O Brasil tem capacidade p/ contruir um porta-avioes nuclear?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Diorgenes
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O Brasil tem capacidade p/ contruir um porta-avioes nuclear?

#1 Mensagem por Diorgenes » Seg Jul 26, 2004 7:04 pm

BLZ galera!
Tenho o conceito que o Brasil devia envestir mais na produçãode armas para sua defesa ja que este investimemto trara beneficios tecnolicos não so militar como civis ja que toda a tecnologia militar volta depois para a aerea civil.Pessando assim tive uma ideia :idea: e gostaria de saber de vcs quais seriam os gastos e os beficios para o pais?
Assim, supondo que façamos um dia um porta avioes tatalmente nacional :shock: .Supondo ainda que ele seja novido a energia nuclear e tenha capacidade para +/- 60 avioes :!: :!:
AH! E qual seria a melhor opção de aeronaves para este porta avioes, em quanto tempo ele ficaria pronto supondo que não faltase verba?O Brasil tem tecnologia para tal investimento?




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Alitson
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#2 Mensagem por Alitson » Seg Jul 26, 2004 8:27 pm

Caro Diorgenes

Na boa, um porta-aviões nuclear custa 3X mais que um convensional, custa 4X mais para manter e é necessario 4X mais homens a bordo para controlar, a nossa marinha está desenvolvendo um Sub nuclear a 20 anos e até agora só projetos, quem dirá um Nae nuclear??
Vc sabe quais os paises do mundo que hoje utilizam Naes???

EUA +/- 14
Brasil +/- 0,5
Espanha 1
Grã-Bretanha 3
França 1+1 estocado
Italia 1
Taiwan 1
Russia 1+1estocado
India 1+1 em conversão

E vc sabe quais tem os nucleres???

EUA(12), Russia(1) e França(1)

Agora os ingleses irão construir 2 novos Naes e estes serão convencionais, será por que??? E olha que a Royal Navy é a terceira mas poderosa do mundo!!!! E até a França tem em seu novo Nae nuclear tantos problemas que o proximo será convencional. Lembrando também que antes de se desenvolver um Nae nuclear de verdade é necessario se ter Subs nucleares com no minimo 12000t, que hoje são vistos apenas na Inglaterra, EUA e Russia. è muito complicado, muito mesmo!!!!

Valeu!!!!
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#3 Mensagem por Spetznaz » Seg Jul 26, 2004 9:10 pm

Se nao me engano o da Russia é convencional.....nao é?
Fica pros especialistas......

Valeu




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#4 Mensagem por pt » Seg Jul 26, 2004 9:30 pm

Confirmo.
Os porta-aviões russos são a turbina a vapor e turbina a gás.

Além dos Estados Unidos, só a França tem porta-aviões movido a energia nuclear.

E mesmo a França, já deve ter-se arrependido, porque a capacidade dos franceses para fazer o navio, ficou muito chamuscada. A coisa correu mal, e o próximo porta-aviões francês será convencional, assim como os próximos dois porta-aviões da Grã Bretanha.

Nos dias de hoje, além dos Estados Unidos os países que têm porta-aviões a sério são:

Estados Unidos
Russia
França
Brasil

A India tem cruzadores-porta-aviões ex-russos (que estão a sofrer alterações para ver SE funcionam).
A Italia tem um grande porta-helicopteros, mas com capacidade relativamente reduzida.
A Grã Bretanha tem três pequenos porta-aviões.
A Espanha tem um.

Os navios da Italia, Espanha e Reino Unido, estão limitados aos aviões Harrier e não podem usar mais nenhum avião.

A energia nuclear é muito mais um empecilho que outra coisa. Do ponto de vista prático serve de pouco.

É o mesmo que com o submarino nuclear brasileiro. Os americanos devem estar torcendo para que o Brasil gste tanto dinheiro quanto possível num submarino nuclear.

O submarino nuclear, no caso do Brasil, só servirá para criar problemas. Terá uma capacidade militar limitada, e provavelmente (pelo seu tamanho) será mais facilmente detectável que um submarino com sistema AIP.

