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Enviado: Sáb Dez 29, 2007 6:51 pm
por Al Zarqawi
manuel.liste escreveu:El secreto de Irlanda son los bajos impuestos a las empresas, y no la supuesta 'inversión en formación' que tanto se repite en los foros de internet.

Lo mejor para Portugal sería una Revolución Liberal, bajar impuestos y dar facilidades a los emprendedores :wink:


Manuel,

Sou da área financeira profissionalmente.Essa medida seria possivel caso Portugal tivesse superavit primário,pelo que sei temos tidos consecutivamente deficits primários.Deficit primário é quando os gastos são maiores que a receita,excluindo-se os pagamentos de juros.Você quando gasta o que não tem,os recursos têm de aparecer de algum modo,os governos aumentam impostos para disfarçar suas incompetências administrativas.
Nesse caso considero uma medida puramente eleitoralista.
Quanto à Irlanda o que falou é verdade mas não invalida o que disse antes,eles certamente sanearam suas finanças ou seja não devem ter deficit primário e operacional,no máximo dos máximos terão no deficit nominal,mas aí é uma suposição e outra conversa.
Para se crescer é preciso poupança interna é isso que gera investimento e desenvolvimento.
As terapias variam conforme os diagnósticos corretos e não existem fórmulas mágicas.
Claro que existem maneiras de encobrir deficits,é o que ocorre hoje com Portugal através do aumento das exportações,mas fica vulnerável a outra seria a taxa de câmbio,mas aí Portugal não tem poder de decisão por pertencer ao Euro.Isto de políticas macro-económicas é preciso se valiar bem.

Abraços,

Enviado: Sáb Dez 29, 2007 7:09 pm
por P44
O problema é que não se salva um País fazendo uma contenção brutal de despesa pública, para baixar o défice. Continuo a achar que a melhor forma de combater a crise é investindo. Se o Estado não se preocupasse com o défice durante 3 ou 4 anos, e houvesse um claro incentivo à instalação de indústria, talvez daqui por 10 anos, o nível de produção dessas indústrias fosse tanto que a receita que o Estado receberia daria para pagar toda a despesa, e desse modo o défice não seria nenhum.
Da forma que o actual Executivo está a levar as coisas, a despesa real vai descer muitíssimo ao longo dos próximos anos, mas a receita não vai sofrer melhorias, o que vai, muito provavelmente conduzir a um agravamento do défice...apesar de todo o esforço sofrido ao longo de muitos anos.

Enviado: Sáb Dez 29, 2007 7:38 pm
por Al Zarqawi
P44 escreveu:O problema é que não se salva um País fazendo uma contenção brutal de despesa pública, para baixar o défice. Continuo a achar que a melhor forma de combater a crise é investindo. Se o Estado não se preocupasse com o défice durante 3 ou 4 anos, e houvesse um claro incentivo à instalação de indústria, talvez daqui por 10 anos, o nível de produção dessas indústrias fosse tanto que a receita que o Estado receberia daria para pagar toda a despesa, e desse modo o défice não seria nenhum.
Da forma que o actual Executivo está a levar as coisas, a despesa real vai descer muitíssimo ao longo dos próximos anos, mas a receita não vai sofrer melhorias, o que vai, muito provavelmente conduzir a um agravamento do défice...apesar de todo o esforço sofrido ao longo de muitos anos.


Muito bem,

Como disse nosso PR Dr.Jorge Sampaio,existe vida além do deficit,concordo plenamente.Mencionei o caso da Administração Pública por considerar o principal problema mas evidentemente não o único,inclusive mencionei que o percentual do PIB gasto comparado com a Europa até é baixo,mencionei sim a fraca qualidade dos serviços prestados por deslocalização de mão-de-obra qualificada que estão na iniciativa privada onde auferem maiores salários.
Fala bem quamdo diz que Portugal precisa de investimento,concordo plenamente agora com que dinheiro de onde viria,os fundos comunitários estão acabando e depois?Essa é a questão.Se temos deficits primários consecutivos(gastos maiores que receita,exceptuando os pagamentos de juros),com isto depreendo que o Estado recorra à Banca para fazer face às necessidades correntes com isso pagará taxas enormíssimas com isso chega no deficit operacional e financeiro,e a bola de neve está crescendo e tudo piora caso chegue no deficit nominal que são os citados mais os encargos da dívida pública(interna e externa),acho que no caso português não chega aqui.
Muito bem,como se reduz um deficit primário de tudo que se conhece é o governo aumentar a carga fiscal,emitir moeda(agora nem isso Portugal pode por pertencer ao Euro) e vender títulos e tem também que é o que o Estado português faz que é atrasar fornecedores com isso se tornar um mau pagador e empurra para outros exercícios.
Agora isto são paleativos a cura é combater as causas que determinam tudo isto.Se tivessem governado bem nada disto seria preciso.
Estou escrevendo de uma maneira algo técnica,sei que os portugueses estão asfixiados com a carga tributária,diria até injusta.Agora têm é de cobrar responsabilidades a esses tecnocratas que não fazem nada de jeito.São orçamentos públicos que são mal elaborados sempre têm retificação,teve até um Ministro aí que até se enganava nas contas,assim fica dificil.

