Vinicius Pimenta escreveu:Que seja feito! Ou você acha que vai esperar até quando para chamarem o EB?
Bem... eu acho mais fácil esperar chamarem o EB do que fazer o que tu deseja, o que vai levar no mínimo meio século.
ZeRo4 escreveu:Aqui você demonstra que não conhece a PMERJ.
Vinicius Pimenta escreveu:Começou bem.
Sem querer ser arrogante, não conhece mesmo e eu demonstrarei isso...
Vinicius Pimenta escreveu:Então que se aumente as vagas! Ao invés de ficar fazendo ações poupulistas, invista de verdade onde é necessário. Cadê a pressão no governo federal?
Falar é fácil né??? Difícil é fazer... como se a SSP-RJ não devesse prestar contas a ninguém. Se foram só "4.000" vagas... é pq só foram possíveis essas, fica evidente que se pudessem ter mais vagas teriam.
Vinicius Pimenta escreveu:Armamento não é problema. Quem dera se o problema fosse só comprar mais armas. Estava resolvido. Pega 50 milhões e vê quantos FALs você não compra.
Bem, se tu acha que Armamento não é problema quando policiais trabalham com armas como INA e Pistolas (popularmente conhecida como Isso Não Atira...) em pontos ondes os traficantes "trabalham" com Ak-47 e H&K G-3 realmente eu não tenho nem o que discutir... é ai que eu digo que tu não entende de PMERJ.
Munição é outro problema da SSP-RJ! Semana passagem numa reportagem no Cidade Alerta, três carros da PCRJ que passavam em frente ao Jacaré receberam uma carga dos vagabundos escondidos de dentro da favela. Qual a minha surpresa com a reação de um Inspetor que se vira para o repórter e solta: "Aguarda ae... nós recebemos uma carga forte aqui da vagabundagem e uma viatura foi a base pra buscar mais munição".
Vinicius Pimenta escreveu:Da mesma forma, estou aqui em casa com um vídeo de tiroteio no Morro dos Macacos. O que eles gastaram de munição dava pra contruir um navio de tanto aço. Inclusive seu amigo Batata largando o dedo numa Madsen.
Mais uma vez tu demonstra não ter conhecimento da PMERJ e principalmente do tráfico... tu sabe como funcionam as equipes de contenção? a estrutura? acho difícil...
Sobre o Batata, pra início de conversa não é meu amigo... ele simplesmente trabalha na mesma guarnição que os amigos do meu irmão do 6o BPM (Batalhão inclusive que tive dois tios servindo, um Tenente e outro Tenente-Coronel que comandou o batalhão...). Segundo, se tu fosse entendido de PMERJ e Tráfico carioca, saberia que a Madsen não é arma de tiro... mas justamente arma de Saturação! Por motivo óbvio tu viu o Batata com uma baita mochila nas costas recheadas de carregador.
Terceiro, provando mais uma vez que tu não entende de PMERJ e tráfico carioca, as cenas filmadas nessa operação foram:
1. A chegada de duas guarnições em apoio a uma guarnição que estava encurralada no morro... na chegada o que se faz? Satura-se a área para que os policiais possam avançar (e por isso utilizavam inclusive a Madsen que sempre vai na linha de frente).
2. A Saida das três guarnições do morro, carregando inclusive um meliante morto... mas uma vez os policiais tiveram que saturar a área (i.e gastar muita munição...) para que eles atravessassem a esquina para irem embora.
Vinicius Pimenta escreveu:O único lugar onde os tiros são infinitos são nos jogos de computador. Você tem um limite de munição pra levar. Se a quantidade de munição estava abaixo do recomendado, é um problema da PMERJ.
Mas uma prova de que tu não conhece PMERJ e tráfico carioca (ta ficando chato...). Mas enfim... se tu conhecer lugares como:
1. Complexo da Maré (Vila dos Pinheiros, Vila do João, Timbau, Baixa do Sapateiro e etc.)
2. Complexo do Alemão (Alemão, Grota, Fazendinha, Nova Brasília, Adeus e etc.)
3. Complexo do São Carlos (São Carlos, Zinco, Mineira, Coroa, Querosene e etc.)
4. Pedreira, Largatixa, Acari, Amarelinho e etc. (favelas em área do 9o BPM.)
5. Vintém, Fumacê, Batã, Barbante, Antares e etc. (favelas na área do 14o BPM.)
Mudaria esse conceito... certa vez fui num pega na favela da Canitá (entrada para a Fazendinha...) e mesmo eu acostumado a ver fitas de operações policiais fiquei de "bobeira" com a contenção do tráfico no local... só na entrada da favela eu vi em cima de uma laje 3 metralhadoras M-60! Fuzil parecia biscoito, todos tinham um em suas mãos.
