Página 2 de 10

Enviado: Qui Dez 13, 2007 10:44 am
por Túlio
Mas num dá para entender esses politiqueiros mesmo: o PSDB votando em bloco contra o imposto que criou; o PT tentando manter a qualquer custo o imposto que fez tudo para matar no nascedouro...

Um texto para reflexão, para entenderem melhor o que quero dizer...


C O L U N A D E E C O N O M I A

16 / SETEMBRO / 2007

DIATRIBE CONTRA A CPMF
Por Marcos Cintra (*)

VIROU MODA pedir a extinção da CPMF. Mas os argumentos esgrimidos contra sua prorrogação não resistem a alguns minutos de honesta reflexão.



A alegação mais freqüente contra a CPMF é o da provisoriedade, que, por purismo semântico, justificaria a imediata cessação de suas prorrogações. Trata-se de argumento fraco e revela desconhecimento histórico.



O Imposto de Renda, hoje cantado em verso e prosa como um dos mais veneráveis tributos, nasceu provisório na Inglaterra para custear as guerras napoleônicas no início do século 19. Sua eficácia o tornou permanente, e o pragmatismo britânico liberou o país da escravidão à estúpida coerência semântica tão prezada pelos adversários da CPMF.



Mais curioso ainda é que a mesma lealdade ao vernáculo não é exigida, por exemplo, do adicional de 10% (ou 2,5 pontos percentuais) do IR das pessoas físicas, que também nasceu provisório, pela lei 9.532/97, e existe até hoje sem contestações dos semânticos inveterados.



Um segundo argumento contra a prorrogação da CPMF é um exemplar sofisma: ela nasceu para financiar os gastos com o sistema público de saúde. Ele vai mal, logo a CPMF deve ser eliminada. Por esse argumento, todos os impostos existentes no país deveriam ser extintos, já que os serviços públicos em geral são deficientes. O IPTU não garante bom asfalto nas ruas e o IPVA não resolve os problemas de trânsito. Mas, se eliminarem o IPTU, o IPVA e a CPMF, a pavimentação, o trânsito e a saúde melhorariam?



Um terceiro argumento apela para os efeitos nocivos da cumulatividade da CPMF. A alegação de que a CPMF, por ser cumulativa, encarece os produtos por sua incidência ao longo da cadeia de produção ignora que qualquer imposto encarece preços. Isso depende de alíquotas - e não de técnicas de arrecadação.



Um imposto cumulativo com alíquotas baixas terá menos impacto nos preços do que um tributo não-cumulativo com alíquotas elevadas. E sabe-se que, pelo fato de a CPMF ser insonegável, as alíquotas exigidas para um dado volume de arrecadação são significativamente mais baixas do que as aplicáveis a um tributo não-cumulativo. Há estudos da FGV mostrando que a cumulatividade da CPMF, relativamente a um tributo sobre valor agregado, reduz a inflação, eleva o emprego, acelera o crescimento do PIB e gera menos efeitos distorcivos nos preços relativos. Até agora esses estudos não foram contestados, mas mesmo assim o argumento da cumulatividade virou chavão contra a CPMF.



Finalmente o argumento da excessiva carga tributária é absolutamente "non-sequitur". Se a carga tributária é excessiva, e há concordância universal nesse ponto, por que eliminar a CPMF, e não qualquer outro imposto, com a mesma receita? Melhor ainda seria reduzir alíquotas linearmente. Ou, quem sabe, seria mais inteligente começar eliminando os impostos mais complexos, mais burocráticos, mais sonegáveis, mais iníquos do que a CPMF, como o ICMS, o IPI, a Cofins, as contribuições ao INSS etc.


Como se vê, os argumentos contra a CPMF não se sustentam. São terrivelmente frágeis. Só resta uma hipótese para justificar a cruzada anti-CPMF: politicagem misturada com interesses escusos de sonegadores e burocratas corruptos. Afinal, eles nunca toleraram a CPMF por ela ser não-declaratória e insonegável.



Roberto Campos (1917-2001) afirmou que a violência do dardo enobrece o alvo. A violenta campanha contra a CPMF lhe presta um rasgado elogio



(*) Marcos Cintra, 60 anos, doutor pela Universidade de Harvard, vice-presidente e professor-titular da Fundação Getúlio Vargas, é ex-deputado federal (1999/2003), ex-Secretário Municipal de São Bernardo do Campo (SP) e autor de "A verdade sobre o imposto único" (LCTE, 2003).

Enviado: Qui Dez 13, 2007 10:47 am
por Carlos Mathias
Aguardem, aguardem... Vocês acham que essa conta vai cair no colo de quem meu caros?

