spiegel Yonis Ayeh, membro do conselho de Iniciativa dos Negros na Alemanha (ISD), um grupo que representa os interesses da população negra no país e que conta com meio milhão de associados.

"O jornal compara Obama a Tio Tomás, um escravo submisso. Estou seguro de que Obama não vê a si mesmo sob essa luz. Isso transmite uma imagem dos negros como um povo submisso e ignorante, o que é simplesmente falso", continuou Ayeh.

O jornal, considerado de esquerda e uma alternativa à grande mídia, defendeu-se dizendo que "o título tem um viés satírico". "'A Cabana do Pai Tomás' é um livro que todos na Alemanha conhecem e associam à questão do racismo. O título pretende refletir sobre esses estereótipos", explicou o vice-diretor Reiner Metzger.


Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional ... 4539,0.htm




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#142 Mensagem por EscripolRonaldo » Sex Jun 06, 2008 9:13 am

Concordo com o MALBORO-05/06- vai ser difícil americano eleger OBAMA(OSAMA).

Por outro lado..os <afrodescendentes>estão usando de muita sensibilidade, quando se trata de denunciar racismo. Quando eu trabalhava de vendedor, em uma grande loja de eletrodómesticos, etc..era padrão de atendimento deixarmos o cliente à vontade, olhando as mercadorias e o seguíamos com o olhar, para que, quando precisasse, estarmos à disposição...quando percebi, um afrodescendente virou-se, a poucos três metros de mim e disse: <não vai me atender porque? só porque eu sou negro???> É mole, um pensamento deste? Agora imaginem, nos EEUU, <onde não há racismo>...OBAMA deve virar fritura na eleição final!




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#143 Mensagem por Edu Lopes » Sex Jun 06, 2008 12:41 pm

Hillary e Obama se reúnem em Washington

WASHINGTON - O candidato à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, e a senadora Hillary Clinton tiveram uma reunião na noite de quinta-feira em Washington, confirmaram fontes do Partido Democrata. A rede de televisão CNN havia afirmado, momentos antes, que o encontro havia sido realizado na residência da ex-primeira-dama, mas as fontes esclareceram que foi em outro lugar. Pouco antes, uma pesquisa da emissora informara que Obama, que conquistou a sua indicação há apenas três, e John McCain, estão praticamente empatados na preferência do eleitorado .

"Os senadores Obama e Hillary tiveram uma discussão produtiva sobre o importante trabalho que precisa ser feito até para o sucesso do partido em novembro", informou o comunicado conjunto das duas equipes de campanha.

Robert Gibbs, porta-voz do Partido Democrata, disse que os ex-rivais pela candidatura presidencial desejavam falar sobre a necessidade de se unirem em prol da unidade do partido.

O jornal "The New York Times" informou em sua versão na internet que a reunião havia sido pedida por Hillary, depois de vários encontros entre seus assessores e os de Obama.

De acordo com a rede CNN, foi um encontro reservado, que teve a presença apenas dos dois políticos e de assessores próximos.

A fim de se encontrar com Hillary, Obama adiou o vôo que faria para Chicago na quinta à noite, pouco após ter realizado um comício na cidade de Bristow, no norte de Virgínia.

Hillary enviou na quinta-feira uma mensagem eletrônica a seus partidários em que prometeu que ajudará o senador por Illinois a chegar à Casa Branca. A mensagem confirmou que a senadora por Nova York se reunirá com seus seguidores em Washington para agradecer a ajuda que teve na disputa pela candidatura presidencial do Partido Democrata.

"Sempre disse durante a campanha que apoiaria energicamente o senador Obama se ele se tornasse o candidato do Partido Democrata e pretendo cumprir esta promessa", destacou Hillary.

A mensagem acrescentou que "minhas diferenças com o senador Obama são pequenas comparadas com as que tenho com o senador John McCain", virtual candidato republicano nas eleições de novembro.

