B-1 B Lancer x Tu-160 Blackjack - Qual o melhor ?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Lucas SSBN
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B-1 B Lancer x Tu-160 Blackjack - Qual o melhor ?

#1 Mensagem por Lucas SSBN » Sáb Nov 27, 2004 12:01 pm

Amigos,
Gostaria de saber a opnião de todos, sobre qual o melhor bombardeio estratégico, B-1 B ou Tu-160 Blackjack.

Tu-160
O Tu-160 é a resposta russa para o B-1B americano, e uma tremenda resposta: ele é 20% maior, tem uma velocidade máxima maior (acima de Mach 2), um raio de combate sem reabastecimento aéreo maior, menor arrasto e alguns dizem que possui menor RCS, além de ser o maior avião de combate já construído. Comum ao B-1B são as asas baixas de geometria variável, a larga junção da fuselagem e a posição dos motores. O seu primeiro vôo foi em 18 de dezembro de 1981. Três semanas antes, foi fotografado por um satélite de reconhecimento americano e denominado RAM-P, depois de Blackjack. Houveram alguns problemas, mas o projeto era muito importante e as dificuldades tiveram de ser deixadas de lado, começando a produção. Mas esses problemas ressurgiram e muitos aviões tiveram de ficar baseados em terra antes de serem colocados em operação. Enquanto o B-1 teve um grande reprojeto das entradas de ar, para melhorar sua invisibilidade e penetração em baixa altitude, o Tu-160 manteve suas características para a velocidade e altitude. Quando aconteceu o colapso da União Soviética, a Rússia só possuía 5 Blackjacks e a Ucrânia 19. Atualmente 14 Tu-160 fazem parte do inventório da Força Aérea russa. Essas aeronaves tem recebido inúmeras ofertas de comércio para o lançamento de satélites de órbita baixa, uma boa oferta para disputar com os caros foguetes.
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B-1 B
Em dezembro de 1957, a USAF começou a desenvolver um novo bombardeiro pesado para substituir o B-52, concedendo à North American Aviation um contrato para projetar e construir dois protótipos XB-70. Quatro anos antes da entrega do primeiro protótipo, o XB-70 já estava condenado. Quando o Lockheed U-2B de Francis Gary Powers foi derrubado pelos primeiros SAMs soviéticos, ficou claro que os dias dos bombardeiros que voavam a grande altitude estavam contados.
Reconhecendo a necessidade urgente de desenvolver um avião capaz de penetrar as defesas soviéticas, a USAF deu início a uma série de estudos que, finalmente, levaram ao Rockwell B-1A. Foram encomendados 7 aviões: 5 para testes de vôo e 2 para testes estáticos e fadiga de materiais. Em dezembro de 1971 ficou pronto um modelo do B-1A em tamanho natural. Neste já se apresentavam algumas das características notáveis do avião: um sistema de ejeção baseado numa cápsula (igual ao F-111), asas de geometria variável e um elaborado radar de mapeamento de terreno.
O primeiro B-1A saiu da fábrica no dia 26 de outubro de 1974. O vôo inaugural ocorreu em 23 de dezembro de 74, sob o comando de Charles Bock. No entanto, o projeto era duramente criticado pelo Comitê das Forças Armadas do Senado americano. Eles argumentavam que, com alguns melhoramentos, os velhos B-52 poderiam continuar a ser usados até a década de 90 (o que aconteceu). Conforme os críticos, os B-52 não precisariam penetrar as defesas soviéticas, apenas disparar mísseis a partir de posições distantes das fronteiras do inimigo. O golpe mais forte veio em 30 de junho de 1977, quando o recém-eleito presidente Jimmy Carter anunciou que o governo não investiria mais na produção do B-1A. Ao mesmo tempo, porém, Carter ordenou que se continuasse a realizar testes com o aparelho. Um extenso programas de testes e avaliação levantou valiosos dados sobre o desempenho do avião, reatores, sistemas ofensivos/devensivos e seu poder de penetração. O programa terminou formalmente e 29 de abril de 1981, com o último vôo do quarto protótipo. Antes disso, em 5 de outubro de 1978, o segundo protótipo havia atingido a velocidade de Mach 2.2.
A extinção do projeto coincidiu com a eleição de Ronald Reagan à Presidencia dos EUA. Logo após a posse o programa foi revigorado, sob a condição de que o avião fosse extensivamente modificado e passasse a se chamar B-1B.
Estruturalmente mais avançado, o B-1B emprega uma configuração asas/fuselagem desenvolvida originalmente para um projeto da Rockwell derrotado na disputa que levou à produção do McDonnell Douglas F-15 Eagle, as entradas de ar tornaram-se fixas, ao invés das variáveis no projeto inicial. Ao contrário das instalações apertadas do B-52, o B-1B tem beliches para descanso da tripulação em missões intercontinentais e um toalete. O B-1 usa, até um certo ponto, das tecnologias stealth: sua RCS é equivalente à 1% da RCS do B-52 (segundo, claro, fontes americanas). O primeiro B-1B de série (82-0001) saiu da fábrica da Rockwell dia 4 de setembro de 1984. Durante 14 anos o B-1B nunca havia sido testado em combate real até o final de 1998, com seu "batismo de fogo" durante a operação "Raposa do Deserto".
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#2 Mensagem por rodrigo » Sáb Nov 27, 2004 12:23 pm