Enviado: Qui Dez 13, 2007 11:10 am
por Tigershark
13/12/2007 - 09h55 - Atualizado em 13/12/2007 - 10h15

CPMF: não há pressa para novas medidas, diz Fazenda
Da Agência Estado
entre em contato

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve se reunir hoje pela manhã com seus secretários para avaliar as conseqüências da derrota de ontem no Senado Federal, com a rejeição da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Segundo assessores do Ministério, não haverá pressa ou precipitação na divulgação das medidas que serão tomadas para compensar a perda de arrecadação dos R$ 40 bilhões. "Vamos parar para pensar", disse um assessor do ministro.



Mantega acompanhou parte da votação no Senado do gabinete do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, no Palácio do Planalto, e ainda não chegou ao prédio da Fazenda. Ele dará uma entrevista hoje para comentar o resultado de ontem no Senado e falar sobre as novas diretrizes.

Enviado: Qui Dez 13, 2007 11:22 am
por rodrigo
Se não entendeste o propósito do post, Rodrigo véio, experimentes ler outra vez...
Caro revôrvero dos pampas, não escrevi a vosmecê, mas se gostar de pagar o imposto, estás enquadrado.

Ou és a favor de caixas-pretas e caixa-2?
Sou favorável às caixas-pretas, até porque são importantíssimas para se descobrir as causas dos acidentes aéreos (sem bem que no Brasil essas investigações não tem chegado a conclusão nenhuma...). Em relação ao caixa 2, sou contra, apesar do nosso PR ter declarado em Paris que isso todo mundo faz, e com base no direito consuetudinário, vale tudo nesse tema.

Ou ainda é só na base do 'quanto pior, melhor' ou 'tudo o que for ruim para o governo é bom para mim'?
Quando se trata do embate estado arrecadador X contribuinte, sou um guerrilheiro disposto a executar ações de comandos suicidas em prol do contribuinte que só vê o dinheiro público jogado às feras.

Para explicar melhor: se movimentares 100.000 reais, pagarias dez centavos e o governo saberia que movimentaste os tales 100.000,00. De outro modo, escancaram-se AINDA MAIS as portas à sonegação, e não te imagino endossando ISSO...
A figura do controle tributário da movimentação financeira do contribuinte é exercida há muitos anos por um software que a RF usa, que não me lembro o nome e se alguém lembrar por favor coloque aqui. Não existe sigilo bancário no Brasil há muito tempo, quem trabalha nos bastidores sabe disso, e o argumento do controle através da CPMF é conversa pra boi dormir, porque se o controle não viesse acompanhado de muito $$$, não teria sentido, visto o controle da RF, que só não é mais extenso por falta de analistas para processar a quantidade de informações geradas pelo software de controle.

Enviado: Qui Dez 13, 2007 11:25 am
por rodrigo
CPMF - O governo perdeu para ele mesmo. E para Arthur

Houve um momento, ali pelo meio da tarde de ontem, que apenas seis dos 13 senadores do PSDB permaneciam dispostos a votar contra a prorrogação da cobrança da CPMF até 2011.

Não fosse pela teimosia do líder Arthur Virgílio(AM), o PSDB teria votado em peso com o governo. E se votasse, parte do DEM também votaria. E alguns dos dissidentes da base do governo abdicariam de sua condição de dissidentes.

- Sabe o que é um castelo de cartas? - perguntou-me José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, no início da manhã de ontem. "Pois é: se você tirar uma carta, o castelo desaba. Estamos assim".

Valeu-se da mesma imagem o deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM, em conversa com um amigo na noite da última segunda-feira.

O fim da CPMF, marcado para o próximo dia 31, foi a mais retumbante derrota colhida pelo governo desde que Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez na manhã do dia primeiro de janeiro de 2003. Com rigor, foi a única derrota expressiva.

Ao fim e ao cabo, o governo perdeu para si mesmo - para sua arrogância, sua falta de articulação política e sua pretensão de ganhar sem ceder nada ou muito pouco.

O governo conta com o apoio de 14 partidos. Que no Senado dispõem de 53 votos. Precisava de 49 para vencer. Conseguiu 45, apesar do empenho de todos, rigorosamente todos os governadores.

Seria o caso de se dizer que nunca antes neste país...

Quando anteviu o desastre, tentou fazer em poucas horas o que deveria ter feito há muito tempo - acertar-se com os partidos de sua base e com os da oposição. Não teria sido difícil.

