Tucanos para Chaves

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Vinicius Pimenta
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#76 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Fev 18, 2005 10:10 am

Mas esse número de fuzis não preocupa porque pode desequilibrar forças para a Venezuela. Grande coisa 100 mil Ak-47. Temos 500 mil FAL em estoque fora outras armas e capacidade de fabricação de armas e munição, que eles mal têm. Acontece que pode ser ruim caso caia nas mãos de guerrilheiros. Eu acho que existe um risco considerável de que parte desses fuzis venham a cair nas mãos de guerrilheiros.




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#77 Mensagem por talharim » Sex Fev 18, 2005 10:20 am

Vinicius Pimenta escreveu:
Mas esse número de fuzis não preocupa porque pode desequilibrar forças para a Venezuela. Grande coisa 100 mil Ak-47. Temos 500 mil FAL em estoque fora outras armas e capacidade de fabricação de armas e munição, que eles mal têm. Acontece que pode ser ruim caso caia nas mãos de guerrilheiros. Eu acho que existe um risco considerável de que parte desses fuzis venham a cair nas mãos de guerrilheiros.


É essa a grande preocupaçao dos EUA com relaçao a aquisiçao desses fuzis russos pela Venezuela,saiu até uma reportagem no NYT falando sobre isso............

Acontece que essa compra incui também a fabricaçao local desses fuzis e balas...................talvez até peças de artilharia..............

As FARCS pagam atualmente U$$2,50 por cada bala de AK-47 no mercado negro.............se a Venezuela começar a produzir localmente essas balas o que vcs acham que vai acontecer?...........

Tem sentido a preocupaçao Americana,...............




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#78 Mensagem por Fábio Nascimento » Sex Fev 18, 2005 11:51 am

A voces que são contra o financiamento para a venezuela, gostaria de fazer uma pergunta...
Qual seria a opnião de vocês se o Brasil vier a fazer o mesmo com a Colombia?
Pois os mesmo tem problemas para mim piores que a venezuela, pois ele já se encontra em uma guerra interna a décadas, sem conseguir vencer as FARC, e se o governo vier a cair ?
A diferença é que esse (a Colombia) se submete aos mandos dos EUA, e a Venezuela não.
Será que vpcês aceitariam a venda do Tucaninhos para a Colombia??




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#79 Mensagem por Plinio Jr » Sex Fev 18, 2005 12:26 pm

A questão não é a venda em si Fábio e sim sob os termos a qual ela pode ser efetuada, se fosse para a Colombia ou outra nação cujo governo esteja mais estável não veria problemas .

O grande problema é a situação política do Chaves que é muito delicada, tanto interna qto externamente.... :roll: :roll: :shock:




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#80 Mensagem por talharim » Dom Fev 20, 2005 8:26 pm

O governante venezuelano assegurou hoje no programa dominical "Alô, presidente!" que em Washington estão planejando sua morte, fato que, advertiu, "acenderá o pavio" na América Latina.

"Se me acontecer algo, faço responsável o presidente dos EUA", reiterou Chávez, que disse que ordenou à sua equipe de segurança "estar em alerta máximo" e pediu a seus compatriotas para se preparar para combater uma suposta invasão dos EUA.
Um porta-voz do Departamento de Estado, Lou Fintor, disse à EFE: "Nossa posição não mudou a respeito da Venezuela".

Perguntado sobre o suposto plano para eliminar a Chávez, Fintor contestou taxativamente: "Não tenho comentários".

O Departamento de Estado sempre manifestou preocupação pela situação dos direitos humanos na Venezuela e, durante a crise política prévia ao referendo revogatório do ano passado, assegurou apoiar uma solução constitucional e pacífica.

Em seu relatório anual sobre os direitos humanos em 196 países, emitido em maio de 2004, o Departamento de Estado voltou a repetir sua preocupação pelo panorama político na Venezuela.

As recentes declarações do diretor da CIA, Porter Goss, ante um comitê do Senado, nas quais nomeou a Venezuela entre os países "potencialmente" instáveis em 2005 foram mal recebidas pelo governo de Caracas


Esse cara é completamente maluco! Nao dá para levar a sério um sujeito que dá uma declaraçao dessas acusando um presidente de outro país de estar querendo matá-lo.......... :shock: :?

Só o Brasil mesmo para doar avioes de combate para um ditadorzinho desses................

