Aeroportos do Interior-RS renascem com vôos regionais
Enviado: Dom Set 17, 2006 5:02 pm
Meus prezados:
Aeroportos do Interior renascem com vôos regionais
Companhias abrem novas rotas para atender demandas das comunidades
EDUARDO CECCONI*/ Pelotas/Casa Zero Hora
Ave símbolo do Rio Grande do Sul, o quero-quero enfrenta uma nova concorrência para cruzar os ares sobre o pampa. Com a retomada de rotas regionais de aviação, as aves perdem sossego, mas os moradores de cidades como Santa Rosa, Pelotas e Rio Grande ganham alternativas para se deslocar a Porto Alegre e a outros municípios.
A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) comemora o ressurgimento da aviação regional gaúcha. Depois de anos de retração, os vôos regionais voltam a viver um momento de expansão: além das duas aeronaves hoje em operação pela NHT - e das linhas da TAM, Gol e OceanAir -, outras quatro foram encomendadas pela empresa gaúcha para ampliar a oferta do serviço em 2007.
- Vemos isso com grande otimismo. É uma economia que está reagindo. Os vôos regionais vão alimentar os vôos domésticos, aumentando a demanda - analisa Nilo Sergio Reinehr, superintendente regional sul da Infraero.
Desde agosto, a NHT opera três rotas: Santa Maria, Horizontina/Santa Rosa e Pelotas/Rio Grande, todas interligadas à Capital. Os dois aviões com capacidade para 19 passageiros cada atingem em média 60% de ocupação.
A concorrente OceanAir abriu este ano a linha Passo Fundo-São Paulo, com cem lugares e 58% de ocupação. Ela já oferecia duas rotas em Santo Ângelo, levando a Chapecó (SC)/São Paulo e a Porto Alegre. Tam e Gol trabalham com vôos diretos do Interior a São Paulo.
- Começamos com aproveitamento baixo, mas a demanda vem crescendo - garante o coordenador regional da OceanAir na Região Sul, Leomar Marques.
Um exemplo do incremento na movimentação é Pelotas. Criado em 1930 como uma pequena estação de passageiros, o aeroporto da cidade ganhou status de internacional em 2001, mas assistia à queda na circulação de passageiros, recebendo apenas vôos particulares e militares. Desde a abertura da rota que inclui Rio Grande e Porto Alegre, este ano, o aeroporto conta com dois vôos comerciais diários e saltou de 280 passageiros/mês para quase 900.
* Colaboraram Rodrigo Santos e Silvana de Castro
( eduardo.cecconi@zerohora.com.br )
Saiba mais
O Rio Grande do Sul conta hoje com 9 rotas regionais que têm oito cidades do Interior do Estado como ponto de partida ou chegada
Encurtando distâncias
O trajeto longo que o aposentado Odilon Peres Rodrigues, 85 anos, costumava fazer para visitar o filho em Santa Maria foi encurtado em quase cinco horas. Ele experimentou na quarta-feira, pela primeira vez, a linha áerea entre Santa Rosa e Santa Maria.
- Vou seguido para lá de ônibus, são cinco horas e meia de viagem. Agora, com o avião, vai melhorar - disse o aposentado, enquanto aguardava o embarque no Aeroporto Municipal Luis Alberto Lehr.
O valor mais baixo pago por este percurso é R$ 99. Depois das 13h, ele embarcou no vôo da aeronave LET-410 vindo de Horizontina e seguiu para a região central do Estado. Foram 40 minutos de viagem.
Os aeroportos de Horizontina e Santa Rosa recebiam até final de agosto somente vôos eventuais. Desde 2000, quando a TAM parou de operar na região, não havia viagens comerciais. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Horizontina, Dionir Bianchi, a redução do tempo de deslocamento facilita os negócios - o município está a 496 quilômetros de Porto Alegre.
- Tem agilizado as transações de empresários. Nosso foco está em Porto Alegre - disse Bianchi.
