CUBA, a bola da vez.

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FCarvalho
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CUBA, a bola da vez.

#1 Mensagem por FCarvalho » Qui Mai 06, 2004 8:28 pm

Olá pessoal.

Gostaria de saber se ocorreu da imprensa do restante do país ter noticiado algo a despeito de um memorando enviado pelo Dpto de Estado americano, semana passada, sobre a situação em Cuba, e "sugerindo" ao pred. Bush " se livrar" definitivamente do Fidel, não descartada a opção militar.
Aqui em Manaus, circulou esta notícia, inclusive da expulsão do representante diplomático de cubano do México, e a volta de seu embaixador na ilha; houve também a retirada da diplomacia peruana da mesma, visto ambos países terem votado contra Cuba, na Onu, em um processo sobre direitos humanos, função causal de toda esta celeuma.
Agora trêss perguntas que não querem calar:
será que bush e cia seriam capazes de infernizar a ilha do fidel militarmente, ante a antipatia da comunidade internacional e o fracasso dos resultados da ocupação no Iraque, caso ganhassem a eleição de novembro nos eua?
qual seria a resposta ou atitude do "companheiro lula", e das fa's brazucas frente a um eventual pedido de socorro de seu "companheiro do peito" fidel? Vamos lá, esperamos eles virem cá, ou fingimos que não é conosco :?:, como sempre?
será que poderíamos continuar sendo tão "amigos" do Tio Sam, caso tal evento viesse a acontercer bem na nossa cara? Como a nossa sociedade responderia no caso do governo trasnsigir na ajuda ao cmdte fidel? Nossa lidereança na AL seria posta em questão/prova? E se o "lulinha paz e amor" resolver mostrar os dentes, que não por acaso, nem ele, nem nenhum de nós tem?
como fica a situação do poder politico nacional, diga-se os politicos, frente a esta hipotéica situação?


Abraços




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#2 Mensagem por Balena » Qui Mai 06, 2004 9:59 pm

Prezado FCarvalho,


Quer que o Brasil, potencial liderança da AL, interceda em favor de Cuba??? Hahahahaha!!!!!!

Nós temos que preocupar em defender e manter estas terras que Caxias lutou para preservar unida, e; ainda há quem queira defender os outros (acredito que este não seja o seu caso). Acredito que não vai rolar uma intervenção militar em Cuba depois do fiasco norteamericano que ainda estar por vir na Segunda Guerra do Golfo. Hahahahahaha!!!

Acredito que Cuba, inclusive, pode fazer frente a uma invasão militar dos EUA de uma forma muito mais eficiente que a dos Iraquianos. Não sou partidário do regime do Fidel, mas tenho de reconhecer que este homem soube organizar seu país para enfrentar uma guerra de invasão. Acredito que o preço a ser pago pelo agressor inviabilizaria qualquer aventura militar em território cubano.

Agora o apoio do Brasil, só se for diplomático via Itamaraty. Que interesse iríamos ter em Cuba??? A única coisa que poderíamos fazer é mandar um Hércules da FAB cheio de militantes do PT para compor os quadros da Milícia Popular de Fidel. Quero até ver se eles iriam ter coragem na hora em que a cobra começar a fumar. Hahahahahahaha!!!!

Voltando ao assunto, quem quiser ter uma noção de como é organizada a Defesa Nacional Cubana, aqui vai o endereço de sítio que é muito bom, inclusive é do governo cubano:

http://www.cubagob.cu/otras_info/minfar/default.htm

O sítio é em espanhol e apresenta de forma bem didática (em linhas gerais) como é organizada a Defesa Nacional Cubana, sem é claro revelar detalhes estratégicos (é lógico).

Leia e comente depois, caso você já o conheça desconsidere o que eu escrevi.


O sistema Cubano de Defesa é bem interessante e em muitos aspectos podemos aprender com eles; e, quando digo aspectos, digo aspectos estritamente técnicos da área militar.



Aguardo resposta....




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Re: CUBA, a bola da vez.

#3 Mensagem por Slip Junior » Qui Mai 06, 2004 10:47 pm

FCarvalho escreveu:será que bush e cia seriam capazes de infernizar a ilha do fidel militarmente, ante a antipatia da comunidade internacional e o fracasso dos resultados da ocupação no Iraque, caso ganhassem a eleição de novembro nos eua?

Sinceramente eu duvido. Não existe nenhuma razão plausível para isso. Seria apenas um fator para um maior desgaste do governo norte-americano e nesse caso, não contariam nem com o apoio das enormes grupos corporativos.

qual seria a resposta ou atitude do "companheiro lula", e das fa's brazucas frente a um eventual pedido de socorro de seu "companheiro do peito" fidel? Vamos lá, esperamos eles virem cá, ou fingimos que não é conosco :?:, como sempre?