A disponibilidade dos TU-160 é baixíssima.
Prefiro o B-1.




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#3 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Nov 27, 2004 1:31 pm

Tirando o fator disponibilidade, já que estamos comparado os aviões em si e não quem os opera, prefiro o Tu-160.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

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#4 Mensagem por Slip Junior » Sáb Nov 27, 2004 1:56 pm

Cada um tem suas vantagens:

- O Lancer é muito mais automatizado, tem uma capacidade estupenda de voar à baixissimas altitudes, um amplo leque de armas e eficientes meios de proteção eletrônica.

- O Blackjack é mais "poderoso"; possui uma capacidade fenomenal de transportar várias toneladas de bombas e um maior alcance.

No final das contas, fico com o B-1B, mas o Tu-160 é realmente uma máquina muito impressionante.

Abraços




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#5 Mensagem por Lauro Melo » Sáb Nov 27, 2004 4:20 pm

Slip Junior escreveu:Cada um tem suas vantagens:
- O Lancer é muito mais automatizado, tem uma capacidade estupenda de voar à baixissimas altitudes, um amplo leque de armas e eficientes meios de proteção eletrônica.
Abraços


Fala Slip Junior,
Poderia dizer mais alguma coisa sobre a capacidade estupenda de voar à baixissimas altitudes do B-1 B. Imaginava que estes so voavam a grandes altitudes.
Sobre os dois, fico com o B-1 B pois este ja foi provado em combate. Em 4 guerras. Sendo muito eficiente.
Valeu,




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#6 Mensagem por Jet Crash® » Sáb Nov 27, 2004 6:52 pm

Dos dois fico com o B-1B pelo arsenal disponível tanto convencional como nuclear.

As "provas de fogo" do B-1B não são convincentes. Nenhum dos países que ele foi usado contra possuía um sistema anti-aéreo descente. A defesa Iuguslávia estava aleijada por conta do embargo e o mesmo se aplica ao Iraque. O Afeganistão é até piada de mau gosto comentar.




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#7 Mensagem por Jet Crash® » Sáb Nov 27, 2004 6:56 pm

rodrigo escreveu:A disponibilidade dos TU-160 é baixíssima.
Prefiro o B-1.


Este é um mal que também afeta os B-1B mesmo tendo o poderoso orçamento americano para sustentá-lo.




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Lucas SSBN
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#8 Mensagem por Lucas SSBN » Sáb Nov 27, 2004 8:47 pm

Amigos,
Mas o B-1 B é muito superior ao Tu-160 ?
Abraços,




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#9 Mensagem por VICTOR » Dom Nov 28, 2004 10:12 am

O B-1B não é mais compatível com armas estratégicas ou mísseis nucleares. Ele é contabilizado como bombardeiro tático, isso se deve aos acordos de redução de armas entre as superpotências.

Bombardeiros estratégicos hoje, nos EUA, são apenas os B-2 e B-52. O B-1B é usado na mesma função dos F-15E ou dos antigos F-111, ou seja, um penetrador para lançar munições de precisão, só que ainda maior, com mais capacidade de carga e alcance.

