Nordeste terá duas usinas nucleares
Governo planeja oito novas centrais, sendo pelo menos duas no Sudeste
O governo federal pretende construir duas usinas nucleares na Região Nordeste, para a primeira entrar em operação em 2017. Outras duas usinas serão construídas na Região Sudeste. A necessidade dessas centrais, de mil megawatts cada, para o atendimento da demanda de energia do país já leva em conta a construção de Angra 3. A informação foi dada ontem pelo presidente da Eletronuclear, Otho Luiz Pinheiro, que participou de uma reunião pública - uma das etapas que antecedem as audiências públicas que serão feitas para a obtenção das licenças ambientais para a construção de Angra 3.
Segundo Pinheiro, no planejamento energético elaborado pelo governo para atendimento do consumo de energia do país até 2030, está prevista a necessidade de se construírem no país até oito centrais nucleares de mil megawatts cada - além de Angra 3. Somente foi divulgado que as duas primeiras deverão ser construídas no Nordeste e as outras duas, no Sudeste.
- Vamos começar pela Região Nordeste porque é a que tem menos energia hidrelétrica residual. Só temos uma oportunidade a mais de hidrelétrica no Nordeste - disse o presidente da Eletronuclear.
Custo de cada usina varia de US$2 bilhões a US$4 bilhões
Pinheiro destacou que, para que a primeira usina do Nordeste possa entrar em operação em 2017, será preciso tomar a decisão já no segundo semestre deste ano ou no início do ano que vem. O custo estimado para cada central, segundo ele, varia de US$2 bilhões a US$4 bilhões.
O executivo afirmou que a energia nuclear, além de segura, não tem impacto ambiental, e tem custos competitivos em relação a outras fontes de energia. O custo da energia de Angra 3 é estimado em R$140 o megawatt/hora.
Segundo Pinheiro, a Eletronuclear está trabalhando em uma nova legislação para o setor, na qual passaria a haver o pagamento de royalties aos municípios onde forem construídas as usinas. A estimativa é de um pagamento de cerca de 2% da receita. (Ramona Ordoñez)
Novo Programa Nuclear?
Moderador: Conselho de Moderação
- Marino
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Do Globo:
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Brasileiro escreveu:luis F. Silva escreveu:Brasileiro escreveu:Olha...é o seguinte....eu votei no Lula e tal, mas acho que ele fala demais. Essa não é a primeira, e nem a segunda vez que ele fala "temos que reaparelhar a Marinha".
Toda hora esse cara sobe no palanque na frente dos comandantes e fala "temos que fazer isso, temos que fazer aquilo,
Se calhar é como em Portugal, vamos prometer aos militares para eles não se virarem contra nós.
Cumprir não tem pressa!...
Heranças coloniais....
abraços]
Desculpe tirar a esperança dos companheiros de fórum, mas todos os discursos que ouvimos recentemente, seja do Lula, seja do Waldir Pires, é a maneira dos políticos dizerem que não vão dar nada.
O Waldir Pires é o novo "engavetador geral" da República, pois engaveta todos os expedientes dos Comandantes de Força que são enviados ao MD.
Está sentado em cima do programa de reaparelhamento das Forças há mais de um ano, e agora manda "reestudar".
Estou perdendo a esperança, mais uma vez. As Forças que se virem com o que possuem e lambam.
Editado pela última vez por Marino em Qui Jun 14, 2007 12:09 pm, em um total de 1 vez.
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A INVAP argentina desenvolveu tecnologia para pequenos reatores nucleares, com uso dual.
A tecnologia desenvolvida pela Marinha poderia ser empregada nestas centrais com 1000 MW ?
Abraços, alexandre.
A tecnologia desenvolvida pela Marinha poderia ser empregada nestas centrais com 1000 MW ?
Abraços, alexandre.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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alexandre lemos escreveu:A INVAP argentina desenvolveu tecnologia para pequenos reatores nucleares, com uso dual.
A tecnologia desenvolvida pela Marinha poderia ser empregada nestas centrais com 1000 MW ?
Abraços, alexandre.