Iriamos fazer coro junto com uma grande parcela da Europa e Ásia na ONU.

será que poderíamos continuar sendo tão "amigos" do Tio Sam, caso tal evento viesse a acontercer bem na nossa cara? Como a nossa sociedade responderia no caso do governo trasnsigir na ajuda ao cmdte fidel? Nossa lidereança na AL seria posta em questão/prova? E se o "lulinha paz e amor" resolver mostrar os dentes, que não por acaso, nem ele, nem nenhum de nós tem?

Lula ganharia um grande beterraba moleca e quente em suas mãos.

como fica a situação do poder politico nacional, diga-se os politicos, frente a esta hipotéica situação?

Pode certeza que qualquer que fosse a decisão, teriamos um grande coro reclamando da postura do governo.

Balena escreveu:Acredito que Cuba, inclusive, pode fazer frente a uma invasão militar dos EUA de uma forma muito mais eficiente que a dos Iraquianos.

Duvido e muito. Já li bastante sobre os equipamentos e o estado atual das Forças Armadas Cubanas e duvido que eles aguentem uma semana de bombardeio. Mais uma vez, só teriamos confrontos "mais justos" na fase de ocupação da guerra com alguns poucos (e digo poucos mesmos... em Cuba não existe o sentimento religioso presente nos iraquianos) lutando uma guerra de guerrilha contra as tropas de ocupação.

De qualquer forma, mais uma vez volto a repetir que acredito que qualquer escalada de tensão entre Cuba e EUA se resolveria por vias diplomáticas intermediada por nações Européias, Russia, China e Brasil.

Abraços




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#4 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Mai 06, 2004 10:54 pm

E aquele tratado entre Brasil, Cuba e mais alguns paises da América de se defenderem mutuamente em caso de ataque? Ta certo que o lógico é fingir que esqueceu o trato num caso desses, mas como fica a imagem do Brasil nesse caso (quebrador de promessas)?




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#5 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Mai 07, 2004 12:15 am

O problema é que esse tratado vale para todas as Américas. Como agir se um Estado americano ataca outro? Eu não sei o que está contido nesse tratado.

A posição do governo brasileiro seria simplesmente ser contra, junta-se a Europa, Rússia, China e ONU. No mais, nada seria feito. Até porque, infelizmente não poderíamos fazer nada mesmo.




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#6 Mensagem por Balena » Sex Mai 07, 2004 1:18 am

Prezado Slip Junior,


Já li bastante sobre os equipamentos e o estado atual das Forças Armadas Cubanas e duvido que eles aguentem uma semana de bombardeio.


Isso é frase de quem vive na era da guerra pirotécnica, convenhamos meus caros, só com bombardeios não se vence uma guerra, é preciso lutar em terra; pois, as guerras só são vencidas em solo quando os soldados da Infantaria conseguem, efetivamente, ocupar o território inimigo.

Se você já leu bastante sobre equipamentos bélicos cubanos, deve saber que as FFAA cubanas estão em melhores condições do que estavam as do Iraque antes da Segunda Guerra do Golfo. Sem mencionar que a Geografia da ilha de Fidel é mais desfavorável a uma invasão, principalmente na região da Sierra Maestra.

A única vantagem que eu vejo de um possível TO cubano em relação ao atual TO iraquiano diz respeito à proximidade em que o primeiro se encontra da nação agressora (a curta distância Cuba-EUA). Mas acredito que distância não seja problema para a logística da atual potência militar hegemônica do mundo; o problema não é chegar, o que importa é lutar e vencer. Sem mencionar que Fidel também possui seus fedayns que são representados pelas suas milícias de tropas territoriais organizadas pelo PCC (não confundam com o nosso PCC tupiniquim).

A organização cubana para a guerra é superior a do Iraque e trata-se de um esforço envolve diversos setores da população: FFAA, produção e saúde.

A instrução militar é bem difundida na população e já começa nas escolas, onde crianças e adolescentes são submetidos a treinamentos do tipo:
- simulações de evacuação e abrigo contra mísseis.
- exercícios militares com armas de fogo para familiarizarem-se com o fuzil padrão das FAR, o AKM.
- atividades de defesa civil e primeiros socorros.
- exercícios de mobilização para verificar o nível do apronto operacional.