Mas não: procedeu com a desenvoltura de uma tartaruga. E com o excesso de boas maneiras de um macaco.

O que levou Lula a se oferecer para tomar café da manhã com o governador José Roberto Arruda (DEM), do Distrito Federal? E a atravessar Brasília de uma ponta à outra para ir ao encontro dele?

Poderia ter chamado Arruda para tomar café no Palácio da Alvorada. Assim pediria o ritual do cargo. Por meio de um interlocutor comum, poderia ter avaliado antes se Arruda de fato teria como ajudá-lo. Não tinha. Bateu na porta errada.

Quem convenceu Lula da vantagem de despachar uma carta ao presidente do Senado quase no fim da sessão de ontem para avalizar outra, assinada pelos ministros da Fazenda e das Relações Institucionais, onde eles prometiam mais recursos para a Saúde?

Quem duvidaria da palavra dos dois ministros, sendo um deles dono da senha do cofre?

Pois o Senado ignorou as duas cartas.

Presidente da República só deve entrar em campo para bater pênalti. E de preferência contra uma meta sem goleiro. Lula entrou em campo e chutou a bola nas mãos de Virgílio.

Apesar dos erros, é justo reconhecer que o governo só perdeu porque teve pela frente um senador obstinado como o líder do PSDB.

Sozinho, ele valeu mais do que todos os governadores do PSDB - afinal derrotados tanto quanto Lula.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Enviado: Qui Dez 13, 2007 11:26 am
por Túlio
ALELUIA, então!!!


Se metade disso for QUENTE, acabou a sonegação no Brasil, que tri, meu truta!!! 8-]

Enviado: Qui Dez 13, 2007 11:44 am
por Wolfgang
A CPMF voltará sim, com uma alíquota pequena, só para a fiscalização. E o Brasil continuará crescendo, gerando impostos para o Estado gerir as despesas. Nada tão traumático.
Não sei o que tanto se reclama. O legislativo cumpriu seu papel constitucional ao não ceder às pressões do Executivo.

Enviado: Qui Dez 13, 2007 2:39 pm
por Batt
The Baaz escreveu:Tá parecendo bom demais pra ser verdade, dáá-lhe imposto :roll:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 4494.shtml


O governo aumentou de maneira irresponsável os gastos públicos, principalmente os permanentes (ex: a contratação de milhares de funcionários públicos e de cargos comissionados), e agora está em maus lençóis.

Entretanto, a arrecadação de impostos não para de subir e só o aumento nos últimos doze mêses ultrapassa com folga o arrecadado com a CPMF.

O fim da CPMF não é o fim do mundo. O governo terá que aprender a viver sem ela. Os sobressaltos iniciais se dissiparão e com uma gestão fiscal mais austera tudo se resolverá.

O pior de tudo isso é o terrorismo que o Governo provavelmente irá fazer contra os adversários. Para tentar virar o jogo político certamente ameaças virão. As retaliações vão arder nas costas de muita gente.

Todas as culpas do mundo serão direcionadas a oposição. E os aumentos de impostos serão novamente colocados na conta da classe média.

Óoo vida, Óoo :roll: azar...

Enviado: Qui Dez 13, 2007 2:40 pm
por Wolfgang
Olha o terrorismo aí:



Mantega: orçamento deve ser retirado do Congresso Nacional
Ministro diz ainda que meta de superávit primário será mantida.
Acrescentou que a área da Saúde é quem mais perderá recursos.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília entre em contato

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (13) que o orçamento do ano de 2008 deverá ser retirado do Congresso Nacional para que seja adequado à nova realidade da economia brasileira, uma vez que o governo não poderá contar mais com os R$ 40 bilhões da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) - recursos que já estavam previstos na peça orçamentária.



O plenário do Senado negou renovar a CPMF, que termina no dia 31 de dezembro deste ano, na madrugada desta quinta.



Mantega disse ainda que as medidas de ajuste das contas públicas ainda não estão prontas e serão anunciadas somente na próxima semana. "Não vou antecipar nada. Tenho que ter a chancela do presidente antes. O que vai afetar principalmente é a área da Saúde. Vamos ter que rever a regulamentação da emenda da Saúde (PEC 29). Teríamos R$ 24 bilhões a mais nos próximos anos. Como não temos mais CPMF, não há o que acrescentar. Por enquanto, o maior prejuízo ficou par auma área social sensível para a população brasileira, que receberia volumosos recursos adicionais", disse ele.