Portanto o SMB será bom para o inimigo e mau para os países amigos que vão achar que o SMB é uma central nuclear de Angra dos Reis ambulante.

Você quería a central de Angra perto da sua casa, nos primeiros anos de operação da central?

Eu não :D

Se o Brasil tentasse desenvolver sistemas de propulsão independente, como a técnologia de células de combustível, aí ía dar medo a (we know who). De outra forma (e embora eu torça para que não) é capaz de dar só risada, como tem dado o porta aviões francês, que até teve que ser rebocado porque as hélices cairam no fundo e não puderam ser recuperadas.

Cumprimentos




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#5 Mensagem por Diorgenes » Ter Jul 27, 2004 1:55 pm

Tudo bem, ja que um porta-avioes nuclear esta fora de cogitação vamos partir para um convencional e a pergunta é a mesma nos temos tecnologia para construir um Nae?e qual seria a melhor opção de aeronaves para um suposto Nae construido aqui?
VALEU




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#6 Mensagem por Slip Junior » Ter Jul 27, 2004 3:01 pm

Diorgenes escreveu:Tudo bem, ja que um porta-avioes nuclear esta fora de cogitação vamos partir para um convencional e a pergunta é a mesma nos temos tecnologia para construir um Nae?

A estrutura temos condições sim, só precisáriamos de inventimentos totalmente fora dos padrões orçamentários atuais.

e qual seria a melhor opção de aeronaves para um suposto Nae construido aqui?

Depende de quanta grana estivessemos dispostos a gastar.
Bastante -> Dassault Rafale-M
Pouca -> Boeing F/A-18 A/B/C/D

Abraços




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#7 Mensagem por Clermont » Qua Jul 28, 2004 12:07 am

pt escreveu: A energia nuclear é muito mais um empecilho que outra coisa. Do ponto de vista prático serve de pouco.

É o mesmo que com o submarino nuclear brasileiro. Os americanos devem estar torcendo para que o Brasil gste tanto dinheiro quanto possível num submarino nuclear.

O submarino nuclear, no caso do Brasil, só servirá para criar problemas. Terá uma capacidade militar limitada, e provavelmente (pelo seu tamanho) será mais facilmente detectável que um submarino com sistema AIP.

(...)

Se o Brasil tentasse desenvolver sistemas de propulsão independente, como a técnologia de células de combustível, aí ía dar medo a (we know who).


Taí. Tal perspectiva nunca passou pela minha cabeça. Eu espero que tal coisa nunca aconteça e que o programa do submarino nuclear seja um sucesso.

Por outro lado, realmente, talvez fosse uma coisa inteligente ficar de olho em qualquer possibilidade de desenvolvimento desses sistemas AIP. Por isso, outro dia, perguntei a Fox se o Brasil não poderia tentar incorporar a tecnologia dos suecos (que andavam com problemas de falta de parcerias) nos planos de submarinos convencionais do Brasil.

De qualquer forma, taí um tema para a rapaziada que entende do riscado...




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#8 Mensagem por pt » Qua Jul 28, 2004 10:39 am

A construção de um porta-aviões é uma tarefa muito complicada e dispendiosa.
Depende também do tipo de porta-aviões que se pretende construir.
O São Paulo, por exemplo, é um porta-aviões CTOL (Conventional Take Off and Landing). Este tipo de navio, pode operar varios tipos diferentes de aviões, desde que estes sejam reforçados (a aterragen num porta-aviões é uma espécie de queda controlada e o trem de aterragem tem que ser especialmente reforçado) e preparados para operar a partir de um porta-aviões. É o caso do F-14, F-18, A-7, A-4, Super-Etendard, Rafale, só para referir alguns.

O CTOL fica caro, e tem um grande problema, que são as catapultas (excepto o porta-aviões russo). O proprio DeGaulle, actual porta-aviões francês, tem catapultas americanas e os russos nem têm catapultas nos porta-aviões deles porque nunca conseguiram fabricar catapultas com potência suficiente.