Em vez de darem enfase ao Mercosul,que está desmoronando..........................tentar conseguir um bom acordo para a ALCA,aumentar as relaçoes comerciais com o Chile,tentar juntar os blocos do pacto andino com o Mercosul num único bloco sob nossa liderança....................esse @#@%#@$% governo do PT se aproxima de um país que está se desmoronando..................e está em rota de colisao com os EUA...............para que?

Meu deus!!! Vamos ter que aguentar esse governo por mais 2 anos!!!




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#81 Mensagem por JL » Dom Fev 20, 2005 10:21 pm

100 mil fuzis Ak47 no Exército da Venezuela não fazem a menor diferença, mas 1000 fuzis não mão de milicias ou grupos paramilitares pró-Chaves fazem muita diferença. Minha opinião Venezuela caminha para uma Guerra Civil, se não houver um desvio na trajetória atual eu é que não quero estar em Caracas.




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#82 Mensagem por César » Seg Fev 21, 2005 12:02 am

JL escreveu:100 mil fuzis Ak47 no Exército da Venezuela não fazem a menor diferença, mas 1000 fuzis não mão de milicias ou grupos paramilitares pró-Chaves fazem muita diferença. Minha opinião Venezuela caminha para uma Guerra Civil, se não houver um desvio na trajetória atual eu é que não quero estar em Caracas.

Em um momento de desespero, eu imagino que Chavez vai usar um subterfúgio parecido com a que Leopoldo Galtieri usou em 1982: Atacar algum país.

Guerras sempre unem todos na nação, em qualquer lugar do mundo. A ditadura Argentina quase foi derrubada por protestos em Março de 1982, e os militares responderam atacando as Malvinas, que uniu toda a Argentina na causa e o povo esqueceu dos problemas e etc...

Não duvido que Chavez faça isso se sentir ameaçado. talvez contra a Colômbia ou Guiana. Claro, apenas uma opinião minha. :wink:

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#83 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Fev 21, 2005 1:26 am

Se tiver que atacar alguém, vai atacar a Guiana. Duvido que tenha peito para se meter com a Colômbia.




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Hugo Chávez; louco ou estrategista?

#84 Mensagem por YOHAM » Seg Fev 21, 2005 9:11 am

Tenho a impressão que muitos companheiros do Forum apenas repetem o quê a mídia, elitista de nosso país e do mundo, tem a respeito de quem tem uma postura que não vai de encontro ao pensamento reinante de quem sobrepurja toda e qualquer contestação dos interesses do Governo dos Estados Unidos da América. Parece até piegas o que estou falando, mas a Venezuela é o único país de nosso continente que tem a preocupação de manter sua soberania como os Estados Unidos o faz. Tratam várias questões como interesses do Estado. Tenhos críticas a Chaves, mas em seu país a CIA não tem a mesma liberdade quem tem aqui. Na revista Carta Capital, que é o "antônimo" da revista Primeira Leitura, há diversas reportagens de bastidores de nosso governo, da ABIN e da Polícia Federal. Como a CIA, DEA além de outras agências norte americana financiam e "interferem" em assuntos que são de seus interesses. Quem não se lembra do caso SIVAM? Acreditam que Fernando Henrique ganhou algum por fora? Duvido. Mas todos sabem, que houve corrupção de quem estava a sua volta, das espionagens que aconteceram para desbancar os franceses. E utilizaram de tudo; espionagem eletrônica, virtual, corrupção etc. Esse FORUM, além de ter discussão militar, também é estratégico. Vejo muitas preocupações a respeito de uma possível agressão a nossa soberania, mas quando vejo um líder de um país da América do Sul, eleito, democraticamente e reeleito depois de se sujeitar a um pebliscito, colocado na consituição venezuela por seu governo, sendo "chacotado" aqui, acho uma tremenda incoerência de alguns companheiros. Aquele governo teve a elite de seu país, os meios de comunicação, o país mais poderoso do planeta economicamente, culturalmente e militarmente a todo momento tentando derrubá-lo, pois seus interesses, como há séculos começaram a não ser prioridade. O país mais ríco da América do Sul e com uma população de miseráveis. Mal deram o golpe naquele país e os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer os golpistas. (assistam O Golpe que a TV não Mostrou [Um documentário de uma TV Francesa]). Então, se não estiver errado, apesar dos exageros de Hugo Chavez, vejo comentários carregados de preconceitos aqui. Tirando os exageros daquele político, ele está correto em querer se precaver de futuras agressões ao seu país. Com exceção do Brasil todos os paises em volta da Amazônia têm bases americanas ou tem governos fracos e condescentes com os interesses dos americanos. Da mesma forma que a CIA faz seus estudos estratégicos sobre o futuro outros países deveriam fazer o mesmo também. Não se espera mais autorização da ONU para que um país justifique a agressão a outro. Vide o Iraque. Quem acreditou na balela das armas químicas? Quem será o próximo? São governos ditatoriais que são a bola da vez e depois? Vamos ficar olhando? Mesmo a Rússia, a Alemanha a França a China sendo contra o ataque militar ao Iraque a guerra aconteceu. Havia outros interesses, creiam que vcs devem saber disso. A eonomia americana não está bem, e continua indo mal com os gastos do país que consome 55% dos recursos naturais do planeta. Quem financiou e mais financia esse gonverno republicano dos Estados Unidos são as empresas de tecnologia e armamentos militares. Portanto companheiros, acredito que deveriam refletir a respeito das decisões do Presidente da Venezuela, que tem informações que nós não temos aqui, para equipar suas Forças Armadas, dissuadindo um possível ataque e garantir ao seu povo a soberania, que muitos líderes de nosso planeta não tem.




