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Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Dom Mar 09, 2008 4:44 pm
por P44
MARCHA DA INDIGNAÇÃO , LISBOA, 8-3-2008

100 mil Professores em Lisboa


VIDEOS>> http://educar.wordpress.com/

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Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Dom Mar 09, 2008 5:45 pm
por Al Zarqawi
Atletismo português mais um vez de parabéns.Naide Gomes conquista a medalha de ouro nos mundiais de pista coberta a decorrer em Valência e Nélson Évora conquista a medalha de bronze.Muito bom.


Naide Gomes estabeleceu um novo recorde nacional na especialidade


Atleta portuguesa saltou sete metros na final da competição em Valência
Mundiais em pista coberta: Naide Gomes campeã de salto em comprimento
09.03.2008 - 16h34 PÚBLICO
Naide Gomes sagrou-se hoje campeã mundial de salto em comprimento em pista coberta, com um salto de sete metros na final da prova, batendo o recorde nacional na especialidade.

A atleta portuguesa garantiu a medalha de ouro nos mundiais de atletismo em pista coberta, que hoje terminam em Valência, com a melhor marca mundial do ano e que fica a apenas um centímetro do recorde nacional de salto em comprimento ao ar livre, que estabeleceu o ano passado num "meeting" em Madrid.

Depois de um primeiro salto nulo, a atleta portuguesa bateu a concorrência no quinto ensaio, com um salto de sete metros, mais onze centímetros do que conseguido pela atleta brasileira Maurren Higa Maggi (6,89) e doze do que a russa Irina Simagina.

A marca de hoje demonstra a boa forma de Naide Gomes, uma das esperanças portuguesas para a conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim, no próximo mês de Agosto.

A atleta portuguesa conquista o título mundial, depois da medalha de bronze conseguida nos últimos mundias de pista coberta, em 2006 em Moscovo, sendo também bicampeã europeia da especialidade (2005 em Madrid e 2007 em Birmigham).

Nas provas ao ar livre, a atleta tem sido menos feliz: nos mundiais de 2005 não conseguiu apurar-se para a final e, no ano passado em Osaka, viria a perder a medalha de bronze apenas no último ensaio, mas é vice-campeã europeia em título (Gotemburgo 2006).




Atleta português saltou 17,27 metros
Mundiais em pista coberta: Nelson Évora conquista bronze no triplo salto
09.03.2008 - 18h34 Lusa
Nelson Évora conquistou esta tarde a medalha de bronze no triplo salto dos Campeonatos do Mundo de Atletismo em pista coberta, que decorrem em Valência, Espanha.

Ao terceiro ensaio, o atleta português, campeão do mundo ao ar livre, saltou a 17,27 metros, tendo sido apenas batido pelo britânico Phillips Idowu, que conseguiu a melhor marca mundial do ano (17,75), e pelo cubano Arnie David Girat (17,47).



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Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Dom Mar 09, 2008 7:37 pm
por pt
100.000 professores, descontando os maridos das professoras, as esposas dos professores, as tias dos professores e das professoras, os profissionais do sindicato que vão a todas mesmo sem saber porquê.

Foi um bom piquenique.

O piquenique de gente que entrou em pânico, quando entendeu que o principal problema do sistema educativo é a avaliação dos senhores professores, classe protegida por mais de trinta de descalabro e do mais vergonhoso desleixo por parte de toda uma classe profissional que é responsável pelo assassinio do sistema educativo, com o seu desleixo, a sua incúria e a sua falta de vergonha.

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 5:34 am
por P44
Pt, a sua "prosa" só pode ser revelação de 2 coisas...ou ignorância , ou ressabiamento!!!!

A primeira ainda tem desculpa, mas inclino-me mais para a segunda....



Informe-se do que fala, e quando não sabe, mais vale estar calado, ao invés de debitar ASNEIRAS e Propaganda Reles do ME.

Vergonha devia ter vc!

Vá-se informar, e páre de emprenhar pelos ouvidos!!!!

eu dou-lhe uma ajuda...
http://democraciaemportugal.blogspot.co ... uturo.html
http://democraciaemportugal.blogspot.co ... -sabe.html

Considerava-o mais inteligente do que isso, afinal vejo que a propaganda reles do governo lhe assenta como uma luva...

