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Enviado: Qui Jan 27, 2005 10:03 am
por JNSA
P44 escreveu:JNSA escreveu:Há quatro nomes que deveriam ser guardados apenas para as principais unidades da esquadra - navio/s polivalente/s anfíbio/s e as futuras fragatas/destroyers de defesa anti-aérea (venham elas quando vierem). Esses nomes são Afonso de Albuquerque, D. Francisco de Almeida, Infante D. Henrique e D. João II. Os outros nomes que poderiam fazer parte deste grupo foram bem atribuídos às MEKO.
Bom Dia, Amigo JNSA,
Permita que lhe pergunte...
Já noutro forum o JNSA mencionava repetidamente 2 destroyeres AAW.
Isso é um "desejo pessoal" ou existe algo mais???????????
Digamos que é uma mistura dos dois...
No fundo, parece-me ser uma conclusão lógica da actual estrutura da Marinha Portuguesa.
Na próxima década/década e meia vamos operar com 3 fragatas de uso geral (as VdG), e três fragatas supostamente de defesa anti-aérea (as OHP. Tendo em conta que vamos operar pelo menos um LPD, este necessitará de uma escolta anti-aérea dedicada para além do tempo de vida das OHP, e o substituto terá que vir, mais cedo ou mais tarde.
Quanto ao número de dois, tem a ver com a quantidade mínima para manter um operacional a todo o tempo, mas ao mesmo tempo, contrabalançado pelas restrições orçamentais que enfrentamos (um navio anti-aéreo dedicado, é dos meios mais dispendiosos de adquirir, quer pelos radares e sistema de controlo, quer pelo "stock" de mísseis que transporta).
Creio que no pós-VdG/OHP, a estrutura básica da armada manter-se-à mais ou menos a mesma (mais fragata, menos fragata), a menos que haja algum presente inesperado dos EUA...
Veremos, talvez, três fragatas novas para substituir as VdG, e mais provavelmente, duas em segunda mão, para suceder às OHP.
Mas ainda vamos ter que esperar...
Enviado: Qui Jan 27, 2005 10:10 am
por P44
Sobre essa "famosa" TERCEIRA OHP, já se sabe algo????
É que nem 1ª, nem 2ª...quanto mais terceira...
I have a bad feeling about this 8)
Enviado: Qui Jan 27, 2005 11:44 am
por Rui Elias Maltez
Por este andar, os EUA ainda vão "desafundar" o
Prinz Eugen do fundo do atol de Bikini, e oferecê-lo a Portugal, se este se comprometer a pintá-lo de novo
É que de facto começa a ser estranho este atraso na vinda das OHP, já que ao nível político e burocrático, tudo se resolveu.
A menos que eles estejam com dificuldades em colocar os motores a trabalhar.
Se calhar as OHP precisam de uma bateria nova, velas e platinados
Mas eu tenho uma teoria:
O Governo programou tudo isto para o horizonte de 2006, que era suposto ser o ano das eleições.
E esta seria a cereja em cima do bolo do que tem sido feito pelo MDN.
As eleições foram antecipadas, mas a programação para a vinda das OHP não pôde ser também antecipada.
Daí que provavelmente virão as 2 fragatas só mesmo em 2006.
Enviado: Qui Jan 27, 2005 12:19 pm
por JLRC
Rui Elias Maltez escreveu:Creio que se Portugal terá 5 fragatas (as 3 Meko-200, mais as duas ou eventualmente 3 OHP) deveria ter 2 destróieres, com AEGIS, do tipo das F-100 espaholas, ou comprar usadas, duas Spruance, ou equiparadas (a classe Kidd, de que o P-44 fez referência noutro tópico) ou ainda algo do género da francesa SS Dupleix.
Mas esse é mais um desejo meu, que uma esperança baseada em algo de concreto.
