Olá Rui,
Rui Elias Maltez escreveu:E aqui, aproveitaria para responder às observações do Finken:
É claro que o Estado não deve sder "cabide de emprego" mas também não pode em nome das ideologias neo-liberais de emagrecimento do estado até ao limite, ser promotor de desemprego, porque este gera instabilidade social, exclusão agravada e esses probelmas o Brasil já tem de sobra.
Então significa que, se há grande desemprego, o Estado deve empregar essa massa?!
Significa que a iniciativa privada e os trabalhadores dela devem, com seus impostos, deixar que uma classe de Funcionários Públicos inteira continue literalmente "mamando" nas tetas do governo?!
O fato de o Estado ser grande e oneroso, e ainda assim ineficiente, não é fator redutor de desemprego.
O que reduz isso é a chacação que o Estado faz em cima do setor privado, com impostos escorchantes, uma legislação trabalhista absurdamente obsoleta, e um encargo trabalhista enorme para as empresas.
Isso, meu caro, é fator de desemprego. Não a redução do Estado.
Levando para um lado mais lógico. Hoje, cerca de 5% dos trabalhadores com carteira assinada são empregados pelo setor público. Se considerarmos os Autônomos e Informais, esse número cai ainda mais! Será mesmo que enxugando o estado, isso provocaria uma "convulsão social"?! Ou será que a magnitude disso no cenário geral seria pequena, como acabei de mostrar?!
Para além dessa questão, o Funcionário Público no Brasil constitue uma Classe Social que está acima dos Trabalhadores da Iniciativa Privada. Essa pequena porcentagem de Servidores Públicos tem privilégios que, por algum motivo, não se estendem aos Funcionários Privados?! Porque?!
Rui Elias Maltez escreveu:Acerditar que os empresários empregariam mais gente, se as leis laborais fossem mais favoráveis aos interesse do patronato é errado e utópico.
Eles apenas querem ter mãos livres para despedir quando querem exactamente como se as pessoas fossem bens descartaveis e sem dignidade.
Alto lá! Seja mais atento quando responder essas questões.
É óbvio que existem direitos trabalhistas que não devem ser abolidos. Não é porque não sou esquerda que não acho isso. Aliás, nem sequer comentei sobre isso. Comentei sobre a incidência absurda de tributos sobre a Folha de Pagamentos. Hoje, se uma empresa contrata um empregado por 1 Salário Mínimo, ele na verdade custa mais de 2 Salários Mínimos, somente pela tributação da Folha de Pagamentos! Para além, a CLT está obsoleta, é necessária uma ampla reforma dela. A Justiça Trabalhista é outra questão! E por aí vão outras.
Mas, certamente elas servem como um desestímulo à contratação de funbionários!
É tudo uma questão de ideologias, umas de direita e outras de esquerda, umas mais liberais e outras menos.
Rui Elias Maltez escreveu:Dos 10 paíes mais desenvolvidos do mundo, 5 deles têm um sistema social-democrata onde o estado social tem peso importante.
Porque não citamos nomes, talves possamos averiguar qual a situação desses países hoje!
Rui Elias Maltez escreveu:Porque lá as pessoas são tratadas como tal, e não como bens descartáveis.
Não é "conversa ao vento", mas a realidade.
Mais palavras ao vento... É o verdadeiro discurso pseudo-humanista, bastante semelhante àquele usado pelo "Sim" sobre o Referendo de 23 de Outubro!
Rui Elias Maltez escreveu:O Finken sabe o que é ter família, casa e carro para pagar e cair no desemprego?
Sabe o que é o drama dos desempregados, e dos que trabalhando se têm que sujeitar às regras liberais da economia apoiadas por um estado-Pinochet, sabendo que o trabalho que têm hoje, podem não o ter amanhã?
Não sabe, ou pensaria de outra forma.
Rui, tu fala como se eu fosse algum tipo de crápula insensível, que não tem a menor sensibilidade sobre isso!
Aliás, deve ser isso que pensa de pessoas que pensam como eu. O que é um tremendo de um equívoco!
É certamente lamentável que existam pessoas desempregadas, sem ter o que comer, passando fome.
Mas demagogia não ajuda à resolver isso!
Essa questão eu já debati várias vezes com o Paisano e com o Raul pelo MSN. Infelizmente, não se pode proibir que as empresas demitam funcionários. Às vezes, é necessário, e nem tampouco deve o funcionário ter plena estabilidade, pois isso somente leva à produtividade medíocre que o Setor Público nos apresenta!
Claro que para ti, isso deve soar bastante estranho, visto que deves apoiar aquela economia planificada e centralizada da URSS. É um direito seu. Mas a história está aí para provar o que deu certo, e o que não deu!
Infelizmente, assim como para empresários, existem riscos para a atividade econômica dos próprios trabalhadores! Como argumentei uma vez com o Raul: deve a Varig demitir 3 ou 4 mil funcionários agora, ou mantê-los em seus cargos e permitir que TODOS percam seus empregos futuramente?!
Rui Elias Maltez escreveu:A função de um Estado é governar para as pessoas e não para grupos de interesse empresariais.
Sim, sem dúvida!
O Estado deve governar para o bem de TODOS, não para este ou aquele Grupo de Interesse, seja ele de Empresários, ou de Funcionários Públicos!
Rui Elias Maltez escreveu:Criou-se recentemente a ideia, apoiada por uma lavagem ao cérebro levada a cabo pela comunicação sovial, de que o futuro está no liberalismo.
As escolas e faculdades de economia apregoam o liberalismo económico e financeiro, e dão pouca importância à dignidade humana.
Eu creio que a imagem que o Rui tem de Economistas, ou de Liberais, seja de pessoas que, à cada pessoa desempregada, devam ris-se à toa! Só pode ser!
Rui Elias Maltez escreveu:E assim as pessoas pensam que este caminho é uma inevitabilidade Bíblica, incontornável.
Mas não é.
São as pessoas que governam no mundo e são as pessoas que determinam as políticas.
Não podem ser as regras teoricas dos economistas e académicos a determinarem o futuro da humanidade.
Nada é inevitável nem incontornável.
Tudo pode ser questionado.
A "Biblificação" ocorre dos dois lados. "Das Kapital" deve ser seu livro de cabeceira, certo?!
De fato, nada pode ter um poder divino para determinar o futuro do planeta, e isso ocorre de ambos os lados! Nada é inevitável e incontornável!
Nem mesmo o desemprego, seja num estado liberal, seja num estado socialista!