Nesses lugares a munição é sim infinita... aliás só a dos traficantes, pq com bem disse meu irmão uma vez sobre um tiroteio no Morro do São Carlos: "Porram mané, parecia que chovia carregadores pros vagabundos!!! nunca passei um perrengue tão forte desde que eu to na PM".
Acho que esse relato se enquadro no mínimo perto de "munição infinita".
Vinicius Pimenta escreveu:Culpa da PMERJ.
Com certeza... e ai vamos esperar meio século pra consertar?
Vinicius Pimenta escreveu:Com seus depoimentos você só reforçou uma coisa: o problema não é de Exército é de polícia. Enquanto a PMERJ for essa bosta que você demonstrou, a situação não se resolve. Já que a PMERJ está tão na lama assim, a gente troca de efetivo. Coloca a PMERJ nos quartéis do EB e manda o EB pras ruas.
Eu nunca disse que o problema era de Exército, disse que o Exército poderia dar uma mão a polícia pela falta de contingente! O EB por exemplo poderia dar uma mão na roda patrulhando vias como Av. Brasil, Linha Vermelha, Linha Amarela... Lugares onde o efetivo do BPVE (Batalhão de Policiamente em Vias Especiais) simplesmente não da conta.
Poderiam trabalhar também de forma semelhante ao GETAM (que reduziu drásticamente a andaça de bondes no RJ) e liberar a PMERJ para operações mais importantes como a Asfixia.
Você falar de mudar a estrutura da PMERJ como se fosse fácil, rápido, coisa que pode ser feita de uma hora para outra. Isso não é possível... colocar o EB na pista é paliativo? SIM! nunca neguei... mas a medida que os problemas foram sendo sanados o EB vai saindo da rua! assim ganhamos todos... o EB, a Polícia e principalmente os cidadãos.
Vinicius Pimenta escreveu:Porque, se a polícia precisa de homens e não tem, se precisa armas e não tem, se precisa de munição e não tem, se precisa de treinamento e não tem. Tem o que? Nada! Joga fora.
É... a situação ta difícil e demanda TEMPO para ser sanada! um policial se forma por exemplo em 9 meses! e mesmo assim não estará apito a trabalhar em áreas como 22o, 14o, 17, 9o BPM e etc.
Vinicius Pimenta escreveu:Até quando formos capazes de evitar que mais gente vá para essa vida. E tivermos uma polícia capaz. É muito óbvio isso.
Tá bom... espera ai no teu mundo comunista onde tudo da certo!
Vinicius Pimenta escreveu:Está mudando de foco. Eu disse que o que se precisa é evitar que jovens entrem no mundo do tráfico, que tenham oportunidades de educação e trabalho. Fora isso, vamos continuar assistindo os níveis de violência que estamos vendo no país.
Mermão, na boa... tu nunca deve ter entrado numa favela na vida e no mínimo não tem nem noção do que tu ta falando! O Tráfico tai ai... vai existir pra sempre, o jeito é zero... a solução é reprimir o máximo para que eles fiquem dentro da comunidade deles, vendendo o pó e a maconha deles pra quem quiser comprar e diria que o problema está 80% solucionado.
Pra finalizar, a intenção deste post não foi ridicularizar, chamar de ignorante ou algo parecido. O problema é que o tema "polícia" é extremamente complicado, a solução? mais ainda... mas poucos estão realmente aptos a discutirem este tema, pois são poucos que conhecem a fundo as estruturas tanto da PMERJ e PCRJ (esta eu realmente não conheço muito...), quanto do tráfico carioca e suas três facções.
Vinicius Pimenta escreveu:A forma de enfrentar esse problema é essa. Se não fizermos, não há EB salvador da pátria que resolva.
Quando eu disse que o EB seria o salvador da pátria? "Dar uma mão" e ser "Salvador da pátria" são opostos, se tu não entendeu o texto sugiro uma breve aula de interpretação (problema corriqueiro do fórum...)