Sim, e acho que essa é a idéia.
sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Marino
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O reator nacional está pronto, faltando o governo alocar recursos para a montagem do prédio onde o mesmo será colocado para funcionar.
É uma vergonha. Todos os países que constroem reatores começaram com seus projetos militares, que depois "cresceram" e foram usados para fins civis.
Este é o caminho para o Brasil. Colocar para funcionar o reator nacional, validá-lo, começar a construir maiores e nos independizarmos de compras no exterior. Recursos que seriam colocados no Brasil, para indústrias nacionais, mão-de-obra nacional, insumos nacionais, etc.
A MB vai até vender energia com a montagem do reator.
Só quem não quer ver ...
É uma vergonha. Todos os países que constroem reatores começaram com seus projetos militares, que depois "cresceram" e foram usados para fins civis.
Este é o caminho para o Brasil. Colocar para funcionar o reator nacional, validá-lo, começar a construir maiores e nos independizarmos de compras no exterior. Recursos que seriam colocados no Brasil, para indústrias nacionais, mão-de-obra nacional, insumos nacionais, etc.
A MB vai até vender energia com a montagem do reator.
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- Marino
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Marino escreveu:Brasileiro escreveu:luis F. Silva escreveu:Brasileiro escreveu:Olha...é o seguinte....eu votei no Lula e tal, mas acho que ele fala demais. Essa não é a primeira, e nem a segunda vez que ele fala "temos que reaparelhar a Marinha".
Toda hora esse cara sobe no palanque na frente dos comandantes e fala "temos que fazer isso, temos que fazer aquilo,
Se calhar é como em Portugal, vamos prometer aos militares para eles não se virarem contra nós.
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Desculpe tirar a esperança dos companheiros de fórum, mas todos os discursos que ouvimos recentemente, seja do Lula, seja do Waldir Pires, é a maneira dos políticos dizerem que não vão dar nada.
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Está sentado em cima do programa de reaparelhamento das Forças há mais de um ano, e agora manda "reestudar".
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Lambam e não reclamem.
- Wolfgang
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Marino escreveu:Marino escreveu:Brasileiro escreveu:luis F. Silva escreveu:Brasileiro escreveu:Olha...é o seguinte....eu votei no Lula e tal, mas acho que ele fala demais. Essa não é a primeira, e nem a segunda vez que ele fala "temos que reaparelhar a Marinha".
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Marino o que acontece que estar a responder suas próprias mensagens?
- Marino
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Wolfgang escreveu:Marino escreveu:Marino escreveu:Brasileiro escreveu:luis F. Silva escreveu:Brasileiro escreveu:Olha...é o seguinte....eu votei no Lula e tal, mas acho que ele fala demais. Essa não é a primeira, e nem a segunda vez que ele fala "temos que reaparelhar a Marinha".
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Marino o que acontece que estar a responder suas próprias mensagens?
Saco cheio. Falta de esperança. Desculpem.
- Wolfgang
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Marino escreveu:Wolfgang escreveu:Marino escreveu:Marino escreveu:Brasileiro escreveu:luis F. Silva escreveu:Brasileiro escreveu:Olha...é o seguinte....eu votei no Lula e tal, mas acho que ele fala demais. Essa não é a primeira, e nem a segunda vez que ele fala "temos que reaparelhar a Marinha".
Toda hora esse cara sobe no palanque na frente dos comandantes e fala "temos que fazer isso, temos que fazer aquilo,
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Desculpe tirar a esperança dos companheiros de fórum, mas todos os discursos que ouvimos recentemente, seja do Lula, seja do Waldir Pires, é a maneira dos políticos dizerem que não vão dar nada.
O Waldir Pires é o novo "engavetador geral" da República, pois engaveta todos os expedientes dos Comandantes de Força que são enviados ao MD.
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Marino o que acontece que estar a responder suas próprias mensagens?
Saco cheio. Falta de esperança. Desculpem.
Marinão, abra umas cervas, respire fundo, leia uma Playboy...
Amanhã eu garanto que tudo estará... pior.
Mas pense bem: na hora que o bicho pegar, nós mandamos os velhos comunas na linha de frente!
