Redução de verbas atingiu as três Forças Armadas
Moderador: Conselho de Moderação
Redução de verbas atingiu as três Forças Armadas
Redução de verbas atingiu as três Forças Armadas
De Brasília
Os seguidos cortes orçamentários dos últimos quatro anos atingiram duramente não apenas os investimentos em infra-estrutura, mas também alguns programas estratégicos das Forças Armadas. O projeto de modernização e desenvolvimento do AM-X - o caça-bombardeio desenvolvido por um consórcio formado entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) , Alenia Aerospazio e Aermacchi S.P.A - sofrerá um atraso de três a quatro anos, segundo informações do Ministério da Defesa. Da mesma forma, a falta de dinheiro causou um atraso de 75% no cumprimento das metas do projeto de desenvolvimento do míssil MAA-1, o primeiro brasileiro, mais conhecido como Piranha.
O projeto de construção da corveta Barroso, que teve início em 1994 e término previsto para dezembro de 1998, sofreu um atraso de 90 meses, informa o Ministério da Defesa. O novo prazo de conclusão é junho de 2007. Também por falta de verba orçamentária, a construção do submarino Tikuna sofreu um atraso de 60 meses em relação à previsão inicial. A construção do submarino teve início em outubro de 1991 e deveria acabar em outubro de 2001. Agora, o Ministério da Defesa acha que terminará em outubro de 2006.
O projeto de modernização da força terrestre do Exército brasileiro, cuja fonte principal de recursos é uma operação de crédito de 1997, atingiu apenas 17% da execução física prevista no Plano Plurianual 2000-2003. De início, esse projeto tinha conclusão prevista para dois anos. As prorrogações foram se sucedendo, dada a falta de créditos. Os orçamentos da União em 2002 e 2003, por exemplo, não tiveram verbas para o projeto.
A situação não mudou com o PPA 2004-2007 elaborado pelo governo Lula. Com os recursos que estão previsto neste PPA, o Ministério da Defesa acha que será possível executar apenas 8% do planejamento inicial do projeto de modernização da força terrestre do Exército. Isto porque o saldo de US$ 277 milhões ainda existente do crédito externo foi reduzido pelo governo para US$ 42 milhões, na época de sua renovação.
A execução do projeto de obtenção de armamentos do Exército atingiu apenas 31% da meta planejada pelo PPA para o período 2000-2003, segundo o Ministério da Defesa. Por causa da prioridade atribuída ao custeio em relação aos investimentos, a execução deste projeto será afetada mais ainda daqui para a frente. O Ministério da Defesa prevê que apenas 8% da meta física planejada para a obtenção de armamentos será cumprida no período de 2004-2007. Não há recursos no Orçamento da União deste ano para esta ação.
No caso do AM-X, a falta de recursos obrigou a Força Aérea Brasileira (FAB) a fazer um replanejamento do projeto e uma revisão do cronograma físico-financeiro dos contratos vigentes com as empresas, o que resultou numa execução abaixo dos 60% do previsto. A continuidade deste projeto consta do PPA 2004-2007, que prevê a produção e integração do radar à aeronave; a aquisição dos sistemas para reconhecimento aéreo; a qualificação de novos armamentos e sensores na aeronave e início de padronização da frota de AM-X, incluindo a modernização de quase todos sistemas e equipamentos.
O Piranha é um míssil ar-ar de curto alcance, de fabricação nacional, concebido e projetado pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e desenvolvido e produzido pela empresa Mectron Engenharia Indústria e Comércio Ltda, que pode ser utilizado pelo AM-X. Os dois projetos são importantes para que o Brasil desenvolva a tecnologia de uso aeroespacial. O Ministério da Defesa informa que não se pode creditar o atraso no desenvolvimento do Piranha apenas à falta de recursos. Algumas dificuldades de ordem técnica também contribuíram para o não-cumprimento do prazo inicial deste projeto. A maior meta, que era a homologação do míssil, foi cumprida.
A Força Aérea Brasileira desenvolve também outros mísseis, como o de médio alcance. No orçamento de 2004 estão previstos apenas R$ 8 milhões para o desenvolvimento de mísseis, que deverão ser absorvidos pelo Piranha.