A França, já tem uma vasta experiência na construção de porta-aviões, e mesmo assim, não tem dinheiro para desenvolver as catapultas. O mais lógico é considerar que o Brasil tería tantas ou mais dificuldades para o fazer. De qualquer forma, acabaría ficndo dependente dos americanos.

A outra solução é construir um porta-aviões com rampa sky-jump, como o porta-aviões russo. Mas este, tem um inconveniente. Utiliza a potência dos aviões, para descolar, em vez de os catapultar. O resultado é que os aviões gastam até 20% do combustível, só na operação de descolagem, reduzindo bastante a sua autonomía. O outro problema tem a ver com o facto de ser necessário utilizar uma grande parte da coberta como pista (em vez de apenas uma pequena secção, na área da catapulta). Isto reduz a capacidade de rapidamente colocar no ar um grande numero de aviões, porque a coberta tem que estar mais desimpedida. Além disso, a propria capacidade do navio é reduzida. O São Paulo pode transportar mais aviões que o actual porta-aviões russo, que tem praticamente o dobro do tamanho.

A outra possibilidade é a construção de um porta aviões ao estilo dos italianos, espanhois e ingleses. Estes “pequenos” porta-aviões não têm catapulta, mas têm uma rampa sky-jump para aviões Harrier, que consomem menos, e pelas suas características, poupam combustível descolando de um porta-aviões com essa rampa, em vez de verticalmente. O problema é que se fica completamente dependente da existência ou não, no mercado de aviões de descolagem vertical e neste momento se o JSF não saír, os italianos por exemplo ficam com um porta-aviões bonitinho, mas condenado a usar aviões Harrier, que não estão ficando mais novos.

Do meu ponto de vista, se o Brasil tivesse interesse em construir um porta-aviões, o mais lógico sería associar-se aos ingleses e aos franceses que vão construir três unidades de um porta-aviões CTOL (convencional), ganhando know-how e experiência. Começar do zero, sem apoio de nenhum lado, nunca é boa ideia.

Cumprimentos




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#9 Mensagem por VICTOR » Qua Jul 28, 2004 2:29 pm

Clermont escreveu:
pt escreveu: A energia nuclear é muito mais um empecilho que outra coisa. Do ponto de vista prático serve de pouco.

É o mesmo que com o submarino nuclear brasileiro. Os americanos devem estar torcendo para que o Brasil gste tanto dinheiro quanto possível num submarino nuclear.

O submarino nuclear, no caso do Brasil, só servirá para criar problemas. Terá uma capacidade militar limitada, e provavelmente (pelo seu tamanho) será mais facilmente detectável que um submarino com sistema AIP.

Se o Brasil tentasse desenvolver sistemas de propulsão independente, como a técnologia de células de combustível, aí ía dar medo a (we know who).


Taí. Tal perspectiva nunca passou pela minha cabeça. Eu espero que tal coisa nunca aconteça e que o programa do submarino nuclear seja um sucesso.

Por outro lado, realmente, talvez fosse uma coisa inteligente ficar de olho em qualquer possibilidade de desenvolvimento desses sistemas AIP. Por isso, outro dia, perguntei a Fox se o Brasil não poderia tentar incorporar a tecnologia dos suecos (que andavam com problemas de falta de parcerias) nos planos de submarinos convencionais do Brasil.

De qualquer forma, taí um tema para a rapaziada que entende do riscado...


Aqui mesmo no DB, houve uma discussão interessantíssima sobre o assunto:

Submarinos Nucleares: sonho ou solução?

Lá, eu já dizia que deve-se pensar bem, justamente porque um SSN brasileiro seria barulhento, perto de qualquer SSK razoavelmente moderno. Comentamos também a natureza defensiva dos SSKs.