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#85 Mensagem por YOHAM » Seg Fev 21, 2005 9:31 am

Acabei de postar meus comentários aqui e fui pra site da Revista Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br) Na entrevista de Celso Amorim, ví cristalizado, um pouco das impressões que tenho de muitos brasileiros, companheiros desse Forum, a respeito de política externa, patriotismo, signação sem contestação, etc. Vale a pena a leitural;

PELOS RESULTADOS
Mais ousada do que na era FHC, a política externa do governo sofre preconceito interno, diz o ministro Celso Amorim
Por Luiz Alberto Weber

Cinéfilo, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, refugia-se das intrigas brasilienses, que, muitas vezes, miram o Itamaraty, nas salas de cinema da cidade, onde, de boa vontade, desliga seu celular. Ex-presidente da Embrafilme nos estertores do regime militar, o chanceler teve mais êxito em inseminar nos filhos a paixão pelo cinema do que pela diplomacia. Assistiu mais recentemente aos filmes O Caminho das Nuvens e Olga – o primeiro dirigido por seu filho, Vicente; o último, editado pelo filho Pedro.

Diplomata desde 1965, Amorim avalia que nunca o Brasil se projetou tanto no cenário internacional, visibilidade que ele atribui ao capital político de Lula somada à missão do presidente de reunir líderes mundiais no combate à fome. Nesta entrevista a CartaCapital, o chanceler diz quais são as diferenças entre a política externa do governo do PT e de FHC, avalia o futuro da Alca, mostra-se surpreso com a cobertura de parte da mídia dos assuntos do Itamaraty, às vezes mais americanista do que os próprios americanos.

CartaCapital: O senhor acha que há certa má vontade dos formadores de opinião com a política externa do presidente Lula? Lembro que a visita de Lula, no fim do primeiro ano de governo, à Líbia foi atacada, mas, pouco depois, o encontro de líderes europeus com o presidente Khadafi foi louvado como grande momento da política internacional...

Celso Amorim: Eu prezo muito a liberdade de expressão. Fui presidente da Embrafilme durante o governo militar e perdi meu cargo porque apoiei a realização de filmes que criticavam práticas que haviam ocorrido naquele período. Mas acho que há uma visão – que não vou atribuir à má-fé de ninguém – que é de procurar achar que certas coisas os outros podem e nós não podemos, como se tivéssemos de pedir licença para cada gesto de política externa, para cada ação que nós tomamos. Esse exemplo da visita do presidente Lula aos países árabes foi um dos mais gritantes. Com poucas semanas de diferença, estiveram por lá o Aznar (José María Aznar, ex-primeiro-ministro espanhol) e o Tony Blair. E a cobertura foi totalmente diversa. Acho que isso, sinceramente, reflete uma visão equivocada e revela um aspecto importante, que é o desenvolvimento do que o presidente costuma dizer da auto-estima do brasileiro. E a auto-estima passa por aí, por ter atitudes independentes, dignas, abertas. Nosso intercâmbio com a Líbia, com a Síria e com os países árabes em geral aumentou muitíssimo depois da visita do presidente à região.