O regime cubano como não poderia deixar de ser, também conta com uma parcela importante de dissidentes internos que, acredito eu, não poderão desempenhar grande papel nas fases iniciais de uma guerra contra os EUA. Tais dissidentes, apesar numerosos, não se encontram tão bem estruturados como os diversos grupos iraquianos rivais de Saddam (curdos do norte e xiitas) que, por sua vez, tiveram suas rivalidades espertamente aproveitadas pelos Yankes antes e durante a invasão. Os únicos grupos anti-Fidel que se encontram bem estruturados, estão à milhas dali em Miami, trata-se da poderosa e influente comunidade cubana da Flórida, os dissidentes externos. Mesmo assim, acredito que o vínculo desses cidadãos exilados com a ilha seja fraco o bastante para facilitar uma invasão militar, diferentemente do que ocorreu com os curdos do norte do Iraque.

Mais uma vez, só teriamos confrontos "mais justos" na fase de ocupação da guerra com alguns poucos (e digo poucos mesmos... em Cuba não existe o sentimento religioso presente nos iraquianos) lutando uma guerra de guerrilha contra as tropas de ocupação.


Uma coisa que aquela raposa velha chamada Fidel não é; é bobo, ele pode até estar meio esclerosado devido a algum tipo de demência vascular senil. Ele sobreviveu a várias gerações de presidentes americanos (não tenho a conta agora), mas pode ser que seu estado de saúde não permita uma sobrevida para ver o Bush filho passar (são apenas especulações).

Outra coisa que gostaria de esclarecer é quanto aos engenhos bélicos cubanos que permitem a defesa temporária de seu espaço aéreo cubano:
1) De fato não estão realmente em plenas condições de uso.
2) Aproximadamente 18 Mig-29A compõem a espinha dorsal da FAR como principal vetor de interceptação. Apesar de serem aeronaves consideradas “modernas”, os Mig-29 das FAR são de versões mais antigas: as primeiras; e, portanto, as FAR continuam em desvantagem aérea.
3) Os sistemas de defesa antiaéreos são considerados um dos melhores da AL e, por sua vez, são estruturados com doutrina e equipamentos soviéticos:
- Mísseis: SA-3, SA-6 (Gainful), SA-7 (Strela 2M Grail), SA-9 (Strela) e SA-13 (Strela 10M Gopher);
- Baterias de Canhões antiaéreos ZU-23 e ZSU-23 (Shilka)

A Marinha Cubana é ridícula, parece mais uma Guarda Costeira, mas os cubanos são fortes mesmo é no combate em terra.

A raposa velha chamada Fidel criou seus CDR (Comitês de Defesa da Revolução) que, com mão de ferro e pulso firme, mantêm as rédeas do regime nas mãos “certas”.

Se vocês lembrarem bem da guerra do Iraque verão que quem lutou mais foram os Fedayn e que a tal Guarda Republicana Especial nem deus as caras. Hahahahaha!!!! Pode ser que o mesmo ocorra em Cuba, mas será que as Milícias organizadas pelos CDRs vão segurar a onda???

LEMBRANDO QUE ESTA SITUAÇÃO TODA É HIPOTÉTICA, POIS PRA MIM O TAL FIDEL JÁ ESTÁ UM POUCO DEMENTE E NÃO EXISTE POSSIBILIDADE DELES (OS CUBANOS) CAÍREM NO SOPAPO COM OS EUA




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#7 Mensagem por Slip Junior » Sex Mai 07, 2004 8:01 am

Balena escreveu:Isso é frase de quem vive na era da guerra pirotécnica, convenhamos meus caros, só com bombardeios não se vence uma guerra, é preciso lutar em terra; pois, as guerras só são vencidas em solo quando os soldados da Infantaria conseguem, efetivamente, ocupar o território inimigo.

Bom, acho que você não leu direito a mensagem. Vou tentar escrever de uma maneira diferente: As Forças Armadas Cubanas seriam massacradas e praticamente aniquiladas em poucos dias a ponto de não representarem uma séria ameaça as forças de ocupação (leia infantaria e cavalaria) que viriam na fase seguinte onde os confrontos seriam tratados usando táticas de guerrilha. Essa é a única saída quando a sua aviação de combate, força blindada, defesa antiaérea e postos de C2 foram destruidas.

Se você já leu bastante sobre equipamentos bélicos cubanos, deve saber que as FFAA cubanas estão em melhores condições do que estavam as do Iraque antes da Segunda Guerra do Golfo.

