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Enviado: Sex Ago 06, 2004 4:12 pm
por César
Olha o Spets aí na foto gente! HAHAHAHAHA!!!!
Só lamento mesmo cara

hehehe
Agora, falando sério, achei muito pertinente a colocação que o Guilherme fez: "
é engraçado ver aquelas eminências de Brasília, preocupadas com cadeira no Conselho de Segurança, mas não movem uma palha para modernizar as Forças Armadas."
Depois dessa eu não preciso dizer mais nada. Concordo plenamente.
Abraço a todos
César
Enviado: Sex Ago 06, 2004 5:20 pm
por Spetznaz
Eu acho o seguinte.
Agente nao precisa ter um exercíto gigantesco para ser respeitado externamente. Nao acho q exista alguma correlaçao entre ter um exercio forte e participar do Conselho de Segurança. Basta ter soberania política, reconhecimento diplomático, corpo economico etc etc........
Além de que este governo, querendo admitir ou nao, está dando atençao especial ao nosso exército. Acho q é uma opreçao conjunta. Um programa relacionado à está area "estratégico militar". Além do reconhecimento externo, vem acompanhado disso um investimento maior nas nossas forças, além de um esforço diplomático muito grande......
E antes de tudo, vcs devem saber minha opiniao sobre mandar tropas pra fora, entre outras coisas. Já discutimos milhoes sobre isso....

Enviado: Sex Ago 06, 2004 8:36 pm
por Guilherme
O Exército não precisa ser gigante, mas tem que ter uma AAAe decente, carros de combate, VTPs, e por aí vai. Os caras ainda usam M-41, que os americanos usavam na Guerra da Coréia.
Acho que o tamanho do Exército tá bom, pra nossa situação econômica. Aí tem que ir aprimorando aos poucos.
Enviado: Sex Ago 06, 2004 10:00 pm
por Spetsnaz
Guilherme escreveu:O Exército não precisa ser gigante, mas tem que ter uma AAAe decente, carros de combate, VTPs, e por aí vai. Os caras ainda usam M-41, que os americanos usavam na Guerra da Coréia.
Acho que o tamanho do Exército tá bom, pra nossa situação econômica. Aí tem que ir aprimorando aos poucos.
Pode cre .. é ridiculo isso!
Não tenha muito .. mas tenha pouco com muita qualidade ..
Enviado: Sex Ago 06, 2004 11:09 pm
por César
Spetznaz escreveu:Eu acho o seguinte.
Agente nao precisa ter um exercíto gigantesco para ser respeitado externamente. Nao acho q exista alguma correlaçao entre ter um exercio forte e participar do Conselho de Segurança. Basta ter soberania política, reconhecimento diplomático, corpo economico etc etc........
Além de que este governo, querendo admitir ou nao, está dando atençao especial ao nosso exército. Acho q é uma opreçao conjunta. Um programa relacionado à está area "estratégico militar". Além do reconhecimento externo, vem acompanhado disso um investimento maior nas nossas forças, além de um esforço diplomático muito grande......
E antes de tudo, vcs devem saber minha opiniao sobre mandar tropas pra fora, entre outras coisas. Já discutimos milhoes sobre isso....

Você está certo em alguns pontos Spetz. O poderio militar não garante, por si só, importância política ao ponto de um determinado país ser chamado ao CSO.
Porém, ele é um requisito fundamental, que está por sua vez calcado em outros mais primordiais, como o poderio econômico da Nação em manter o seu poder militar.
É fato que assim que a economia de um país se torna suficientemente desenvolvida o país tem como aumentar os gastos militares, o que é uma tendência natural. Os ricos fazem isso. Quando os pobres fazem o mesmo se deparam com problemas enormes. Alguns colocam mais de 5% do PIB na Defesa, mas mesmo assim o dinheiro é tão pouco que não consegue manter a operacionalidade da força.
No Brasil o caso é o contrário. Proporcionalmente ao PIB, os investimentos militares propriamente ditos(não incluem salários) são mínimos e não alcançam sequer 1% do PIB. O ideal seria 2%. Não faria de nós um país beligerante(os EUA colocam 4% do PIB na defesa) e nem tampouco "relaxado" em relação a esse assunto estratégico.
Os dois principais fatores para a importância política mundial é uma forte economia(que gera a conhecida "dissuasão econômica") e um poder militar sustentado por essa mesma economia.
Isso em termos mundiais. Em termos regionais a cultura tem forte influência nas relações entre países.
Abraço a todos
César
Enviado: Sex Ago 06, 2004 11:14 pm
por Spetznaz
Só uma coisa
Quando digo gigante nao falo em número. Falo em gastos....
valeu.
Enviado: Sex Ago 06, 2004 11:19 pm
por Clermont
Mais uma medida estúpida que devemos pôr na conta da "ideologia": o PT emitiu uma nota na qual declara o seu apoio à continuação do mandato do Presidente Chàvez, na Venezuela. Portanto, temos o espantoso fato de uma agremiação partidária brasileira, se imiscuindo de forma pública, nos negócios internos de uma nação vizinha e amiga do Brasil.
O Presidente do PT, José Genoíno, tratou de afirmar que tal posição é apenas partidária, e não reflete a posição oficial do Governo do Brasil. Porém, dado o fato de que o referido governo é liderado pelo referido partido, é claro que tais distinções dificilmente serão levadas em conta no exterior.
E quais as conseqüencias? Só a evolução da situação política venezuelana irá dizer. Se Chàvez ganha o tal plebiscito, então o atual governo terá um "amiguinho" fiel em Caracas.
Mas, e se ele perder?
Um representante da oposição venezuelana já apresentou seu protesto contra a intromissão brasileira nos assuntos internos do país dele. Cidadãos venezuelanos já foram às ruas com cartazes anti-brasileiros, há mais de um ano atrás, depois de outras declarações inábeis do governo Lula. Cada vez mais, o Brasil de Lula é visto com desagrado por todos os que são inimigos de Chàvez. Se a oposição ganhar o plebiscito e chegar ao poder, é possível que o Brasil tenha de conviver com um país fronteiriço hostil, pois não se pode garantir que a oposição venezuelana vá se esquecer das atitudes brasileiras.
Nessa situação hipotética, seria a primeira vez, em séculos, que uma coisa assim ocorreria. Os governos militares argentinos podiam ter almejado substituir o Brasil como aliado preferencial dos Estados Unidos, mas não me parecem que tenham sido hostis ao Brasil.
Uma Venezuela hostil e refratária ao Brasil poderia se jogar nos braços dos americanos, prejudicando eventuais interesses comerciais (esses tais que são "coisa de prostituta") e expondo toda a fronteira setentrional brasileira à penetração americana. E tudo por culpa do PT e dos "ideológos" de esquerda.
Então, o quê os nossos "ideológos" de plantão, os "anti-americanos e anti-imperialistas" que tanto puxam o saco de ditadores como Fidel Castro, ou de imitadores como Chàvez, iriam dizer se uma coisa assim acontecesse?
Não iriam dizer nada. Essa gente nunca assume seus erros e suas inconseqüencias. E não iriam aceitar a culpa por terem colocado em risco os interesses mais autênticos da Nação brasileira, unicamente para darem vazão aos seus estúpidos conceitos de "ideologismo".
Eles ficam de consciência tranqüila por terem agido de acordo com a "pureza ideológica", mas o Brasil que se dane...
Enviado: Dom Ago 08, 2004 4:08 am
por jif_jr
Acredito que é válida a intenção brasileira de ingressar no CS visto que o Brasil é um país que busca resolver as questões internacionais de forma diplomática, tendo em ultima instancia o uso da força, creio q a intenção do Brasil é mais de auto-defesa, pois uma vez membro permanente do CS nosso país gozaria do poder de vetar resoluções, isto daria ao Brasil a possibilidade de vetar uma eventual invasão ao seu próprio território (como a amazonia por exemplo).
Eu acho o seguinte.
Agente nao precisa ter um exercíto gigantesco para ser respeitado externamente. Nao acho q exista alguma correlaçao entre ter um exercio forte e participar do Conselho de Segurança. Basta ter soberania política, reconhecimento diplomático, corpo economico etc etc........
Concordo, o Brasil mesmo com todas as suas dificulades é o grande lider da América do Sul ainda que não tenha como respaldo a Força, nosso país é respeitado pela posição que ocupa, para quem acha que o Brasil não tem importancia no cenário mundial basta lembrar da articulação do G20 no qual o Brasil ascendeu como o grande lider e bateu de frente com os países do G7 nas negociações da OMC em Cancún.
O Brasil esta entre as 15 maiores economias do mundo, para se ter uma idéia do tamanho da nossa economia vou postar um artigo que saiu uns meses atrás na Folha:
Em 20 anos de crise econômica, Brasil duplicou número de ricos FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A economia brasileira, que enfrentou recessão, moratória e sucessivos planos econômicos, conseguiu dobrar o número de ricos em 20 anos e aumentar ainda mais a concentração de renda.
Estudo divulgado hoje mostra que em 2000 existiam 1,162 milhão de famílias ricas no país, o correspondente a 2,4% da população brasileira. Vinte anos antes, havia 507 mil famílias ricas --1,8% da população na época.
Na pesquisa, ricos são as pessoas integrantes de famílias com renda mensal acima de R$ 10.982 (valores de setembro de 2003). Os dados foram reunidos pelo economista Marcio Pochmann no livro "Atlas da Exclusão Social no Brasil - Volume 3 - Os Ricos no Brasil", da Cortez Editora.
Segundo o economista, o estudo mostra que nesses 20 anos uma pequena parcela da classe média ficou rica. Mas uma outra parte ainda maior dessa mesma classe média ficou pobre.
"E a base da pirâmide social [os pobres] ficou ainda maior com o esvaziamento da classe média", disse.
O estudo mostrou ainda que essas 1,162 milhão de famílias ricas detém 75% do PIB brasileiro, o equivalente a R$ 1,13 trilhão, segundo estimativa do economista. Desse total, 5.000 famílias sozinhas são donas de 45% do PIB nacional, o equivalente a R$ 691 bilhões.
Segundo Pochmann, o aumento da população rica ampliou a desigualdade no país. Prova disso é que em 1980, afirmou o economista, a população rica tinha uma renda média equivalente a dez vezes a da população em geral. Hoje, os ricos ganham 14 vezes mais que a média do país.
Além disso, a participação dos ricos sobre a renda nacional subiu de 20% para 33% neste período.
De acordo com o livro, 50% do total das famílias ricas do país estão concentradas em quatro cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
De acordo com o "Atlas da Exclusão Social no Brasil - Volume 3 - Os Ricos no Brasil", os 2,4% mais ricos do país têm uma renda média mensal de R$ 22.487. Na comparação com a renda das famílias que estão abaixo da linha da pobreza, os mais ricos ganham 80 vezes mais.
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O estudo mostrou ainda que essas 1,162 milhão de famílias ricas detém 75% do PIB brasileiro, o equivalente a R$ 1,13 trilhão
Compare estes números com estes países da Europa, alguns destes tem os melhores IDH da Europa:
Noruega:
PIB $ 189,436 milhões (2002)
IDH 0,956 (2002)
População 4.539 milhões (2002)
Suécia:
PIB $ 229,772 milhões (2002)
IDH 0,946 (2002)
População 8.924 milhões (2002)
Finlândia:
PIB $ 130,797 milhões (2002)
IDH 0,935 (2002)
População 5.199 milhões (2002)
Dinamarca:
PIB $ 174,798 milhões (2002)
IDH 0,932 (2002)
População 5.373 milhões (2002)
Suíça:
PIB $ 268,041 milhões (2002)
IDH 0,936 (2002)
População 7.228 milhões (2002)
Portugal:
PIB $ 121,291 milhões (2002)
IDH 0,897 (2002)
População 10.032 milhões (2002)
Grécia:
PIB $ 132,834 milhões (2002)
IDH 0,902 (2002)
População 10.631 milhões (2002)
Qual destes países inteiros tem PIB maior que os ricos do Brasil ?
Aliás que bom seria se o bolo fosse divido para todo mundo aqui no Brasil ... mas ai já é outra história
Enviado: Dom Ago 08, 2004 11:33 am
por fredom
a desigualdade cresceu com o regime militar, eu vi um video muito loco, sobre a historia da tv brasileira, ele fazia uma critica a algumas emissoras como sbt e principalmente a globo, bom, mas o que eu quero dizer e' que nesse video mostra um presidente militar falando da sua politica economica e veja o absurdo que ele falou: "que os ricos, sejam mais ricos, para que os pobres atraves destes, possam alcancar o desenvolvimento"
quem sabe um pouco de enomia, entende que mesmo quando se cresce a niveis expantosos (como foi o milagre economico) a renda nao se divide pelos altos indices inflacionarios, e' por isso que hoje temos essa politca de controle rigido da inflacao.
Enviado: Qua Jun 01, 2005 5:17 pm
por rodrigo
China declara "perigosa" ampliação do Conselho da ONU
Nações Unidas - A China considerou "perigosa" uma resolução patrocinada pelo Brasil, Alemanha, Índia e Japão para expandir o Conselho de Segurança (CS) da ONU - e possivelmente dar a esses países assentos permanentes - e sugeriu que poderá usar, se necessário, seu poder de veto para bloqueá-la. As declarações do embaixador da China na ONU, Wang Guangya, foram as mais duras, até agora, vindas do governo de Pequim sobre a questão.
Brasil, Alemanha, Índia e Japão - conhecidos como Grupo dos Quatro, ou G-4 - fizeram circular a resolução em 16 de maio e têm indicado que a colocarão em votação na Assembléia-Geral, em junho. "Penso que o que foi proposto pelo G-4 é muito perigoso, e portanto, no que se refere à China, vamos trabalhar com outros para que (sua aprovação) não ocorra", adiantou Wang.
Para ele, a resolução irá dividir os membros da ONU, e se o G-4 pressionar por uma votação, "toda atmosfera nesta casa será minada, será destruída". Cada nação tem uma opinião diferente sobre quem deveria ser membro permanente, disse ele. A China se opõe à pretensão do Japão por um assento permanente.
Como resultado, acrescentou, os membros da ONU não conseguirão discutir assuntos mais importantes que o secretário-geral Kofi Annan quer incluir numa ampla reforma das Nações Unidas visando a atingir metas globais e desafios do século 21 - desde uma nova comissão de promoção da paz e um conselho de direitos humanos até novas medidas para reduzir a pobreza e promover a educação.
http://www11.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/jun/01/114.htm
Enviado: Qua Jun 01, 2005 5:37 pm
por Arthur
Caros colegas,
É óbvio que uma vaga no CS nos dará muito mais poder e influência (mesmo vindo sem poder de veto, o que eu acho o mais provável). No entanto, é preciso saber como iremos exercer nossa influência.
Não adianta entrar no CS da ONU para apoiar o regime sírio, o genocídio em Darfur, etc. Para entrar lá têm de ser para fazer o jogo do "bem", i.e., a favor da democracia, do respeito às minorias, do comércio justo, etc.
O Brasil também têm que saber que entrando no CS nós teremos mais obrigações com o mundo. Principalmente, com a América Latina e com o oeste africano. Devemos nos postar na defesa dessas regiões, mesmo que isso signifique que tenhamos que gastar ajudando esses países, que tenhamos que abrir mão de governos amigáveis a nós em favor de outros democráticos, etc. Não adianta ter uma política imperial tipo a americana, regida pelos interesses da ordem do dia. Temos que construir relações, sermos parceiros, ajudarmos. Senão veremos no futuro surgir um sentimento de anti-brasilianismo e, sinceramente, os efeitos desse tipo de sentimento nunca serão bons para uma nação, pois se traduzem em repúdio à influência do país, o que pode gerar conflitos e problemas para nós.
Até mais,
Arthur
Enviado: Dom Jun 05, 2005 2:10 am
por VICTOR
Além da China, a Rússia também está soltando várias declarações contra qualquer ampliação no Conselho de Segurança, e contra novos membros permanentes.
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Editorial - Folha de S. Paulo
O "NÃO" DA CHINA
A tão louvada "parceria estratégica" Brasil-China não foi muito longe.
Pequim anunciou anteontem que vai votar contra a proposta de ampliação do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas apresentada em conjunto por Brasil, Japão, Alemanha e Índia. O veto chinês inviabiliza a pretensão brasileira -que já se tornou uma verdadeira obsessão- de conquistar um assento permanente na organização.
A ampliação do CS só poderia ocorrer no âmbito de uma reforma que altere a Carta da organização. Para valer, emendas à Carta precisam ser aprovadas e ratificadas por dois terços dos membros da Assembléia Geral incluindo, obrigatoriamente, os atuais cinco membros permanentes do CS -entre os quais a China.
O veto chinês não diz respeito diretamente ao Brasil, mas sim ao Japão. Não é exatamente uma surpresa. É conhecido o contencioso entre os dois países. Apesar dos sólidos vínculos econômicos, permanecem cicatrizes de guerra. Pequim julga que Tóquio ainda não se desculpou pelas atrocidades cometidas pelo Exército Imperial japonês durante a ocupação da China nos anos 30 e 40. E o nacionalismo chinês não é uma força que possa ser desprezada. A possibilidade de uma vaga no CS para o Japão foi uma das razões pelas quais autoridades chinesas "autorizaram" em abril protestos de rua contra representações diplomáticas japonesas.