:idea: Sendo assim, a comparação não é mais válida, já B-1B e Tu-160 têm funções diferentes. Só Tu-160 é estratégico.

:arrow: Para atacar um Iraque ou Sérvia da vida, com certeza tem que ser o B-1B, com sua ampla gama de munições táticas de precisão, principalmente a JDAM. Ou seja, um bombardeiro tático. Lembrem-se da tentativa de matar o Saddam no seu bunker no final da guerra, foi com B-1B, com quatro JDAM (ele estava em patrulha para apoio aproximado em caso de necessidade).

:arrow: Já para bombardear a superpotência rival de volta à idade da pedra, com certeza tem que ser o Tu-160, já que é maior, mais rápido e voa mais longe, além de ser o único atualmente com capacidade para mísseis nucleares.




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#10 Mensagem por César » Dom Nov 28, 2004 12:05 pm

Victor escreveu:Já para bombardear a superpotência rival de volta à idade da pedra, com certeza tem que ser o Tu-160, já que é maior, mais rápido e voa mais longe, além de ser o único atualmente com capacidade para mísseis nucleares.

Acho que, pra fazer o seu alvo voltar a idade da pedra, o melhor seria usar algumas dezenas de ICBM´s. Seria tão ou mais eficiente e o risco de ser abatido é, ainda hoje, muito pequeno.

Ou seja, em minha singela opinião, os bombardeiros estratégicos perderam utilidade pras super-potências. Executam uma função que outros meios podem realizar de forma muito mais eficaz.

Abraço a todos

César




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#11 Mensagem por FRAJOLA PORCO » Sex Dez 03, 2004 9:12 am

alguem sabe o ano em que o b52 entrou em serviço ?
ele participou da segunda guerra mundial ?

estou em duvida porque o aviao que soltou a bomba atomica em hiroshima foi um b29 ""Enola Gay " dizem que esse aviao voi o escolhido porque era o maior da epoca




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#12 Mensagem por Plinio Jr » Sex Dez 03, 2004 9:23 am

Os Buff´s (Big, Ugly,Fat) entraram em serviço na USAF no começo dos anos 50´s , ou seja, não participaram da Segunda Guerra.

O B-29 era realmente o bombardeiro mais moderna da então USAAF no final da Segunda Guerra, sendo então o escolhido para tal missão..

Blz...... :D :D :D




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#13 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Dez 03, 2004 9:27 am

Bom, eu sou um pouco burro nestas questões de aviões, mas acho que o TU 160 só terá rival se lhe juntarmos B-2 americano.

São ambos estratégicos.

O B-52 é um clássico, mas ainda eficaz em certos teatros de operações, como no Afeganistão, onde não há forças aéreas hostis.

Para comprar um B-1, caso houvesse necessidade e verba para isso, mais valia adquirir F-18, F-16 ou mesmo para ataque ao solo, desde que se assegurasse antecipadamente o domínio aéreo, os velhos e feios A-10.

Ou em alternativa, optar por modelos da Europa ocidental.




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#14 Mensagem por Slip Junior » Sex Dez 03, 2004 9:56 am

Eu discordo da afirmação de que o B-1B não é um bombardeiro estratégico, e cito alguns motivos para tal:

1. O B-1B é capaz de realizar missões de projeção estratégicas. Em conflitos recentes, os mesmos, operando a partir da base militar de Diego Garcia (acho que é essa o nome) no Oceano Indico, atacaram posições inimigos à milhares de quilometros.

2. O Lancer é capacitado para o emprego de armas nucleares. Apesar de terem sido otimizados para utilização de armas convencios e não ter tido os seus sistemas de armas programados para o emprego de modernos mísseis com ogivas nucleares, os B-1B's tem toda a sua eletrônica desenhada para que "sobrevivam" ao EMP resultante de uma explosão nuclear sendo que podem ser equipados sem maiores problemas com bombas nucleares de queda livre e, até mesmo, readaptados com, relativamente, pouco tempo para o emprego das mesmas.

