Re: Governo Dilma Rousseff
Enviado: Seg Fev 28, 2011 7:23 pm
É...
Ao que parece a PresidentE DR deslumbrou!!!
Ao que parece a PresidentE DR deslumbrou!!!
Enviado por luisnassif, seg, 28/02/2011 - 18:44
Mais cedo ou mais tarde, a política econômica vai ter que chegar a um meio termo. Assim não dá. Há que se ser cauteloso, não embarcar em aventuras fiscais, tratar o mercado com racionalidade, para evitar estouros da boiada.
Mas há algo de profundamente irracional nessa estratégia econômica que procura se impor pela racionalidade.
No ano passado foram tomadas medidas prudenciais, em contraposição à política pavloviana de aumentar os juros.
Há sinais desencontrados na economia, com setores aquecidos e outros em processo de desaquecimento, frutos justamente das medidas adotadas. Ora, se existem esses desencontros, é sinal de que o aquecimento é setorial, mais na construção civil, menos na indústria automobilística. O único dado mais generalizante é o do desemprego aberto – que caiu bastante. Mas mesmo na Fazenda há dúvidas sobre os sinais emitidos pelo mercado de trabalho.
Ora, se o aquecimento se dá no mercado automobilístico, estiquem-se os prazos de financiamento – como foi feito. Se se dá no mercado imobiliário, reduzam-se os incentivos e o crédito. Há um conjunto de ferramentas permitindo atuar diretamente sobre os setores aquecidos.
Quando se aumentam os juros, afeta-se a economia como um todo – como se todos os setores estivessem aquecidos. E com todas as contraindicações possíveis:
1. Aumento dos encargos da dívida.
2. Mais cortes nos gastos públicos para garantir a meta de redução da relação dívida/PIB.
3. Mais dólares entrando provocando apreciação cambial e mais custo fiscal, com a necessidade de comprar dólares e ampliar as reservas cambiais.
4. Encarecimento do investimento, pelo aumento da taxa de retorno esperada.
Então, qual a razão?
O governo Dilma conquistou adesões devido ao fato de ser racional, dos agentes econômicos esperarem decisões racionais e responsabilidade na condução da política econômica.
Então qual a razão dessa demora em abrir a discussão sobre os juros? Qual a razão de anunciar o aumento da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) afetando todos os financiamentos do BNDES voltados para ampliação da capacidade produtiva?
Como justificar todos os cortes sem discutir abertamente os efeitos da Selic sobre as contas públicas, já que existe uma relação direta entre ambos? Seria até uma maneira de legitimar os cortes para todos os setores afetados.
A racionalidade exige muitos sacrifícios: inclusive os de investir contra os dogmas irracionais do mercado.
Não é admissível retardar mais a correção dos erros antigos da política monetária. De tão evidentes eles já não produzem sequer uma discussão séria entre os economistas. A continuidade dos erros passados da política monetária gera os efeitos que estão corroendo a estrutura industrial construída pelos brasileiros ao longo de tantos anos de crescimento econômico. O grande vilão é o real sobrevalorizado, mas o problema não é o câmbio.
O Brasil é uma das poucas nações emergentes que tinham uma indústria com sofisticação superior àquela correspondente ao seu nível de renda. Num certo sentido, era parte do mundo industrializado, distanciando-se dos demais países com mesmo nível de renda e condições semelhantes.
A industrialização permitiu criar esse mercado interno que ajudou a desenvolver o Brasil. A indústria produziu os milhões de empregos que acolheram a mão de obra que foi sendo retirada do setor agrícola com o aumento da produtividade que empolgou o setor, a partir da revolução liderada pela Embrapa. Seu empenho nas pesquisas atraiu as empresas do setor industrial, ampliando os investimentos na inovação tecnológica nos processos de produção e os incentivos para a renovação dos equipamentos. Foi um instrumento decisivo na aceleração do crescimento econômico brasileiro. Parecia que nenhum fator importante comprometeria a higidez do setor industrial, apesar de que algumas vozes já vinham alertando para os prejuízos causados pelo avanço das importações. Economistas perdem muito tempo discutindo se há desindustrialização, se ela é produto da “doença holandesa”, se o câmbio está sobrevalorizado ou não e qual o alcance da sobrevalorização do real.