Exatamente o contrário. As FA's Cubanas sem recebem qualquer tipo de novos investimentos desde o fim da URSS e sofrem com a falta de treinamente e até mesmo de combustível! Grande parte de seus meios de ponta (como ilustrarei mais para frente) já não estão mais operacionais. Também a de se conver que os militares cubanos não possuem nenhuma experiência em combate (com exceção feita a alguns poucos que lutaram como mercenários em guerras africanas nos anos 80) enquanto os militares iraquianos tinham acabado de sair de uma dura e penosa guerra de quase 10 anos contra o Irã.

Sem mencionar que a Geografia da ilha de Fidel é mais desfavorável a uma invasão, principalmente na região da Sierra Maestra. Eu conheço bem a geografia da ilha, assim como a de muitos outros países da América Central e do Caribe, já estive na ilha de Cuba em uma ocasião onde pude constatar isto.

Não conheço a geografia de Cuba, mas certamente os norte-americanos conhecem e talvez até melhor do que os próprios cubanos. Mas você poderia me explicar o que existe de tão fantástico assim na geografia de Cuba do ponto de vista militar?

A única vantagem que eu vejo de um possível TO cubano em relação ao atual TO iraquiano diz respeito à proximidade em que o primeiro se encontra da nação agressora (a curta distância Cuba-EUA). Mas acredito que distância não seja problema para a logística da atual potência militar hegemônica do mundo; o problema não é chegar, o que importa é lutar e vencer. Sem mencionar que Fidel também possui seus fedayns que são representados pelas suas milícias de tropas territoriais organizadas pelo PCC (não confundam com o nosso PCC tupiniquim).

Volto a argumentar que não acredito que as tais "milicias de tropas territoriais" iriam combater tão agressivamente uma tropa invasora como fazem os militantes iraquianos pelos simples motivo da falta da motivação religiosa ou até mesmo de um motivo maior. Duvido que sejam muitos os populares dispostos a enfrentar em combate os marines americanos para dar uma sobre-vida ao "comunismo" em Cuba.

Outra coisa que gostaria de esclarecer é quanto aos engenhos bélicos cubanos que permitem a defesa temporária de seu espaço aéreo cubano:
1) De fato não estão realmente em plenas condições de uso.
2) Aproximadamente 18 Mig-29A compõem a espinha dorsal da FAR como principal vetor de interceptação. Apesar de serem aeronaves consideradas “modernas”, os Mig-29 das FAR são de versões mais antigas: as primeiras; e, portanto, as FAR continuam em desvantagem aérea.
3) Os sistemas de defesa antiaéreos são considerados um dos melhores da AL e, por sua vez, são estruturados com doutrina e equipamentos soviéticos:
- Mísseis: SA-3, SA-6 (Gainful), SA-7 (Strela 2M Grail), SA-9 (Strela) e SA-13 (Strela 10M Gopher);
- Baterias de Canhões antiaéreos ZU-23 e ZSU-23 (Shilka)

E olha um dos dois MiG-29UB que a Força Aérea Cubana já no Museu de la FAR.
Imagem
Agora um MiG-23BN no mesmo museu.
Imagem
Bom que já deu para passar o drama, não?

Como você pode ver grande parte das aeronaves de combate (até mesmo as mais modernas) já estão sucateadas.

Sobre a defesa antiaérea: a situação nessa é um pouco melhor, mas ainda assim sofrem com o problema de falta de adestramento e também de expiração da data de validade em muitos de seus equipamentos. Além disso, hoje em dia, os norte-americanos já aprenderam muito bem como anular defesas anti-aéreas pesadas como pode ser visto no Iraqui em 1991 (quando a defesa aérea iraquiana era tida como um padrão de excelência soviético) e 2003.

Abraços




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#8 Mensagem por Guilherme » Sex Mai 07, 2004 8:22 am

Marechal-do-ar escreveu:E aquele tratado entre Brasil, Cuba e mais alguns paises da América de se defenderem mutuamente em caso de ataque? Ta certo que o lógico é fingir que esqueceu o trato num caso desses, mas como fica a imagem do Brasil nesse caso (quebrador de promessas)?


Cuba não faz parte desse tratado. Foi um tratado firmado entre EUA, Canadá, México, Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, etc. Assim como Cuba também não faz parte da OEA.




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#9 Mensagem por Balena » Sex Mai 07, 2004 2:49 pm

Slip Junior,


È fato que o embargo econômico e militar ao qual o Iraque foi submetido é muito mais cruel que o atual por que passa Cuba, sem falar que o Exército Iraquiano sofreu um duro golpe na Primeira Guerra do Golfo. Espero agora que você tenha informações pertinentes que coloquem as atuais FFAA cubanas em posição inferior às Iraquianas antes da Segunda Guerra do Golfo. Realmente os meios bélicos cubanos para a guerra regular estão bem vetustos e em péssimas condições operacionais, isto ficou patente em ambos os nossos posts. Agora, se me desculpe, você está menosprezando a importância da campanha militar terrestre e da guerra irregular. Caso você tenha informações sobre como anda o treinamento das tropas de infantaria cubana, favor compartilhe-os comigo, pois não sei de onde você tirou que os EUA poderão entrar facilmente na ilha.