O PPA 2000-2003 previa a modernização e revitalização de 431 aeronaves da FAB no período. Foram modernizadas apenas 93 aeronaves e somente 18 adquiridas de 2000 a 2003. O Ministério da Defesa observa que "muitos projetos, tais como o AL-X (uma aeronave leve de ataque desenvolvida pela Embraer) que já estão contratados e com a previsão de entrega no primeiro trimestre de 2004, sofrem uma majoração, em virtude dos contingenciamentos e na demora da liberação de recursos, decorrentes de taxas de compromisso, previstas em contrato, e a necessidade de repactuação dos contratos em função da alteração dos cronogramas de produção".
Os seguidos cortes das verbas impediram a Marinha brasileira de cumprir as metas de modernização, revitalização e aquisição de navios, embarcações e aeronaves previstas no PPA 2000-2003. No caso da modernização dos meios navais, a execução ficou em apenas 11% da meta. A obtenção de meios navais teve execução de 29% da meta e os projetos de construção naval de 31%.
http://www.defesanet.com.br
De Brasília
Os seguidos cortes orçamentários dos últimos quatro anos atingiram duramente não apenas os investimentos em infra-estrutura, mas também alguns programas estratégicos das Forças Armadas. O projeto de modernização e desenvolvimento do AM-X - o caça-bombardeio desenvolvido por um consórcio formado entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) , Alenia Aerospazio e Aermacchi S.P.A - sofrerá um atraso de três a quatro anos, segundo informações do Ministério da Defesa. Da mesma forma, a falta de dinheiro causou um atraso de 75% no cumprimento das metas do projeto de desenvolvimento do míssil MAA-1, o primeiro brasileiro, mais conhecido como Piranha.
O projeto de construção da corveta Barroso, que teve início em 1994 e término previsto para dezembro de 1998, sofreu um atraso de 90 meses, informa o Ministério da Defesa. O novo prazo de conclusão é junho de 2007. Também por falta de verba orçamentária, a construção do submarino Tikuna sofreu um atraso de 60 meses em relação à previsão inicial. A construção do submarino teve início em outubro de 1991 e deveria acabar em outubro de 2001. Agora, o Ministério da Defesa acha que terminará em outubro de 2006.
O projeto de modernização da força terrestre do Exército brasileiro, cuja fonte principal de recursos é uma operação de crédito de 1997, atingiu apenas 17% da execução física prevista no Plano Plurianual 2000-2003. De início, esse projeto tinha conclusão prevista para dois anos. As prorrogações foram se sucedendo, dada a falta de créditos. Os orçamentos da União em 2002 e 2003, por exemplo, não tiveram verbas para o projeto.
A situação não mudou com o PPA 2004-2007 elaborado pelo governo Lula. Com os recursos que estão previsto neste PPA, o Ministério da Defesa acha que será possível executar apenas 8% do planejamento inicial do projeto de modernização da força terrestre do Exército. Isto porque o saldo de US$ 277 milhões ainda existente do crédito externo foi reduzido pelo governo para US$ 42 milhões, na época de sua renovação.
A execução do projeto de obtenção de armamentos do Exército atingiu apenas 31% da meta planejada pelo PPA para o período 2000-2003, segundo o Ministério da Defesa. Por causa da prioridade atribuída ao custeio em relação aos investimentos, a execução deste projeto será afetada mais ainda daqui para a frente. O Ministério da Defesa prevê que apenas 8% da meta física planejada para a obtenção de armamentos será cumprida no período de 2004-2007. Não há recursos no Orçamento da União deste ano para esta ação.
No caso do AM-X, a falta de recursos obrigou a Força Aérea Brasileira (FAB) a fazer um replanejamento do projeto e uma revisão do cronograma físico-financeiro dos contratos vigentes com as empresas, o que resultou numa execução abaixo dos 60% do previsto. A continuidade deste projeto consta do PPA 2004-2007, que prevê a produção e integração do radar à aeronave; a aquisição dos sistemas para reconhecimento aéreo; a qualificação de novos armamentos e sensores na aeronave e início de padronização da frota de AM-X, incluindo a modernização de quase todos sistemas e equipamentos.
O Piranha é um míssil ar-ar de curto alcance, de fabricação nacional, concebido e projetado pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e desenvolvido e produzido pela empresa Mectron Engenharia Indústria e Comércio Ltda, que pode ser utilizado pelo AM-X. Os dois projetos são importantes para que o Brasil desenvolva a tecnologia de uso aeroespacial. O Ministério da Defesa informa que não se pode creditar o atraso no desenvolvimento do Piranha apenas à falta de recursos. Algumas dificuldades de ordem técnica também contribuíram para o não-cumprimento do prazo inicial deste projeto. A maior meta, que era a homologação do míssil, foi cumprida.