Não é preciso ser economista para entender uma coisa simples: cinco anos atrás, quando não se falava de desindustrialização, as condições importantes para o trabalho das indústrias eram as mesmas que são hoje. Qual é a única grande diferença entre o que tínhamos naqueles anos e o que temos hoje? É um câmbio extremamente valorizado por uma política monetária que mantém a taxa de juros brasileira no maior nível do mundo. O Brasil continua sendo aquele pernil com farofa à disposição do sistema financeiro internacional, mesmo fora da época das festas.
Todas aquelas discussões não levaram a nada: só agora os mais sabichões começam a entender que a questão-chave que o Brasil tem de resolver não é um problema de câmbio; o que resolve é construir uma política monetária que, num prazo suportável, leve a taxa de juros interna ao nível da taxa de juros externa. Não resolve tentar combater apenas os movimentos de capitais, porque eles encontram sempre mecanismos de ilidir qualquer tipo de controle.
Nossa taxa de câmbio é extremamente valorizada, o que é um grave problema para o equilíbrio do comércio exterior brasileiro. As importações de produtos industriais tornam-se cada vez mais atraentes, impondo uma competição desigual em nosso mercado com os produtos fabricados no Brasil. A produção nacional perde totalmente os estímulos para investir nos setores de exportação, pois nossos preços deixam de ser competitivos nos mercados externos, graças ao real sobrevalorizado.
A única especulação que pode funcionar a nosso favor é aquela que se elimina. A única arbitragem que leva ao equilíbrio é aquela que termina. No Brasil, desafortunadamente, a arbitragem não termina nunca, porque o capital entra e o BC continua sustentando altíssima taxa de juro real. E a sustenta até com alguns argumentos razoáveis para controlar a inflação.
O que é preciso, portanto, é uma coisa muito mais profunda: enfrentar os erros passados da política monetária. Erros que transformaram o Brasil num país que (dizem os mercadistas entusiasmados, sem esconder a ironia) exige a maior taxa de juros do mundo para ter, mesmo assim, uma taxa de inflação de 4,5%! Estamos diante de um fenômeno muito sério, muito grave.
É preciso que mais pessoas- conheçam os fatos e se conscientizem que é importante cobrar do governo. Ele está agindo, mas, se esse processo teratológico continuar por mais tempo, não vamos “desindustrializar”, como diz esta suave palavra da moda, e sim permitir que se destrua a estrutura industrial sofisticada que nós viemos construindo desde praticamente a metade do século XX.
*Delfim Netto - 8 de fevereiro de 2011 às 17:33h
Jatinho=Airbus A319. Mais o helicóptero no Rio.Quer dizer pegou o jatinho presidencial para cozinhar no programa da Ana Maria Braga...é irresponsabilidade com o dinheiro público isso sim.
Luiz Bastos escreveu:Vocês não acham que estão exagerando não?
O que isto tem a ver como o foco?
Queriam que ela viesse de h-130 e no Galeão pegasse uma moto-taxi?
A mulher é a chefe do Estado Brasileiro, e como tal tem certas prerrogativas e direitos que a nós só cabe julgar na horado voto. Democracia funciona assim. Fui
Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
Quer dizer que ela saiu de brasilia e foi lá só dar a entrevista né . mais nada.Vocês não sabem mais o que inventar.rodrigo escreveu:Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
Então vamos detonar todo mundo...juiz, promotor, vereador, prefeito, governador e segue a lista...ou só o presidente não pode?.....a proposito...também sou contribuinte.rodrigo escreveu:Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
Não sabia que havia um airbus e um helicóptero para cada um, pra poderem fritar ovos no Rio.Então vamos detonar todo mundo...juiz, promotor, vereador, prefeito, governador e segue a lista...ou só o presidente não pode?.....a proposito...também sou contribuinte.