3. Ele é capaz de transportar um quantidade respeitável de armamento. Eu acho que 84 Mk-82 são capazes de destruir qualquer alvo estratégico (como centro de comando ou uma hidrelétrica) que fosse necessário. Para alvos mais bem protegidos, armamentos especiais como bombas de penetração BLU-109 também poderiam ser empregadas em grande quantidade.

Resumindo: devido ao seu alcance, capacidade de armas e sua compatibilidade com armamento nuclear, o B-1B Lancer é, em todos aspectos, um verdadeiro bombardeiro estratégico capaz de realizar qualquer tipo de missão de ataque que seja necessário: desde a minagem de um porto em território hostil, ao ataque nuclear puro, passando pelo ataque de precisão, e tudo isso à milhares de quilometros de sua base.

Abraços




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#15 Mensagem por VICTOR » Sex Dez 03, 2004 10:00 pm

Fala Junin, :wink:
Slip Junior escreveu:Eu discordo da afirmação de que o B-1B não é um bombardeiro estratégico, e cito alguns motivos para tal:

1. O B-1B é capaz de realizar missões de projeção estratégicas. Em conflitos recentes, os mesmos, operando a partir da base militar de Diego Garcia (acho que é essa o nome) no Oceano Indico, atacaram posições inimigos à milhares de quilometros.

Bem, eu discordo, porque aí estaríamos pensando no mesmo sacrilégio que é chamar o AMX de estratégico, só porque ele pode jogar uma bomba convencional no canto oposto do Brasil. Alcance e carga não tornam a plataforma estratégica, strictu sensu. Atacar o Iraque de Diego Garcia é uma coisa, atacar a superpotência rival com armas táticas é outra. Explico logo mais.

O Lancer é capacitado para o emprego de armas nucleares. Apesar de terem sido otimizados para utilização de armas convencios e não ter tido os seus sistemas de armas programados para o emprego de modernos mísseis com ogivas nucleares, os B-1B's tem toda a sua eletrônica desenhada para que "sobrevivam" ao EMP resultante de uma explosão nuclear sendo que podem ser equipados sem maiores problemas com bombas nucleares de queda livre e, até mesmo, readaptados com, relativamente, pouco tempo para o emprego das mesmas.

O fato de usar armas nucleares também não torna o avião um bombardeiro estratégico. Até mesmo um Phantom, Intruder ou Tornado podem lançar bombas termonucleares, mas são aviões táticos empregando armas táticas. Há uma questão de definição (por exemplo, o F-111 era tático, e o FB-111 era estratégico - só o segundo lançava mísseis nucleares, apesar do primeiro poder fazer interdição com armas nucleares táticas).

Ele é capaz de transportar um quantidade respeitável de armamento. Eu acho que 84 Mk-82 são capazes de destruir qualquer alvo estratégico (como centro de comando ou uma hidrelétrica) que fosse necessário. Para alvos mais bem protegidos, armamentos especiais como bombas de penetração BLU-109 também poderiam ser empregadas em grande quantidade.

O mesmo raciocínio AMX/América do Sul/estratégico. Mas se você pensar em EUA x Rússia, onde os centros de comando estão embaixo de montanhas, a 100m de profundidade, barragens ou C2 são meros alvos táticos.

Resumindo: devido ao seu alcance, capacidade de armas e sua compatibilidade com armamento nuclear, o B-1B Lancer é, em todos aspectos, um verdadeiro bombardeiro estratégico capaz de realizar qualquer tipo de missão de ataque que seja necessário: desde a minagem de um porto em território hostil, ao ataque nuclear puro, passando pelo ataque de precisão, e tudo isso à milhares de quilometros de sua base.

Concordo que o B-1 foi concebido como bombardeiro estratégico, PORÉM hoje ele sequer é contabilizado como tal, para efeitos de tratados de desarmamento etc.

:idea: Estou interpretando esses termos no cenário EUA/Rússia, já que a comparação é T-160 vs. B-1... Coisa de velho, que chegou a presenciar os últimos anos da Guerra Fria, nos anos 80 huahauuha :P Daí a discrepância na definição de "estratégico"




Editado pela última vez por VICTOR em Sáb Dez 04, 2004 7:28 am, em um total de 1 vez.
Carlos Eduardo

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