Enviado: Qua Mar 21, 2007 7:01 pm
piratadabaixada escreveu:Senhoras e Senhores:
Um resumo rápido:
Rafale
Vantagens:Maior alcance
Desvantagens
Integração de armas mais avançada
Maior capacidade de carregar armamento pesado
Versão naval
Radar LPI
-Dificuldade de exportação
Typhoon
Vantagens:Radar com maior alcance
Desvantagens
Carrega maior quantidade de LGB
Quantidade de encomendasProjetado para superioridade aérea
Trem de pouso atrapalha carga de armamentos maiores
AIM-120 ainda não foi totalmente integrado
Abraços,
Heronim
O AIM 120 C5 encontra-se completamente integrado desde o final do "Case White" Britânico, à ano e meio atrás, tal como o AIM 132...
E tenho declarações de um senhor chamado Aloysius Rauen (CEO da Eurofighter GMBH) a confirmar o caso Também me foi dito a mesma coisa, à poucos meses atrás, por um senhor chamado Jon Lake que é jornalista na área (AFM, AIR International, Flight International, Jane´s), ex piloto da RAF e que já trabalhou para a BAE´s (e que é completamente parcial a favor do aparelho "Europeu" quando se começa a falar em comparações como esta , mas que é excelente para nos dar informações numéricas, o quão bom ele é, já vai ficar claro mais para a frente neste post).
O trem de pouso não atrapalha absolutamente nada, a altura dos Pylon´s ao solo é mais do que suficiente para poder levar toda e qualquer arma tática que se encontre nos arsenais da NATO, e temos fotografias de Tiffies equipados com 4 LGB´s de uma tonelada cada, mais 4 MRAAM´s, mais 2 SRAAM´s, mais 3 depósitos de combustiveis externos a provar a questão, isto é o que eu chamo uma carga pesada...
E um dos daqueles mitos urbanos com morte dificil é a famosa teoria que o Tiffie é um caça ar-ar puro. Desde o inicio, o Ef foi designado como o substituto dos esquadrões de Jaguares na RAF, e de um par de esquadrões de Tornados na Luftwaffe... É normal que tendo uma quantidade enorme de Tornados nos seus esquadrões as Forças Aéreas tenham preferido fazer primeiro a integração de armas ar-ar, e já agora, actualmente a unica real vantagem que o RAFALE tem ao nivel de integração de armas ar-terra , é o SCALP, e essa vantagem será completamente erodida por alturas da entrega dos primeiros aviões aos Sauditas, DOIS anos...
Mas o aparelho Francês tem de facto algumas vantagens na arena ar-terra devido a certas caracteristicas do RB2 (resolução centimétrica no modo ar-terra HOBS). Veremos como fica a questão depois da entrada ao serviço de radares AESA nos dois caças... E já agora como é que anda o DRAAMA do RB2 Aesa Francês? - Recentemente andava mal...
Entretanto o primeiro set do CAESAR encontra-se neste momento an ser integrado no DA5, vamos receber noticias muito brevemente do primeiro vôo de um radar AESA num tiffie...
Já agora se vamos falar de vantagens do lado do Tiffie, coloquem as capacidades dinâmicas do mesmo em regime supersónico. A mistura de um Delta Canard "long harm", com dois motores com uma relação "thrusth-weight" de 10:1 atiram com o Tiffie, em regimes de vôo supersónico, para uma categoria tremendamente próxima da do RAPTOR (comparem o Thrusth/weight com os motores em Dry Thrusth entre estes dois caças, são idênticos, e de seguida comparem com o resto, existem uns caças lá para a Europa Oriental que coram de vergonha) . Sim, no tipico confronto supersónico, BVR, "whatever" o Tiffie fica atrás do F22 (por uma boa margem) e à frente "head and shoulder´s" do resto. Deixo um nº que foi recentemente confirmado pelo construtor, MACH 1.5... É a velocidade de supercruise do "Tiffie" ("clean", claro), encontram o nº no site oficial da EUROFIGHTER GMBH (na parte referente à Austria). O Aloysius Rauen já tinha dito em 2005 que o Tiffie armado atingia velocidades supersónicas em Dry Thrusth, o piloto de testes Chris Worning tinha indicado MACH 1.2 numa configuração 4+2 (BVRAAM´s+ SRAAM´s), o Jon Lake tinha indicado MACH 1.4 na mesmissima configuração 4+2, isto à menos de um ano (e eu na altura não acreditei), entretanto a EUROFIGHTER GBMH em janeiro deste ano, veio partir a loiça e indica no seu site oficial que "em determinadas condições" (calculo que seja completamente limpo) o caça atinge MACH 1.5 com os motores em Dry Thrusth... E outra vantagem do Tiffie, o MMI (men/machine interface) é um verdadeiro estrondo (a não ser que tenhas pilotado anteriormente um Mirage ).