Pode saber que a atual guerra do Iraque está sendo estudada fato a fato pela nossa verdadeira Elite Intelectual Militar que se encontra concentrada na ESG. Lá são realizados os estudos técnicos de alto nível e a análise de todos os prováveis e improváveis cenários militares. Muito do que aprendemos aqui vem da observação de experiências externas, observando principalmente como forças inferiores conseguem derrotar um inimigo “superior”. Assim é desenvolvida uma doutrina militar própria adaptada às nossas peculiaridades.

Apresente-me algum estudo elaborado no âmbito da ESG, algo realmente que comprove que os EUA têm força para chegar e arrebentar com quem quiserem. Hahahahaha!!! Você deve ter acesso aos altos estudos militares elaborados no âmbito da ESG, da ECEME e de outras Escolas de Comando e Estado Maior??? Não quero nada do google ou do Yahoo, pois a estas fontes eu também tenho acesso. Gostaria também de poder saber mais sobre o assunto, pena que também não tenho acesso aos trabalhos da ESG.




Editado pela última vez por Balena em Seg Abr 24, 2006 12:30 pm, em um total de 1 vez.
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#10 Mensagem por Slip Junior » Sex Mai 07, 2004 3:25 pm

Balena,

Gostaria de lhe pedir para que seja mais direto nos seus questionamentos pois dessa maneira evitamos que fatos já abordados tenham que ser repetidos, ok?

Espero agora que você tenha informações pertinentes que coloquem as atuais FFAA cubanas em posição inferior às Iraquianas antes da Segunda Guerra do Golfo. Realmente os meios bélicos cubanos para a guerra regular estão bem vetustos e em péssimas condições operacionais, isto ficou patente em ambos os nossos posts. Agora, se me desculpe, você está menosprezando a importância da campanha militar terrestre e da guerra irregular.

Não estou a menosprezando. Como já afirmei em 2 outras mensagens, não acredito que exista uma resistência tão feroz quanto a presenciada no Iraque onde como podemos ver o grosso da mílicia é formada por radiciais religiosos e não por infantes do antigo exército do regime iraquiano. E veja bem, não é o Exército Iraquiano que está confrotando os EUA e, sim, milicias de cunho religioso.

Caso você tenha informações sobre como anda o treinamento das tropas de infantaria cubana, favor compartilhe-os comigo, pois não sei de onde você tirou que os EUA poderão entrar facilmente na ilha.

Oras, entrar é a maior parte mais facil uma vez que acho que não existem dúvidas de que a capacidade cubana de conter uma ofensiva é mínima. Como eles iriam parar os navios de tranporte de tropas que desembocam na ilha milhares de fuzileiros?! Como iriam impedir que as tropas assumam o controle do aeroporto de havana a fim de se criar uma base operacional para toda a operação e onde poderiam desembacar centenas de infantes do US Army e várias toneladas de equipamentos de suporte?! Com "fuzis e baionetas"?!

Minha experiência como oficial R-2 de Infantaria (no batalhão de montanha do EB) me qualifica a dizer que a força da campanha terrestre desempenhada pela rainha das armas (a Infantaria) pode destroçar (quando bem empregada) os mais modernos exércitos do planeta.

Certo, mas como poderia ser organizado um força de infantaria capaz sem uma capacidade C2?!

Você, infelizmente, parece desconhecer e/ou desconsiderar os fundamentos básicos da guerra que são: o Fuzil, a granada e a baioneta; instrumentos que se aprende a empregar na instrução militar básica antes mesmo de aprender sobre as táticas.

Meus argumentos são mais voltados para uma análise estratégica do que tática sobre tal conflito.

Apresente-me algum estudo elaborado no âmbito da ESG, algo realmente que comprove que os EUA têm força para chegar e arrebentar com quem quiserem.

Para que eu preciso de estudos da ESG quando posso citar fatos amplamente conhecidos para sustentar meus argumentos?! Aonde você estava em 1991 quando os EUA expulsaram os iraquianos do Kuwait e, em 1999, quando a Iugoslávia foi vitima de uma quase vergonhosa derrota?! Não vou nem citar o Iraque (campanha de 2003) e o Afeganistão (1999).

