Edward Elric escreveu:Hoje eu tive uma brilahante ideia, fui visitar a minha terrinha natal por satelite(nasci em anapolis) ai lembre da base aérea de Anapolis, e resolvi conhece-la por cima. olhando a base daqui, olhanda dali, eu achei a seguinte imagem
Uma bonita foto.
Anapolis é uma base geograficamente muito afastada dos eventuais inimigos. Hoje somente os EUA ou a Rússia (em teoria) com o uso de bombardeiros e misseis de cruzeiro conseguiriam fazer um ataque eficiente a Anapolis, mas vamos imaginar que esta seja uma base no Rio Grande do Sul, ou que seja uma base na Europa, Oriente Médio ou regiões da asia onde os inimigos estão a 500km dali.
Em tempos de guerra, tudo que esta ai, caso o imimigo tenha capacidade de atacar a base é removido e ocultado em uma area geografica proxima.
Os Suecos levam este conceito a perfeição.
Tudo que é necessario a operação do Gripen, combustivel, pessoal de terra, armamento, itens sobressalentes, é colocado em cima de caminhões e despachados para celulas já imaginarias que estão baseadas em trechos de rodovias onde os Gripen podem pousar e decolar.
Um sistema de comunicação e controle é responsavel por manter estas celulas otimisadas para apoiar as aeronaves engajadas na luta. Comando de infantaria protegem os componentes de tropas especiais inimigas. Os radares moveis e mísseis RSB-23 fazem a proteção das celulas, que normalmente são espalhadas a um raio de até 100Km de uma base area.
A Rússia hoje tem um problema parecido.
Durante algumas décadas os russos confiaram no seu tamalho geografico e na dificuldade dos EUA de produzirem dados de inteligencia em tempo real, para ocultar as instalações estratégias russas. De uns 20 anos para cá, com a evolução dos satélites e dos UAV´s estratégicos, é possivel produzir dados de inteligencia mais precisos em menor tempo, e com misseis de cruseiro atacar estes objetivos de forma eficiente.
O desafio russo é criar um sistema parecido com o sueco, mas em uma area geografica muito maior e mantendo a capacidade de profundidade estratégica, isto é, atacar objetivos atrás da linha inimiga, que hoje a Suécia não tem de forma consistente, a visão de ataque sueca é de no maximo 200 milhas alem de suas bases, uma estratégia basicamente defensiva de defesa de territorio que é bem diferente da questão russa onde as FA´s sempre adiantariam-se centenas de quilometros alem das fronteiras russas, formando a primeira linha já dentro do leste europeu e não dentro do território russo.
Atualmente estamos assistindo ao envelhecimento da geração de armas concebida ainda na URSS e o nascimento de novos programas já dentro da nova realidade militar russa. Como estes equipamentos vão ser pensandos em função da necessidade de dispersão de meios e ao mesmo tempo de manutenção da profundidade estratégica, que são situações opostas, é um debate muito comum entre os envolvidos nestes programas e os pensadores militares russos.
É um belissimo desafio para os proximos 15 anos. Para vocês "pensarem na cama", como seria a vida das forças americanas no golfo por exemplo, e paises como o Irã e o Iraque antes de 2003 tive-sem armas como o Tomawalk e capacidade de produzir dados de inteligencia para dispara-las?
Este é a questão que norteia o que chamamos de profundidade estratégica, e sera uma das pedras angulares da doutrina de defesa russa nos proximos anos.
Voltando ao caso brasileiro.
O que garante a segurança dos equipamentos não é a distancia da base ou do inimigo, e sim a incapacidade do inimigo de produzir dados de inteligencia sobre a localização do objetivo. Assim tudo que vocês vêem nesta foto, se tiver as armas ocultas a miseros 500 metros sobre a vegetação e o inimigo não produzir dados de inteligencia sobre isto, o objeto esta seguro. Contra inimigos sem profundidade estratégica como são todos os paises da região, este tipo de conceito empregado em Anapolis é mais que suficiente.