orestespf escreveu:alcmartin escreveu:Taí a dita cuja lei...
A modernização do P-3
No dia 11 de novembro último, Defesanet publicou artigo do diretor de Redação da revista Tecnologia & Defesa, Cosme Degenar Drumond, sobre antigos P-3A Orion adquiridos pelo Comando da Aeronáutica - ver links a respeito -, cujo processo de modernização encontra-se em fase de discussão contratual com a vencedora da licitação (EADS CASA).
No dia 1º de Dezembro passado, o Serviço de Relações Públicas da Marinha (SRPM) respondeu aos questionamentos que o autor da matéria solicitara à Marinha, conforme consta no rodapé do artigo. Em mensagem-fax, datada de 28-11-2003, enviada ao diretor de Redação de T&D, o SRPM informa o seguinte:
Prezado Senhor,
Em atenção ao seu e-mail recebido em 11/11/03, participo a Vossa Senhoria que, segundo o disposto no Decreto nº 64.063, de 5 de fevereiro de 1969, regulamentando a Lei nº 2.419, de fevereiro de 1955, a patrulha costeira é uma atribuição da Marinha do Brasil, sendo esta atividade coordenada pelo Comando de Operações Navais, por meio dos Distritos Navais.
O Decreto nº 2.538, de abril de 1998, em seu artigo primeiro, delimita as tarefas inerentes às aeronaves de asa fixa desta Força "ao guarnecimento dos navios de superfície e de helicópteros de emprego geral, todos orgânicos e por ela operados, necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional", qual seja, precipuamente, à defesa das Forças Navais em operações no mar.
Cabe salientar que a Marinha do Brasil, em coordenação com a Força Aérea Brasileira, desenvolve tarefas relativas ao serviço de socorro marítimo e à salvaguarda da vida humana no mar.
Atenciosamente,
PAULO RICARDO MÉDICI
Capitão-de-Fragata
Diretor
Só p/esclarecer, o ponto que defendo é que sem vontade política governamental, briga entre forças, sonhos de poder, é tudo helmman's...
Olá Alcmartin,
não sei se falta política governamental... Quanto o FHC "bancou" a permissão de vetores de asas fixas para a MB, foi um Deus nos acuda. Vários interesses foram contrariados, houve muita crítica, mas hoje a situação melhorou bastante.
Mas a briga entre as forças continua existindo. Acredito que este motivo seja o pior deles. Não sei se algum governo teria interesse em se indispor com os vários interesses de cada força. Até mesmo dentro de uma mesma força, existem grandes divergências. A começar pela escolha do FX dentro da FAB. Reclamam da falta de verba (e com razão), mas eu pergunto: alguém em sã consciência liberaria orçamento para projetos que existem dúvidas na "fonte"? Quem tem se saído bem (pelo menos por enquanto) é a MB. Tem projetos mais modestos e realistas, assim tem conseguido comprar alguma coisa.
A posição do EB chega a ser risível. No ano passado pediu mais verbas para conclusão do seu míssil. Hoje, dizem que este míssil está pronto, mas o EB não anunciou qualquer compra. Em quanto isto, seu comandante fica dando entrevistas pedindo o "reaparelhamento salarial". A causa é mais do que justo, mas é brincadeira ouvir isto de um comandante quando a pergunta se referia claramente a reaparelhamento de materiais.
Enquanto as forças não se entendem, o governo finge de mortinho e deixa o barco correr pra onde a correnteza o leva.
Sds,
Orestes
Concordo, que há, infelizmente, problemas nas FA e em especial, na FAb. Concordaria c/ o que colocou sobre o governo, se não houvesse contingenciamento de verbas, se os royalties da MB fossem liberados, se a $ economizada do FX1 fosse p/o fome zero
...
Aí se mistura, no caso da FAB, c/seus problemas de "abraçar" o mundo da aviação (EB, MB, civil) e não dar conta do recado...e ainda leva má fama, mesmo quando acerta.
Como exemplo na aviação civil, cito o caso das politizadas ANAC e INFRAERO , que cobra uma das taxas mais caras do mundo de auxilio radio das empresas aéreas. No entanto, todos auxilios sob sua responsabilidade normalmente nem funcionam. O que segura a onda do tráfego aéreo são os do DCEA, gratuitos. Era caso de PROCOM...vende o que não fornece.
Na época da implementação da ANAC, um dos responsáveis pelo projeto e transição do DAC/ANAC era meu professor. Contava os problemas que tinha c/os deputados do governo, que insistiam em emendas...
só uma, como ex.: a criação do cargo de procurador da ANAC, salário de 8000,00 (em 2003). 80 vagas. Detalhe: não existia esse cargo no DAC...
Repito sobre a minha posição quanto a aviação naval:queria mais é que a MB comprasse F18, Rafale, Su33 ou Mig35...e desse um tapa de luva de pelica na FAb...
Talvez o grande pecado das FA sejam a própria armadilha da disciplina inerente a carreira, que os impede de "chorarem" mais verba em publico. Especulação minha, talvez haja um método nos países mais ricos, de se fazer lobby de maneira legal no congresso.
Continuo na de D.quixote e na torcida eterna... forças armadas realmente armadas e profissionais...