A campanha de Hillary emitiu na quinta-feira um comunicado em que esclareceu que a ex-primeira-dama não está buscando a vice-presidência e que a eleição da candidatura democrata a este posto "deve ser tomada pelo senador Obama e somente por ele".


Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/eleicoesa ... 683533.asp




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#144 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Jun 07, 2008 12:16 pm

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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#145 Mensagem por P44 » Sáb Jun 07, 2008 5:02 pm

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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#146 Mensagem por Clermont » Ter Jun 10, 2008 3:07 pm

A ARMADILHA IRANIANA.

Por Chris Hedges – 8 de junho de 2008.

O fracasso de Barack Obama em estabelecer outro curso no Oriente Médio, para desafiar o lobby de Israel e para denunciar a inexorável marcha da administração Bush rumo a um conflito com o Irã é um fracasso em desafiar a insanidade coletiva que tomou conta da liderança política nos Estados Unidos e em Israel.

Obama, num erro de cálculo que irá ter graves conseqüências, deu sua benção ao alargamento do círculo de violência e abuso dos palestinos por Israel e, mais perigoso, àqueles na Casa Branca de Bush e Jerusalém, agora tramando uma guerra contra o Irã. Ele ilustra como a sede por poder é moralmente corrosiva. E, conquanto ele possa ganhar a Casa Branca, pela época em que assumir o poder, ele estará encurralado na realidade alternativa de George Bush.

Nós precisamos sair do Iraque e do Afeganistão. Nós precisamos deter a mão de Israel, que está construindo mais assentamentos – inclusive um novo plano para criar 800 unidades habitacionais na Jerusalém Oriental ocupada – e impondo medidas draconianas para quebrar, fisicamente, os 1,5 milhão de palestinos em Gaza. Nós precisamos, mais do que tudo, impedir uma guerra com o Irã.

O Presidente Judiciário da Casa, John Conyers, em carta ao Presidente Bush, em 8 de maio, ameaçou abrir procedimentos de impeachment se Bush atacar o Irã. A carta é um sinal de que o planejamento para ataques contra o Irã está em acelerado andamento.

“Nossas preocupações nesta área foram aumentadas pelos mais recentes eventos,” escreveu Conyers. “A exoneração, em meados de março, do almirante William J. ‘Fox’ Fallon, da testa do Comando Central dos Estados Unidos, que estava, pelo que foi relatado, ligada à publicação de um artigo de revista que o retratava como a única pessoa que poderia parar sua administração de travar guerra preventiva contra o Irã, renovou amplas preocupações que sua Administração esteja, unilateralmente, planejando ação militar contra aquele país. Isso, apesar do fato de que a Estimativa Nacional de Inteligência concluiu que o Irã encerrou seu programa de armas nucleares, no outono de 2003, uma clara reversão das avaliações anteriores da Administração.”

A administração, numa retórica que é, assustadoramente, similar aquela utilizada para criar o caso para uma guerra contra o Iraque, assevera que a Força Quds iraniana está armando grupos anti-americanos no Iraque e fornecendo-lhes bombas de estrada de alta-tecnologia e sofisticados rojões. Ela desconsidera a conclusão da Estimativa da Inteligência Nacional de que o Irã suspendeu seu programa de armas nucleares. A Casa Branca não forneceu evidência para apoiar suas afirmativas. E suspeito de que nunca o fará. E, quando o vice-primeiro-ministro de Israel, Shaul Mofaz diz ao jornal israelense Yedioth Ahronoth que um ataque ao Irã é “inevitável” se Teerã não deter seu alegado programa de armas nucleares, o que ele, realmente, está nos dizendo é que devemos nos preparar para a guerra.

A ameaça de Conyers é um pouco tarde demais, especialmente se a Casa Branca de Bush, possivelmente, apoiada por Israel, desfechar ataques aéreos contra alguns ou todos os 1 mil alvos iranianos selecionados nas semanas finais da administração. Mas é um esforço. Conyers tentou.

Isso é mais do que podemos dizer do candidato escolhido democrata. Obama foi perante o Comitê de Assuntos Públicos Israelo-americano (AIPAC) na quarta-feira e disse que irá ficar ao lado do governo de direita israelense, mesmo se isso significar apoiar um ataque ao Irã.