“A guerra pirotécnica só serve aos covardes”.

“Será a infantaria que enxergará o branco dos olhos do inimigo e fará com que se fechem para sempre”.

“A era do combatente digital se encerra no fio da faca ou na ponta da baioneta”.

Ótimos chavões para manter a moral da força.

Abraços




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#11 Mensagem por Balena » Sáb Mai 08, 2004 1:52 am

Slip Junior,


Slip Junior escreveu:Gostaria de lhe pedir para que seja mais direto nos seus questionamentos pois dessa maneira evitamos que fatos já abordados tenham que ser repetidos, ok?


Sinceramente, não entendi o que você quis dizer com isso, por favor explique-se melhor.

Não estou a menosprezando. Como já afirmei em 2 outras mensagens, não acredito que exista uma resistência tão feroz quanto a presenciada no Iraque onde como podemos ver o grosso da milícia é formada por radicais religiosos e não por infantes do antigo exército do regime iraquiano. E veja bem, não é o Exército Iraquiano que está confrontando os EUA e, sim, milícias de cunho religioso.


Atualmente existem diversos grupos se opondo à ocupação militar da Coalizão liderada pelos EUA no Iraque. Vou listar alguns dos grupos que atuam nessa tenaz resistência à ocupação norte americana, caso alguém saiba mais um, favor citar:
- Há dez meses nasceu o Conselho Nacional Unificado da Resistência Iraquiana (CNUR), que incluía batalhões de Fedayns (guerrilheiros militantes baathistas), membros das forças armadas, da guarda republicana e heróis dos corpos de segurança.
- Paralelamente ao CNUR existe uma resistência organizada que nos últimos meses veio a somar esforços, tal resistência é composta por nobres sheiks das tribos e seus guerrilheiros religiosos xiitas que se uniram a esta valente resistência.
- Existe também a possibilidade da presença de membros de grupos terroristas estrangeiros como a Al Qaeda, além de mulçumanos de outros países da região movidos por forte identificação com a causa islâmica.
- Soma-se ao esforço do CNUR a atuação de centenas de milhares de patriotas iraquianos que recusam a ocupação e a humilhação, ou seja, qualquer cidadão iraquiano, insatisfeito com a ocupação de sua pátria é um potencial insurgente.

Você deve ter percebido que existe uma motivação religiosa presente no movimento de resistência iraquiano, mas que a esta se somam elementos qualificados das antigas FFAA iraquianas e órgãos de segurança. Você acha que ataques tão profissionais como os que estão vitimando as tropas da coalizão atualmente são organizados por quem??? Algum clérigo teria formação e conhecimento de tática militar suficiente para organizar tais ataques??? Quem estaria organizando a parte militar da resistência??? De onde viria o grosso dos armamentos??? Eu digo: “Ainda existe uma rede de insurgentes compostas por ex-membros das FFAA Iraquianas que estariam arquitetando as operações apoiadas, é claro, pelo respaldo religioso e moral dos clérigos radicais”. Mas também não podemos nos esquecer os Fedayns e sua poderosa rede baathista que também organiza uma resistência tenaz sem tanta ênfase no aspecto religioso exclusivamente.

Na minha óptica, o PCC com seus CDRs amplamente espalhados pelo território cubano, organizariam a defesa territorial no estilo dos Fedayns Iraquianos, mas com um agravante: em Cuba a estrutura do PCC e dos CDR é mais arraigada na população, principalmente nas populações rurais onde o apoio a Fidel é ainda maior. Realmente uma possível resistência cubana careceria de respaldo religioso... Qual foi a motivação religiosa dos Vietcongs e do Exército Norte Vietnamita na Guerra do Vietnam??? Que eu saiba a motivação era mais política. Será que é necessário ter um exército de fanáticos ou coisa parecida para derrotar um invasor do porte dos EUA??? Acredito que ajude, mas que não seja tudo. Um outro aspecto interessante da sociedade cubana é a forma como ela é toda organizada para a guerra através de ações de Defesa Civil, guerra de guerrilha e envolvimento comunitário no esforço de guerra.
Este sistema de defesa é tão válido que existe algo semelhante e em menor escala em estudo no âmbito do Estado Maior de nosso exército, trata-se dos GADs (Grupos de Auto Defesa) organizados por militares do EB com cidadãos silvícolas habitantes da Amazônia Brasileira. Os GADs atuariam, da mesma forma que as milícias cubanas, em operações de defesa territorial sob o comando tático e estratégico do EB. A idéia é interessante e pode ser comum a paises com realidades distintas como é o caso do Brasil em relação a Cuba, é claro que não precisamos nem devemos ter um sistema de milícias na mesma escala, mas o que quero aqui ressaltar é a importância do envolvimento da população civil local em ações de defesa territorial.

