Coisas que não entendo
Enviado: Qua Jul 05, 2006 7:36 pm
Coisas que não entendo
Quando vejo discussões sobre o FX e o pessoal falar que o F-16 não presta por causa das restrições de autonomia, porque o equipamento é americano, etc., fico a pensar o seguinte:
O C-130 Hercules é a espinha dorsal de nossa aviação de transporte, o que daria a sustentação logística no TO amazônico e em outros TO fora do pólo industrial do S/SE, e é uma aeronave em que cada parafuso é norte-americano, ela vai e vem mundo afora, assim como os KC137, que são as aeronaves de nosso inventário que mais têm visto emprego operacional de vulto e respondido a situações emergenciais, e nunca ninguém viu isso como ameaça à soberania.
O UH-1 é a espinha dorsal da aviação de asas rotativas da FAB, é o que faria o SAR e CSAR e, como o C-130, é totalmente americana, do motor ao cinto de segurança do piloto. Ela está para ser substituída pelo Black Hawk, que também é inteiramente americano, e onde quer que eu vá esta decisão só recebe elogios, inclusive dos pilotos da FAB, que têm clara predileção pelo equipamento norte-americano e não se cansam de comemorá-lo.
O P-3BR vai ter eletrônica européia, mas a célula, motores, sistemas de combustível e hidráulico, trem de pouso, etc., enfim, tudo que não é eletrônico é norte-americano, e que eu saiba micro chip e tela de cristal líquido não tira avião do chão, e ninguém acha isso arriscado ou uma ameaça ao livre uso da aeronave.
O R-99 é a essência de nossa futura capacidade de combater em redes e se fossemos listar todos seus componentes norte-americanos iríamos precisar de um post de umas cinco páginas...E isso não é questionado.
O A-29, braço armado da patrulha e defesa da cobiçada Amazônia, apesar de feito aqui, não pode nem ser exportado sem autorização dos EUA tamanho o número de componentes norte-americanos.
O F-5M entra na mesma categoria do P-3BR: eletrônica israelense e todo o resto norte-americano (inclusive importantes itens eletrônicos do sistema de navegação). Como disse, vale lembrar que computador sem asa e motor não voa...
Pensando no FX: o Gripen não presta porque o motor Volvo RM-12 é um F-404 norte-americano fabricado na Suécia, e isso nos tira a liberdade...Mas o Rafale é maravilhoso (apesar de uma facada na hora da compra e, muitíssimo provavelmente, na hora da manutenção: bimotor, componentes exclusivos da Dassault, etc.). E como todos sabem, é impulsionado por um par de SNECMA M-88-2, que nada mais são que F-404 norte-americanos fabricados na França. Então se é feito na França, está OK, mas se é feito na Suécia, não.
Acho que se o pessoal (da FAB) tivesse parado de ladainha hoje estaríamos de F-16 Block 52+, quiça Block 60 com CFT e IRST, que na minha modesta e leiga opinião não deixa nada a dever a um Rafale ou Eurofighter se bem empregado e integrado numa rede com radares, AWACS, etc. como podemos fazer por aqui, sem contar que é um caça com muito mais unidades vendidas, mais de uma linha de produção, mais de um fornecedor de componentes, com todos os “bugs” sanados, mais barato de comprar, possivelmente mais barato de manter por ser monomotor, porém sem deixar a dever em desempenho e com muita história de combate.Afinal, se o Tio Sam vier para cima de F-22 e companhia limitada, não adianta ter Rafale, Eurofighter, Gripen e o escambau, nem suporte independente, porque ninguém vai ceder à pressão americana e nos vender componentes se não for do interesse deles, e de qualquer modo nem teremos em que fazer manutenção depois de um mês de combate...
Quando vejo discussões sobre o FX e o pessoal falar que o F-16 não presta por causa das restrições de autonomia, porque o equipamento é americano, etc., fico a pensar o seguinte:
O C-130 Hercules é a espinha dorsal de nossa aviação de transporte, o que daria a sustentação logística no TO amazônico e em outros TO fora do pólo industrial do S/SE, e é uma aeronave em que cada parafuso é norte-americano, ela vai e vem mundo afora, assim como os KC137, que são as aeronaves de nosso inventário que mais têm visto emprego operacional de vulto e respondido a situações emergenciais, e nunca ninguém viu isso como ameaça à soberania.
O UH-1 é a espinha dorsal da aviação de asas rotativas da FAB, é o que faria o SAR e CSAR e, como o C-130, é totalmente americana, do motor ao cinto de segurança do piloto. Ela está para ser substituída pelo Black Hawk, que também é inteiramente americano, e onde quer que eu vá esta decisão só recebe elogios, inclusive dos pilotos da FAB, que têm clara predileção pelo equipamento norte-americano e não se cansam de comemorá-lo.
O P-3BR vai ter eletrônica européia, mas a célula, motores, sistemas de combustível e hidráulico, trem de pouso, etc., enfim, tudo que não é eletrônico é norte-americano, e que eu saiba micro chip e tela de cristal líquido não tira avião do chão, e ninguém acha isso arriscado ou uma ameaça ao livre uso da aeronave.
O R-99 é a essência de nossa futura capacidade de combater em redes e se fossemos listar todos seus componentes norte-americanos iríamos precisar de um post de umas cinco páginas...E isso não é questionado.
O A-29, braço armado da patrulha e defesa da cobiçada Amazônia, apesar de feito aqui, não pode nem ser exportado sem autorização dos EUA tamanho o número de componentes norte-americanos.
O F-5M entra na mesma categoria do P-3BR: eletrônica israelense e todo o resto norte-americano (inclusive importantes itens eletrônicos do sistema de navegação). Como disse, vale lembrar que computador sem asa e motor não voa...
Pensando no FX: o Gripen não presta porque o motor Volvo RM-12 é um F-404 norte-americano fabricado na Suécia, e isso nos tira a liberdade...Mas o Rafale é maravilhoso (apesar de uma facada na hora da compra e, muitíssimo provavelmente, na hora da manutenção: bimotor, componentes exclusivos da Dassault, etc.). E como todos sabem, é impulsionado por um par de SNECMA M-88-2, que nada mais são que F-404 norte-americanos fabricados na França. Então se é feito na França, está OK, mas se é feito na Suécia, não.
Acho que se o pessoal (da FAB) tivesse parado de ladainha hoje estaríamos de F-16 Block 52+, quiça Block 60 com CFT e IRST, que na minha modesta e leiga opinião não deixa nada a dever a um Rafale ou Eurofighter se bem empregado e integrado numa rede com radares, AWACS, etc. como podemos fazer por aqui, sem contar que é um caça com muito mais unidades vendidas, mais de uma linha de produção, mais de um fornecedor de componentes, com todos os “bugs” sanados, mais barato de comprar, possivelmente mais barato de manter por ser monomotor, porém sem deixar a dever em desempenho e com muita história de combate.Afinal, se o Tio Sam vier para cima de F-22 e companhia limitada, não adianta ter Rafale, Eurofighter, Gripen e o escambau, nem suporte independente, porque ninguém vai ceder à pressão americana e nos vender componentes se não for do interesse deles, e de qualquer modo nem teremos em que fazer manutenção depois de um mês de combate...