Lord Nauta escreveu:Battleaxe escreveu:Senhores, sem querer polemizar, será que uma versão do Piranha poderia ser usada neste lançador?
Se possivel, sairia bem em conta. Claro que não sei a eficácia do mesmo sendo usado contra um missel, mas podemos falar a respeito.
O que vocês acham?
Seria possivel?
Prezado Amigo
Em relação a sua sugestão em relação ao Piranha devemos levar em consideração as dimensões deste missel (compatibilização com o lançador) e as possibilidades caso as dimensões sejam compativeis de integração com o sistema. A partir desta avaliação seria possivel então estabelecermos a viabilidade técnicaxfinanceira.
Sds
O Piranha e o RAM derivam do AIM-9 Sidewinder, as dimensões são as mesmas. Os conceitos e adaptações feitas, porém, tornam-nos armas TOTALMENTE diferentes.
O RAM usa o corpo e o motor do AIM-9 (como o Piranha), porém usa um sistema de asas retráteis e vôo com rolagem contínua em seu eixo de deslocamento, de modo a facilitar o enquadramento de alvos ágeis como mísseis anti-navio, além de dar maior estabilidade nos turbulentos vôos rasantes para atacar alvos sea-skimmer. Ele segue para o alvo como um projétil de arma de fogo: giroestabilizado, por isso o sistema e as técnicas de guiagem são totalmente diversas.
O Piranha adquire o alvo antes do lançamento (lock on before launch), usando um sensor IR de duas cores: ele precisa ver o alvo primeiro, para depois ser lançado contra ele. Ou seja, o míssil atacante tem que estar próximo e visivel para sensibilizar o buscador.
O RAM também usa um sensor IR de duas cores, porém de menor calibre (ele usa o buscador do Stinger), e com capacidade de adquirir o alvo após o lançamento (lock on after launch), sendo o espaço restante do diâmetro do corpo do míssil utilizado para um buscador passivo de energia eletromagnética, que detecta as emissões do radar do míssil anti-navio. Com isso, o míssil é lançado na direção do alvo mesmo sem o lock on do sensor IR, sendo atraído em direção ao míssil atacante pelas emissões de seu radar, e quando ele está próximo o bastante, o sensor IR trava no alvo e dá mais precisão ao engajamento. É possível fazer a interceptação utilizando só o sensor eletromagnético, o que facilita a utilização do míssil em mau tempo e com nevoeiros, etc...
Ou seja, não dá para comparar, em uso de defesa anti-míssil e em ambiente naval, o Piranha com o RAM. Este último é MUITO mais polivalente e capaz.
O RAM é projeto conjunto da Alemanha e EUA: não há problemas políticos em sua aquisição, caso contrário não teríamos nossos Subs IKL-1400, A-4 Skyhawks, etc., etc... não vou nem numerar a "penca" de sistemas alemães e americanos em uso não só na MB, mas nas três FFAA...
Para defender um navio, um PA tem que ser o melhor sistema disponível pelo valor X, senão é jogar dinheiro fora e arriscar perder um SSAA de muito maior valor (um NAE, um NDD...)
O RAM é o SSAA de mais fácil adaptação em nossos navios devido ao seu pequeno tamanho, baixo peso, ausência de necessidade de sistemas de orientação auxiliares tais como radares de controle de fogo, radares secundários de direção de tiro, sistemas eletro-óticos de direção de tiro, etc.: só precisa da direção genérica do alvo fornecida pelo radar primário do navio. Além disso tem enorme poder de fogo, com 21 mísseis em pronto uso em cada lançador e capacidade de engajamento de alvos múltiplos simultaneamente.
No mais, o RAM é o CIWS da marinha dos EUA (nos novos NAE) e da Alemanha (F122, 123, 124, 125... K130) de hoje e do futuro próximo...