Como eles iriam parar os navios de tranporte de tropas que desembocam na ilha milhares de fuzileiros?!


Não há como conter a marinha norte-americana, eu reconheço que é a mais poderosa marinha de todos os tempos, no mar não tem pra ninguém e Cuba tem apenas uma Guarda Costeira pra se defender...

Como iriam impedir que as tropas assumam o controle do aeroporto de havana a fim de se criar uma base operacional para toda a operação e onde poderiam desembacar centenas de infantes do US Army e ...


O Aeroporto Internacional de Havana fica numa região fortemente defendida perto de importantes guarnições militares que, certamente, serão atacadas em um primeiro momento. Trata-se de um aeroporto que tem uma pista imensa, ideal para os norte-americanos desembarcarem meios aerotransportados. A conquista deste Aeroporto pode até ocorrer nas fases iniciais de uma guerra, mas o mesmo não significa nada perto da dimensão total TO. Acredito que se os cubanos destruíssem seu aeroporto internacional dinamitando pesadamente a pista principal, conseguiriam causar um grande lapso de tempo para os norte-americanos que viessem conquista-lo. Outro aspecto importante, é que não é fácil combater no Teatro de Operações Urbano de Havana (uma cidade com aprox. 2,2 milhões de habitantes) onde se encontra o Aeroporto Jose Martí (nome dado em homenagem ao herói da independência cubana).

várias toneladas de equipamentos de suporte?!

Os norte-americanos sempre desembarcaram pesadas quantidades de equipamentos em todas as guerras em que estiveram envolvidos, e daí???

Certo, mas como poderia ser organizado um força de infantaria capaz sem uma capacidade C2?!


C2??? Comando e Controle. Isto deve ser bom pra Marinha e na Força Aérea. A doutrina americana considera o sistema C2 inimigo como alvo prioritário e esses serão os primeiros alvos a serem atacados e deve-se considerar desde de o início que não existe praticamente nenhum sistema C2 instalado na região para efeito de planejamento de missão, vigilância, reconhecimento e designação de alvos. Em conflitos de baixa intensidade, como guerrilha, o sistema de C2 é o próprio comandante local. Os sistemas de C2 que tem capacidade de sobrevivência são os sistemas passivos (visual, som, calor, MAGE) e com transmissão de dados por fio. A “infantaria” pode operar de forma irregular em pequenos grupos (GCs, GADs, pelotões, etc.) como células independentes ou coordenadamente com outras células...

Aonde você estava em 1991 quando os EUA expulsaram os iraquianos do Kuwait e, em 1999, quando a Iugoslávia foi vitima de uma quase vergonhosa derrota?!


Eu estava na Escola naquela época...

Não vou nem citar o Iraque (campanha de 2003) e o Afeganistão (1999).


A aventura militar norte-americana é algo muito arriscado e pode não ter fim...

Já no Afeganistão eu não vi nada, nem pegaram o Bin Laden. Hahahaha!!!!! Eu acho que eles controlam as principais cidades e o vale do Panshir. O ópio deve continuar sendo plantado por lá... Os talebans ainda aparecem de vez em quando. Hahahaha!!!! Existem diversos grupos tribais rivais pros GRINGO “administrar”. E de vez em quando ainda morre soldado norte-americano vítima de emboscada. Parece mais um tubo de ensaio cheio de Nitroglicerina...

Não sei de onde vocês tiraram que o regime de Fidel cairá tão facilmente sem apoio popular. Dissidências é claro que existirão e aos montes, mas será que não vai sobrar algumas dezenas de milhares dispostos à resistência contra uma eventual ocupação norte-americana???




Editado pela última vez por Balena em Seg Mai 01, 2006 5:23 pm, em um total de 2 vezes.
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#12 Mensagem por VICTOR » Sáb Mai 08, 2004 9:39 am

Aqui vai minha opinião.

VAI ACONTECER?

Minha opinião: não. Com a atribulação causada pela invasão do Iraque, qualquer general, político ou mesmo "falcão" que mencionar qualquer coisa sobre invasão a qualquer país corre o risco de ser exilado. :lol: Acho que vai demorar anos para alguém ter a coragem (ou cara-de-pau) para propor algo desse tipo. Quem sabe daqui a uns três mandatos, dependendo de como estiver o Iraque.


COMO SERIA?

