
No último ano, finalmente começou a ser debatido adequadamente a importância estratégica e econômica da defesa da nossa costa marítima. Foi a Marinha do Brasil quem melhor qualificou esta área com extensão de mais de 4,5 milhões de Km2, composta da nossa Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental, como uma nova “Amazônia Azul”. Ao longo de nossos mais de 8.000km de costas, existem imensas riquezas que devem ser utilizadas de maneira consciente e responsável para benefício de todos os brasileiros.
Nesta região, cabe à Marinha do Brasil a tarefa árdua de coibir a atuação pessoas ou grupos que se dediquem a atividades criminosas ou que ameacem a segurança nacional, como: piratas, traficantes de armas e de drogas, assim como pesqueiros em atividade ou situação irregular. A estas atividades fundamentais se soma a importantíssima função de resgate de tripulações de navios acidentados ou afundados. Atualmente 95% do comércio exterior do Brasil se dá via marítima, e mais de 80% das nossas reservas de petróleo identificadas estão localizadas sob o mar, especialmente na Bacia de Campos, gerando uma atividade de 22 bilhões de dólares por ano, em cerca de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Ser capaz de garantir a produção contínua e a segurança e integridade física dos navios e das 33 plataformas de petróleo nesta região, é crucial para a independência e segurança nacional.
Dentro deste espírito, em 06 de Julho de 2004, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto criando a Patrulha Naval da Marinha, regulamentando e autorizando a Marinha do Brasil a apresar navios irregulares em águas brasileiras, permitindo ainda, abrir fogo contra embarcações que tentem fugir.
Atualmente, para a função de patrulha oceânica a MB conta com 16 unidades de Navio Patrulha. Destes, quatro são da classe Bracuí (ex-Marinha Britânica classe River) e estão 2(Babitonga e Benevente) com o 5o Distrito Naval, baseados em Rio Grande, no sul do país e 2 (Bracuí e Bocaina), com o 4º Distrito Naval em Belém. As outras doze unidades são novas, da Classe Grajaú, um projeto da Vosper QAF Pte. de Cingapura, a fabricação destes navios acabou dividida entre o estaleiro Mauá, o Arsenal de Marinha, INACE (em Fortaleza) e o Estaleiro alemão Peenewerft. Entregues entre 1993 e 2000 estes NPa operam a partir de Belém, Natal, Salvador e Rio de Janeiro.
Para compreender a escala, extensão e importância das atividades de patrulha da Marinha na área da Bacia de Campos, a ALIDE visitou o 1o. Distrito Naval para entrevistar o Capitão-de-Mar-e-Guerra Carlos Alberto Tormento, Comandante do Grupamento Naval do Sudeste, subordinado ao 1o. DN. Em seguida, saímos em patrulha a bordo do NPa Gurupi na Operação Marlin XXII, realizada ao largo da costa do Rio de Janeiro, venha conosco nesta aventura.





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“ Operação Marlim XXII.”
A ALIDE à bordo do NPa Gurupi da Marinha do Brasil.