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Amigos, achei um bom texto.
Submarino Nuclear Brasileiro pode voltar à tona
Situação internacional e afirmação estratégica são motores do processo
14.06.2007
O programa do submarino movido a energia nuclear para a Marinha do Brasil, parece nos últimos dias ter decididamente sofrido um novo sopro ou alento com declarações não só de ministros e entidades militares como o comandante da marinha alm. Moura Neto, como também do próprio presidente do País, Lula da Silva.
Desde há bastantes anos que dentro da própria marinha brasileira há várias correntes de opinião sobre quais as prioridades na defesa naval do país, que passam por um sector que dá primazia à esquadra de superfície e outro que dá essa primazia ao aumento da capacidade submarina do Brasil.
Entre os que defendem a capacidade submarina, há também os que dão prioridade a uma arma defensiva baseada em submarinos convencionais e outra ala que dá preferência à construção pelo Brasil de uma pequena força de submarinos movidos a energia nuclear.
Nos últimos tempos, a arma submarina convencional recebeu um considerável impulso, com a anunciada aquisição pelo Brasil de um submarino do tipo U-214, que é um dos mais sofisticados submarinos convencionais do mundo, mesmo não tendo o Brasil optado por adquirir aquele submarino com o novíssimo sistema AIP que permite que o submarino fique submerso durante semanas, sem emergir.
Submarino U-214: Moderno, mas de propulsão convencional
Quando foi apresentada a opção por um contrato que incluía um submarino U-214 sem o recurso ao sistema AIP, isso foi visto como resultado da pressão do grupo favorável ao submarino nuclear, receando que o investimento num sistema moderno mas convencional pudesse enterrar definitivamente o projeto brasileiro de submarino nuclear, que dura já há quase 20 anos sem que tenham ocorrido grandes desenvolvimentos.
Em Brasília em declarações à imprensa, sobre o programa SNB (Submarino Nuclear Brasileiro) fontes do Ministério da Defesa e da marinha brasileira afirmam que se trata de uma opção estratégica já antiga.
O próprio Presidente da República concordou com o almirante Moura Neto, comandante da marinha, afirmando que a conclusão do programa nuclear da marinha é importante e que representa um extraordinário progresso no campo da ciência e da tecnologia.
Se o presidente parece em sintonia com o chefe da marinha, em Brasília, deputados e senadores também comentam o fato, mas em declarações extra-oficiais, outras versões circulam.
Entre outras, comenta-se que a possibilidade que agora se apresenta de dar um impulso ao programa, tem muito mais a ver com questões geo-estratégicas e de equílibrio de poder na América do Sul, que com as necessidades operacionais da marinha.
O factor Chavez, poderá ser neste momento um dos principais senão o principal motivo por detrás das mudanças que se têm verificado nas posições do governo sobre os programas militares.
Em Brasília nas últimas semanas a temperatura esteve muito alta quando Hugo Chavez fez acusações despropositadas ao Congresso, dando a entender que se tratava de uma entidade ao serviço de Washington.
Lula, que estava no exterior lançou panos quentes no gelo e pediu que Hugo Chavez tratasse da Venezuela que ele tratava do Brasil, mas para muitos deputados e senadores mal estava feito. Em Brasília ouvem-se comentários dizendo coisas como “...O Brasil tem que se dar ao respeito...” e que por isso alguma coisa tem que ser feita.
O factor Chavez: Jogando em favor do programa nuclear da marinha brasileira?
A Venezuela tem vindo a desenvolver uma política externa agressiva que não só se baseia em insultos contra Washington, mas que também pretende aparecer junto das opiniões públicas da América Latina, como o líder do continente, aproveitando para isso suas compras militares, como a recente aquisição de aeronaves Su-30.
A afirmação militar da Venezuela, falando «grosso» e mostrando músculo, funciona no continente e agrega em torno da Venezuela países que de outra forma não seguiriam as políticas de Chaves e esse alinhamento, é objectivamente negativo para o Brasil.
Os desenvolvimentos dos últimos dias podem significar que Brasília está enviando recados para os seus vizinhos.