Vá-se informar de que a luta dos professores não é contra a avaliação (os professores SEMPRE foram avaliados, caso não saiba!!!), mas sim contra este modelo de avaliação que querem impingir em 4 meses, nem esperando pelo inicio do próximo ano lectivo (será por causa das eleições???)

Portanto, não fale do que não sabe!!!!

De Castelhanos vc pode até perceber muito (?), de ensino e professores, ZERO, nicles, rien!
Por excesso de bondade, Paulo Guinote atribui as incorrecções do Primeiro-Ministro sobre a avaliação de professores a deficiente informação.

Por excesso de franqueza e por já não ter a bondade de Paulo Guinote, não posso senão chamar mentiroso ao Primeiro-Ministro.

Esse discurso mentiroso é repetido pela Ministra da Educação e pelo inenarrável Secretário Walter Lemos, e reproduzido pelos comentadores e propagandistas socratinos.

Todos laboram não sobre um erro mas sobre uma mentira.

Quem mente e sabe que mente é mentiroso.

E quem mente para enganar o povo e denegrir um grupo social não passa de escumalha sem escrúpulos.

Basta atentar nos factos e pegar num dicionário de Língua Portuguesa. Depois consultar a lista de comportamentos tipificados como ilícitos penais para concluir que estas palavras são insindicáveis do ponto de vista penal.

Não há aqui injúria nem difamação.

Quem mente é mentiroso. Quem mente ao povo e denigre os professores é escumalha, gente vil, ralé.

Um sistema educativo planeado e executado com gente dessa mísera condição moral só pode produzir criaturas ainda mais mal formadas e indignas do que eles.


É demasiado triste ver como o País caiu nas mãos da gentalha mais vil e mais abjecta.
http://www.socratinice.blogspot.com/

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 5:43 am
por P44
Os motivos dos manifestantes são de dupla natureza: profissional e patriótica.

Motivos de natureza profissional nos protestos contra uma política incompetente e punitiva e na afirmação da sua dignidade vilipendiada pelo Governo, que os acusa de preguiça e irresponsabilidade. Motivos patrióticos porque os professores não se manifestaram apenas contra a ministra, por mais sinistra que esta seja mesmo na sua actual postura melíflua (longe do anterior "buuu!..."), mas também por causa da degradação do Estado e a regressão do País, a consciência de que a situação de um País sem esperança tem de mudar. Como exemplo, José Sócrates foi mais assobiado durante os discursos do que a própria ministra.

Nos motivos de natureza patriótica saliente-se que as queixas dos professores não são de agora, nem sequer dos três anos deste Governo. Agravaram-se muito, no entanto, com a postura arrogante e perseguidora das corporações que este executivo que ontem, 8-3-2008, procurei caracterizar no post "Política do Contra e repressão".

A indignação dos professores culmina o delírio didáctico, a desordem pedagógica, o absurdo burocratizante e o abuso laboral do Ministério da Educação. Não é de agora, mas foram as ofensas e calúnias, lançadas pelo Governo de José Sócrates contra os professores que os levaram ontem a dizer... "basta!".

O delírio didáctico confirma-se nos programas extensos, muito difíceis e desadaptados da idade intelectual dos alunos. Essa utopia da sofisticação, por exemplo, na Matemática, é causa de ainda maior número de reprovações, precisamente o que através da pedagogia alucinante se tenta reduzir.

A desordem pedagógica prova-se pela contínua experimentação de novos métodos, impostos em sucessivas reformas, a ininteligibilidade dos documentos, a contradição das posições relativas às reprovações e faltas dos alunos, a desvalorização dos conceitos e técnicas nucleares das disciplinas e a promoção de matérias acessórias e ideológicas, a negligência da indisciplina e das agressões a professores, a igualdade forçada de resultados dos alunos sem aulas de recuperação em férias ou a sua distinção em níveis, e o facilitismo administrativo nas passagens de disciplina e de ano. Agarrados à igualdade ideológica que impõe o mesmo resultado de aprovação na disciplina e transição de ano ao aluno aplicado, ao aluno preguiçoso e até ao faltoso, não querem impor níveis porque lhes soa ao racismo da inteligência (que também me custa) e muito menos definir aulas de recuperação, por exemplo nas férias, como nos EUA.

O absurdo burocratizante, que começou pela mudança cientologista de vector do ensino, dos conhecimentos e técnicas, da sala de aula, para a planificação, a justificação e a reunião (a doença da reunite), passou a instrumento de imposição da passagem administrativa dos alunos, através do lançamento de obrigações documentais insuportáveis e, até, o reconhecimento tácito da culpa do professor no insucesso do aluno pouco esforçado.

