PRick escreveu:orestespf escreveu:PRick escreveu:orestespf escreveu:Wolfgang escreveu:É sinistro e é do jogo. Óbvio que o IDEAL é ter exatamente o que cada Força pede. No entanto, se realmente vier alguam tecnologia e geração de empregos para cá, aceito um heli "meia-boca" como o Cougar ou um Rafale mezzo muzzarela mezzo calabresa. Comparando com o que temos hoje, é show de bola.
A FAB tem que aprender a fazer o jogo político também.
Olá Fábio,
não vejo problema algum com a proposta francesa, jogo é jogo, nem mesmo com a venda casada do Rafale. Vejo o Rafale como uma ótima opção pra FAB, apesar do preço, abusivo pra nossa realidade.
O que me incomoda e que não se fala aqui no DB, que é um fórum de defesa, de pessoas bem informada (na imprensa não dá para esperar mesmo), é que o problema não são as FFAA deixando de ter o que gostaria especificamente, mas o fato do mercado industrial ditar as regras de aquisição de equipamentos militares. Acho isso muito sério, mas quem sabe eu estou errado, né?
Abração,
Orestes
Num concordo!
Eu acho que isto ocorre e muito nos EUA, aonde se compra e usa B-2 para jogar bombas em mendigos, ou mesmo a US NAVY com F-18E. Existem por toda a parte solução de compromisso. E olha não estamos falando em equipamentos obsoletos ou ruins, estávamos para comprar MI-17, que pode ser considerado o helo médio mais antigo ainda em produção. Compramos importados Cougar MKI, que acabaram de ser entregues.
O mesmo quando se fala cada FA escolhe suas armas, mas como? Não na França, lá tem um Órgão centralizador, é ele que escolhe o vetor. Vamos a mais um exemplo, a Marinha da França ficou com SUE, quando podia comprar F-18A, e por quê? Era importado e o governo vetou. Esperem por 15 anos e vocês terão o Rafale, por hora se virem com os SUE.
Vemos o Iraque, aí aonde muitas das decisões são atribuídas as industrias de defesa dos EUA na compra de material. Muitas críticas a respeito de material inadequado para guerra irregular, e mesmo assim o que se tem são F-16 atacando mendigos, porque é a lógica do lucro da industria militar, não do Governo, nem das FA`s, dado que isto aumenta gastos sem qualquer razão de eficácia bélica. Afinal, quem elege e apoia políticos são as industrias.
Em todo País desenvolvido o que se vê, é o mercado que dita as regras, é certo que se for possível, uni-se o útil ao agradável. Seria o mesmo que a Embraer começar a produção dos C-390 só com as ecomendas da FAB, não dá, tem que se ter mercado, a vantagem das FA´s dos EUA é que elas sozinhas já fazem um mercado, neste caso, eu posso escolher, caso contrário fica difícil. As dificuldades de Gripen, Rafale, Su-35-1 são de mercado. A França ainda pode fazer um mercado, no limite, já Suecia e Rússia não tem condições hoje de encomendar 250 caças para suas FA´s, porque com menos do que isto, não tem mercado, e para produzir assim, só estatal ou empresas privadas subsidiadas. Ficam na dependência de exportações, e como vimos da Engesa, isto não dá suporte no longo prazo.
[ ]´s
O foco não é este, PRick. O que se discute é o nosso mercado dizer o que nossas FFAA devem ou não comprar. Isto não existe em nenhum país do mundo, mas não duvido que poderemos ter a "honra" de sermos os primeiros.
Não estamos falando do acordo com os franceses, mas do fato dos "patrocinadores" locais que bancarão a coisa tentar impor no futuro seus produtos, que não saberemos quais são. Isso é força de contrato. Dependendo da forma que for feito, compramos coisas boas hoje, mas dançamos daqui a 15 ou 20 anos, e talvez antes disso.
Repito o que já disse antes, não importa a origem, pode ser francesa, russa, americana ou qualquer outra, o que deve ser analisado é a pressão do setor industrial.
Não gostaria que se fizesse com as FFAA e o setor industrial, o que os bancos fazem com o cidadão comum (acordo passado com o FHC). O jogo dos banqueiros até hoje é reclamado pelo povo do setor industrial. Quem pagou foi o cidadão, se as coisas forem assim mais uma vez, atingindo as FFAA, quem continuará pagando são os mesmos cidadãos.
