ONU quer apoio do Brasil no Sudão
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Se o Brasil acha que não está preparado...bem nós Portugueses quando fomos em 1996 para a Bósnia também não achávamos que estávamos preparados. Era um cenário aterrador, snipers, a maior guerra civil na Europa desde a Guerra civil Espanhola, não tínhamos experiência neste tipo de missões...eram muitos pontos negativos.
Brasil tem uma longa experiência de missões internacionais, Angola, Timor, Haiti, etc. O Sudão não é um TO como Angola, ou a Bósnia, é sem dúvida mais fácil.
O EB CONSEGUE, basta quererem!
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- Al Zarqawi
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Re: ????
Se o ensino de Portugal é bom , Zocuni , você faltou essa aula de geografiaDieneces escreveu:


Tudo bem,Dioneces.
Corrigindo,o Sudão de fato não faz fronteira com Ruanda,faz fronteira com o Uganda.Desculpem o erro.
Eu não sendo geografo,o que sei dá para o gasto e para deduções que me permitem afirmar que a geografia,o relevo,etc,do Sudão pouco ou nada tem haver com Angola.
Abraços,
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.

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- rodrigo
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Me desculpe, mas na maioria desses cenários, Portugal foi um dos mais inexpressivos coadjuvantes. Se o Brasil for ao Sudão para tomar conta da retaguarda, cozinhar, medicar ou cuidar da logística, não vejo problema, mas linha de frente, não. Não temos navios, aviões nem meios de transporte eficientes, as nossas Forças Armadas teriam que fazer compras emergenciais para dar conta, com todas as falcatruas e burrices das compras às pressas. Além do mais, já estamos com um número considerável de militares no Haiti. E a cadeira do conselho de segurança da ONU é uma utopia ridícula e absurda de uma política externa patética, que desde o FHC arrocha o orçamento das Forças Armadas e ao mesmo tempo exige o cumprimento de missões absurdas, que deveriam ficar a cargo dos países ricos.cabeça de martelo escreveu:Rodrigo se o Sudão é coisa de gente grande, então mais vale o EB "fechar a loja e ir para casa". Se em Portugal se pensasse assim (e há pessoas que pensam assim...por norma de partidos de esquerda), então não tínhamos ido para a Bósnia, kosovo, Timor-Leste, Afeganistão, Líbano, etc.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- rodrigo
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rodrigo escreveu:Já estão lá faz um bom tempo, tem um amigo meu lá, e sempre me confirmou o que foi dito desde o início desse tópico, aquilo lá é briga de gente grande, o Brasil não tem nem canivete próprio para essa missão.Não se preocupem, pois antes de enviar um batalhão para o Sudão, o EB vai enviar observadores militares. Um amigo meu, Cap. de Inf. do 1º BIS, está sendo preparado para ir para o Sudão em janeiro do ano que vem, como observador.
UNMIS - MILITARES BRASILEIROS - MISSÃO DE PAZ NO SUDÃO
Oficiais brasileiros que atuam como observadores militares da Missão das Nações Unidas para a Paz no Sudão (UNMIS) têm contribuído para a implementação do processo de paz naquele país.
O Sudão – país que possui o maior território na África – enfrentou mais de vinte anos de guerra civil. O conflito que devastou a Nação deixou mais de dois milhões de mortos e cerca de quatro milhões de refugiados num cenário de estagnação sócio-econômica.
Parte do contingente brasileiro, que conta com a presença de militares do Exército, da Forca Aérea e de policiais militares do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, foi desdobrada na porção norte do País. Nessa região predominam o clima desértico, a cultura árabe e a religião islâmica. A outra parte está atuando na porção centro-sul, que apresenta ambiente operacional, cultura e religião completamente diferentes. O povo sudanês manifesta grande admiração pelo trabalho desenvolvido pelos brasileiros. Esse aspecto tem facilitado o relacionamento com as autoridades e com os líderes das localidades mais distantes.
Após a assinatura do Acordo de Paz, está previsto um período de transição com a instalação de um governo interino que contará com a participação de representantes das maiores facções políticas locais. Esse período terá a duração de seis anos e meio, ao fim do qual será realizado plebiscito para deliberar sobre a manutenção da unidade nacional ou a divisão territorial em duas nações distintas.