O abuso laboral evidencia-se na atribuição da guarda (que não ensino) de crianças, adolescentes e jovens, nos furos e prolongamento do horário escolar para a redução dos encargos dos pais que trabalham oito horas por dia e não têm com quem deixar os seus filhos ou não têm dinheiro para pagar às instituições de Actividades de Tempos Livres (ATLs); na marcação de reuniões e actividades para dias e horas fora do horário de trabalho que se estica inclusivé para lá do que a lei permite (como os tribunais têm sancionado) sem pagamento; no congelamento das carreiras; na definição de quotas de progressão e critérios e modelos de avaliação completamente subjectivos, variáveis e incompreensíveis, na desprotecção de professores e alunos face a agressões e um regime de sanções que torna a expulsão até em face de agressões uma quase impossibilidade; na precaridade laboral e dificuldade de ingresso na carreira; e finalmente no desrespeito da sua dignidade profissional com calúnias e ofensas sobre o desempenho da classe mais prestigiada no nosso País.

Por último, a consequência política da Marcha da Indignação tem um sentido: a aceleração da perda de adesão popular do Partido Socialista de José Sócrates que caminha para um desastre eleitoral no seu Outono de 2009.
http://www.doportugalprofundo.blogspot.com

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 12:49 pm
por P44
mais para o pt meditar:
1- A educação em Portugal é um dos problemas mais preocupantes do país pelos reflexos a médio e longo prazo que originarão; O FALHANÇO DA EDUCAÇÃO é uma espécie de bomba relógio que irá rebentar nas gerações vindouras. Ao contrário de outros sectores, os “buracos” na formação não se remedeiam com novas medidas. Em muitos casos o processo não será reversível­­­.

2- O investimento público na Educação é muito elevado, e não são aceitáveis as crónicas desculpas da falta de meios. A invasão do aparelho do ME por gente “especialista na educação” em que os fins se esgotam nos meios, é um flagelo só comparável à filoxera que dizimou os vinhedos do alto Douro

3- A actual equipa ministerial atacou alguns problemas importantes: escolas sem alunos, aumento de permanecia na escola no básico, aulas de substituição..Fê-lo porém de uma forma agressiva, em que desde inicio colocou os professores, não apenas os maus professores, como vilões a abater.

4- Os sindicatos, como vem sendo hábito, estiveram sempre na defesa do patamar anterior e contribuíram para que a opinião pública julgasse a posição dos professores como mera defesa corporativa de privilégios adquiridos.

5- A ministra fala em intenções louváveis, que quase toda a gente subscreve. Onde está então o problema? Simplesmente na implementação concreta de tais intenções.

6- Quando publicamente se defende a inclusão, o rigor e a aprendizagem mas as direcções regionais tentam impor até ao limite que, por exemplo alunos dos Cursos de Educação Formação que entrem, têm de sair com um diploma (falo em casos concretos devidamente testemunhados), que podemos concluir da veracidade do discurso?

7- Quando se pretende que os alunos superem a má preparação mas ao consultar a Lei n.º 3/2008 se verifica que no artigo 22 (Estatuto do Aluno) que os alunos faltosos sem justificação, tenham direito a prova especial, se falharem terão explicações especiais e se voltarem a falhar então terá de reunir o conselho de turma para ponderar o que fazer, começaremos a perceber que o sinal dado é o do mais completo laxismo para o qual haverá sempre uma recompensa.

8- Quando o aumento de tempo de permanência das escolas é totalmente absorvido a realizar esquemas de ensino, fichas das mais variados formatos e inúteis banalidades, tudo para encenar uma representação burocrática na qual os alunos em nada são beneficiados, então verificamos que algo difere profundamente entre o discurso e a prática.

9- Quando verificamos que professores no topo da carreira estão contra o processo de avaliação então o melhor é ver quais os parâmetros que vão ser contabilizados, o seu peso e significado. Descobriremos então que essa espécie de avaliação mais uma vez privilegia a burocracia e não a qualidade do ensino.