Mantega não informou se irá apresentar novamente a proposta de prorrogação da CPMF. Segundo ele, isso será divulgado pelo governo somente na próxima semana. Ele disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou "tranquilo" nesta quinta-feira e o incumbiu de adotar as medidas necessárias para reequililbrar as contas públicas.


Política industrial

O ministro afirmou que as medidas de política industrial, que estavam em estudo, serão reavaliadas. "Suspendemos a política industrial. Tínhamos a intenção de fazer um programa robusto. Estávamos prontos para fazer desoneração da folha de pagamentos. Temos que suspender essas medidas. Vamos reavaliar as políticas industrias à luz do novo cenário", afirmou ele.



No caso da folha de pagamentos, a intenção do governo era de baixar a alíquota da contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 20% para 15%. Entretanto, não estava definido um prazo para a adoção dessa medida.


Superávit primário

Apesar de não adiantar as medidas de ajuste das contas públicas, o ministro da Fazenda confirmou que o superávit primário - a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública e impedir o crescimento da dívida - não foi alterada. Deste modo, permanecerá em 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado nos próximos anos.



"Em nenhum momento, vamos mexer na equação fiscal do país. Vamos manter a política de responsabilidade fiscal e vamos cumprir as metas estabelecidas. Não haverá redução das metas fiscais do país. As metas programadas para os próximos anos serão cumpridas rigorosamente", afirmou o ministro Mantega. Segundo ele, a manutenção da meta de superávit primário não deve atrasar a obtenção do chamado "grau de investimento" pelas agências de classificação de risco.


Reforma tributária

Mantega afirmou ainda que, após o fracasso na prorrogação da CPMF, o governo retomará o encaminhamento da proposta de reforma do sistema de tributos do país ao Congresso Nacional. "Retomaremos a reforma tributária tão logo façamos essa adaptação [nas contas públicas]. Ela será apresentada ao Congresso. Queremos fazer. Ela é fundamental para o país crescer mais", disse ele.

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:12 pm
por Paisano
Wolfgang escreveu:Superávit primário


Isso é que deveria ser rediscutido, pois cada vez mais se aperta o cinto apenas (eu disse APENAS) para se pagar o juros e todo final de ano o principal da dívida fica maior.

PS: Quanto aos impostos e a CPMF, sou de opinião que é muito pior se manter uma alícota de 27,5% do que uma que era de 0,38%. :?

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:14 pm
por Batt
Wolfgang escreveu:Olha o terrorismo aí:



Mantega: orçamento deve ser retirado do Congresso Nacional
Ministro diz ainda que meta de superávit primário será mantida.
Acrescentou que a área da Saúde é quem mais perderá recursos.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília entre em contato

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (13) que o orçamento do ano de 2008 deverá ser retirado do Congresso Nacional para que seja adequado à nova realidade da economia brasileira, uma vez que o governo não poderá contar mais com os R$ 40 bilhões da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) - recursos que já estavam previstos na peça orçamentária.



O plenário do Senado negou renovar a CPMF, que termina no dia 31 de dezembro deste ano, na madrugada desta quinta.



Mantega disse ainda que as medidas de ajuste das contas públicas ainda não estão prontas e serão anunciadas somente na próxima semana. "Não vou antecipar nada. Tenho que ter a chancela do presidente antes. O que vai afetar principalmente é a área da Saúde. Vamos ter que rever a regulamentação da emenda da Saúde (PEC 29). Teríamos R$ 24 bilhões a mais nos próximos anos. Como não temos mais CPMF, não há o que acrescentar. Por enquanto, o maior prejuízo ficou par auma área social sensível para a população brasileira, que receberia volumosos recursos adicionais", disse ele.



Mantega não informou se irá apresentar novamente a proposta de prorrogação da CPMF. Segundo ele, isso será divulgado pelo governo somente na próxima semana. Ele disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou "tranquilo" nesta quinta-feira e o incumbiu de adotar as medidas necessárias para reequililbrar as contas públicas.


Política industrial

O ministro afirmou que as medidas de política industrial, que estavam em estudo, serão reavaliadas. "Suspendemos a política industrial. Tínhamos a intenção de fazer um programa robusto. Estávamos prontos para fazer desoneração da folha de pagamentos. Temos que suspender essas medidas. Vamos reavaliar as políticas industrias à luz do novo cenário", afirmou ele.



No caso da folha de pagamentos, a intenção do governo era de baixar a alíquota da contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 20% para 15%. Entretanto, não estava definido um prazo para a adoção dessa medida.


Superávit primário

Apesar de não adiantar as medidas de ajuste das contas públicas, o ministro da Fazenda confirmou que o superávit primário - a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública e impedir o crescimento da dívida - não foi alterada. Deste modo, permanecerá em 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado nos próximos anos.