Não se trata da proposta francesa, mas do jogo por trás, que banca tudo isso.
Estou viajando? Quem sabe... Mas acho melhor nos anteciparmos com teorias conspiratórias do que ser pegos com as calças nas mãos...
Sds,
Orestes
Ora Orestes, quem manda é o mercado, pode ser o nosso ou do exterior, ou você acha que o Golpe de 64 teria sucesso se não tivesse apoio no mercado nacional e internacional? Os EUA são MERCADO, somente MERCADO, é o País aonde gente já ficou rica vendedo Pedra de Estimação e Cartão de Crédito sem Crédito! Eu diria que boa parte dos produtos mais vendidos tem qualidade ruim, nem vou falar da estrutura de produção social que o gerou.
São os patrocinadore locais que bancam, os políticos, os militares, o Governo, a MÍDIA, e tudo mais afinal, o mundo é do PODER ECONÔMICO ou você tem alguma dúvida?
A visão completamente equivocada, é achar que os patrocinadores, terão objetivos diferentes do resto da sociedade. Afinal, quem é que faz os corações e as mentes? Esta idéia de que o homem é livre, que não está sujeito as forças de mercado, é utopia, se esqueceu que sou marxista, e esta é a expressão máxima da história humana.
O resultado geral a que cheguei... na produção social da própria vida, os homens contraem relações sociais determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. K MarxEste é o resumo da história humana, o que determina o marxismo e o materialismo histórico. A vontade humana é escrava da necessidade humana nada mais.
Por sinal, a simples comprovação das facções dentro da FAB, cada uma com suas preferências ideológicas, determinando simpátia por material russo, francês ou dos EUA. Nos dá uma boa perspectiva da realidade humana.
O acordo com a França, não vai resolver os nosso problemas internos de subdesenvolvimento e de estrutura econômica. Afinal, isto cabe a nós fazer, a própria desconfiança em nossa capacidade de lidar com os problemas inerentes as disputas geopolíticas e os desafios que ela nos propõe, já indica nossas limitações. Como os industriais da FIESP, eles querem o mercado cativo, é certo que eles poderão ter este mercado, mas fazendo por merecer. Você está pensando de trás para frente, ora vamos deixar as coisas acontecerem, se tiverem fazendo besteiras, aí sim vem a crítica e as correções de rumos.
[ ]´s
Putz, PRick... A culpa não é sua, é minha mesmo... rsrsrs Tanto trabalho... Marafa relaxa, mas enrola a língua e a digitação...
Veja bem, não me refiro a política adotada pela França. Isto é perfeito, ótimo. O mesmo se aplica a todo e qualquer país do mundo, nada de pacotão oferecido ao Brasil, pelo menos penso assim.
O que vejo de errado é o Governo seguir essa linha, algo que se traduz como jogo eleitoreiro e não estratégico. Estou cantando esta pedra desde o momento que escrevi um artigo para o UFJF Defesa falando sobre PA´s no Brasil e sua necessidade. Algo que não faz parte do planejamento do MD.
A proposta francesa é mais provocante do que interessante. Os americanos, mais do que os russos, vão se incomodar. E aí?
A indústria nacional, e não me refiro apenas a indústria bélica, está mais preocupada em recuperar o espaço perdido para os "bancos" ou no sistema de defesa da Nação? Eu tenho opinião formada, acredito que muitos, mas...
Defesa não se faz através de mercado, o mercado é que pode lucrar com o setor de defesa, desde que este atenda ao sistema de segurança das FFAA. O contrário é absurdo!.
A França não erra em nada em propor isso, mas o MD erra ao se sentir apaixonado por algo que pode lhe render dividendos políticos. Ou seja, mais uma vez as FFAA estão sendo massa de manobra de políticos civis? Mais uma vez os civis estão tentando "compensar" 64?
E lhe pergunto, mas esperando uma resposta fria e madura como sempre teve: se no lugar da França, o pacotão fosse idêntico, mas fosse de origem russa ou americana, você acharia bom para o País??
Abração,
Orestes