10- Quando verificamos que alguns alunos dos Cursos de Educação Formação que mal sabem escrever, mas que estão a ser integrados ficando com um título qualquer (técnico de jardinagem por exemplo), passam a ser considerados como tendo o 9º ano e assim podem progredir nos estudos sem qualquer formação complementar, concluímos que não se está a trabalhar para o futuro do país mas apenas para falsas estatísticas de sucesso.

11- Finalmente o resultado de tudo isso é uma gigantesca fraude em que os resultados de sucesso das estatísticas representam o mesmo que os resultados eleitorais das ditaduras: são inevitavelmente excelentes. Claro que uma reportagem televisiva sobre um país sujeito a uma ditadura pode conduzir-nos facilmente as mais disparatada conclusões. Claro que em cima de tudo isto há muito ruído de fundo; claro que há professores incompetentes que pretendem que a antiguidade continue a ser um posto; claro que a avaliação é apenas uma gota de água que fez transbordar o copo.

12- Finalmente COMO SE EXPLICA QUE NÃO POSSAM EXISTIR MULTIPLAS E FUNDAS CAUSA QUE LEVAM A QUE NUM PAÍS ONDE FREQUENTEMENTE 40% NÃO VAI AO FUNDO DA RUA PARA VOTAR, E AGORA UMA PERCENTAGEM MAIOR SE DESLOQUE CENTENAS DE KM PARA MANIFESTAR A SUA REVOLTA?

13- Não podemos confundir a realidade com a ficção nem procurar vislumbrá-la em espelhos distorcidos que se chamam sindicatos. Nem sempre as aparências permitem tirar conclusões certas nem é óbvio que uma bigorna e uma pena de galinha sejam atraídas de forma idêntica para o centro da terra.

(José Cavalheiro)
Há realmente muitos mitos a respeito da Escola, dos Professores e mesmo da sua dignidade profissional. Tenho acompanhado com alguma assiduidade a sua opinião sobre a postura deste Ministério da Educação. Parece-me, repito: parece-me, que a sua posição política ou "opinion maker", radica em muitas contradições. Desde logo, e a principal, o desconhecimento quase absoluto como funcionam as Escolas públicas portuguesas. E construindo uma opinião sobre o desconhecimento deste mecanismo, é pura e simplesmente opinar gratuitamente e, errar. Vou enunciar-lhe algumas inverdades, deturpações ou o que queiram chamar. Desde logo a questão da avaliação: Desde o ministro Roberto Carneiro que os Professores são avaliados, sob vários parâmetros. Mediante inspecções técnicas, mediante a apresentação de relatórios críticos periódicos sobre a sua actividade (com avaliadores) e mediante a frequência de cursos de formação contínua, igualmente com avaliação dos formandos e mesmo sem ninguém referir isso, os formadores também eram avaliados. Milhares de Professores completaram a sua formação académica com o grau de licenciatura, durante dois anos escolares nas mais insuspeitas Universidades deste país, a expensas suas, sacrificando as suas vidas familiares e melhorando as suas qualificações técnicas. Milhares de Professores continuaram a melhorar as suas qualificações académicas obtendo mestrados, a expensas suas, prejudicando as suas vidas familiares. É evidente, que estes milhares de professores o fizeram com ética e sujeitos a avaliações rigorosas, em pé de igualdade com os restantes alunos universitários. Não acha uma inverdade que os professores não eram avaliados, escrutinados e mesmo repreendidos?

Depois, há sempre os homens e as mulheres detentores de toda a sabedoria, que não imaginam o que vai acontecendo em cada célula educativa deste país. Sentados nos seus pedestais de Lisboa anos a fio, ignoram, ou pior, não se interessam pelas condições atrozes que muitos profissionais e respectivos educandos suportam. Escolas com salas frígidas de Inverno e fornalhas autênticas nos meses de Primavera e Verão. Escolas sem apetrechamento pedagógico mínimo. Escolas a funcionar em condições de insegurança incríveis; Espanto-me como a ASAE ainda não vislumbrou esta realidade. Escolas sem funcionários a tempo inteiro e em quantidade minimamente aceitável. Escolas com orçamentos ridículos, limitadores de qualquer veleidade pedagógica. Abominável então, é ter a "lata" de pedir a esses mesmos professores que improvisem, desencantem soluções milagrosas, que não estão na alçada da sua responsabilidade. Professores que pagam do seu bolso materiais para crianças desfavorecidas, que pagam do seu bolso imensos materiais de trabalho e manutenção das escolas. Uma infindável lista de injustiças que se arremetem contra os docentes. É por isso que estes ficaram fartos e diria, completamente desmotivados.