Abraços,

Enviado: Sáb Dez 29, 2007 8:07 pm
por Al Zarqawi
Por acaso,vi este artigo e achei que assenta como uma luva às minhas opiniões.São de dois economistas o Ernâni Lopes e Eduardo Catroga.O primeiro foi o melhor ministro das finanças que vi em Portugal o segundo só conheço de nome.


Catroga e Ernâni Lopes lançam avisos aos gestores e às empresas



"Existe a possibilidade de uma séria crise política , social e económica" em Portugal, considerou ontem Ernâni Lopes, economista e ex--ministro das Finanças, num encontro que reuniu em Lisboa centenas de gestores da área da distribuição.

"As empresas" estão desorientadas e diminuídas na sua autoconfiança" e Portugal "no seu conjunto, está a definhar", considerou Ernâni Lopes, para quem a saída para a crise da economia está no aumento da produtividade e na aposta em alguns sectores, como o turismo.

Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças, convidado pela APED, a associação do sector da distribuição que organiza o Congresso do Comércio Moderno, salientou que "muitas empresas estruturantes não cresceram" e, por isso, "tornam-se alvos fáceis de OPA".

Frente a uma plateia composta por centenas de gestores e accionistas, Catroga avisou que a mudança de estruturas no país poderá obrigar "muitas empresas a mudar de mãos" e muitos dos "actuais gestores terão de sair", afirmou. Tal como Ernâni Lopes, Eduardo Catroga identificou o défice externo "como o perigo" para a economia portuguesa, considerando ainda o nível da despesa pública sobre o PIB como "elevado". O economista admitiu que a função pública "é mal paga" mas, afirma, "o problema está na quantidade", considerando existir um excesso de cem a 150 mil funcionários.

Lembrando à assistência que "enquanto ministro das Finanças" - entre 1994 e 1996, sendo Cavaco Silva primeiro-ministro - aumentou a idade da reforma das mulheres, de 60 para 65 anos, Catroga voltou a referir-se à necessidade de aumentar a idade de reforma. A esperança de vida "está aumentar dois anos em cada dez", justificou, argumentando que as despesas com a Segurança Social representam hoje 6,9% do produto interno bruto (PIB), mas "caminham para os 13,1%, previstos para 2050".

"Portugal é um dos países que mais sofrem com a deslocalização" de empresas, referiu Catroga, defendendo, na política fiscal, a introdução de uma "flat rate de 19% no IRC" , tal como sucede em alguns países do alargamento. Ainda na área tributária, o ex-ministro e actual gestor considerou que nos dias de hoje "há que privilegiar mais a competitividade do que a equidade". As taxas sobre os lucros das empresas, diz, "eram competitivas na UE a 15 , mas deixaram de o ser na UE a 25". C



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Abraços,

Enviado: Dom Dez 30, 2007 3:54 pm
por P44
Se deixassem de lançar as culpas na Função Pública e fizessem algo para impedir que as Empresas se deslocassem em massa para o Leste....

Apontar culpados é fácil, salve as devidas proporções, os funcionários públicos estão para este governo como os judeus estavam para o Hitler (os culpados de todos os males)

Enviado: Dom Dez 30, 2007 4:07 pm
por Al Zarqawi
P44 escreveu:Se deixassem de lançar as culpas na Função Pública e fizessem algo para impedir que as Empresas se deslocassem em massa para o Leste....

Apontar culpados é fácil, salve as devidas proporções, os funcionários públicos estão para este governo como os judeus estavam para o Hitler (os culpados de todos os males)


Isso é uma inevitabilidade principalmente as empresas que usam mão-de-obra pouco qualificada.Daqui a uma decada no máximo 15 anos,levantarão asas de onde estão.São os chamados ciclos económicos e suas dinâmicas.Tem tipos de Indústria que só existem em virtude de mão-de-obra barata.Em Portugal a mão-de-obra já é considerada cara,o problema é que os portugueses pensaram que isso duraria sempre e não se reciclaram para outros tipos de atividades.Nisso foi uma oportunidade perdida infelizmente.Para ganhar bem,é preciso fazer o diferente para aparafusar porcas qualquer um faz.As Industrias que sairam são de texteis,calçado,componentes automobilisticas em sua maioria.