ZeRo4 escreveu:E é função do EB trocar tiro ou fazer função de polícia em favelas do Haiti? Qual a diferença? Lá eles usam boinas azuis da ONU? Well o serviço é o "mesmo", patrulhas, blitzes, incursões em favelas, tiroteios com marginais...
então eu pergunto! qual a significativa diferença?
Vinicius Pimenta escreveu:Eu posso dizer: "Aqui você demonstra que não conhece a MINUSTAH." Vamos combinar continuar sem esse tipo de coisa?
E o que é a MINUSTAH? Realmente eu posso não conhecer e até certo ponto admito a minha ignorância. Tu pode me explicar da mesma forma que te expliquei, afinal esse é o intuito do fórum...
Agora explicar a diferença entre poder fazer papel de polícia no Haiti e
não poder fazer papel de polícia no Brasil eu aposto que tu não conseguirá explicar...
Vinicius Pimenta escreveu:O Haiti sofre uma grave crise institucional. Os militares brasileiros e de outros países controlam uma situação onde os bandidos não são simples criminosos, mais sim pessoas que querem a tomada do poder. Sem a intervenção da ONU, o Haiti estaria em guerra civil, com conseqüências terríveis para a população. No Haiti desempenham missões em apoio a Polícia Nacional Haitiana. Instituição que não tem reconhecidamente condições de lidar com essa situação sozinha.
Bandido pra mim é bandido... não tem muita diferença não! Ta armado e é alheio a ordem e a justiça tem que ser tratado do mesmo jeito não importando a motivação e seus ideais.
Bem... em grande parte do RJ os "nossos" bandidos não querem tomar o poder, eles já tomaram! Lugares como Complexo do Alemão, Complexo da Maré, Complexo do São Carlos e outros pontos onde a PMERJ simplesmente "não entra a noite" ja demonstram isso.
O RJ também não "estaria" em guerra civil... O RJ
está em guerra civil, afinal de contas são três facções disputando o poder (CV, ADA e TCP cronologicamente...), as próprias PMERJ e PCRJ também disputando poder (o de polícia...) e no meio disso tudo a população e até as forças armadas indefesas (como no caso onde foram roubados trinta H&K G-33 de um quartel da Força Aérea).
O EB também poderia agir auxiliando a PMERJ e a PCRJ que parecem não estar também em condições com a situação sozinhas...
Ou seja, continuo não entendendo pq
pode no Haiti e
não pode no Brasil. Vai saber né ?!
Vinicius Pimenta escreveu:No Rio de Janeiro, a diferença é brutal. Não há tentativa de tomada do poder. Há ação de grupos criminosos que, aproveitando-se das péssimas condições que o Estado provê para as comunidades as quais eles se alojam, se organizam de forma a cometer seus atos ilícitos.
Chamar três facções criminosas com armamento pesado, dinheiro, plano de carreira e inclusive sistema previdenciário "próprio" de "grupos de criminosos" é no mínimo monstrar-se a par da atual situação do Rio de Janeiro...
Vinicius Pimenta escreveu:O EB só pode agir caso a (des)Governadora do Estado admitir que suas forças de segurança não são capazes de manter a lei e a ordem. Como a Sra. Rosinha não quer nem pensar na possibilidade de assinar o atestado de incompetência (que aliás não é exclusividade dela, infelizmente), continuamos vivendo essa situação.
Sem querer ofender, mas pensar desta forma é no mínimo ignorante... a Rosinha nunca vai admitir que o estado não tem condições de prover segurança aos cidadãos, isso acabaria com a carreira política dela.
Vinicius Pimenta escreveu:Pode e deve. Porque a defesa de fronteiras é responsabilidade da União. No entanto, falta uma legislação específica que permita às Forças Armadas fazerem o patrulhamento da fronteira de forma constante. É de interesse das Forças Armadas que uma lei para isso seja aprovada. Ela se encontra em algum lugar do Congresso Nacional.
Ah tá... pensei que fosse contra também! Já que a fiscalização das nossas fronteiras é de responsabilidade da Polícia Federal. As FAs também estariam descumprindo o seu papel, agora eu pergunto:
Pq nesse caso o EB pode operar fora das suas atribuições e no caso do RJ não pode?
Vinicius Pimenta escreveu:Moro na capital, bem longe da Zona Sul. Moro na Zona Oeste. E aqui a situação não está fora de controle. Muito pelo contrário.
Que bairro você mora ?!