O maior alcance do RAFALE neste momento deve-se à integração de tanques de combustivel EXTERNO maiores dos que o Tiffie utiliza, se alguém quiser, os pylon´s externos do Tiffie estão capacitados para depósitos do mesmo tamanho dos utilizados pelo caça Francês (a RAF está a pensar no caso para o Tiffie Block8, TRÊS anos).
Bottom line, o que é que eu penso?
Tirando um unico erro grave cometido pela Dassault (o tamanho do nariz do RAFALE, demasiado pequeno, impossibilita a introdução de radares com antenas com um diâmetro superior a 600 mm, e tirando este disparate o potencial para utilizar sistemas avançados é idêntico nos dois caças) os dois aviões são tão próximos que as vantagens momentâneas no espaço temporal que um dos dois aviões possa ter sobre o outro, numa determinada área, pode ser "facilmente" corrigido e alterado...
O caso dos dois Eurocanards e meio (o Gripen ) é uma longa lista de incompetência, asneira, deperdicio de recursos escassos, oportunidades perdidas, etc, etc, etc... E umas quantas pessoas deveriam ter ido parar à cadeia... Não pela capacidade dos aviões propriamente ditos, que em termos técnicos são um sucesso.
MAS PELA ESTUPIDEZ CRASSA de se construir TRÊS AVIÕES IGUAIS (dois e meio ) quando os orçamentos da Defesa Europeus são pequenos (comparando com o dos EUA, claro). Se em vez de estourar dinheiro ESTUPIDAMENTE, os governos Europeus tivessem chegado a um consenso à década e meia atrás, existiria um unico avião que estaria a equipar sete forças aéreas e mais duas marinhas, e o dinheiro que tem estado a fazer falta para a construção de uma série de protótipos de UCAV´s, existiria, ÀS PAZADAS.
E qual é que eu escolheria, para equipar a força aérea do meu país?
A não ser que a força aérea em questão tivesse uma tradição (e respectiva cadeia logistica) de utilizar Mirages Franceses (ou a Dassault estivesse tão desesperada que me oferecesse condições absolutamente irrecusáveis, o que até pode vir a ser o caso), escolheria, sem pensar duas vezes, o Tiffie. E porquê?
Afinal, os dois aviões são praticamente iguais...
Porque a Eurofighter, ao contrário da Dassault tem um documento assinado pelos 4 ministros da defesa de quatro países a comprometerem-se com a compra de 620 aviões, e nesse contrato estão penalidades verdadeiramente assustadoras para quem não quiser os seus aviões (o engraçado é que, na altura, foram os Britânicos a exigirem essas penalidades draconianas, precisamente aqueles que caso conseguissem sair do contrato para a Tranche 3 sem pagar por isso, o fariam mais depressa, os tipos estão com uns problemazitos monetários devido a Iraques e outros Afeganistões). Entretanto a Eurofighter, além destes 620 caças, já conseguiu a compra de mais 90 aviões (Austria e Arabia Saudita). A Dassault, por muito que o Mindef Francês diga que quer 294 Rafales, só tem encomendas assinadas para 120, e à velocidade a que estão a ser entregues talvez lá para 2050 acabe de entregar o ultimo... Ou não, o Mindef Francês pode pura e simplesmente copiar o Pentágono, lembram-se de quantos F22 eram para ser adquiridos?
Entre os dois aviões, a não ser que aconteça algo perfeitamente imprevisto, o Tiffie vai receber MUITISSIMO mais dinheiro para upgrades ao longo da sua vida util , isto porque a sua cadeia de montagem vai entregar muito mais aviões, durante muito mais tempo. Assim se eu escolhesse o RAFALE, para fazer um upgrade daqui a uma década, provavelmente o desenvolvimento sairia do bolso do meu ministério. No caso do EF, provavelmente poderia fazer "piggy back" do dinheiro gasto por outro investidor (CAESAR e Arábia Saudita, por exemplo).
Tiffie, sem grandes dúvidas (tirando a possibilidade de os Franceses entrarem em estado de desespero total, claro)