A mensagem que o Brasil enviará para os seus vizinhos, é a de que nenhum país da América Latina tem capacidade para produzir submarinos e muito menos para produzir um submarino movido a energia atómica. A mensagem é tão mais importante, quanto nos últimos dias várias notícias parecem confirmar a possibilidade muito clara de aquisição de nove submarinos russos por parte da Venezuela.
O Submarino Nuclear Brasileiro, é o melhor argumento para os militares apresentarem a deputados, senadores e ao próprio governo como forma de afirmação de poder.
O eventual futuro submarino, sendo ou não construído é um facto político importante e uma carta a jogar pelo Brasil. Se devidamente promovido e organizado, o programa nuclear brasileiro poderá ser o mais claro recado a Hugo Chaves e para as opiniões públicas dos países da região sobre quem é, agora e no futuro, o país que lidera o continente sul americano.
Fonte: Área Militar
Submarino Nuclear Brasileiro pode voltar à tona
Situação internacional e afirmação estratégica são motores do processo
14.06.2007
O programa do submarino movido a energia nuclear para a Marinha do Brasil, parece nos últimos dias ter decididamente sofrido um novo sopro ou alento com declarações não só de ministros e entidades militares como o comandante da marinha alm. Moura Neto, como também do próprio presidente do País, Lula da Silva.
Desde há bastantes anos que dentro da própria marinha brasileira há várias correntes de opinião sobre quais as prioridades na defesa naval do país, que passam por um sector que dá primazia à esquadra de superfície e outro que dá essa primazia ao aumento da capacidade submarina do Brasil.
Entre os que defendem a capacidade submarina, há também os que dão prioridade a uma arma defensiva baseada em submarinos convencionais e outra ala que dá preferência à construção pelo Brasil de uma pequena força de submarinos movidos a energia nuclear.
Nos últimos tempos, a arma submarina convencional recebeu um considerável impulso, com a anunciada aquisição pelo Brasil de um submarino do tipo U-214, que é um dos mais sofisticados submarinos convencionais do mundo, mesmo não tendo o Brasil optado por adquirir aquele submarino com o novíssimo sistema AIP que permite que o submarino fique submerso durante semanas, sem emergir.
Submarino U-214: Moderno, mas de propulsão convencional
Quando foi apresentada a opção por um contrato que incluía um submarino U-214 sem o recurso ao sistema AIP, isso foi visto como resultado da pressão do grupo favorável ao submarino nuclear, receando que o investimento num sistema moderno mas convencional pudesse enterrar definitivamente o projeto brasileiro de submarino nuclear, que dura já há quase 20 anos sem que tenham ocorrido grandes desenvolvimentos.
Em Brasília em declarações à imprensa, sobre o programa SNB (Submarino Nuclear Brasileiro) fontes do Ministério da Defesa e da marinha brasileira afirmam que se trata de uma opção estratégica já antiga.
O próprio Presidente da República concordou com o almirante Moura Neto, comandante da marinha, afirmando que a conclusão do programa nuclear da marinha é importante e que representa um extraordinário progresso no campo da ciência e da tecnologia.
Se o presidente parece em sintonia com o chefe da marinha, em Brasília, deputados e senadores também comentam o fato, mas em declarações extra-oficiais, outras versões circulam.
Entre outras, comenta-se que a possibilidade que agora se apresenta de dar um impulso ao programa, tem muito mais a ver com questões geo-estratégicas e de equílibrio de poder na América do Sul, que com as necessidades operacionais da marinha.
O factor Chavez, poderá ser neste momento um dos principais senão o principal motivo por detrás das mudanças que se têm verificado nas posições do governo sobre os programas militares.
Em Brasília nas últimas semanas a temperatura esteve muito alta quando Hugo Chavez fez acusações despropositadas ao Congresso, dando a entender que se tratava de uma entidade ao serviço de Washington.
Lula, que estava no exterior lançou panos quentes no gelo e pediu que Hugo Chavez tratasse da Venezuela que ele tratava do Brasil, mas para muitos deputados e senadores mal estava feito. Em Brasília ouvem-se comentários dizendo coisas como “...O Brasil tem que se dar ao respeito...” e que por isso alguma coisa tem que ser feita.