http://www.exercito.gov.br/03ativid/mis ... indice.htm
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Me desculpe, mas na maioria desses cenários, Portugal foi um dos mais inexpressivos coadjuvantes.
Rodrigo um Batalhão de Infantaria na Bósnia, não é própriamente uma unidade de segunda linha. Os contigentes Portugueses posteriormente até foram escolhidos para serem a unidade QRF (Quick Reaction Force) da Divisão Francesa.
Eu sei que nestas ocasiões quem decide não são os militares, mas sim os politicos.
- Al Zarqawi
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Não está correto.
rodrigo escreveu: Me desculpe, mas na maioria desses cenários, Portugal foi um dos mais inexpressivos coadjuvantes.
Tudo bem,
Rodrigo,penso não ser de todo correta tal afirmação,Portugal no Kosovo e em Timor Leste,não foi de modo algum um inexpressivo coadjuvante.No Kosovo,até viatura com lagartas colocamos lá,entramos em 1999,e ainda lá estamos,e lá o cenário era de altíssima intensidade e complexidade étnica.Em Timor,enviamos o várias tropas,além da GNR,não fomos coadjuvantes.
Veja a cronologia das tropas portuguesas no Kosovo.
http://www.caleida.pt/ifor/koso1.htm
Abraços,
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.

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- cabeça de martelo
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Mais tarde os M-113 seriam substituidos por Hummers blindados e as Chaimites modernizadas.
http://www.areamilitar.net/analise/anal ... Materia=27
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/t ... NN=52&P=77
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- Dieneces
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É A MINHA TESE , CABEÇA. MAS TEMOS QUE NOS EQUIPAR MINIMAMENTE PARA O MISTER.cabeça de martelo escreveu:Portugal = 10 milhões de habitantes (já chegou a ter 1000 militares em missões no exterior);
Brasil = 188 milhões de habitantes (tem que ter pelo menos uns 10.000 militares no exterior para ganhar a cadeira no CS da ONU).
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
- Dieneces
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O sul sudanês é muito semelhante ao território angolano , Zocuni . O sudeste e sudoeste também lembram as savanas do sul . Partes do sahel sudanês lembram a fronteira sul angolana, também.
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Mas aí voltamos ao principio, para o Brasil atingir o reconhecimento internacional é preciso é vontade politica, mais nada! Se houver vontade politica, as unidades de Pronto Emprego poderiam atingir um nível perto do Corpo de Fuzileiros. E quando estamos a falar da Brigada Pára-quedistas, Aeromóvel, etc.; então seria idêntica.
Basta querer!
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- Al Zarqawi
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Video
Tudo bem,
Vai aqui um video do SPLA(Exército Popular de Libertação do Sudão),e sua entrada na cidade de Juba,principal cidade no sul do Sudão.Este exército rebelde situado a sul combate as tropas governamentais(muçulmanas),este exército é dos cristãos.Esta entre outras coisas,como petróleo é que alimenta este genocideo.Bem aqui vai o video.
http://br.youtube.com/watch?v=2OHmwZtIEhY&mode=related&search=
Abraços,
Vai aqui um video do SPLA(Exército Popular de Libertação do Sudão),e sua entrada na cidade de Juba,principal cidade no sul do Sudão.Este exército rebelde situado a sul combate as tropas governamentais(muçulmanas),este exército é dos cristãos.Esta entre outras coisas,como petróleo é que alimenta este genocideo.Bem aqui vai o video.
http://br.youtube.com/watch?v=2OHmwZtIEhY&mode=related&search=
Abraços,
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- rodrigo
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Foi por isso que escrevi na maioria dos cenários. Não há como países de menor investimento nas Forças Armadas, como Brasil no contexto mundial ou Portugal no contexto europeu, assumir obrigações de 1ª linha em missões de paz. O Brasil está acostumado em mandar equipes anti-mina, observadores e apoio humanitário e logístico. O Haiti é a primeira experiência de combate legítima. Houve um caso, já esquecido, de um contingente brasileiro capturado na Bósnia, e uma foto famosa de um oficial brasileiro acorrentado à um radar sérvio, como escudo humano contra ataques da OTAN ( se alguém tiver paciência de procurar a foto ou notícias da época seria interessante).Rodrigo,penso não ser de todo correta tal afirmação,Portugal no Kosovo e em Timor Leste,não foi de modo algum um inexpressivo coadjuvante.
Existe um artigo muito interessante, na Revista da ECEME do 2º quadrimestre de 2006, de autoria do Gen Bda Marcio Tadeu Bettega Bergo, chamado Operações multinacionais: condicionantes para a participação brasileira e reflexos para o país, enfoque logístico. Nesse artigo, o autor fala sobre a gigantesca operação de logística de uma missão como o Haiti, e em decorrência, fica fácil ver a impossibilidade de se enviar um contingente significativo ao Sudão.
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