Amigo Rui
Temos que ser racionais. Neste momento, a nível de reequipamento da nossa armada, o que se perfila no curto é :
1º A renovação da esquadrilha de submarinos,
2º A construção dos NPO,
3º A construção do NAVPOL,
4º A substituição do Bérrio (a compra de uma 2ª unidade não é prioritária).
No médio prazo temos :
A modernização das Vdg.
No longo prazo :
1º Substutuíção das OHP por fragatas de defesa de área,
2º Substituíção das VdG.
Substituir as OHP, ou complementá-las com Spruance não é racional. Os Spruance são navios de luta ASW, tudo o que eles fazem, as VdG fazem, com uma plataforma menor e mais fácil e barata de manter.
Para substituir as OHP o ideal seriam 2/3 F-100 ou F-124 alemães (embora não engeitasse as LCF holandêsas). O Type 45 inglês ou as Horizon já são plataformas grandes de mais para a nossa dimensão e muito caras. Para substítuir as VdG o ideal seriam 3 F-310 norueguêsas.
Um mix de 3 F-310/3 F-100 seria formidável e um grande salto tecnológico para a nossa Armada.
Cumts
Enviado: Qui Jan 27, 2005 12:30 pm
por Rui Elias Maltez
Caro JLRC:
O que propõe:
Um mix de 3 F-310 da Noruega, e mais 3 F-100 dá um total de 6 fragatas, o que se aproxima bastante do que eu preconizo:
7 unidades.
Ainda bem que concorda que 5 unidades, sem destróiers é pouco.
Por mim, ou se mantém um número de 5 fragatas e acrescentam-se 2 destroieres ao dispositivo, ou 6/7 fragatas, duas para defesa anti-aérea, 2 para luta anti-submarina e as restantes (2 ou 3) para usos gerais.
Recordo o que o JLRC já em tempos referiu e que eu concordo que seja uma lacuna para a nossa Marinha
A inexistência de pelo menos 2 navios draga-minas.
Enviado: Qui Jan 27, 2005 1:28 pm
por JLRC
Rui Elias Maltez escreveu:Recordo o que o JLRC já em tempos referiu e que eu concordo que seja uma lacuna para a nossa Marinha
A inexistência de pelo menos 2 navios draga-minas.
Só que os navios de luta contra-minas não fazem parte, infelizmente, das prioridades da Armada, nem para o médio/longo prazo.
As prioridades da Armada, especialmente os números mínimos de navios de cada classe, não coincidem com a minha opinião, como sabe.
Enviado: Qui Jan 27, 2005 1:35 pm
por Rui Elias Maltez
caro JLRC:
Eu nunca tive dúvidas de que ao nível de reequipamentos nas nossas FA's, se planeia e reequipa ao sabor das circunstâncias e das conveniências de cada momento.
Nada se planeia de um ponto de vista de médio-longo prazo, e nada com um pensamento verdadeiramente estratégico.
Navega-se à vista.
Infelizmente.
Os resultados estão à vista.
Enviado: Qui Jan 27, 2005 2:46 pm
por P44
Em tempos que já lá vão, quando postava noutro forum, tive uma discussão muito interessante(dialogo é melhor) com vários membros (acho que com o JLRC tb), e com o amigo ferrol, acerca da lacuna de draga-minas na nossa Armada...nomeadamente interroguei-me sobre o que aconteceria se num noite de nevoeiro, um navio qualquer fazendo-se passar por navio de pesca (traineira p ex) se lembrasse de minar a saida do Porto de Lisboa (barra do Tejo), imobilizando assim a quase, se não mesmo a totalidade da Frota Portuguesa, que repousa no Alfeite, bem dentro do estuário.
A título de informação, só agora é que a ESPANHA está a abater os últimos draga-minas semelhantes aos nossos antigos "S.Roque" e aos "S.Jorge" (lembram-se?????)
e a Espanha sempre teve muito mais recursos económicos que nós, e a nossa flotilha de draga minas é :ZERO!!!!!!!!!