O verdadeiro problema da Manifestação de 8 de Março de 2008, não é o que a comunicação social, os comentadores políticos e o Governo querem fazer crer. Não. O verdadeiro problema, é que a Escola pública é um conjunto de situações alarmantes para a prática educativa, é uma montanha de burocracia que atafulha qualquer professor e o desvia sistematicamente do seu papel. É a falsidade do seu horário real que nada tem a ver com o seu horário laboral legal. Nenhum professor deste país cumpriria a sua função com rigor e autenticidade, se nada mais fizesse para além das 7 horas legais que lhes estão atribuídas. E não estão obrigados a mais, note-se.

São estas as questões que ficam sempre por dizer, debater e resolver. Tudo se ilude com ideias que aparentemente parecem atormentar os professores. Mas desvalorizam o que fundamentalmente continua por resolver há décadas. Porque custa muito dinheiro. Porque é invisível e não ganha votos!

Perguntava-se a uma criança ou jovem de tenra idade, o que gostaria de ser em adulto. A primeira opção que então surgia, era ser professor(a). Tenho colocado esta questão, nos últimos anos, a dezenas de crianças e jovens. Nunca aparece a opção professor. Porquê? Afinal o que mudou? O acesso à informação é muito valioso.

Tenho dois filhos e sou viúvo há vários anos. Como fiquei com a responsabilidade de os educar, tive o bom senso de os convencer a retirar-se desse caminho, que só traria incomodidade e tristeza. Muitas vezes lhes referi: prefiro ver-vos a servir numa mesa de café (sem desprimor), que ver-vos suportar o que suportei e continuo a suportar. Não vale a pena. Mesmo que a alma seja do tamanho do universo.

Este será o futuro de Portugal. Uma Escola pública sem qualidade, servida por quem não terá a qualidade necessária para erguer este país do marasmo. Já há indícios dessa degradação. Será a grande oportunidade para o serviço privado. Não haja ilusões.

Tanta propaganda falsa e atabalhoada para iludir quem porventura tem mais que fazer na vida. Permita dar um exemplo: Os números do insucesso escolar. Claro que vão baixar exponencialmente. Veja-se. Um Agrupamento estabeleceu como média de insucesso (verificando os resultados escolar anteriores) nas diversas áreas curriculares entre 1 a 3% da totalidade dos alunos (sem valorizar as realidades próprias de cada unidade). Se um professor, ao leccionar uma turma composta por 20 alunos, tiver a infelicidade de cotar 2 alunos com notas negativas (ou mesmo um!) já leva com o "casqueiro" da avaliação! Dois alunos em 20, corresponde a 10%. Se a média nem a 5% chega, é fácil deduzir o que virá a seguir. Isto é o que ninguém quer explicar, e por isso se adivinham baixíssimas taxas de insucesso. Artificialmente. Questiono: qual o Encarregado de Educação, que se irá incomodar pelo facto do seu educando transitar sempre de ano, ciclo. Irá solicitar ao Professor que não concorda, que o seu educando deve reprovar? Alguém vai acreditar nisto?

Termino, repetindo o que Jesus em vida, disse, ao insurgir-se contra o apedrejamento de uma meretriz: "Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra". Anda para aí muita gente a atirar pedras injustamente, cujos alvos são errados, estando as suas vidas , provavelmente, repletas de contradições e imoralidades.

(VL)
comentários recolhido em http://www.abrupto.blogspot.com

há muito mais, se se der ao trabalho de procurar!

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 2:16 pm
por pt
em mais de 30 anos de «revolução de Abril» já tivemos governos de direita de centro de cima de baixo, comunistas , direitistas.

Os sindicatos dos professores e a sua politica de defesa dos interesses dos professores, passando por cima dos interesses dos alunos, são o fio que liga tudo.

Os governos mudaram, as máfias dos professores continuaram.

Há autenticas lesmas a ensinar neste país. Professores miseráveis sem moral nem conhecimentos.
Gente que não teria capacidade para treinar uma foca no circo e que dá aulas aos alunos portugueses, protegidos por um sistema corporativo absolutamente debochado e corrupto, guiado pelos soviéticos e conduzido hoje por gente que apenas quer manter o salário, custe o que custar, mesmo que para isso se assassine o ensino.