A Força Aérea Brasileira desenvolve também outros mísseis, como o de médio alcance. No orçamento de 2004 estão previstos apenas R$ 8 milhões para o desenvolvimento de mísseis, que deverão ser absorvidos pelo Piranha.
O PPA 2000-2003 previa a modernização e revitalização de 431 aeronaves da FAB no período. Foram modernizadas apenas 93 aeronaves e somente 18 adquiridas de 2000 a 2003. O Ministério da Defesa observa que "muitos projetos, tais como o AL-X (uma aeronave leve de ataque desenvolvida pela Embraer) que já estão contratados e com a previsão de entrega no primeiro trimestre de 2004, sofrem uma majoração, em virtude dos contingenciamentos e na demora da liberação de recursos, decorrentes de taxas de compromisso, previstas em contrato, e a necessidade de repactuação dos contratos em função da alteração dos cronogramas de produção".
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Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!
Guilherme de Almeida
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- FCarvalho
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SANDICE
Será que alguém neste país, que vista uma farda ou não, ainda acredita, em sã consciência, na palavra de algum político deste nosso país tupiniquim
Vergonha, vergonha, vergonha ...
Abraços.


Vergonha, vergonha, vergonha ...



Abraços.
Carpe Diem
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Re: SANDICE
FCarvalho escreveu:Será que alguém neste país, que vista uma farda ou não, ainda acredita, em sã consciência, na palavra de algum político deste nosso país tupiniquim![]()
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Vergonha, vergonha, vergonha ...![]()
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Abraços.
De acordo FCarvalho....

Ahh, e eu deixei de acreditar em palavra de político há muito tempo atrás. Agora eu vou ser obrigado a votar, mas já fiz a minha decisão: Pelo resto da minha vida eu só voto nulo!
Nulo na cabeça.

"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Ah é?
Pelo que me disseram era que se eu votasse em branco o meu voto iria para o primeiro colocado nas pesquisas. Sei lá, algo assim. E que se eu votasse nulo eu anularia o meu voto(não votaria em ninguém).
Valeu pela sugestão.
PS: Mas não é meio difícil existirem mais de 50% de votos brancos? Essa taxa geralmente gira em torno de 3%...
Abraço a todos
César
Pelo que me disseram era que se eu votasse em branco o meu voto iria para o primeiro colocado nas pesquisas. Sei lá, algo assim. E que se eu votasse nulo eu anularia o meu voto(não votaria em ninguém).
Valeu pela sugestão.
PS: Mas não é meio difícil existirem mais de 50% de votos brancos? Essa taxa geralmente gira em torno de 3%...
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
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César, isso acontece mais em cidades do interior, quando os partidos tem dificuldade para achar candito até o periodo das eleições ao inves de fazerem a campanha tradicional fazem a campanha do voto branco, para o voto branco ganhar e eles terem mais tempo de escolher candidato.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Clermont
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Outro dia, li um artigo de um oficial da Marinha. Ele mencionava sua frustração com o fato de tão poucas verbas estarem sendo liberadas pelo novo governo Lula. E lembrava como o então candidato do PT, havia prometido prioridade às forças armadas, em discursos no Clube Militar.
Fiquei impressionado. Não com a quebra das promessas do Lula. Mas com a ingenuidade do oficial. E de todos que, realmente, acreditaram que um governo do PT poderia conceder tal prioridade aos gastos bélicos.
Ora, é claro que isso não iria ser feito. Bastaria um pouco de bom-senso e atenção ao quadro maior da situação brasileira, tanto imediata como em futuro previsível para se ver que isso não poderia ser feito.
E mais! Nem mesmo que fosse Serra o ganhador, uma coisa dessas iria ocorrer. E, se um outro candidato tivesse sido eleito e dado a parte-do-leão para a Defesa, seria soterrado por críticas, e seria forçado a rever suas intenções. Basta ver o caso da compra do "Airbus" do Lula. Que eu mesmo critiquei em outro tópico. Imaginem só, o Lula anunciando alguma fantástica compra de material bélico!
Embora muita gente tenha apontado o caráter demagógico do adiamento da licitação dos novos caças, a verdade é que a maioria da opinião pública apoiou, fervorosamente, a medida. E os que foram contra, só o assumiram tal posição, em público, sob o argumento de que, no fim das contas, nenhum dinheiro teria sido desviado do orçamento da União, de acordo com as regras de financiamento do processo de aquisição. Caso, a compra dos novos caças envolvesse, no duro, um dispêndio direto de recursos, até esses poucos opositores do mundo civil, teriam apoiado Lula.