Enviado: Seg Jan 31, 2005 9:28 am
por Rui Elias Maltez
P-44:
Você tocou num ponto sensível das nossas muitas vulnerabilidades:
Para nem falar dessa eventualidade de que falou, de minagem da barra do Tejo, a maior vulnerabilidade do país ao nível da Armada é que a esquadra portuguesa está entalada numa entrada sem saída, ou num beco.
Se bem se lembra, quando eu coloquei noutros locais o que preconizava para o dispositivo da Armada, referi que nunca se devem colocar todos os ovos no mesmo cesto.
Com o aumento da nossa armada, para além do Alfeite, deveríamos pensar em construir uma outra base naval (na altura propus no estuário do Sado), mas o JNSA e outros, foram mais longe e propuzeram a Medeira ou os Açores.
Lembro-me que o JNSA defendeu a Madeira por causa de um maior controle da "boca" do Mediterrâneo, e eu compreendi esse tipo de argumentação.
Portugal, dependendo do seu futuro dispositivo deveria ter mais que uma base naval.
Na ausência dessa possibilidade, deveria procurar noutro ponto do continente ou das ilhas uma "estação naval" onde permanentemente atracassem pelo menos 2 fragatas e 3 NPO's (rotativamente) ou as actuais corvetas.
Por uma questão estratégica.
Enviado: Seg Fev 14, 2005 9:27 am
por P44
Voltando um bocadito ao tópico, andei a remexer nos "baús"...
Uma foto do porto de Hong-Kong, em 1960, podem ver á direita o AFONSO DE ALBUQUERQUE, afundado no máximo um ano depois desta foto ter sido tirado, aquando da Invasão de GOA pela India.
Enviado: Seg Fev 14, 2005 9:39 am
por P44
Scanners da Revista de Marinha de Abril de 1991, por ocasião da chegada da VdG a Lisboa...
F480-NRP Comandante João Belo
M401-NRP São Roque (DRAGA-MINAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)
o A527 Almeida Carvalho e a (saudosa!) Almirante Gago Coutinho F473, já desarmada...
Enviado: Seg Fev 14, 2005 10:03 am
por JNSA
P44, acredita que só agora consegui finalmente perceber a expressão "embandeirar em arco"?!
Já agora, obrigado pelas fotos...
Enviado: Seg Fev 14, 2005 10:59 am
por JLRC
Belas fotografias, p44. A de Hong-Kong então é histórica.
Enviado: Seg Fev 14, 2005 11:29 am
por Rui Elias Maltez
Terei que ir confirmar, mas acho que a Fragata NRP Gago Coutinho (Classe Alm. Magalhães Correia) também acaba por seu um "navio histórico" pois foi aquele cujo comandannte na manhã do 25 de Abril obrigou, antes da revolta da restante guarnição, a pairar ao largo do Terreiro do Paço, em Lisboa e que ameaçou bombardear essa praça onde estavam as tropas revoltosas chefiadas pelo Cap. Salgueiro Maia.
Depois, e após ter sido destituído, a fragata acabou por zarpar para o Mar da Palha.
Foto tirada em manobras no Mar do Norte em 1976
Enviado: Seg Fev 21, 2005 1:01 pm
por P44
Tem razão Rui, a F 473 foi a que apontou os canhões ao Terreiro do Paço, contra as forças do Salgueiro Maia (no telefilme que a SIC fez tiveram-forçosamente-de a substituir , acho que foi pela F477 Gen Pereira de Eça)
Já agora:
Esta é a única foto que possuo do "S. Brás"
Este foi o reabastecedor que antecedeu o A5206 São Gabriel. Acho que foi contruido no Arsenal do Alfeite, mas tenho muito pouca informação acerca deste navio da Armada.
Talvez algum colega possa ajudar
JLRC escreveu:Belas fotografias, p44. A de Hong-Kong então é histórica.
Obrigado
por acaso foi por sorte, porque uma vez fiz um download de um ficheiro pdf acerca de uma revista de navios de guerra e saiu-me lá este "brinde"