Eu já não acredito na Máfia dos professores.
Tiveram trinta anos para mostrar o que valem.

AO FIM DE TRINTA ANOS DE DESLEIXO O RESULTADO ESTÁ À VISTA:

NÃO VALEM NADA.

E quando se fala em avaliação, ELES SABEM O QUE VALEM e é por isso entraram em pânico.

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 2:31 pm
por Al Zarqawi
Não conheço os detalhes,mas uma coisa ninguém pode negar o ensino português não anda melhor antes pelo contrário piorou pós revolução.Tudo bem que em função da massificação do ensino obrigatório,antes ele era elitista,nada mais justo,mas deveriam ter premiado a qualidade.Não sei quem é culpado mas o panorama não é dos melhores.

Abraços,

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Seg Mar 10, 2008 3:09 pm
por soultrain
Pois eu acho que neste caso a verdade está entre o PT e o P44.

Nem todos os professores se encaixam na descrição do PT, eu já tive vários exemplos do contrário.

O que é certo é que é um sector muito corporativo, onde muitas coisas estão mal e não houve internamente medidas para resolver o problema. Só vêm problemas, ajeitam-se no papel de vitimas e muitos só para isso têm jeito. Ou são parte da solução ou do problema, é esta a decisão que cada professor tem de ter, é necessário um abanão, é este? Não sei.

Esta estória faz-me lembrar a Soltroia, toda a gente fala mal do Belmiro ter ficado com aquilo, mas quando as comissões de trabalhadores tiveram hipotese o que aconteceu?

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Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 5:21 am
por P44
Oh sr PT, e quem decidiu a bandalheira e a retirada de autoridade aos professores ao longo dos anos???

Não foram os sucessivos governos do Bloco Central, dos PS e PSDs que há 30 anos (diz bem) se revezam no poder?????????????

Ou vc acha que foram os professores que decidiram do DESLEIXO e do FACILITISMO????

Quem quer mostrar boas estatisticas a Bruxelas???? não são os sucessivos governos que desde há 30 anos se têm alternado no poder??? Não é o BLOCO CENTRAL????

EU ESTIVE NA MANIF COM MUITO ORGULHO! COMO MARIDO DE UMA PROFESSORA QUE TEM Sofrido na Pele enxuvalhos e insultos, depressões e sentido a vida pessoal e familiar afectada por gentinha que pensa como vc!!!
Como PAI, que não quer ver os filhos nesta trampa de ensino que os que vc tanto adora têm degradado!!!

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 8:58 am
por cabeça de martelo
Pessoal eu acho que este assunto deve e pode swer debatido no fórum, mas acho que está no tópico errado.

P44 já criaste este:

viewtopic.php?f=4&t=12896&start=30

Agora é só usá-lo para colocares este tipo de noticias. :wink:

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 9:00 am
por P44
Ah , nan me moias [087]

Eu tinha posto o meu post no Portugal vale a pena pois VALE A PENA LUTAR PELOS NOSSOS DIREITOS

senti-me na obrigação de responder pois senti-me pessoalmente ofendido

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 9:20 am
por cabeça de martelo
Tá-se bem, ó stôr, ai stôr não, marido da stôra... :twisted:

Por acaso tive umas profes...ai jasus... :twisted: 8-] :lol:

Sim, a luta pelos direitos (seja ela de expresão, religiosa, laboral, etc), tb é uma forma de mostrar um país onde HÁ essas liberdades. A policia não bateu em ninguém, a minifestação correu de uma forma exemplar...e o Sócrates pelos vistos, vai proteger a minstra porque se a deixa-se cair ficava numa posição muito fraca.

Acho que os professores vão ter que fazer muito mais manifestações do que estas (e esperar que as eleições se aproximem mais... 8-] ).

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 9:23 am
por P44
eu referia-me era ás "bocas" desse senhor aí acima, que tem a mania que é um Iluminado e que todos os outros são parvos, gosta muito de fazer juizos de valor a torto e a direito.

Enfim, mais vale calar-me , não posso escrever aqui o que me vai na alma.

Re: Portugal vale a pena!

Enviado: Ter Mar 11, 2008 9:29 am
por cabeça de martelo
Olha podes perguntar ao ppl cá do fórum, eu no sábado disse que estavas na manif...e não era que estavas mesmo.

Devo ter poderes extra-sensoriais...queres avançar 1000 anos em 10?! :twisted: