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Enviado: Qui Jun 16, 2005 12:13 am
por REGATEANO
Posso mudar de idéia, mas acho que o EB não precisa de um tanque novo, vou demonstrar porque.
Na década passada o país perdeu a chance de produzir seu MBT no estado-de-arte, o Osório, os Generais não conseguiram convencer ao governo a gastar US$ 1 mi por unidade na versão com canhão 105mm.
Até a chegada os L1 e M60 a força operava o M41, ou seja, possuia uma força inespreciva de blindados.
Por sua vez, a geografia brasileira não ajuda o emprego desses bichinhos, o que restringe sua atuação nas estepes do Rio Grande (Embora mantenham-se bases no sudeste).
Faz bem destacar que o EB preferiu (acertadamente) a instalação da aviação rotativa.
Neste diapasão, resta a implementação de uma nave de ataque que possa provir a força de um meio de dissuassão real.
As opções estão no mercado.
Enviado: Qui Jun 16, 2005 11:55 am
por Paulo Bastos
Lauro Melo escreveu:Parabelum,
Muito Obrigado pelas ótimas informações.
Esclareceu todas as dúvidas.
P.S : Muitos também superestimam a quantidade de tanques T-54/55 no Peru.
Os numeros peruanos tambem são muito complicados. A unica coisa que posso afirmar é que o Ejercito Peruano adquriu cerca de 375 T-55 em dois lotes, com um periodo de 10 anos entre eles. Alguns dos blindados do 2º lote foram para substituir outros do 1º, o que implica que ele nunca se teve a totalidade desses blindados em operação.
Foi muito divulgado que o indice de disponibilidade desses veículos se encontrava muito baixo e que, por conta disso, houve a necessidade de uma modernização. Tambem foi dito que esta modernização esta sendo feita com o auxilio de chineses, que a versão modernizada se chama T-55P e a quantidade final ficaria próximo 100 unidades, mas isso ainda não foi confirmadso pelas minhas fontes no Peru.
Se tiver mais duvidas sobre o tema é só perguntar que, caso eu possa ajudar, terei o maior prazer em fazê-lo
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Pablo Maica escreveu:Parabelum vc não participa do fóruma asas de guerra?
Sim. Sou um dos fundadores e tambem um dos atuais moderadores do AsasNet - Asas de Guerra, apesar de ficar ausente por alguns meses.
Abraços,
Paulo Bastos
Enviado: Qui Jun 16, 2005 5:39 pm
por nestor
Enviado: Qui Jun 16, 2005 8:36 pm
por pt
Também comparto da ideia de que o Leopard-II não é o mais adequado para o Brasil. A sua utilizade, em mais de 70% do território sería duvidosa. Pode ser utilizado no sul, e eventualmente no sertão, do nordeste, e mesmo assim com reservas.
No entanto há algo que podería ser feito, e que podería ser vantajoso para a industria.
É a criação de um hibrido.
Aproveitar o casco e o motor do M-60, e adaptar-lhe a torre do Osório, modernizada.
Não sería necessário desenvolver todo o tanque, e poderia contruir-se um veículo novo. Cascos de M-60 não há falta deles, e não deve haver problema com restições legais americanas, porque afinal casco é só casco. Dependendo do custo, muitos países estariam provavelmente interessados nesse tipo de hibrido.
Mas para fazer qualquer coisa deste tipo, acho que (pelo que vejo e pelo qeue me dizem) provavelmente será necessário aguardar por um governo mais favorável.
Cumprimentos
Enviado: Sex Jun 17, 2005 10:30 am
por MAJOR FRAGUAS
desculpe a ignorância, mas eu tinha a idéia que um tanque normalmente fosse para "todo o terreno" e que a tonelagem fosse maior de um pra outro, devido ao aumento do calibre e da blindagem do tanque, mesmo porque os tanques não devem ser constrídos para andar somente em rodovias.
Enviado: Sex Jun 17, 2005 10:38 am
por alfsapt
MAJOR FRAGUAS escreveu:desculpe a ignorância, mas eu tinha a idéia que um tanque normalmente fosse para "todo o terreno" e que a tonelagem fosse maior de um pra outro, devido ao aumento do calibre e da blindagem do tanque, mesmo porque os tanques não devem ser constrídos para andar somente em rodovias.
Verdade. Prova disso foram as grandes batalhas de tanques no Vietnam, Falklands, Afeganistão entre outras.
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Enviado: Sex Jun 17, 2005 11:07 am
por Paulo Bastos
pt escreveu:Também comparto da ideia de que o Leopard-II não é o mais adequado para o Brasil. A sua utilizade, em mais de 70% do território sería duvidosa. Pode ser utilizado no sul, e eventualmente no sertão, do nordeste, e mesmo assim com reservas.
A topografia brasileira, ao contrario da dos paises andinos, permite a utilização de blindados pesados em praticamente todo o território nacional, exceção apenas nas regiões serranas, pantanosas e florestas. O limitador é justamente a parte do deslocamento.
MAJOR FRAGUAS escreveu:desculpe a ignorância, mas eu tinha a idéia que um tanque normalmente fosse para "todo o terreno" e que a tonelagem fosse maior de um pra outro, devido ao aumento do calibre e da blindagem do tanque, mesmo porque os tanques não devem ser constrídos para andar somente em rodovias.
O problema é que para chegar em um TO os veículos utilizam as vias tradicionais (rodovias, ferrovias, vias maritmas e fluviais, etc...), pois isso torna o deslocamento mais rápido e mais barato (por esse motivo que os exércitos utilizam carretas para deslocar seus blindados), e as rodovias brasileiras tem como limite de segurança para trafegar nelas, principalmente em pontes e viadutos, o limite de 45 Ton. Na maioria das ferrovias, devido a bitola estreita, ocorre a mesma limitação.
Abraços,
Paulo Bastos
Enviado: Sex Jun 17, 2005 11:45 am
por Guilherme
Jet Crash® escreveu:Einsamkeit escreveu:e Abrams? existem centenas dos modelos iniciais, qualquer compra de produto americano viria com uma centena deles, Acho que nos cederiam por um bom Preço.
O X da questão é o custo de operação. Um M1 é mais caro de operar que um F-16.
Ele é sem sombra de dúvida o melhor tanque de combate do mundo, melhor que Leo 2, que T-90, que Leclerc porque ele cumpriu um critério que os demais não cumpriram até agora que é a experiência em combate.
O LeClerc não chegou a ser usado na primeira Guerra do Golfo?
Enviado: Sex Jun 17, 2005 1:46 pm
por Einsamkeit
Mais voces acham que 70T é o fim do Mundo, Dois caminhoes carregados tem 70T, um vindo de um lado de uma ponte e outro de outra, equivaleria a um tanque atravessando, logicamente que teriam que ter aquelas peças de borracha nas lagartas.
Pelo Menos aqui no sul da pra usar tranquilo um MBT.
Enviado: Sex Jun 17, 2005 2:23 pm
por delmar
Creio também que o Leopard 2, ou outro MBT similar em peso, não é adequado para uso regular no Brasil. Poderiamos equipar, talvez, um RCC com ele e, se fosse necessário para alguma operação de paz no exterior, termos esta opção de uso.
Como transportar um Leopard 2 de Santa Maria/Rs, para Corumbá, na fronteira da Bolvia? O nosso Osório foi construido com 3,20 m de largura, a máxima para poder ser transportado de trem no Brasil (o vagão padrão tem 2,60 de largura). Já o Leopard 2 tem 3,70 m de largura. Não poderá, portanto, seguir por ferrovia.
Por via rodoviária ele vai precisar um semi reboque especial, com 4 eixos traseiros, rebocado por um caminhão 6X4. O semi reboque vazio está na faixa de 16 t e o caminhão trator ( tipo Scania) em 10 t. A soma total é um conjunto pesando 86 t. Poucas estradas no Brasil, e na América do Sul, vão suportar.
Um blindado para utilização massiva, no Brasil, não poderá ter mais de 40 t.
até outra.
Enviado: Sex Jun 17, 2005 2:27 pm
por alfsapt
delmar escreveu:Não vim para explicar, vim para confundir.
Vc não está fazendo justiça ao seu lema
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Enviado: Sex Jun 17, 2005 2:27 pm
por Paisano
Seja bem-vindo ao fórum Defesa Brasil, delmar.
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Enviado: Sex Jun 17, 2005 6:14 pm
por Marechal-do-ar
Respondendo a quem sugeriu um misto de Osório com M-60,
Desculpa dizer isso mas você juntou o pior dos dois mundos, o canhão de 120mm/L44 do Osório não era muito superior ao de 105mm/L51 (?) do M-60, ele não podia levar um canhão decente (120mm/L51) porque seu peso não permitia, se ele atirasse com um canhão mais potente poderia capotar, sendo assim não é tão interessante colocar a torre do Osório no M-60, e o M-60 tambem tem seus problemas, sua blindagem é forte para os padrões sul-americanos, mas isso não significa muita coisa, ela é 100% aço, mais fraca até que a blindagem bi-metal que estava sendo desenvolvida para o Osório e o tanque é mais pesado, ou seja, não pode ir a qualquer lugar, poderiamos colocar eletrônicos de ponta nele para deixa-lo preciso, mas isso o deixaria caro, sera que alguem gostaria de torrar tanto dinheiro em uma plataforma cheia de defeitos?
Para o Brasil acho que deviamos ter dois tipos de veículos, um MBT e um caça-tanques, o MBT seria um "Leopard 3" com umas 80 tons e um canhão mais potente do que os existentes hoje (140mm ou 120mm/L60), um verdadeiro destruidor, ele ficaria confinado ao sul do país protejendo nosso parque industrial, e um caça-tanques, não os caça-tanques que temos hoje, algo com umas 20 tons com blindagem composta para resistir a tiros de até 30mm, ao invés de um canhão ele usaria misseis anti-tanque (misseis feitos para ele não adaptações de armas de infantaria) dando a ele poder para destruir o MBT mais resistente, ele seria usado no resto do país, por ser leve pode ser transportado mais facilmente e poucos lugares teriam problemas com ele, claro, isso é só um sonho, mas sonhar (por enquanto) não custa nada....
Enviado: Sex Jun 17, 2005 6:56 pm
por pt
Entendo a questão, no entanto...
Se o M-60 pode utilizar a torre do Abrahms, não poderia utilizar a do Osório?
E claro, estamos a falar de um projecto que tinha que modernizar também a torre do Osório, e estudar as soluções adequadas, tendo em atenção o actual estado da tecnologia. O Osório é um projecto já relativamente antigo.
A principal vantagem, seria, naturalmente a do desenvolvimento de tecnologia. Afinal o Cascavel, também foi praticamente uma versão do M-8.
Cumprimentos
Enviado: Sex Jun 17, 2005 7:10 pm
por Marechal-do-ar
O M-60 pode utilizar a torre do Osório, mas não faz sentido colocar um canhão tão fraco em um veículo de 60 tons, seria melhor colocar a torre do M-1 ou uma adaptação da torre do Leo 2 ou até Challenger.