Boas notícias para a FAP
Enviado: Sáb Jan 21, 2006 8:16 am
DN 21JAN2006
Portugal assina no próximo dia 17 de Fevereiro o contrato de compra de doze CASA C-295 para a Força Aérea, disse ao DN fonte ligada ao processo.
O ministro da Defesa, Luís Amado, anunciara para finais de Dezembro a assinatura desse programa de modernização das Forças Armadas. Contudo, explicou posteriormente o governante, dificuldades ligadas ao contrato de financiamento (regime de locação operacional) obrigaram a adiar a cerimónia.
A aquisição dos aviões novos implica assinar três contratos o do fornecimento dos aviões (sendo o primeiro entregue ano e meio depois), o do financiamento (279 milhões de euros, inscritos na Lei de Programação Militar) e o relativo às contrapartidas do fabricante a Portugal (que atingem os 460 milhões de euros).
Os C-295, do construtor europeu EADS-CASA (consórcio em que participam vários países), destinam-se a substituir as duas dezenas de Aviocar que já estão no fim da vida útil (à excepção dos dois aparelhos, modelo 300, afectos à fiscalização das pescas).
Segundo fonte oficial da Força Aérea, dez dos novos aviões - entregues à cadência de um em cada 45 dias - vão para a Esquadra 502, cumprindo missões de transporte táctico e missões de interesse público. Os restantes dois serão equipados especificamente para a fiscalização das pescas e ficarão na Esquadra 401.
No âmbito da reestruturação orgânica da FAP, a Esquadra 502 deverá criar um destacamento nos Açores (onde se extingue a Esquadra 711) de C-295, mantendo os mesmos três aviões. Em Porto Santo, Madeira, ficará outro dos aparelhos. Em aberto está a presença de um avião em São Tomé e Príncipe, no quadro da Cooperação Técnico-Militar, que se faz com um Aviocar.
Europa
A opção de Portugal pelos C-295 (em detrimento do modelo C-27J, da ítalo-americana Alenia) representou, desde logo, a inversão da política seguida pelo anterior ministro Paulo Portas e que favorecia a indústria de defesa dos EUA.
Na prática, a decisão de Luís Amado dá seguimento ao que era a política do último ministro da Defesa socialista, Rui Pena, que nas vésperas de deixar o cargo assinara em Bruxelas a adesão de Portugal ao programa do futuro avião militar de transporte estratégico A400M (também da EADS).
Acresce que a escolha do C-295 faz com que Portugal tenha de comprar os A400M quando substituir os Hercules C-130, dado que os dois aviões da EADS são complementares no plano técnico, operacional e de apoio logístico. A EADS, que tem 1% do capital do consórcio que formou com a brasileira Embraer para adquirir 65% da OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, aumentará agora esse montante até aos 30%, assinalou uma das fontes.
Acresce que a EADS deu às OGMA a responsabilidade de construir a parte central - também conhecida como "troço nobre" - da fuselagem do C-295. Com as indústrias de defesa inseridas no Plano Tecnológico do Governo, Luís Amado irá sublinhar a importância do programa como pólo dinamizador de transferência de tecnologia e exemplo para a gestão de contrapartidas.
Cumprimentos
Portugal assina no próximo dia 17 de Fevereiro o contrato de compra de doze CASA C-295 para a Força Aérea, disse ao DN fonte ligada ao processo.
O ministro da Defesa, Luís Amado, anunciara para finais de Dezembro a assinatura desse programa de modernização das Forças Armadas. Contudo, explicou posteriormente o governante, dificuldades ligadas ao contrato de financiamento (regime de locação operacional) obrigaram a adiar a cerimónia.
A aquisição dos aviões novos implica assinar três contratos o do fornecimento dos aviões (sendo o primeiro entregue ano e meio depois), o do financiamento (279 milhões de euros, inscritos na Lei de Programação Militar) e o relativo às contrapartidas do fabricante a Portugal (que atingem os 460 milhões de euros).
Os C-295, do construtor europeu EADS-CASA (consórcio em que participam vários países), destinam-se a substituir as duas dezenas de Aviocar que já estão no fim da vida útil (à excepção dos dois aparelhos, modelo 300, afectos à fiscalização das pescas).
Segundo fonte oficial da Força Aérea, dez dos novos aviões - entregues à cadência de um em cada 45 dias - vão para a Esquadra 502, cumprindo missões de transporte táctico e missões de interesse público. Os restantes dois serão equipados especificamente para a fiscalização das pescas e ficarão na Esquadra 401.
No âmbito da reestruturação orgânica da FAP, a Esquadra 502 deverá criar um destacamento nos Açores (onde se extingue a Esquadra 711) de C-295, mantendo os mesmos três aviões. Em Porto Santo, Madeira, ficará outro dos aparelhos. Em aberto está a presença de um avião em São Tomé e Príncipe, no quadro da Cooperação Técnico-Militar, que se faz com um Aviocar.
Europa
A opção de Portugal pelos C-295 (em detrimento do modelo C-27J, da ítalo-americana Alenia) representou, desde logo, a inversão da política seguida pelo anterior ministro Paulo Portas e que favorecia a indústria de defesa dos EUA.
Na prática, a decisão de Luís Amado dá seguimento ao que era a política do último ministro da Defesa socialista, Rui Pena, que nas vésperas de deixar o cargo assinara em Bruxelas a adesão de Portugal ao programa do futuro avião militar de transporte estratégico A400M (também da EADS).
Acresce que a escolha do C-295 faz com que Portugal tenha de comprar os A400M quando substituir os Hercules C-130, dado que os dois aviões da EADS são complementares no plano técnico, operacional e de apoio logístico. A EADS, que tem 1% do capital do consórcio que formou com a brasileira Embraer para adquirir 65% da OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, aumentará agora esse montante até aos 30%, assinalou uma das fontes.
Acresce que a EADS deu às OGMA a responsabilidade de construir a parte central - também conhecida como "troço nobre" - da fuselagem do C-295. Com as indústrias de defesa inseridas no Plano Tecnológico do Governo, Luís Amado irá sublinhar a importância do programa como pólo dinamizador de transferência de tecnologia e exemplo para a gestão de contrapartidas.
Cumprimentos