CC: Há certo preconceito?

CA: Vejo isso às vezes espalhado na população. Não sei se é a mídia que influencia a população ou é a população que influencia a mídia. Mas acho essa visão um pouco acanhada, de autoflagelação do brasileiro, de automesquinhamento, é totalmente infundada. Por exemplo, vários dirigentes norte-americanos, como o ex-secretário de Estado Collin Powell e a própria Condoleezza Rice, têm dito palavras positivas sobre o Brasil, sobre a política externa brasileira mais especificamente. Nós somos criticados pela política externa que os Estados Unidos elogiam. Quando o Robert Zoellick (representante de comércio dos Estados Unidos) precisa de um interlocutor na Organização Mundial do Comércio (OMC), ele procura o Brasil. Eles sabem que nós somos negociadores confiáveis, sérios, sabem que defendemos nossos interesses, mas sabem que podemos contribuir. Com o secretário Collin Powell, eu mantive um diálogo excelente sobre muitos temas, entre eles Venezuela, por exemplo. Essa é a contradição. Quando fazemos determinada política, ela é criticada, quando grandes potências elogiam nossa política, isso é algo que passa ao largo. O que é curioso é que ela é criticada por antiamericanismo. Talvez não houvesse o hábito de ver o Brasil atuar de maneira tão forte na área internacional quanto no governo Lula.

CC: O senhor mencionou as relações com a Síria. Novamente, o Itamaraty foi criticado por recorrer à Síria, uma ditadura, para que interviesse no caso do engenheiro brasileiro (João José Vasconcellos) seqüestrado no Iraque desde 19 de janeiro.

CA: Falar com o presidente da Síria era uma das coisas mais eficazes que podiam ser feitas no alto nível político. É um pouco essa questão do “o que quer que você faça, você vai ter crítica”. Agora, o Brasil possui relações diplomáticas com a Síria e não tem de ficar querendo dar lições, nem impondo pela força – pela força muito menos – o sistema de governo a outros países. Não fazemos isso na região, não faremos isso fora da região.


Nossa política é criticada
por antiamericanismo, mas elogiada pelas grandes potências, pelos EUA”



CC: No que a política externa do governo Lula é diferente da adotada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

CA: Em primeiro lugar, a questão da fome é algo totalmente novo e isso tem repercussão nos mais variados campos. Na ONU, testemunhei, por ocasião da visita de Lula à Assembléia, uma pessoa de língua francesa pronunciar uma frase que qualquer dia vou colocar em um livro de memórias, porque falou de maneira carinhosa: o Brasil abraça o mundo. Então é um elemento que certamente não tinha na política do Fernando Henrique Cardoso. Também acho que atitudes como as que nos levaram ao G 20, não creio que houvesse, porque aquilo implicou riscos. Acho que a intensidade e a determinação com que são levadas adiante certas decisões são realmente coisas novas. Outro exemplo é a integração da América do Sul. Isso nos permitiu em dois anos ter um acordo que cria uma área de livre comércio sul-americana, além da parte da infra-estrutura. Isso implicou o quê? O presidente Lula recebeu todos os presidentes da América do Sul, foi a todos os países. A intensidade acaba afetando o conteúdo. O presidente Lula, agora com a viagem à Guiana e ao Suriname, completa todos os países da América do Sul.

CC: Não é mais uma etapa de integração retórica?

CA: Não. Acabei de receber o decreto que introduz na legislação brasileira o acordo entre o Mercosul e a Comunidade Andina. Isso é uma coisa histórica porque, com esse acordo, na realidade, você criou uma área de livre comércio sul-americana. Isso é um sonho. Hoje estamos trabalhando na América do Sul para criar uma base sólida para negociarmos melhor. Dentro e fora do continente. Então, ela não é abstrata, não é retórica. Agora, além disso, temos as obras de infra-estrutura. O Brasil está empenhado em muitas obras de infra-estrutura que beneficiam empresas brasileiras e beneficiam a integração ao mesmo tempo. Tudo é muito positivo e é muito real.