“Como presidente, eu utilizarei todos os elementos do poder americano para pressionar o Irã,” ele disse. “Eu farei tudo ao meu alcance para impedir o Irã de obter uma arma nuclear. Tudo ao meu alcance para impedir o Irã de obter uma arma nuclear. Tudo.”

Obama passou a culpar os palestinos pelo conflito, embora o índice de palestinos para israelenses mortos, em 2007, fosse de 40 para 1. Este é um aumento desde os 30 para 1, em 2006 e 4 para 1, em 2000-2005.

“Eu levarei para a Casa Branca um empenho inabalável para com a segurança de Israel. Isso começa com assegurar à Israel, vantagem militar qualitativa,..” Obama disse à AIPAC. “Eu assegurarei que Israel possa se defender de qualquer ameaça, de Gaza à Teerã. ...”

Obama falou sobre os israelenses cujas casas foram danificadas pelos rudes foguetes, a maioria fabricada de canos velhos, disparados de Gaza sobre comunas israelenses. Ele nunca mencionou o cerco israelense de Gaza, a maior prisão à céu aberto do mundo, e que Israel está desdobrando caças e helicópteros para atacar campos de refugiados, densamente povoados com mísseis e bombas de fragmentação, o que ele cortou comida e combustível. Ele ignorou a contínua expansão de assentamentos judaicos em terras palestinas. Ele pediu para que Jerusalém se torne a “capital indivisa” do estado judeu, erradicando a Jerusalém Oriental árabe do mapa, em contravenção à lei internacional. Jerusalém Oriental, a Margem Ocidental e a Faixa de Gaza são, internacionalmente, reconhecidas como territórios palestinos, tomados pelos israelenses, em 1967. A posição de Obama é o equivalente moral de garantir ao governo de Johannesburg, durante a era do apartheid, que iria apoiar seus esforços repressivos para punir os negros resistentes nas cidades.

A deterioração do conflito em Israel, que seria acelerada por ataques aéreos sobre o Irã e conseqüente guerra regional, iria nos propelir para um cenário do tipo Armageddon, no Oriente Médio, para o prazer da parcela lunática da direita cristã radical. E, portando, com o endosso entusiático de Obama, nós corremos, acelerados, rumo a uma auto-imolação tipo Dr. Strangelove. Ninguém dirá que não fomos lá com uma espetacular exibição de poder de fogo, sangue e morte. Nossos aliados europeus e do Oriente Médio, atordoados de consternação com nossa espiral de morte, estão, freneticamente, tentando alcançar Teerã, diplomaticamente.

No instante que atacarmos o Irã, os preços do petróleo dobrarão, talvez triplicarão. Esse aumento de preço irá devastar a economia americana. Os ataques retaliatórios subseqüentes do Irã sobre Israel, tanto como sobre as instalações militares americanas no Iraque, irão deixar centenas, talvez milhares de mortos. Os xiitas na região, da Arábia Saudita ao Paquistão, irão ver o ataque sobre o Irã como uma guerra ao xiismo. Eles se voltarão, com fúria e violência, contra nós e nossos aliados. O Hezbollah irá renovar os ataques contra o norte de Israel. E a guerra localizada no Iraque irá se tornar uma longa, confusa e arrastada guerra regional que, pelo tempo de seu término, irá, mais provavelmente, findar o Império americano e deixar no seu lugar, montanhas de cadáveres e ruínas fumegantes.

A liderança israelense, como a Casa Branca de Bush, está, cada vez mais, belicosa e ameaçadora. O primeiro-ministro israelense, após um encontro de 90 minutos com Bush, na Casa Branca, na quarta-feira, disse que os dois líderes tinham o mesmo pensamento. “Nós alcançamos um acordo sobre a necessidade da ameaça iraniana,” Ehud Olmert disse. “Eu saí com um bocado a menos de dúvidas [do que] havia entrado, no que concerne aos meios, às restrições de tempo e à resolução americana para lidar com o problema. George Bush compreende a severidade da ameaça iraniana e a necessidade de vencê-la e tenciona agir quanto a matéria, antes de terminar seu mandato na Casa Branca.”