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Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br
Em aviação só o perfeito é aceitável.
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos
sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Martin Luther King
Aeroportos do Interior renascem com vôos regionais
Companhias abrem novas rotas para atender demandas das comunidades
EDUARDO CECCONI*/ Pelotas/Casa Zero Hora
Ave símbolo do Rio Grande do Sul, o quero-quero enfrenta uma nova concorrência para cruzar os ares sobre o pampa. Com a retomada de rotas regionais de aviação, as aves perdem sossego, mas os moradores de cidades como Santa Rosa, Pelotas e Rio Grande ganham alternativas para se deslocar a Porto Alegre e a outros municípios.
A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) comemora o ressurgimento da aviação regional gaúcha. Depois de anos de retração, os vôos regionais voltam a viver um momento de expansão: além das duas aeronaves hoje em operação pela NHT - e das linhas da TAM, Gol e OceanAir -, outras quatro foram encomendadas pela empresa gaúcha para ampliar a oferta do serviço em 2007.
- Vemos isso com grande otimismo. É uma economia que está reagindo. Os vôos regionais vão alimentar os vôos domésticos, aumentando a demanda - analisa Nilo Sergio Reinehr, superintendente regional sul da Infraero.
Desde agosto, a NHT opera três rotas: Santa Maria, Horizontina/Santa Rosa e Pelotas/Rio Grande, todas interligadas à Capital. Os dois aviões com capacidade para 19 passageiros cada atingem em média 60% de ocupação.
A concorrente OceanAir abriu este ano a linha Passo Fundo-São Paulo, com cem lugares e 58% de ocupação. Ela já oferecia duas rotas em Santo Ângelo, levando a Chapecó (SC)/São Paulo e a Porto Alegre. Tam e Gol trabalham com vôos diretos do Interior a São Paulo.
- Começamos com aproveitamento baixo, mas a demanda vem crescendo - garante o coordenador regional da OceanAir na Região Sul, Leomar Marques.
Um exemplo do incremento na movimentação é Pelotas. Criado em 1930 como uma pequena estação de passageiros, o aeroporto da cidade ganhou status de internacional em 2001, mas assistia à queda na circulação de passageiros, recebendo apenas vôos particulares e militares. Desde a abertura da rota que inclui Rio Grande e Porto Alegre, este ano, o aeroporto conta com dois vôos comerciais diários e saltou de 280 passageiros/mês para quase 900.
* Colaboraram Rodrigo Santos e Silvana de Castro
( eduardo.cecconi@zerohora.com.br )
Saiba mais
O Rio Grande do Sul conta hoje com 9 rotas regionais que têm oito cidades do Interior do Estado como ponto de partida ou chegada
Encurtando distâncias
O trajeto longo que o aposentado Odilon Peres Rodrigues, 85 anos, costumava fazer para visitar o filho em Santa Maria foi encurtado em quase cinco horas. Ele experimentou na quarta-feira, pela primeira vez, a linha áerea entre Santa Rosa e Santa Maria.
- Vou seguido para lá de ônibus, são cinco horas e meia de viagem. Agora, com o avião, vai melhorar - disse o aposentado, enquanto aguardava o embarque no Aeroporto Municipal Luis Alberto Lehr.
O valor mais baixo pago por este percurso é R$ 99. Depois das 13h, ele embarcou no vôo da aeronave LET-410 vindo de Horizontina e seguiu para a região central do Estado. Foram 40 minutos de viagem.
Os aeroportos de Horizontina e Santa Rosa recebiam até final de agosto somente vôos eventuais. Desde 2000, quando a TAM parou de operar na região, não havia viagens comerciais. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Horizontina, Dionir Bianchi, a redução do tempo de deslocamento facilita os negócios - o município está a 496 quilômetros de Porto Alegre.
- Tem agilizado as transações de empresários. Nosso foco está em Porto Alegre - disse Bianchi.
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Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br
Em aviação só o perfeito é aceitável.
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos
sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Martin Luther King