CC: A política externa brasileira sempre foi elogiada pelo pragmatismo, por antever e entender a configuração geopolítica do mundo. O Brasil, ao fazer tantas apostas simultâneas (África, Oriente Médio, América do Sul), não estaria deixando de concentrar suas fichas no bilhete certo?

CA: Os momentos de maior brilho da política externa brasileira no passado, indiscutivelmente, ocorreram justamente onde o Brasil procurou projetar no plano externo essa característica plural da sua própria cultura e da sua própria população. Para nós é bom que seja assim, um mundo multipolar é um mundo que favorece países como o nosso, e acho que temos atuado dentro desse quadro.

CC: Muitos criticam que essa ação global retira energia política, diplomática e econômica de um acordo que seria mais produtivo, em todos esses campos, com os Estados Unidos, no âmbito da Alca.


CA: Ninguém pode fazer um juízo definitivo sobre essas coisas. Política não é matemática. Mas na medida em que a matemática ajuda a política, todos os estudos feitos até hoje em relação ao acordo com a Alca, ou quase todos, mostram que ela pode trazer benefícios setoriais, mas não necessariamente para o conjunto da economia brasileira. Estudos recentes mostram que teríamos um déficit na nossa relação comercial com os EUA. Esses são os dados com os quais estamos trabalhando.

CC: Isso quer dizer que a Alca está sacramentada e enterrada?

CA: Nós temos de negociar uma Alca que seja favorável para nós, da mesma maneira que temos de negociar com a União Européia um acordo que nos seja favorável. A Alca, da maneira como estava desenhada antes, significava, primeiro, que nós não teríamos concessão alguma em agricultura, porque o comitê de agricultura nem sequer se reunia e progressivamente íamos fazendo concessões nas áreas mais sensíveis para nós, que eram as áreas de serviço, de propriedade intelectual, de investimentos. Nessas áreas, todos os temas sensíveis estavam caminhando e, na área que nos interessava, que era a agricultura, não caminhava. Não caminhava porque os americanos alegavam que subsídios agrícolas eles só iriam tratar na OMC, mas queriam tratar na Alca os temas de interesse deles. Quando se fala, por exemplo, que é por causa das patentes que a Alca não está avançando, não é por causa disso. Eu já fiz essa pergunta ao Zoellick. Perguntei a ele: vamos supor, para saber onde estamos pisando, se por acaso aceitássemos uma visão de patentes como os Estados Unidos desejam, isso faria com que o mercado de produtos agrícolas se abrisse para nós e as tarifas caíssem a zero? Ele respondeu com a franqueza que tem. Para nós, a Alca é uma negociação com os Estados Unidos, com os outros países ou temos acordo ou estamos negociando, de modo que não temos nenhuma dificuldade em ter acordos com outros países.

CC: Os EUA estão celebrando acordos bilaterais na América Latina. O Brasil pode vir a celebrar um acordo comercial assim?

CA: Não, não. Bilateral só com o Mercosul. Quatro mais um. Bilateral porque são dois lados. Fora do Mercosul, não. O Mercosul é algo muito precioso que deve ser mantido. Ele já chegou a absorver quase 18% das nossas exportações. Caiu um pouco e agora voltou a subir muito, batendo até recorde em termos absolutos.
CC: A impressão que se tem é que o Mercosul está pelas tabelas por causa das várias exigências feitas pela Argentina...

CA: É uma questão de compreender o que é estratégico e o que é tático. Acho que o governo e, a rigor, a mídia, já que ela exerce uma grande influência, teriam de olhar para o conjunto. Quando estive na última reunião do Mercosul, uma reunião importantíssima, que avançou em áreas sensíveis, como a eliminação da dupla cobrança da tarifa externa comum, o avanço mais concreto em termos de união aduaneira que nós fizemos nos últimos anos, e acordos com a Índia e a África do Sul, havia tudo isso e a única pergunta – até por isso que digo que é algo impregnado na população – foi: “Poxa, vocês estão fazendo um bom trabalho, mas os argentinos dão um trabalho...” Eu disse: “Tenho trabalho com os argentinos, mas tenho trabalho também com setores da nossa mídia”. As coisas têm de ser vistas em um conjunto. E o conjunto é esse: nossas exportações com a Argentina – claro, houve uma crise –, mas aumentaram 90% em um ano e no ano seguinte 70%. Um recorde. Progressivamente, nos setores onde havia problemas estão sendo feitos acordos, isso já aconteceu no passado em outros setores – siderúrgico, químico… Agora, se você me pergunta: é bom que haja restrições ao comércio? Não. Estou defendendo? Não. Agora, nós temos de ter a compreensão de quais são as soluções para o problema.