Desta vez, entretanto, ao contrário da guerra com o Iraque, a burocracia de Washington, desprezada pela Casa Branca de Bush, não ficou em silêncio e cúmplice. A Estimativa de Inteligência Nacional sobre o programa nuclear iraniano, liberada no último 3 de dezembro, distinguiu o enriquecimento de urânio do Irã, em Natanz e Arak, de seu programa formal de armas nucleares, que é dito ter sido interrompido em 2003, após a invasão americana do Iraque. O almirante Fallon, que pôs seu país e sua integridade na frente de sua carreira, falou contra uma guerra com o Irã, tentou detê-la e perdeu seu trabalho como cabeça do CENTCOM. Ele foi substituído pelo general David H. Petraeus, cuja devoção à sua carreira não admite tais impedimentos morais.

“... Não há ameaça maior à Israel ou à paz, do que o Irã,” Obama assegurou à AIPAC. “Essa audiência é constituída, tanto de republicanos, como de democratas. E os inimigos de Israel não devem ter dúvidas de que, independente de partido, os americanos ficarão, lado à lado, no apoio à segurança de Israel. ... O regime do Irã apóia extremistas violentos e nos desafia por toda a região. Ele busca uma capacidade nuclear que pode detonar uma perigosa corrida armamentista e... seu presidente nega o Holocausto e ameaça varrer Israel do mapa... Meu objetivo será eliminar esta ameaça.”

Barack Obama, quando nós mais precisávamos de sã liderança, provou-se sem-caráter e fraco. Ele, e a liderança democrata, são tão moralmente falidos quanto aqueles que estão preparando para acender nossa pira funerária no Oriente Médio.


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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#147 Mensagem por Clermont » Sex Jun 13, 2008 6:47 am

OBAMA É UM AUTÊNTICO DEMOCRATA EXPANSIONISTA.

Por John Pilger – 13 de junho de 2008.

Em 1941, o editor Edward Dowling escreveu: “Os dois grandes obstáculos à democracia nos Estados Unidos são, primeiro, a difundida ilusão entre os pobres de que temos uma democracia, e segundo, o terror crônico entre os ricos, de que nós criemos uma.”

O que mudou? O terror dos ricos é ainda maior do que nunca, e os pobres passaram de sua desilusão para aqueles os que acreditam que George W. Bush, quando finalmente se retirar em janeiro próximo, suas numerosas ameaças à humanidade irão diminuir.

A escolha de Barack Obama, que, de acordo com um excitado comentarista, “marca um momento histórico nos Estados Unidos, autenticamente excitante”, é produto de uma nova ilusão. Realmente, ele apenas parece nova. Momentos históricos autenticamente excitantes tem sido fabricados em todas as campanhas presidenciais americanas por tanto tempo quanto consigo lembrar, gerando o que pode, apenas, ser descrito como besteiras em grande escala. Raça, sexo, aparência, linguagem corporal, esposas e rebentos boquirrotos, mesmo rasgos de trágica grandeza, tudo está incorporado ao marketing e “criação de imagem”, agora magnificados pela tecnologia “virtual”. Graças a um sistema de Colégio Eleitoral anti-democrático (ou, no caso de Bush, máquinas eleitorais manipuladas) apenas estes que, tanto controlam e obedecem ao sistema podem ganhar. Esse tem sido o caso desde a verdadeiramente histórica e excitante vitória de Harry Truman, o democrata liberal considerado um humilde homem do povo, que mostrou o quanto era durão, obliterando duas cidades com a bomba atômica.

