Pedro Gilberto escreveu:Boeing vende três 787-9 Dreamliner à Air Pacific, que eleva para 11 seus pedidos com a fabricante
15/01/2008 - 17h46
SÃO PAULO - A Boeing anunciou a venda de três aviões 787-9 Dreamliner à Air Pacific, de Fiji. As aeronaves têm preço total de US$ 580 milhões - a preço de tabela - e se somam a um pedido anterior, realizado em 2006, para outras cinco unidades desse modelo.
Os aviões já haviam sido contabilizados pela Boeing em sua carteira, mas sem a identificação do comprador.
Com o outro pedido, agora a Air Pacific tem obrigações para a compra de oito 787s, pelo preço de tabela total de cerca de US$ 1,5 bilhão. Essa é, portanto, a maior transação realizada por uma empresa de Fiji na história do país. Além dos pedidos firmes, a companhia ainda tem opções para outras três unidades do mesmo modelo, o que poderia elevar o contrato para até US$ 2,2 bilhões.
"A Air Pacific provou ser uma companhia aérea bastante visionária", disse o vice-presidente de Vendas para a Ásia e Pacífico da Boeing, Stan Deal. "A companhia está buscando um papel de liderança na satisfação dos passageiros e na performance econômica com seus planos de frota de 787s", completou.
Atualmente, a Air Pacific utiliza dois aviões modelo 747-400 e um 767-300ER em suas rotas, aeronaves que serão substituídas pelos novos 787. Com esses aviões, a companhia opera rotas ligando Fiji aos EUA, Japão e outros destinos próximos no Pacífico. Com os novos aparelhos, além dessas rotas, a companhia também deverá expandir sua malha para outros países da Ásia e da Oceania.
(José Sergio Osse | Valor Online)
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2008/01/15/ult1913u82042.jhtm
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Uma noticia com mais detalhes.
Boeing confirma novo atraso no programa do jato 787
16/01/2008 - 14h01
SÃO PAULO - A Boeing anunciou hoje que vai atrasar por mais seis meses o programa de seu novo avião, o 787 Dreamliner. Seguindo os passos da arqui-rival européia Airbus, que passou por problema semelhante em 2006, a companhia norte-americana se colocou em posição vulnerável por conta de problemas técnicos no projeto da nova aeronave.
De acordo com a empresa, esse novo atraso, o segundo em menos de um ano, não terá impacto sobre o resultado financeiro de 2007 nem vai levar a uma mudança nas metas para este ano. Inicialmente, a previsão era entregar o primeiro 787 no início deste ano. Após a primeira revisão do programa, essa entrega foi remarcada para o meio deste ano. Agora, ela só deve ocorrer no início do ano que vem.
"O desenho fundamental e as tecnologias do 787 continuam sólidos", disse o presidente e executivo-chefe da divisão de Aviação Comercial da Boeing, Scott Carson. "Porém, continuamos a enfrentar desafios por problemas de início de produção em nossa fábrica e em nossa cadeia de suprimentos global", confessou.
No caso da Airbus, atrasos em série no programa do superjumbo A380 em 2006 levaram a empresa a entrar na maior crise de sua história. As falhas no projeto do avião gigante atrasou em cerca de dois anos o cronograma inicial, levou a cancelamentos em massa de pedidos e perda de credibilidade entre as companhias aéreas. Como resultado, a empresa trocou duas vezes de executivo-chefe em menos de um ano e encarou prejuízos significativos no ano, levando à adoção de um programa de reestruturação abrangente no início de 2007 que vai custar 680 milhões de euros, o emprego de 10 mil funcionários e levar à venda de seis fábricas da empresa.
A dúvida, agora, fica sendo se a Boeing vai trilhar esse mesmo caminho trilhado pela Airbus e entrar numa crise financeira de proporções semelhantes.
Segundo Carson, embora um progresso sólido tenha sido feito na montagem do primeiro 787, a velocidade com que os trabalhos vêm sendo completados não melhorou o suficiente para manter o cronograma atual.
"Nosso cronograma revisado é baseado nas avaliações atualizadas do progresso que fizemos e das lições que aprendemos até agora, feitas pelo nosso time de gerenciamento do (programa do) 787", disse Carson. Segundo ele, uma das mudanças é que agora a própria fábrica da Boeing tem completado tarefas que, originalmente, deveriam ser realizadas pelos fornecedores.
Em nota, a empresa afirma que vai entrar em contato com seus clientes e fornecedores para avaliar os impactos específicos da mudança de cronograma dos vôos de teste do 787 e de sua entrada em serviço. No caso da Airbus, dois anos atrás, além de vários cancelamentos de pedidos, foi nessa fase da crise que diversas empresas aéreas que já haviam comprado o avião exigiram compensações financeiras estimadas várias centenas de milhões de dólares.
Segundo a Boeing, uma das principais medidas agora será avaliar com fornecedores o progresso de suas atividades para que possam cumprir seus compromissos e entregar peças mais completas à fábrica para os próximos aviões.
"Estamos profundamente desapontadas pelo que esse atraso significa para nossos clientes e nos comprometemos a trabalhar junto com eles para avaliar o impacto em nossa programação de entregas", afirmou Carson.
A empresa, que previa entregar 109 aviões no ano que vem, será obrigada pelo novo atraso a rever essa expectativa, dando espaço para a recuperação da rival Airbus. A européia, inclusive, será duplamente beneficiada pelo atraso. Ela não apenas terá mais tempo para se recuperar no mercado, como vê diminuir a diferença de início de operações entre o 787 e o seu próprio jato semelhante, o A350, que só deve começar a voar em 2012.
Em outubro de 2007, pouco após o anúncio do primeiro atraso, o comando do programa do 787 foi entregue a Pat Shanahan, que substituiu Mike Bair. Shanahan, que antes era responsável pela área de mísseis militares da empresa, veio com o objetivo de arrumar a casa e colocar a produção nos trilhos. Ainda assim, já naquela época a Boeing afirmava que iria atrasar em um semestre o cronograma, com a possibilidade de anunciar outro atraso semelhante mais para a frente. O que ocorreu hoje.
"Juntamos os trabalhadores mais qualificados e as principais lideranças de dentro da companhia para assegurar um início bem sucedido para nosso sistema de produção global", disse Shanahan. "Juntamos as pessoas, a estrutura e os processos para executar nosso plano e iremos dar os passos adicionais para fortalecer nosso time se isso for necessários. Fizemos um progresso significativo ao reduzir as faltas de peças, melhorar a velocidade na disponibilidade e nos testes estáticos e de sistemas", completou.
Segundo a Boeing, as metas financeiras para 2008 deverão ser revistas pela empresa no anúncio oficial de resultados do quarto trimestre de 2007, marcado para o próximo dia 30. A empresa, porém, afirma que esse impacto não deverá ser significativo nas projeções de lucro. Já as metas financeiras para 2009 só serão divulgadas no segundo trimestre deste ano, no anúncio dos resultados da companhia para o período entre janeiro e março de 2008.
(José Sergio Osse | Valor Online)
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2008/01/16/ult1913u82108.jhtm
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