CC: Como está a candidatura brasileira à presidência da OMC?

CA: A questão da OMC está lançada. O Brasil tem um candidato. O sentido da apresentação da nossa candidatura na OMC é político. Nem o embaixador Seixas Corrêa nem o Brasil aspiravam a esse cargo, mas criou-se uma situação política em que se tornou importante pelo próprio papel que o Brasil e o G 20 desempenharam nessa verdadeira revolução que houve nos processos negociadores da OMC. As negociações deixaram de se processar fundamentalmente entre o presidente de uma comissão ou de um conselho e os grandes países – porque era o que ocorria, depois você só poderia chegar lá e mudar uma vírgula. O fato de a renegociação, do acordo-quadro, como ocorreu em Cancún e Genebra, ter sido feita com a participação efetiva dos principais interlocutores foi algo que só ocorreu por causa do G 20. E o G 20 não teria existido se não tivéssemos já antes uma política de integração da América do Sul que tenha despertado confiança, uma política de aproximação intensa com a Índia, com a China, com a África do Sul, todos esses fatos estão ligados e eles não existem isoladamente. Nós ganharíamos muito mais com uma boa conclusão da Rodada de Doha (negociação para acessos a mercados e redução de subsídios), o ganho a médio e longo prazo do Brasil, inclusive para os setores que gostariam de ter um acordo rápido com a Alca, seria muito maior na OMC, porque é lá que estamos brigando pelo fim dos subsídios.

CC: Não vai acabar em impasse como nas outras etapas?

CA: É uma batalha e eu não quero cantar vitória antes do tempo. Talvez não consigamos tudo o que queremos, mas hoje em dia a questão, por exemplo, da eliminação do subsídio da exportação é ponto pacífico. Se não ocorrer, não tem a Rodada, acaba tudo. Não acredito que isso vai ocorrer. E o que vai resultar de uma negociação que permita redução efetiva de subsídios é muito mais do que pode resultar dessas outras negociações.

CC: Inventaram muitos inimigos para o senhor no governo, entre eles o assessor especial de Lula para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia...

CA: Olha, eu até hoje não sei quem indicou meu nome para o presidente Lula, mas uma das pessoas deve ter sido ele. Como, então, posso ter o Marco Aurélio como inimigo? (risos)

CC: E na Fazenda, onde alguns acreditam que um acordo com os americanos é melhor do que insistir em outras regiões?

CA: Eu tenho um excelente entendimento com o ministro Palocci. Para falar a verdade, o que pensam as burocracias não me interessa. Nem a dele, nem a minha. Nunca tivemos nenhum desacordo nas reuniões feitas no Palácio do Planalto.

CC: O Brasil ficou diferente aos olhos do mundo?

CA: Olha, quando é que tivemos dois primeiros-ministros da Espanha em um espaço de oito meses no Brasil? Veio o Aznar, mudou o governo, aí veio o Zapatero (José Luis Rodríguez Zapatero). E por aí vai. Os contatos que temos tido com os Estados Unidos, com o Reino Unido, e até em outras áreas, como o apoio que vários países têm dado à candidatura do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança, tudo isso reflete uma percepção do que o país representa. O presidente Lula está convidado para a reunião do G 8 em julho. É pouco isso? Agora, resulta do processo da consolidação democrática e de muita coisa boa que aconteceu no passado. Tudo isso em um quadro onde a relação com os países desenvolvidos tem sido cultivada de maneira muito especial. Mas resulta, também, de um grande empenho de termos relações internacionais amplas, justamente no sentido de reforçar essa multipolaridade que é saudável para nós e para o mundo.




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#86 Mensagem por rodrigo » Seg Fev 21, 2005 2:21 pm

muitos companheiros do Forum apenas repetem o quê a mídia, elitista de nosso país e do mundo, tem a respeito de quem tem uma postura que não vai de encontro ao pensamento reinante de quem sobrepurja toda e qualquer contestação dos interesses do Governo dos Estados Unidos da América.