Abraços,

Enviado: Qua Jan 02, 2008 9:40 am
por P44
Cavaco questiona rendimentos elevados de altos dirigentes de empresas
01.01.2008 - 21h07 Clara Viana

Uma mensagem que faz eco dos sentimentos de injustiça, um apelo ao diálogo, um semi-retrato de um país em crise — o discurso de Ano Novo hoje proferido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, esteve longe do tom jubilatório adoptado pelo Natal pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

Foi talvez a primeira vez que um alto responsável do Estado adoptou publicamente uma das principais críticas da “rua”: “Não podemos deixar de nos inquietar perante as desigualdades na distribuição do rendimento que as estatísticas revelam”, disse hoje à noite o Presidente, em mensagem transmitida pela RTP.

As estatísticas revelam, por exemplo, que Portugal é o país da UE onde há mais desigualdade entre ricos e pobres. Cavaco Silva não falou nem dos mais ricos, nem dos mais pobres, mas apontou esta discrepância “comum” em Portugal: “Sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e a necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores”.

Cuidado com verbas da UE

Invocando os conhecimentos adquiridos durante as suas recentes viagens pelo país, Cavaco Silva admitiu que as reformas na Saúde — um dos sectores mais contestados — servem objectivos que os portugueses não entendem, predominando ainda a ideia de que são os mais fracos as principais vítimas.

“Seria importante que os portugueses percebessem para onde vai o país em matéria de cuidados de saúde”, disse, depois de apontar o seguinte: “O acesso aos cuidados de saúde é uma inquietação de muitos portugueses. Não estão seguros de que os utentes, principalmente os de recursos mais baixos, ocupem, como deve ser, uma posição central nas reformas que são inevitáveis para assegurar a insustentabilidade financeira dos serviços de saúde”.

Cavaco manifestou-se convicto de que Portugal poderá vencer o desemprego — “atingiu níveis preocupantes” — e aproximar-se “do nível de desenvolvimento médio da União Europeia”, mas assumiu que, para vencer estes e outros desafios, é preciso mudar de atitude: “Será altamente vantajoso o aprofundamento do diálogo entre os agentes políticos e do diálogo entre os poderes públicos e os grupos e parceiros sociais”.

“Perante as dificuldades de crescimento da nossa economia, perante a angústia daqueles que não têm emprego e a subsistência de bolsas de pobreza, devemos concentrar-nos no que é essencial para o nosso futuro comum, e não trazer para o debate aquilo que divide a sociedade portuguesa”, defendeu.

Mais diálogo também no sector da educação, defendeu o Presidente, sublinhando que é necessário “melhorar o clima de confiança entre todos os intervenientes no processo educativo”. Esta é uma das chaves para se “reduzir o atraso de qualificação dos nossos jovens”.

2008 vai ser o ano de uma nova vaga de fundos comunitários. A propósito, Cavaco insistiu na necessidade de uma maior racionalidade e voltou também ao tema corrupção, embora sem o nomear: “Exige-se que estes fundos sejam aplicados com verdadeiro sentido estratégico e geridos com eficiência e transparência. É uma oportunidade que não podemos desperdiçar”.

Poucos elogios

Na mensagem de Ano Novo, os elogios foram escassos. Cavaco realçou “o papel desempenhado pelo Governo” durante a presidência portuguesa da União Europeia e as “importantes reformas” aprovadas no sector da justiça. Esta foi uma das metas principais para 2007 apontadas, há um ano, por Belém.

Mas, apesar do novo pacote legislativo, Cavaco considerou que o funcionamento do sistema de justiça continua a ser “um obstáculo ao progresso económico e social do país”.

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12

Cavaco Silva tem dúvidas sobre a retoma da economia portuguesa e da sua convergência com os países da União Europeia, embora admita que em 2007 "melhorou o crescimento" do País e se mostre confiante em relação ao futuro.

O Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, foi assertivo ao avisar que "não são ainda seguros os sinais de que nos encontramos no caminho de uma aproximação sustentada ao nível de desenvolvimento médio dos países mais avançados da Europa". Cavaco Silva assumiu ainda uma preocupação colectiva. "Todos gostaríamos que a evolução da situação económica e social do País tivesse sido mais positiva e que os sinais de recuperação fossem agora mais fortes", sublinhou o Presidente da República

Num discurso, onde foi intercalando palavras de optimismo e outras de preocupação, Cavaco Silva não deixou de reconhecer a "eficácia, rigor e dignidade", predicados que em seu entender foram demonstrados pelo Governo durante o exercício da presidência do conselho da União Europeia. "Portugal saiu prestigiado do exercício da presidência e todos aqueles que nela trabalharam são credores do nosso apreço", afirmou.

Em contrapartida, o Presidente da República salientou que "o desemprego atingiu níveis preocupantes e são muitas as famílias que enfrentam sérias dificuldades para fazer face às suas despesas de todos os dias". Outros problemas apontados por Cavaco Silva foram o funcionamento da justiça e a necessidade desta ser administrada de forma "mais eficiente e mais célere", assim como a educação, onde sublinhou que há "ainda muito a fazer para reduzir o atraso de qualificação dos nossos jovens".

A desigualdade na distribuição do rendimento foi outro tema abordado pelo Presidente da República. "Sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e a necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores".

Deixando esta questão em aberto, Cavaco Silva lançou também um alerta à forma como serão geridos os fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) ao longo de 2008. "Exige-se que estes fundos sejam aplicados com verdadeiro sentido estratégico e geridos com eficiência e transparência. É uma oportunidade que não podemos desperdiçar", lembrou o Presidente, defendendo que "o Estado actue com eficiência e com rigor na utilização dos dinheiros públicos e não seja obstáculo a quem quer empreender e criar e riqueza".

Sobre o seu papel, Cavaco Silva garantiu que tem "procurado incentivar uma nova geração de gente empreendedora" que "não espera favores" do Estado, mas sim apenas que este "não lhe crie dificuldades e seja justo nos impostos".


http://www.negocios.pt/default.asp?Sess ... tId=308457

o Cavaco está a ficar comuna, há que ter cuidado!!!! 8-]

Camarada Aníbal dixit:

DIFERENÇAS ABISSAIS

Cavaco Silva colocou ontem na agenda um debate que já marca o quotidiano de outros países europeus e dos EUA: os salários milionários dos gestores. O BCP é o caso mais paradigmático desta situação: em 2006 cada um dos nove administradores recebeu cerca de três milhões de euros. Segundo um estudo da Comissão de Mercado de Valores de Lisboa, entre 2000 e 2005 cada administrador de empresa cotada na Bolsa de Lisboa ganhou mais de 500 mil euros por ano. Em média o salário anual de um trabalhador ascendia a 8680 euros.


in CM

Enviado: Seg Jan 07, 2008 11:43 am
por P44
.....

Enviado: Seg Jan 07, 2008 12:49 pm
por soultrain
Ó P44,

O titulo deste tópico é "Portugal vale a pena", não seria mais adequado criar um novo tópico tipo, "Os problemas de Portugal"?

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Enviado: Seg Jan 07, 2008 1:32 pm
por Al Zarqawi
soultrain escreveu:Ó P44,

O titulo deste tópico é "Portugal vale a pena", não seria mais adequado criar um novo tópico tipo, "Os problemas de Portugal"?

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Ou o "Portugal Cadavérico e Moribundo",e para trilha sonora o fado da Amália Rodrigues do "Povo que lavas no Rio",renomeado para as "Tábuas do meu Caixão". :evil:

Abraços,

Enviado: Seg Jan 07, 2008 1:58 pm
por P44
fdx, já apaguei o post, ainda tenho de levar nos cornos, dassss

[001]

Enviado: Seg Jan 07, 2008 2:00 pm
por soultrain
:lol:

Foi só uma sugestão, calma. Quando é que aceitas um convite para ir beber uma bjecas?

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Enviado: Seg Jan 07, 2008 2:02 pm
por P44
eu agora estou ocupado a acender a fogueira para o meu auto, não posso falar que preciso ir comprar fósforos...

Imagem

além disso mandaram-me noutro tópico ir a um sitio muito lindo :mrgreen: , mas preciso que me indiquem o caminho... :twisted:

Enviado: Seg Jan 07, 2008 2:28 pm
por JLRC
soultrain escreveu::lol:

Foi só uma sugestão, calma. Quando é que aceitas um convite para ir beber uma bjecas?

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Olha quem fala e tu quando aceitas? Os DVD que tenho para ti já têm barbas :cry:

Enviado: Seg Jan 07, 2008 2:48 pm
por soultrain
:oops: :oops:

vamos combinar, mas só vou se o pezito aceitar.

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