O Itamaraty, como é óbvio, não ignorava essa situação.
Apesar disso, acreditando em várias declarações de Pequim que podiam ser interpretadas como simpáticas à pretensão brasileira na ONU, Brasília deu à China o status de economia de mercado, reconhecimento que agora dificulta a aplicação de medidas de defesa comercial contra o país no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio). Mais do que isso, o Brasil ajudou a bloquear na Comissão de Direitos Humanos da ONU, resoluções contra a China.

No afã de obter seu tão almejado assento permanente, o Itamaraty vem não apenas sacrificando princípios como ainda ignorando o que já aprendeu sobre história e conflitos entre nações.
Enviado: Dom Jun 05, 2005 2:13 am
por VICTOR
Folha de S. Paulo 04/06/2005
POLÍTICA EXTERNA
Veto chinês não impede Brasil, Alemanha, Japão e Índia de entregar plano para ampliar Conselho de Segurança
Veto não frustra articulação por vaga na ONU
CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Brasil, Japão, Alemanha e Índia apresentarão nas próximas semanas a resolução que prevê a ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), apesar do anúncio da China de que vetará a proposta. A posição da China pode inviabilizar a implementação da mudança, ainda que ela seja aprovada por dois terços da Assembléia Geral da ONU.
A ampliação do número de membros do Conselho de Segurança só pode ser feita por emenda à Carta das Nações Unidas e qualquer emenda só entra em vigor se for ratificada pelos cinco integrantes permanentes do organismo, entre os quais a China.
A estratégia do Grupo dos 4 (Brasil, Japão, Alemanha e Índia) leva em conta dois fatores: tempo e pressão política. Se a resolução for aprovada pela Assembléia Geral nos próximos 45 a 60 dias, como espera o governo, o processo de emenda da Carta e sua ratificação só deve ocorrer, em um cenário otimista, no próximo ano. O Brasil acredita que até lá podem mudar o cenário político atual e a posição da China.
Além disso, a aprovação da proposta por dois terços ou mais dos 191 países que integram a ONU seria um sinal inequívoco de que a comunidade internacional quer a reforma e a ampliação do Conselho de Segurança. No mínimo, isso forçaria uma negociação política para busca de caminhos que viabilizassem a reforma.
O objetivo do G-4 é aprovar a resolução na Assembléia Geral. O texto prevê que a Carta da ONU terá de ser emendada para ampliar de cinco a 11 o número de membros permanentes do Conselho de Segurança e de dez a 14 o de membros temporários.
Se a proposta receber apoio de dois terços da Assembléia Geral, inicia-se outra etapa, a de emenda à Carta. Há uma nova votação, que só deve ocorrer no próximo ano, na qual o texto da emenda tem de ser aprovado por dois terços da Assembléia Geral e ratificado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. É neste momento que a China pode inviabilizar um dos mais importantes da política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Se essas etapas forem vencidas e a proposta entrar em vigor, haverá mais uma fase, de eleição dos novos membros do Conselho. A resolução prevê que serão dois representantes da Ásia, dois da África, um da Europa e um da América Latina, disputada pelo Brasil.
Os integrantes do G-4 têm feito um forte lobby internacional em favor de sua proposta, com envio de missões diplomáticas a todas as regiões do mundo.
O Brasil estima que o projeto de resolução já tenha apoio de cerca de 120 países, número próximo aos quórum de dois terços (128 votos). O momento de apresentação do texto à Assembléia Geral será definido pela avaliação de sua probabilidade de aprovação.
A China já deu várias declarações interpretadas pelo governo brasileiro como respaldo à pretensão do país de integrar o Conselho de Segurança. A Folha apurou que o Brasil continua a acreditar nesse compromisso.
O problema é que a China não aceita a presença do Japão no Conselho de Segurança. Os chineses acreditam que o Japão não se desculpou dos crimes de guerra cometidos durante a invasão da China, a partir da década de 30.
Enviado: Dom Jun 05, 2005 1:33 pm
por Einsamkeit
A China tem medo do Japao, Mais o Brasil nem consegue manter a ordem interna, vai querer se meter no conselho de segurança, acho que o brasil so pode fazer parte do conselho de insegurança da Onu.
M-41 Rules, Bota Eles pra patrulhar entrada de morro e pra subir, nao precisa nem atirar, vai ter neguinho se cagando.
Enviado: Ter Jul 26, 2005 10:54 am
por rodrigo