A maior parte da imprensa brasileira é de esquerda, isso é incontestável. Nos EUA, a maior parte da imprensa é democrata, isso ficou claro com as ridicularizações feitas ao Pres. Bush, que foram respondidas nas urnas. E na Europa a maioria da imprensa é socialista, o que siginifica que eles odeiam os EUA, mesmo depois de serem salvos 2 vezes em um século. Então creio que essa afirmação de que mídia brasileira e mundial sejam elitistas um pouco sem fundamento.

As políticas externas de Chavez e Lula bem que podiam ser independentes sem a necessidade de se aliar a países de histórico de apoio ao terrorismo, o que soa como provocação aos americanos. Vide as visitas de Chavez à Daddam Hussein e Kaddafi e as visitas de Lula à Síria e Líbia. O que isso soma ao Brasil e à Venezuela? Por que o Lula visitou a região e não foi à Israel (nosso aliado estratégico, vide F-5BR) e à Arábia Saudita(maior verba da região)?




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a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#87 Mensagem por YOHAM » Seg Fev 21, 2005 2:56 pm

As políticas externas de Chavez e Lula bem que podiam ser independentes sem a necessidade de se aliar a países de histórico de apoio ao terrorismo, o que soa como provocação aos americanos. Vide as visitas de Chavez à Daddam Hussein e Kaddafi e as visitas de Lula à Síria e Líbia. O que isso soma ao Brasil e à Venezuela? Por que o Lula visitou a região e não foi à Israel (nosso aliado estratégico, vide F-5BR) e à Arábia Saudita(maior verba da região)?[/quote]

Creio que estas questões já estão respondidas na entrevista do Celso Amorim pelo próprio jornalista que entrevistava-o;

b]Lembro que a visita de Lula, no fim do primeiro ano de governo, à Líbia foi atacada, mas, pouco depois, o encontro de líderes europeus com o presidente Khadafi foi louvado como grande momento da política internacional... [/b]

E pelo Celso;

Esse exemplo da visita do presidente Lula aos países árabes foi um dos mais gritantes. Com poucas semanas de diferença, estiveram por lá o Aznar (José María Aznar, ex-primeiro-ministro espanhol) e o Tony Blair. E a cobertura foi totalmente diversa.


Em relação a mídia ser esquerda?!?!?!?!?!? Meu, que planeta vc está? Vc pode ter simpatizantes nas redações, mas o capitalismo é hegemonia não foi por causa dos duendes na gruta perto de casa não.
Abaixo mais uma citação da revista Carta Captial;


VENEZUELA

TUCANOS, MAS REVOLUCIONÁRIOS

Os aviões não são a principal razão pela qual o acordo entre Lula e Chávez incomoda Washington

A política externa do governo Lula tem se mostrado mais coerente do que suas ações e articulações internas. Sua dedicação à intensificação dos laços entre as nações periféricas e à unidade sul-americana continua à altura das expectativas.

Sempre, é claro, que não seja estorvada pelo bom-mocismo da equipe econômica ante o mercado financeiro – razão pela qual, é justo presumir, o Brasil deixou de apoiar a Argentina na renegociação de sua dívida externa.

Os acordos celebrados por Lula e Hugo Chávez em Caracas, na segunda-feira 14, fazem parte da regra e não da exceção. Mostraram que a submissão aos EUA e ao projeto da Alca não é o único caminho para a América do Sul e abriram novas oportunidades para o crescimento do comércio e da cooperação entre governos e iniciativa privada de ambos os países.

Houve quem preferisse, como o The New York Times, destacar a “preocupação” dos EUA com a oferta à Venezuela de 24 aviões Super Tucano e com uma suposta “corrida armamentista” entre Caracas e Bogotá.

As mesmas aeronaves – úteis para combater narcotraficantes e guerrilheiros, não exércitos regulares – já foram oferecidas à Colômbia. Uribe preferiu acatar a ordem do general James T. Hill, responsável pelo Comando Sul dos EUA, que, em carta de novembro de 2002, exigiu prioridade para aviões estadunidenses. Não seria possível ilustrar melhor como a sombra de Washington pode inibir o desenvolvimento tecnológico independente dos países sul-americanos.






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#88 Mensagem por YOHAM » Seg Fev 21, 2005 2:58 pm

Desculpe outra vez aí gente. Sou novo no pedaço e até pegar as manhas...vou ralar e muito. Se alguém puder dar umas dicas agradeço.... :)




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rodrigo
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#89 Mensagem por rodrigo » Seg Fev 21, 2005 3:32 pm

Se alguém puder dar umas dicas agradeço....