Compreender Obama como um provável presidente dos Estados Unidos não é possível sem compreender as exigências de um, essencialmente imutável, sistema de poder: com efeito, um grande jogo de mídia. Por exemplo, desde que comparei Obama com Robert Kennedy nestas páginas, ele realizou duas importantes declarações, cujas implicações não se intrometeram nas celebrações. A primeira foi na conferência do Comitê de Assuntos Públicos Israelo-Americanos (AIPAC), o lobby sionista, que, de acordo com Ian William, “fará você ser acusado de anti-semitismo, se citar o próprio website deles sobre seu poder”. Obama já ofereceu sua genuflexão, mas em 4 de junho ele foi mais longe. Ele prometeu apoiar uma “Jerusalém indivisa” como capital de Israel. Nem um só governo da Terra apóia a anexação israelense de toda a Jerusalém, incluindo o regime Bush, que reconhece a resolução da ONU, designando Jerusalém como cidade internacional.

Seu segundo pronunciamento, largamente ignorado, foi feito em Miami, em 23 de maio. Falando para a comunidade cubana expatriada – que através dos anos, lealmente tem produzido terroristas, assassinos e traficantes de drogas para as administrações americanas – Obama prometeu continuar o incapacitante embargo de 47 anos sobre Cuba, que tem sido declarado ilegal, ano após ano, pela ONU.

De novo, Obama foi além de Bush. Ele disse que os Estados Unidos “perderam a América Latina”. Ele descreveu os governos democraticamente eleitos na Venezuela, Bolívia e Nicarágua como “vácuos” a serem preenchidos. Ele levantou o non-sense da influência iraniana na América Latina, e endossou o “direito” da Colômbia de “atacar terroristas que busquem paraísos seguros além das fronteiras”. Traduzindo, isso quer dizer o “direito” de um regime, cujo presidente e principais políticos são ligados a esquadrões da morte, de invadir seus vizinhos em nome de Washington. Ele também endossou a chamada Iniciativa de Mérida, que a Anistia Internacional e outros condenaram como o transporte americano da “solução colombiana” para o México. Ele não parou aí. “Nós temos de rumar ainda mais para o sul, também,” ele disse. Nem mesmo Bush disse isso.

Já é tempo de os sonhadores crescerem politicamente e debaterem o mundo da grande potência como ele é, não como eles esperam que ele seja. Como todos os candidatos presidenciais sérios, do passado e presente, Obama é um “falcão” e um expansionista. Ele provém de uma ininterrupta tradição democrata, como os presidentes criadores de guerras, Truman, Kennedy, Johnson, Carter e Clinton, demonstram. A diferença de Obama pode ser de que ele sinta uma necessidade, maior ainda, de mostrar o quão durão ele é. Não importando o quanto a cor da pele dele atraia racistas e apoiadores, isso, de outra forma, é irrelevante para o jogo de grande potência. O “momento histórico nos Estados Unidos, autenticamente excitante” irá ocorrer, apenas, quando o jogo, em si, for desafiado.


_________________________________

John Pilger, nasceu e foi educado em Sydney, Austrália. Ele tem sido correspondente de guerra, cineasta e teatrólogo. Baseado em Londres, ele tem escrito de muitos países e ganhou, por duas vezes, o mais alto prêmio do jornalismo britânico, esse de “jornalista do ano”, por seu trabalho no Vietnam e no Camboja.




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#148 Mensagem por Tigershark » Sáb Jun 14, 2008 12:46 pm