E Clermont lembrara algo importante: SSKs e SSNs não são excludentes (Rússia e China aí pra demonstrar). Ou seja, daria pra ter um ou dois SSNs e vários SSKs. Só complica quando botamos a cabeça na real e lembramos que temos fragatas sendo desativadas por falta de grana. Sendo assim, só dá pra imaginar um sub nuclear brsileiro que não leve a MB à falência se as coisas melhorarem muito, muito mesmo nos próximos 10 anos.

:!: Pra quem tem interesse em SSKs, convém ler sobre a Marinha Japonesa (ups, desculpe - Força Marítima de Auto-Defesa do Japão). É uma força de meter medo em qualquer um que se aventure por aqueles lados, composta só de subs convencionais, com direito a algumas classes interessantes, pelo tamanho (bem maior que nossos Tupis).




Carlos Eduardo

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Fox
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#10 Mensagem por Fox » Qui Jul 29, 2004 10:39 pm

Clermont escreveu:Por outro lado, realmente, talvez fosse uma coisa inteligente ficar de olho em qualquer possibilidade de desenvolvimento desses sistemas AIP. Por isso, outro dia, perguntei a Fox se o Brasil não poderia tentar incorporar a tecnologia dos suecos (que andavam com problemas de falta de parcerias) nos planos de submarinos convencionais do Brasil.


Acho que você não entendeu a minha opinião! :( :cry: Eu acho interessante a tecnologia do sistema AIP, agora o que eu discordei foi fazer do programa Viking o nosso SMB-10, por não preenche os requisitos do programa (entre 2.000 e 2.500 toneladas, conseqüentemente maior tamanho, autonomia, quantidade de amamento, etc) publicado na imprensa (Nomar alguma coisa).

VICTOR escreveu::!: Pra quem tem interesse em SSKs, convém ler sobre a Marinha Japonesa (ups, desculpe - Força Marítima de Auto-Defesa do Japão). É uma força de meter medo em qualquer um que se aventure por aqueles lados, composta só de subs convencionais, com direito a algumas classes interessantes, pelo tamanho (bem maior que nossos Tupis).


Tái um bom exemplo! Também gosto dos submarinos da marinha Japonesa! Vale lembrar que a formação das embarcações de superfície do Japão (entre 1.500 e 9.500 toneladas), também é muito interessante!

Japão = 20 Submarinos

Classe Oyashi (Plano para +4 ) = 6

Deslocamento: 3.600 toneladas.
Dimensões: 81.7 x 8.9 x 7.9 metros
Propulsão: Diesel-elétrico.
Armamento: Torpedos, Harpoon e minas.

Classe Harushio = 1

Deslocamento: 3.200 toneladas
Dimensões: 89,3 x 10,06 x 7,62 metros
Propulsão: Diesel-elétrico + AIP
Armamento: Torpedos, Harpoon e minas

Classe Harushio = 6

Deslocamento: 2.750 toneladas.
Dimensões: 81.7 x 8.9 x 7.9 metros
Propulsão: Diesel-elétrico.
Armamento: Torpedos, Harpoon e minas

Classe Yushio = 7

Deslocamento: 2.450-2.500 toneladas.
Dimensões: 76,2 x 9,9 x 7,3 metros
Propulsão: Diesel-elétrico.
Armamento: Torpedos, Harpoon e minas

Até mais...............................................................

Fox :wink:




Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!


Guilherme de Almeida
Carlos Mathias

#11 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Jul 30, 2004 1:35 pm

Realmente a construção destes navios nucleares é muito cara, mas ao mesmo tempo eles tem uma capacidade muito maior em autonomia e velocidade sustentada. um sub conv. por exemplo, toda hora tem que botar a cabeça prá fora para respirar, isso comparativamente com um nuclear que NUNCA precisa emergir e mantêm altas velocidades por longos períodos e ainda hoje é dificílimo achar um sub mergulhado à grandes profundidades, todos vocês sabem disso, então o problema não é se, mas o quanto R$$$$ precisamos disso. Lembremos apenas da nossa imensa costa à patrulhar e defender.




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