Para citação, clique 1º no quote, copie a mensagem a ser citada e feche clicando de novo no quote. Para imagem, clique no Img, coloque o endereço da imagem na net e feche clicando no Img de novo. Para criar atalho para endereços na net, clique URL, coloque o endereço e feche com o URL de novo. É tudo que eu sei fazer.

Lembro que a visita de Lula, no fim do primeiro ano de governo, à Líbia foi atacada, mas, pouco depois, o encontro de líderes europeus com o presidente Khadafi foi louvado como grande momento da política internacional...

Kaddafi foi aceito na comunidade internacional depois de assumir o atentado no Jumbo da Pan Am, e também depois de desistir de seu programa nuclear, por pressão americana. Belo exemplo de independência e seriedade. E a Síria, qual é a justificativa? Qual a justificativa para excluir da viagem Israel e a Arábia Saudita?

Em relação a mídia ser esquerda?!?!?!?!?!? Meu, que planeta vc está? Vc pode ter simpatizantes nas redações, mas o capitalismo é hegemonia
Será?

não foi por causa dos duendes na gruta perto de casa não.

É impressão minha ou todo esquerdista aqui do fórum visita o cigarrinho do capeta?

Abaixo mais uma citação da revista Carta Captial

Você tem que ler revistas mais variadas. A Carta capital é claramente de esquerda, e somente com essa leitura você não terá parâmetro crítico para classificar quem tem credibilidade ou não.

Essa afirmação de que os EUA estariam preocupados com o fornecimento de TUCANOS para a Venezuela me parece tempestade em copo de água, já que dentro de pouco tempo até um UAV americano poderá derrubar um TUCANO.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#90 Mensagem por YOHAM » Seg Fev 21, 2005 4:35 pm

Saudações Rodrigo, desculpe se fui indelicado ao perguntar de que planeta vc veio. Fo mal, né?! :? ..rss Mas gostaria de lhe dizer que a Revista Carta Capital tem uma postura independente em relação à alguns assuntos. Seu fundador Mino Carta trabalhou em outras redações e levou pra sua revista sua experiência durante sua vida de jornalista dedicada a investigação a fatos conteporâneos. Isso não classifica uma revista por ser de esquerda ou não. Mas o fato de se destoar de outras publicações pode sim impigir a ela esse rótulo; o de "esquerda". Leio outras publicações também, mas mais on line do que impresso, sabe como é, né?! A grana ta curta. Mas gostaria de dizer que independência, imparcialidade é difícil em qualquer meio de comunicação. Lembro de uma entrevista feita a Marco Aurélio Garcia a respeito do golpe que se estava sendo na Venezuela no programa Bom dia Brasil da TV Globo com a presença da da economista (me fugiu o nome dela agora) e a mesma usava como referência a mídia "independente" da Venezuela para questionar a intermediação do governo brasileiro para acabar com a crise. Através de um link, Marco Aurélio Garcia , fez a seguinte afirmação; "em respeito aos seus telespectadores vou responder a sua pergunta: estive com o presidente Chaves e em nenhum momento vi sensura nos meios de comunicação daquele país. Não é verdade sua afirmação de que há intervenção no judiciário ou nos meios de comunicação. Estou com os jornais de hoje em minhas mãos e não corresponde com a verdade o que vc disse, e mais, vc não me consultou a respeito do que conversamos (ele e Chaves) para subsidiar a notícia que acabou de falar". Meu, só sei que ela ficou muda. Não tinha mais o quê falar. Outra coisa não sou do governo, mas vi uma entrevista do Celso Amorim de que a visita aos países Árabes foram com a intenção de aumentar nossa relação comercial com eles. Nosso presidente não pode se dar ao luxo estar fazendo visitinha de cortezia. Ademais as retóricas usadas de estar visitando países "terroristas" ou não já estão respondidas por mim, pelo repórter da revista e pelo próprio Ministro de Relações Exteriores. O Itamaraty já agendou visita à Israel e pra quem não sabe, nosso presidente só não esteve em Israel, naquela oportunidade, porque qualquer cidadão inclusive Chefes de Estado que visitam alguns países árabes estão proibidos de entrar em Israel e vice versa.




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