Correio Braziliense

Assunto: Opinião
Título: Águia negra
Data: 14/06/2008
Crédito: Carlos Zarur

Carlos Zarur
Barack Hussein Obama Jr. é o primeiro candidato negro, por um partido grande, à presidência dos Estados Unidos. Um fenômeno que surge de repente no cenário mundial, ele poderá se transformar no homem mais poderoso do mundo. O incrível é que há poucos anos ninguém falava de Obama a não ser no estado de Illinois, sua base eleitoral.
O jovem candidato, nascido do Havaí em 1961, dá um nó no racismo americano. Filho de pai africano, negro e mulçumano e de mãe americana branca, conviveu com o padrasto asiático. Devido a essa herança pessoal, é visto por muitos como um unificador, alguém que consegue transpor a barreira racial. O próprio Obama já brincou com isso no programa da popular apresentadora estadunidense , quando disse: “Jantares de minha família são sempre uma mini-ONU, com parentes de todas as etnias”.
Sua escolha como candidato pelo partido democrata saiu de uma acirrada disputa com a ex-primeira-dama Hillary Clinton. Foram cerca de seis meses de pugilismo, decidido, no final, pelos superdelegados do partido que têm peso maior na escolha. Em agosto, quanto for aclamado na convenção como o primeiro candidato negro com chances reais à presidência, Barack Obama já estará fazendo história com grandes possibilidades de se tornar presidente dos Estados Unidos da América. O mais interessante é que Hillary, sua adversária nas prévias, também poderá fazer história se vier a ser escolhida como a primeira candidata à vice-presidência.
Caso eleito, porém, essa surpresa política poderá trazer muitas novidades para a Casa Branca. Não só pela sua maneira jovem e simples de ser, mas também pelas políticas novas que deverá adotar tanto no que concerne à área interna quanto à externa. Suas idéias postas em prática poderão corrigir bastante o governo Bush, eleito e reeleito presidente em pleitos, principalmente o primeiro, discutíveis e com graves denúncias de desvios. Nesse caso específico, Obama terá que roer ossos bem duros, como acabar com a desastrosa guerra do Iraque e revitalizar a debilitada economia dos Estados Unidos.
Ainda falta muita estrada para Obama rodar até assumir o gabinete presidencial da Casa Branca. Vai disputar renhida eleição com o velho herói de guerra senador John McCain, do Arizona — um republicano liberal de 71 anos nascido na zona do Canal do Panamá. Analistas dizem que os eleitores preferem as posições de Obama sobre economia, saúde e outros assuntos domésticos. No entanto confiam mais em McCain quando se discute o combate ao terrorismo.
Segundo as pesquisas de momento, há praticamente empate técnico entre o candidato democrata e o republicano, com pequena vantagem para Obama, cerca de três pontos percentuais. As últimas análises feitas pelo Instituto Gallup, publicadas pelo jornal Usa Today, indicam que os americanos estão pessimistas com relação ao seu poder de compra, com 55% das pessoas ouvidas estimando que a sua situação financeira seja pior do que no ano passado, enquanto 26% consideram que melhorou. Segundo o instituto, nunca tantos americanos foram tão pessimistas desde 1976, notando que isso leva geralmente os eleitores a votar contra o partido no poder.
O candidato democrata já começa a campanha no ataque. Inaugurou as propostas de governo prometendo rever as isenções de impostos às petroleiras e bateu firme: “Quando milhões de americanos não podem pagar seus planos de saúde ou as matrículas nas escolas, nosso adversário quer poupar US$ 1,2 bilhão em impostos para a ExxonMobil”.
Barack Obama, mais do que uma novidade, deverá ser uma solução para a república americana, combalida por muitos anos de um governo incompetente, comandado pelas empresas petrolíferas e culpado por uma guerra sem fim, que já ceifou milhares de vidas de americanos e iraquianos.




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#149 Mensagem por P44 » Sáb Jun 14, 2008 3:03 pm

14/06/2008 (14:06) | Iraque é obstáculo para candidato republicano
Agencia Estado

John McCain mal tinha iniciado seu discurso a membros de uma associação de microempresas, quando uma mulher começou a gritar: "A guerra é ruim para a economia!" McCain deu uma risada amarela, fez uma piada e continuou. Dali a dois minutos, outra mulher berrou: "Acabe com a guerra!" Antes de ele terminar, uma terceira ainda iria interrompê-lo com slogans antiguerra.

Na maioria dos eventos de campanha de McCain há manifestantes do grupo Código Rosa, que reúne mulheres que fazem protestos antiguerra e se vestem de cor-de-rosa. Elas se "disfarçam" de eleitores para interromper o senador e protestar contra a permanência dos EUA no Iraque. As infiltradas do Código Rosa são um exemplo dos obstáculos que McCain precisa superar para vencer em novembro.

