Foguetes, satelites, etc.

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Super Flanker
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Foguetes, satelites, etc.

#1 Mensagem por Super Flanker » Dom Jan 02, 2005 6:32 pm

Gostaria de ver alguns comentarios sobre esses assuntos aqui nesse tópico. Curto muito esses negocio de foguetes e talz, e queria saber mais.

Uma das minhas duvidas é: - O que é banda X?




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Slip Junior
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Re: Foguetes, satelites, etc.

#2 Mensagem por Slip Junior » Seg Jan 03, 2005 3:57 am

Super Flanker escreveu:O que é banda X?

Banda X é uma faixa de frequências do espectro eletromagnético que é geralmente utilizada para aplicações militares. Existem várias outras faixas (bandas) de frequência como L, Ku, etc...

Abraços




Sniper
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#3 Mensagem por Sniper » Seg Jan 03, 2005 11:42 am

Notícias sobre o Programa espacial Brasileiro

Fonte: Estado de S. Paulo

O programa espacial, opinião do 'Estado de SP'


O programa espacial seria perfeito, não fosse o fato de estar divorciado da realidade orçamentária do país e de não fazer parte, efetivamente, das prioridades do governo federal

O Conselho Superior da Agência Espacial Brasileira (AEB), uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, aprovou esta semana o seu plano decenal.

As recomendações e diretrizes são ambiciosas e correspondem às necessidades de um país com o território do Brasil, que depende de satélites e foguetes para a exploração econômica e eficiente de telecomunicações, levantamentos de recursos naturais e sensoreamento remoto.

Destaca-se, no planejamento para os próximos dez anos, a recomendação de que todas as missões da Agência Espacial Brasileira agreguem, sempre que possível, equipamentos para a recepção de dados climáticos, mais que uma preocupação ecológica, uma necessidade para que as autoridades encarregadas do monitoramento ambiental do país disponham de dados em tempo real para evitar desastres e melhor combater os seus efeitos e orientar políticas setoriais.

As atividades básicas são de vulto. Prevêem a construção e lançamento de três satélites de pesquisa e monitoramento de recursos terrestres, em parceria com a China, da mesma família dos dois que já foram lançados, além de satélites de observação óptica e radar.

Também serão incluídos no programa brasileiro os satélites científicos Equars e Mirax.

Propõe-se a "utilização rotineira" de foguetes de sondagem e de balões atmosféricos para promover a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico; o desenvolvimento de plataformas suborbitais para utilização com foguetes de sondagem e de plataformas orbitais, ou seja, de satélites recuperáveis, para experiências com microgravidade.

Na área de telecomunicações, pretende-se construir e lançar um satélite de órbita geoestacionária. Atualmente, o Brasil compra espaço em satélites estrangeiros, para atender às suas necessidades de telecomunicações.

E a AEB pretende projetar e construir outro satélite geoestacionário, para orientação de vôo. Com esse satélite, o Brasil seria um dos poucos países do mundo em condições de atender às exigências da Organização da Aviação Civil Internacional que, a partir de 2010, pretende estabelecer em volta da Terra um cinturão de satélites que substituirão os atuais centros terrestres de radares de longo alcance que garantem a segurança de vôo.

Também estão nos planos a inclusão de equipamentos de medição meteorológica em um satélite geoestacionário e o desenvolvimento de um satélite meteorológico de órbita baixa.

Para lançar esses satélites, será concluído o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites VLS-1, com capacidade para transportar artefatos de até 350 quilos em órbita baixa; será desenvolvido o VLS-1B, para lançar satélites de até 800 quilos em órbita baixa; e um lançador para órbitas geoestacionárias, com satélites acima de 800 quilos.

Esse último veículo terá de utilizar propulsão líquida, tecnologia de que o país não dispõe.

As instalações do Centro de Lançamento de Alcântara serão modernizadas e a AEB tentará obter receitas com o aluguel das instalações com o lançamento de foguetes ucranianos.

Um acordo semelhante ao firmado com a Ucrânia está sendo negociado com a Rússia e o discutido acordo com os Estados Unidos está sendo revisto.

Esse programa espacial seria perfeito, não fosse o fato de estar divorciado da realidade orçamentária do país e de não fazer parte, efetivamente, das prioridades do governo federal. Quase todas as metas do plano decenal são velhas conhecidas de quem acompanha o programa espacial brasileiro.

O último protótipo do VLS-1, por exemplo, explodiu na rampa de lançamento, matando 21 técnicos, em agosto de 2003, e o próximo lançamento está marcado, assim se espera, para 2006.

Nesse ritmo, nos próximos dez anos não serão cumpridas as metas relativas aos veículos lançadores.

Falta dinheiro, porque o governo não dá ao programa espacial a prioridade que ele deveria ter, como pólo catalisador de avanços científicos e tecnológicos.

O máximo de recursos alocados para o programa foi de US$ 100 milhões, na década de 90. Nos últimos anos, a média anual do orçamento não passou dos US$ 34 milhões.

Em 2002, foram gastos apenas US$ 5 milhões. Em 2005, a AEB espera receber US$ 70 milhões e, a partir do ano seguinte, US$ 100 milhões.

Ora, só os projetos dos satélites geoestacionários e dos satélites em sociedade com a China custarão US$ 160 milhões por ano, durante cinco anos.

O programa aprovado pelo Conselho Superior da AEB não é factível. O Brasil tem cientistas capazes de desenvolver a tecnologia necessária. Mas não tem políticos e governantes que compreendam a importância do programa para o desenvolvimento do país.




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#4 Mensagem por Brasileiro » Seg Mar 07, 2005 5:49 pm

Uma coisa que eu li, mas achei um absurdo.
Só agora os cara da AEB perceberam que a construção dos satélites deve coincidir com a construção do VLS.
Ou seja, eles constroem um satélite mas não sabem como lançar, então contratam um foguete no exterior. E quando fazem um VLS, não sabem o que colocar dentro dele, e então o VLS fica parado esperando alguma carga, e enquanto isso ele pode se deteriorar, aumentando o risco de falha.


um absurdo...




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FinkenHeinle
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#5 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Mar 07, 2005 6:26 pm

Brasileiro escreveu:Uma coisa que eu li, mas achei um absurdo.
Só agora os cara da AEB perceberam que a construção dos satélites deve coincidir com a construção do VLS.
Ou seja, eles constroem um satélite mas não sabem como lançar, então contratam um foguete no exterior. E quando fazem um VLS, não sabem o que colocar dentro dele, e então o VLS fica parado esperando alguma carga, e enquanto isso ele pode se deteriorar, aumentando o risco de falha.


um absurdo...


O problema é o seguinte, Brasileiro...


Quem faz os Satélites é o INPE, certo?! Entretanto, como o VLS do CTA tem uma confiabilidade sofrível, o INPE reluta em colocar nele satélites caros, e então está criando uma sequência de satélites baratos, como o SATEC, que custou cerca de US$ 2 Mi, e não coloca satélites como os SSR e o SCD-3, pois tem medo de perder eles com o VLS...

Bom, isso criou uma discrepância entre os lançamentos do VLS, visto que, de última hora o INPE decidia criar um satélite barato, em vez de lançar um satélite caro.




Atte.
André R. Finken Heinle

"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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