O factor Chavez: Jogando em favor do programa nuclear da marinha brasileira?
A Venezuela tem vindo a desenvolver uma política externa agressiva que não só se baseia em insultos contra Washington, mas que também pretende aparecer junto das opiniões públicas da América Latina, como o líder do continente, aproveitando para isso suas compras militares, como a recente aquisição de aeronaves Su-30.
A afirmação militar da Venezuela, falando «grosso» e mostrando músculo, funciona no continente e agrega em torno da Venezuela países que de outra forma não seguiriam as políticas de Chaves e esse alinhamento, é objectivamente negativo para o Brasil.
Os desenvolvimentos dos últimos dias podem significar que Brasília está enviando recados para os seus vizinhos.
A mensagem que o Brasil enviará para os seus vizinhos, é a de que nenhum país da América Latina tem capacidade para produzir submarinos e muito menos para produzir um submarino movido a energia atómica. A mensagem é tão mais importante, quanto nos últimos dias várias notícias parecem confirmar a possibilidade muito clara de aquisição de nove submarinos russos por parte da Venezuela.
O Submarino Nuclear Brasileiro, é o melhor argumento para os militares apresentarem a deputados, senadores e ao próprio governo como forma de afirmação de poder.
O eventual futuro submarino, sendo ou não construído é um facto político importante e uma carta a jogar pelo Brasil. Se devidamente promovido e organizado, o programa nuclear brasileiro poderá ser o mais claro recado a Hugo Chaves e para as opiniões públicas dos países da região sobre quem é, agora e no futuro, o país que lidera o continente sul americano.
Fonte: Área Militar
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
- Marino
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Do Estado de SP:
País prepara salto de eficiência na produção de urânio enriquecido
Nova e poderosa geração de ultracentrífugas, que entrará em operação em 2008, trará ganho de 40%
Roberto Godoy
O programa nuclear brasileiro vai utilizar a partir de maio de 2008 uma nova e poderosa geração de ultracentrífugas - máquinas de alta tecnologia destinadas a enriquecer urânio - ao menos 40% mais eficientes que as atualmente em uso pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Não é só. Uma terceira série, ainda em testes de validação, deve estar disponível em 2011 - e, de novo, será 40% mais eficaz que a versão prevista para o próximo ano. Projeto e construção são nacionais. O urânio enriquecido a 4%, nível adotado pelo País, é o combustível dos reatores de energia. As armas atômicas exigem graus superiores a 90%.
“Isso representa um salto de qualidade e produtividade no sistema”, garante o almirante Carlos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP), agência de pesquisa com sede no campus da USP, responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos.
O centro cuida também dos planos de criação dos sistemas compactos de propulsão nuclear para um submarino de ataque. Embora tenha sido descartado como prioridade da Marinha em fevereiro de 2006, acabou sendo resgatado na redefinição do plano de reaparelhamento. É um objetivo de longo prazo. O tempo previsto para que os técnicos da força naval projetem e construam uma unidade de 6 mil a 9 mil toneladas de deslocamento, com 96 metros de comprimento e 100 tripulantes, é de 11 anos. Antes disso, porém, será necessário testar e completar um reator PWR (de água pressurizada) de 48 MW.
A rigor, o equipamento está pronto. No Centro Experimental de Aramar, a 130 quilômetros de São Paulo, as grandes peças de precisão que compõem o conjunto estão armazenadas em ambiente de gás liquefeito para impedir a deterioração.
Aguardam a conclusão das obras do Laboratório de Geração Nucleoelétrica, o LabGene. Os prédios estão limitados às fundações. A retomada ainda este ano permitiria a entrada em operação entre 2010 e 2011.
O reator que permanece desmontado vale US$ 130 milhões. Expandido, ele servirá à produção de eletricidade a partir de usinas regionais. O governo pretende construir oito centrais - duas delas no Sudeste do País.