"Em nenhum momento, vamos mexer na equação fiscal do país. Vamos manter a política de responsabilidade fiscal e vamos cumprir as metas estabelecidas. Não haverá redução das metas fiscais do país. As metas programadas para os próximos anos serão cumpridas rigorosamente", afirmou o ministro Mantega. Segundo ele, a manutenção da meta de superávit primário não deve atrasar a obtenção do chamado "grau de investimento" pelas agências de classificação de risco.


Reforma tributária

Mantega afirmou ainda que, após o fracasso na prorrogação da CPMF, o governo retomará o encaminhamento da proposta de reforma do sistema de tributos do país ao Congresso Nacional. "Retomaremos a reforma tributária tão logo façamos essa adaptação [nas contas públicas]. Ela será apresentada ao Congresso. Queremos fazer. Ela é fundamental para o país crescer mais", disse ele.


É isso aí. Agora aquela saúde pública maravilhosa e "quase perfeita" vai perder recursos. Coitadinho do povo brasileiro, vai começar a faltar vagas nos hospitais, os médicos vão fazer greve por causa dos baixos salários, os hospitais não terão mais aquela grana toda para atender a população com qualidade.

Que droga, vamos perder tudo isso? Todos aqueles avanços por água abaixo? Assim não vale. 8-]

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:15 pm
por Pedro Gilberto
The day after:

Após perder CPMF, governo refaz orçamento, prepara pacote e nega redução de superávit
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354611.shtml

Prioridade do governo é manter estabilidade monetária e controlar inflação, diz José Alencar
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2007/12/13/ult1913u80539.jhtm

Após derrota da CPMF, Chinaglia vê dificuldade para aprovar Orçamento neste ano
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354603.shtml

Fim da CPMF vai mudar proposta de política industrial, afirma Miguel Jorge
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2007/12/13/ult1913u80532.jhtm

Após derrota, Planalto realiza reunião de emergência para analisar alternativa à CPMF
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354576.shtml

Economia não será abalada pela perda da CPMF, diz Appy
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2007/12/13/ult1913u80528.jhtm

Sem CPMF, Selic deve ser mantida em 11,25% em boa parte de 2008, diz economista
http://noticias.uol.com.br/uolnews/economia/2007/12/13/ult2498u390.jhtm

Para Fiesp, fim da CPMF é "vitória do Brasil"
http://economia.uol.com.br/ultnot/2007/12/13/ult29u59065.jhtm

Garibaldi examina propor convocação extraordinária para votar Orçamento 2008
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354541.shtml

Especialistas divergem sobre utilidade da CPMF
http://economia.uol.com.br/ultnot/2007/12/13/ult4294u895.jhtm

Para jornal, perda de arrecadação da CPMF pode retardar elevação do país
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u354472.shtml

[]´S

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:17 pm
por Wolfgang
Paisano escreveu:
Wolfgang escreveu:Superávit primário


Isso é que deveria ser rediscutido, pois cada vez mais se aperta o cinto apenas (eu disse APENAS) para se pagar o juros e todo final de ano o principal da dívida fica maior.

PS: Quanto aos impostos e a CPMF, sou de opinião que é muito pior se manter uma alícota de 27,5% do que uma que era de 0,38%. :?


Aí sim, Paisano. Mas é uma discussão de natureza distinta. :wink:

O IR deve ser mexifo sim, mas quem barrou a reforma da alíquota do IR foi o governo, não a oposição.

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:56 pm
por Pablo Maica
Isso não foi nada mais de que um pecuinha politica da opasição vaidosa querendo mostrar que pode esculambar o coreto do governo, é obvio que sem pensar no povo, e do governo que não queriar perder mais uma sangria para nos sugar.

O que ganhamos com isso? Nada... não vamos sentir diferença nenhuma no bolso, os impostos que nos castigam, IPI, sobre combustiveis, alimentos e importados, estes continuam arrancando nosso couro, e nenhum sem verginha do gosverno ou da opasição ousa falar em reduzir estes pois sabem que um dia vão precisar deles.

Então pessoal DEMOCRACIA é o CAR@L#%... essa foi uma briga de egos que nada mais fez do que demonstrar que os interesses partidários vem muitos antes aos interesses do povo que só é lembrado por esta corja de ambos os lados nas eleições.


Um abraço e t+ :D

Enviado: Qui Dez 13, 2007 3:58 pm
por Wolfgang
Bom, o governo que não aumente os impostos.