Na parte militar, minha opinião é parecida com a do Slip Junior. Uma invasão fácil, ocupação rápida. Não se pode esquecer a proeza que foi a Invasão do Iraque de 2003: o grosso da ocupação foi realizado em pouco mais de 20 dias, em um país muito maior que Cuba. A torneira que irrigava Cuba de armas secou antes que a de Saddam. Nesse ponto, acho que seria semelhante.


E DEPOIS?

Esse é o problema, isso é imprevisível. Antes da Invasão do Iraque, havia uma bolsa de apostas: gente que achava que os iraquianos iriam receber os americanos de braços abertos (um membro de outro fórum), e gente que achava que eles lutariam por seu lugar (eu e a torcida do Flamengo e Corinthians juntos). E em Cuba? Difícil dizer.

Muitos aqui acham que o pessoal lá adora Fidel, e outros acham que eles adorariam uma "libertação". O que vai acontecer na realidade é imprevisível, porque não sabemos o grau de lvagem cerebral na população, e o grau de ódio que o embargo produziu neles. Sempre vai ter gente que vai fugir para as montanhas e tentar montar uma guerrilha.


HEARTS AND MINDS

Essa é a questão central. No Iraque, falharam. Com a atititude dos EUA no affair Israel-Palestina, isso não é difícil de entender. Mas e em Cuba? Será que o grosso dos cubanos vêem os EUA como o responsável pelo embargo e pela fome ou como o Eldorado para onde vale a pena pegar uma canoa enfrentando o alto-mar? Só invadindo para saber...




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#13 Mensagem por Clermont » Sáb Mai 08, 2004 12:30 pm

Infelizmente, os presidentes americanos, em vez de defenderem o interesse do país, como um todo, acabam sempre se curvando às pressões de pequenos, porém organizados, grupos de pressão.

Exemplo: o "lobby" isralense, e o "lobby" dos exilados cubanos.

A melhor coisa que qualquer presidente dos EUA deveria fazer é suspender esse bloqueio idiota e permitir que a vida siga seu curso. Seria bom para os interesses comerciais americanos. E seria bom para os opositores da ditadura comunista, pois teria facilitado, e muito sua corrosão.

Fidel pode morrer há qualquer instante. E quando isso acontecer, o mais provável é que suceda um cenário semelhante ao da Romênia ou da Iugoslávia: a desintegração do regime.

Mostrando bem, que tipo de "avançado regime" é o cubano, o segundo na linha de sucessão é, nada mais, nada menos, do que o "maninho" de Fidel.

Arranjo típico de uma "banana republic" apesar de todo esse papo furado das "maravilhas do socialismo", que a gente ouve aqui e acolá.

Levando-se isso em conta, duvido muito de que o povo cubano irá tolerar, por muito tempo um governo de Raul Castro.

O que se precisa é paciência. O regime comunista cubano já está com seus dias contados. E, quando isso acontecer; quando todos os horrores; os assassinatos; as torturas (*); os cemitérios clandestinos, vierem à público, vamos ver então, quantas camisetas com a cara daquele lunático Che Guevara, irão continuar sendo vendidas com aquela baboseira escrita: "Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamas".

------------------
(*) Uma tortura, tipicamente cubana, que eu ouvi falar é a "tortura merdácea". Primeiro, vc arruma um opositor do regime; vc o amarra e o coloca na parte de baixo de uma instalação penitenciária; vc desvia o cano de saída dos vasos sanitários para aquele ponto e o coloca ele bem em cima do opositor; aí é só esperar o pessoal do edifício ir usando as privadas, normalmente.

Simples, não é?




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#14 Mensagem por VICTOR » Sáb Mai 08, 2004 12:54 pm

Clermont escreveu:Fidel pode morrer há qualquer instante. E quando isso acontecer, o mais provável é que suceda um cenário semelhante ao da Romênia ou da Iugoslávia: a desintegração do regime.


Se bem o cenário da Romênia é mais legal, com a multidão (com a ajuda do exército) derrubando o carrasco / ditador Nicolae Ceaucescu, que foi em seguida fuzilado...

http://www.ceausescu.org/




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#15 Mensagem por VICTOR » Sáb Mai 08, 2004 1:03 pm

Folha de S. Paulo

EUA X CUBA

Havana critica novas medidas de Washington

Cuba qualificou as novas medidas de Washington contra o regime do ditador Fidel Castro como "cruéis e covardes". Havana disse que os EUA querem que "o exemplo de Cuba desapareça do mapa", mas que o apoio interno à Revolução Cubana torna o país invulnerável "à ideologia podre do sr. Bush". Anteontem, os EUA endureceram o embargo para "acelerar a transição [de Cuba] para a democracia".




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