O Centro Tecnológico da Marinha precisa de R$ 1,040 bilhão para completar as etapas estratégicas do empreendimento: ciclo do combustível, geração de energia, propulsão e infra-estrutura. O almirante Bezerril estima que o processo exigiria sete anos. Quase todo o investimento no programa nuclear tem sido feito pelo Comando da Marinha, com recursos próprios. As aplicações, desde 1979, somam US$ 1,117 bilhão e desse total só US$ 216 milhões chegaram de outras fontes governamentais. O Comando da Marinha tem receita própria, os royalties referentes à extração de petróleo na plataforma oceânica, pagos pela Petrobrás. O dinheiro da Força, entretanto, é contingenciado pela Presidência da República há 10 anos em benefício do superávit primário nas contas públicas. Em dezembro de 2006 o saldo acumulado e não repassado chegava a R$ 2,69 bilhões. Para este ano a arrecadação em direitos será de R$ 1,4 bilhão. Serão liberados R$ 551,8 milhões, permanecendo retidos R$ 861,9 milhões
O assunto delicado, todavia, é a produção de ultracentrífugas. Segundo Tony Harrington, um ex-consultor da ONU para o desarmamento, “o foco da preocupação mudou - o que interessa agora não é prevenir só a capacidade de construção de uma bomba atômica, mas também o domínio dos métodos para enriquecimento isotópico do urânio natural”. Harrington, analista de segurança, esteve no Brasil e na Argentina em três visitas técnicas a partir de 1998. Ele considera “tranqüilizador” o padrão de controle do CTMSP e da INB.
Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não terão acesso às ultracentrífugas mais recentes da mesma forma como não podem verificar o funcionamento das unidades originais - hoje 50 vezes mais eficazes do que nas configurações iniciais, vistas pela primeira vez há 17 anos.
EQUAÇÃO
As verificações previstas no acordo de salvaguardadas, firmado pelo governo brasileiro e renovado há pouco mais de dois anos, abrangem uma complexa contabilidade. “O que interessa à AIEA é saber o quanto de gás de urânio entrou no sistema, o quanto saiu de urânio enriquecido, o U235, e também de urânio empobrecido, o U238 - é uma equação que tem de fechar sem erro”, explica o almirante Bezerril. A regra de preservação do conhecimento sensível vale desde 2003, quando a Marinha e a INB passaram a cobrir com painéis todas as ultracentrífugas, permitindo aos peritos internacionais a observação apenas do circuito de entrada e saída. No CEA, a cascata de beneficiamento (veja o gráfico) é monitorada ininterruptamente por câmeras blindadas guardadas em caixas lacradas pela AIEA. Há inspeções periódicas. Freqüentemente o aviso chega em cima da hora. As ultracentrífugas do Brasil utilizam a repulsão magnética para evitar o atrito entre partes móveis. Assim, duram mais e tem maior capacidade.
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Marino, boa noite.
Fala-se muito em fragata furtiva, as marinhas, principalmente as mais poderosas estão procurando criar projetos onde a localização dos seus navios pelo radar seja dificultada, mas com o MAGE, vamos considerar o Defensor, essa furtividade, podemos dizer assim, perde ou não a sua validade.
Fala-se muito em fragata furtiva, as marinhas, principalmente as mais poderosas estão procurando criar projetos onde a localização dos seus navios pelo radar seja dificultada, mas com o MAGE, vamos considerar o Defensor, essa furtividade, podemos dizer assim, perde ou não a sua validade.
- Marino
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Fernando Teles escreveu:Marino, boa noite.
Fala-se muito em fragata furtiva, as marinhas, principalmente as mais poderosas estão procurando criar projetos onde a localização dos seus navios pelo radar seja dificultada, mas com o MAGE, vamos considerar o Defensor, essa furtividade, podemos dizer assim, perde ou não a sua validade.
Hoje em dia, emitiu levou um míssil de volta.
Há marinhas, como a americana, que possuem uma capacidade tal de controle de área, que não possuem esta "preocupação": vão emitir sempre e quem entrar em sua área de controle estará atingido.
Para as marinhas "mortais", emitir significa ser localizado e atacado.