Marinha Argentina (ARA) planeja construir cinco corvetas

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#31 Mensagem por JLRC » Qua Mar 02, 2005 8:15 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Mas em Portugal, tudo fecha e sobram os grandes estaleiros da Lisnave em Setúbal e os de Viana, embora esses estejam mais vocacionados para a construção, que para a reparação naval.


Rui

Os estaleiros da Lisnave em Setúbal, a antiga Setenave, neste momento estão totalmente virados para a reparação naval, podendo reparar navios até mais de 700 t e mais de 350 m de comprimento, tendo neste momento, se não me engano, 2 docas para navios grandes e 3 para navios mais pequenos, sem contar com a doca de construção que pode ser utilizada para reparação. As construções foram desactivadas em 1994, mas julgo que podem ser reactivadas em caso de necessidade. As OHP podem perfeitamente serem reparadas na Lisnave.
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Rui Elias Maltez
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#32 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mar 03, 2005 6:41 am

Caro JLRC:

Eu só afirmei isso em relação à antiga Setenave, poque em 2002 foi entregue a um armador tailandes um grande petroleiro, semelhante ao nosso Marvão, que aí foi construído no final dos anos 80.

Mas pode ter sido uma excepção à regra.

Em qualquer caso, esses seriam estaleiros onde se poderia tentar, através de parcerias, construir plataformas militares navais, se vontade e dinheiro houvesse.

Isto a propósito do que eu acredito ser uma condição para que um dia Portugal possa ter no seu dispositivo naval 2 ou mesmo 3 plataformas de 5.000 toneladas, para que lhes possam colocar os sistemas de armas AEGIS ou outro que exista na altura em que viessem a ser lançados à água.

Portugal tem uma doutrina militar geral de conceito defensivo.

Ora, como o nosso grau de ameaças nos aproxinma da generalidade dos países europeus, após o fim da guerra fria, não entendo como os espanhois possam ter 3 F-100 com AEGIS e a classe Santa Maria, constituída por 6 OHP, e nós nos contentemos em ter o que temos, que para além de pouco quantitativamente, é fraco qualitativamente.

E aqui entramos no tal desiquilíbrio estratégico que tenho referido e que julgo não ser bom nem para Portugal nem para Espanha, não obstante sermos aliados na NATO, parceiros na UE e países amigos sem contenciosos de maior.

E se Portugal quiser ter um papel cada vez mais relevante na NATO ( no futuro "exército europeu") e também um papel no seu teatro tradicional atlântico, terá que ter maiores capacidades navais e aéreas, nomeadamente no domínio da projecção e escoltas, para além de dever fornecer no quadro da NATO boas plataformas para as suas task force.

Os ENVC estão a tratar dos 12 NPO e possívelmente construirão o NavPol.

Porque não procurar reactivar uma "linha de montagem" na Lisnave, para que ali pudessem ser construídas em parceria com outro país, 2 ou 3 plataformas para nós e outras para os outros parceiros?

Vontade política precisa-se.

Porque neste caso não é bem uma questão de verbas.

E como se sabe a LPM pode ser revista de acordo com as circunstâncias de cada momento.




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#33 Mensagem por P44 » Qui Mar 03, 2005 8:08 am

Já agora, informo que segundo o MIGUEL, que esteve recentemente em Viana do Castelo, os cascos dos 2 primeiros NPOs estão praticamente concluidos...infelizmente fotos não existem.




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#34 Mensagem por P44 » Qui Mar 03, 2005 8:15 am

Raul Neto escreveu:
    Venho deixar aqui mais uma provocação para a mesa de debate, será que estas "duas beldades holandesas", não teriam sido uma aquisição mais inteligente do ponto de vista logístico, do que as OHP :?:

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    F-806 HMNS «De Ruyter»
    Imagem
    F-801 HMNS «Tromp»



    Cumprimentos,

    Raul Neto


:( Pena que estas duas beldades já não existam :!:

ferrol escreveu:Pois non lle sei, P44, non lle sei. As OHP portuguesas son das curtas, non das longas como as nosas.

O armamento que levará, pois non sei se será o mesmo que o español, nese caso sí sería posible...
Os motores españois son tamén variacións locais dos LM2500 americanos, non sei se coincidentes cos que veñen coas portuguesas... en resumo, que supoño que sí se poderían facer reparacións en Cartaxena, onde está o estaleiro base das "Santa María", pero pode haber variacións das OHP portuguesas que quizais recomenden face-los arranxos maiores en EE.UU.

Eu devezo por velas coas nosas, facendo manobras conxuntas ou en misións da OTAN. ¡Xa me tarda!

Saúdos.


A única diferença entre as curtas e as longas é um pequeno aumento na ré/popa...não vejo qual seria o problema.

A única diferença em termos de armamento seria o CIWS, dado que as Santa Maria equipam com o MEROKA e nós teriamos o PHALANX...

De resto tudo vem como de origem, á excepção do sonar que seria retirado das João Belo e remontado nas OHPs (o SQS-510), de modo a torná-las mais compativeis com as Vasco da Gama...




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#35 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mar 03, 2005 8:33 am

Em relação à "provocação" do amigo Raúl Neto, creio que qualquer plataforma mais nova e com sistemas mais modernos seriam excelentes aquisições, mesmo que pagas, melhores que as 2 velhas OHP (que aliás deverão chegar muito próximo do ano de 2006).

Como escrevi noutra ocasião, este "negócio" das duas OHP para a nossa Armada foi uma solução de recurso, já que as finanças não permitiriam comprar nada de mais arrojado ou moderno.

E aqui entramos no domínio das capacidades financeiras.

Se queremos ter uma marinha, como todos os aspectos logísticos e de rectaguarda, administrativos e com um elevado quadro de oficiais intermédios e superiores, que também custam verbas, e com incorporação voluntária, valerá esse investimento, se não temos depois plataformas em número e qualidade para lhes justificar a sua existência?

Quem quiser, que comente.
___________________________________

Em relação às nossas OHP "curtas" creio que a única diferença está no deck para operação dos helis orgânicos.

Quer as curtas ou as longas podem ter os mesmos sistemas de armas.

Penso eu de que.. :?




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#36 Mensagem por P44 » Qui Mar 03, 2005 8:58 am

Rui Elias escreveu:Em relação às nossas OHP "curtas" creio que a única diferença está no deck para operação dos helis orgânicos.

Quer as curtas ou as longas podem ter os mesmos sistemas de armas.

Penso eu de que.. :?


E Pensa bem, penso eu de que tb... :?

Já agora...o triste fim do TROMP e do Mano...
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Conversão da OHP adelaide Australiana para VLS
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voltando as OHPs, a diferença entre as short e long -hull, pode ser vista aqui...
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