Não adianta. É preciso ter a noção clara de que as forças armadas não são e nem serão prioridades, nem desse e nem de outro governo qualquer. E quem proclamar o contrário, estará, tão somente, agindo como o candidato Lula, querendo ganhar votos. Ou então, será algum aventureiro irresponsável. E eu, particularmente, jamais vou dar meu voto a um aventureiro, só para permitir a compra de destróieres, fragatas ou modernos tanques.
Está fora da minha capacidade opinar qual deva ser o nível de gastos com a Defesa. Deixarei isso para pessoas com maiores conhecimentos. Só gostaria de voltar a frisar bem: se as pessoas não querem ter problemas com o fígado, não se permitam sonhar com o que não pode acontecer, o padrão de investimentos nas forças armadas, sempre será baixo, e só poderá subir, junto com a retomada do crescimento da economia brasileira, na mais desejável das hipóteses. Ou então, com uma grave crise de segurança externa, na mais odiosa das hipóteses. Só nesses casos, a tradicionalmente pacifista sociedade brasileira irá apoiar a compra de quantidades razoáveis de material bélico novo (porque não me agrada a compra de sucata, como sempre foi a prática brasileira).
Nesse meio tempo, só me atreveria a sugerir que os recursos fossem alocados para os setores, realmente, vitais: um exemplo, o programa do submarino nuclear com todos seus desdobramentos tecnológicos que ele implica.
Fiquei impressionado. Não com a quebra das promessas do Lula. Mas com a ingenuidade do oficial. E de todos que, realmente, acreditaram que um governo do PT poderia conceder tal prioridade aos gastos bélicos.
Ora, é claro que isso não iria ser feito. Bastaria um pouco de bom-senso e atenção ao quadro maior da situação brasileira, tanto imediata como em futuro previsível para se ver que isso não poderia ser feito.
E mais! Nem mesmo que fosse Serra o ganhador, uma coisa dessas iria ocorrer. E, se um outro candidato tivesse sido eleito e dado a parte-do-leão para a Defesa, seria soterrado por críticas, e seria forçado a rever suas intenções. Basta ver o caso da compra do "Airbus" do Lula. Que eu mesmo critiquei em outro tópico. Imaginem só, o Lula anunciando alguma fantástica compra de material bélico!
Embora muita gente tenha apontado o caráter demagógico do adiamento da licitação dos novos caças, a verdade é que a maioria da opinião pública apoiou, fervorosamente, a medida. E os que foram contra, só o assumiram tal posição, em público, sob o argumento de que, no fim das contas, nenhum dinheiro teria sido desviado do orçamento da União, de acordo com as regras de financiamento do processo de aquisição. Caso, a compra dos novos caças envolvesse, no duro, um dispêndio direto de recursos, até esses poucos opositores do mundo civil, teriam apoiado Lula.
Não adianta. É preciso ter a noção clara de que as forças armadas não são e nem serão prioridades, nem desse e nem de outro governo qualquer. E quem proclamar o contrário, estará, tão somente, agindo como o candidato Lula, querendo ganhar votos. Ou então, será algum aventureiro irresponsável. E eu, particularmente, jamais vou dar meu voto a um aventureiro, só para permitir a compra de destróieres, fragatas ou modernos tanques.
Está fora da minha capacidade opinar qual deva ser o nível de gastos com a Defesa. Deixarei isso para pessoas com maiores conhecimentos. Só gostaria de voltar a frisar bem: se as pessoas não querem ter problemas com o fígado, não se permitam sonhar com o que não pode acontecer, o padrão de investimentos nas forças armadas, sempre será baixo, e só poderá subir, junto com a retomada do crescimento da economia brasileira, na mais desejável das hipóteses. Ou então, com uma grave crise de segurança externa, na mais odiosa das hipóteses. Só nesses casos, a tradicionalmente pacifista sociedade brasileira irá apoiar a compra de quantidades razoáveis de material bélico novo (porque não me agrada a compra de sucata, como sempre foi a prática brasileira).
Nesse meio tempo, só me atreveria a sugerir que os recursos fossem alocados para os setores, realmente, vitais: um exemplo, o programa do submarino nuclear com todos seus desdobramentos tecnológicos que ele implica.