O candidato republicano acredita que os EUA devem ficar no Iraque até a situação se estabilizar, a estratégia de aumento de soldados está funcionando e uma retirada no ano que vem seria um desastre. Ele é contra estabelecer uma data para o início da retirada.

Já o candidato democrata Barack Obama promete retirar a maior parte das forças americanas do Iraque nos primeiros dois anos de governo. A situação no país do Golfo Pérsico está melhorando. Maio foi o mês com menor número de baixas americanas desde a invasão, em 2003. Apesar das boas notícias, a paciência de muitos americanos está acabando.

Segundo pesquisa do Wall Street Journal/NBC, a maioria dos americanos (54%) acha que uma vitória no Iraque é impossível - 40% pensam o contrário. Entre os entrevistados, 45% dizem que ficar no Iraque até a situação se estabilizar - a tese de McCain - é a melhor opção. Mas 49% acham que o melhor a fazer é retirar a maioria dos soldados em 2009, posição de Obama.




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Re: EUA: PRESIDENCIAIS 2008

#150 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jun 15, 2008 11:50 am

McCain quer se aproximar do Brasil

Candidato promete fim de sobretaxa ao etanol brasileiro e propõe País na Conselho de Segurança da ONU e no G-8

Patrícia Campos Mello

O candidato republicano John McCain quer acabar com a tarifa de importação sobre o etanol brasileiro e eliminar o subsídio ao etanol de milho americano. Ele também apóia a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e no G-8. Durante três dias da semana passada, a reportagem do Estado acompanhou McCain em campanha por Nova York, Boston, Filadélfia e Washington. E constatou que o republicano tem mais ligações com o Brasil que os brasileiros imaginam. Seu jatinho de campanha é um Embraer 190, da Jet Blue. McCain já esteve várias vezes no Rio de Janeiro nos anos 50, quando namorou uma carioca.

Se for eleito presidente dos EUA, o candidato republicano deve se aproximar do Brasil, nação que elogia por sua política de energia limpa. "Cometemos uma série de erros ao não adotar uma política energética sustentável - um deles são os subsídios para o etanol de milho, que eu avisei em Iowa que iriam destruir o mercado e foi de fato o que aconteceu: o etanol de milho está causando um sério problema de inflação", disse McCain em entrevista ao Estado em Boston. "Além disso, está errado impor uma tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol de cana brasileiro, que é muito mais eficiente do que o etanol de milho". Já o candidato democrata Barack Obama defende uma cooperação energética com o Brasil, mas não quer acabar com a tarifa nem com o subsídio.

Além do setor energético, McCain prega uma aliança com o Brasil na chamada "liga das democracias" - uma união de países para se contrapor ao que chama de regimes autocráticos da China e Rússia. Ele apóia um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, a participação do País em um G-8 ampliado (que incluiria a Índia e excluiria a Rússia) e a retomada das discussões da Área de Livre Comércio (Alca) com o Brasil - o senador defende o livre comércio como forma de "espalhar" a democracia pelo continente.

Dentro da campanha de McCain, as posições de Obama para a América Latina são ridicularizadas. "Obama nunca pisou na região, não foi nem de férias para Cancún", diz um assessor. McCain já esteve três vezes na Colômbia e outras tantas no Brasil. A primeira vez foi em 1957, quando ele ainda estudava na Academia Naval e conheceu uma modelo brasileira. Segundo um assessor, ela se chamava Maria e morava "perto do Pão de Açúcar". Eles namoraram por alguns meses e McCain voltou ao Rio para vê-la.

Assessores do republicano afirmam que o projeto de Obama para a região se limita a "tomar chá" com Hugo Chávez , enquanto desencoraja aliados como Colômbia por sua oposição ao livre comércio. "Bloquear o acordo comercial com a Colômbia, impor medidas protecionistas e sentar para bater papo com ditadores como Chávez? Como é que isso vai dar certo?", diz um assessor.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 9690,0.php




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