César escreveu:
Olá Delta, tudo bem?
Queria dizer que a minha mensagem não foi endereçada especificamente a você. Eu só citei a sua mensagem pois você disse que os nossos vizinhos "eram assim mesmo" de colocar culpa em outros por sua situação, quando o Brasil faz o mesmo.
Não tive a intenção de atacar ou provocar ninguém, e o que fiz foi apenas expressar um incômodo com certas palavras e expressões em algumas mensagens que me parecem preconceituosas.
Falaí, Dindo: grande prazer!!!
Bueno, começo frisando que há kôzaz que nem precisam ser ditas: todos sabemos que não és de modo algum afeito a provocações e ataques, ainda mais após teres passado anos enfrentando isso. A Moderação, mesmo após sairmos, deixa cacoetes, mesmo não tendo mais de moderar os outros, sempre temos a nós mesmos e costumamos ser rigorosos...
Oras, creio que tens razão, algumas mensagens - incluindo a mim nisso - expressam, sem sombra de dúvida, algum preconceito, SIM! E isso não é de bueno tom, tanto quanto não é GRATUITO: somos alvo de preconceito também e bem conheces - muito melhor do que eu - a terceira lei de Newton...
César escreveu: É evidente que eu não concordo com as afirmações feitas pela mídia paraguaia ou por setores da sociedade daquele país. Eu amo o meu país e essas frases me deixam bastante nervoso, mas essas frases não me autorizam a generalizar que todos os paraguaios são, enfim, o que dizem que são aqui neste tópico, ou mesmo dar a eles certos adjetivos citados aqui.
Se alguns paraguaios estão generalizando o brasileiros, não me parece que seja motivo para que nós façamos o mesmo.
Eis aí algo que é criticado de modo recorrente aqui no DB: os vizinhos descem o porrete e o nosso governo age bem como disseste: pede desculpas pela nossa eficiência, pela nossa capacidade, pelo nosso crescimento...
A alternativa: o Evil Morales manda o ridículo 'exército' lá deles nos tomar algumas refinarias, por quê não retaliar? Não digo invadir a Bolívia, digo romper relações políticas e comerciais, cancelar ajuda econômica, fechar as fronteiras e por aí vai; teríamos sofrido um pouco, mas:
O bispo pensaria mil vezes antes de nos provocar. Nem gás ele tem e para invadir Itaipu é preciso invadir o Brasil. Já tentaram antes e deu no que deu. Vendo a Bolívia totalmente quebrada, teria de pensar...
O Correia então, liderando um País empobrecido, que depende ainda mais do petróleo que a Venezuela e num contexto como o atual, preços de commodities em queda, também pensaria bastante. Detalhe: temos um projeto fundamental com o Equador, o Corredor Interoceânico, que fará Manaus dar um salto tão grande ou maior do que no Ciclo da Borracha. Temo pelas conseqüências de nossa falta de firmeza, pela nossa irritante mania de, ao invés de pagar fogo com fogo, dar a outra face e ainda pedir desculpas: concluído o Corredor, nos tornaremos reféns de gente que, sabedora de nossa conduta 'politicamente correta', logo começará a nos chantagear. Mas se retribuíssemos à altura, se fôssemos tão 'preconceituosos' quanto são conosco...
O Chávez -
TINHA que ser o Chávez
- pinta e borda, critica nosso Congresso, dá palpite nas nossas eleições epolítica interna e externa, se mete nas reuniões de cúpula e açula a vizinhança contra nós: quanto duraria sob embargo? Ao nos ver agindo com firmeza, iria ou não pensar melhor antes de nos provocar?
Mas precisamos aprender a mais básica das lições, ou seja, tratemos bem a quem também age assim conosco. O resto...
César escreveu: Novamente reitero que não tive nem tenho interesse em atacar ninguém, que minha mensagem não era endereçada a ninguém em específico. Só me coloco na posição de um paraguaio lendo essas mensagens. Se você fica puto(com razão) quando vai em fóruns latinos e lê mensagens hostilizando o Brasil e seu povo, um paraguaio não sentiria o mesmo lendo certas mensagens aqui?
Suas mensagens contribuiem para um bom debate aqui no DB. Por favor não pare de comentar sobre este assunto.
Abraços,
César
Bueno, um Paraguaio vai gostar tanto de ler certas kôzaz quanto eu. Naquela famigerada enquete do jornal Paraguaio, fiquei roxo de raiva com o que vi os índios falando do Brasil e dos Brasileiros, não era apenas do governo nem eram foristas típicos, eram sim leitores de jornal, cidadãos comuns. E desciam o malho, em última análise, sobre cidadãos comuns como o Agente Penitenciário Túlio, o Estudante César, o Engenheiro Walter, o CMG Marino, o Professor Orestes, o Sargento Guerra, o Arquiteto Freitas, o Vendedor Beronha, o Aviador Alcmartin e por aí vai. E podemos fazer o quê a respeito? Ficar quietos e/ou pedir desculpas como o nosso governo?
Entendas, Dindo véio: não estou pregando uma cruzada antitudo, a demonização da vizinhaça nem kôzaz afins, apenas me insurjo contra a idéia de que temos de nos ferrar por sermos maiores, mais fortes, mais ricos, mais eficientes, mais competitivos do que a vizinhança. Insurjo-me contra termos de desenvolver um complexo de inferioridade por causa de nossa superioridade. Finalmente, insurjo-me contra ideologices preponderando sobre o pragmatismo nas relações internacionais. Há Brasileiros de verdade, não virtuais, no epicentro de um iminente
pogrom!
E eu, por infelicidade, talvez, não consigo ficar quieto diante deste quadro, quando um aperto forte, um 'preconceito por preconceito', um fechamento de fronteira poderiam influenciar muito mais do que charlaiadas terceiro-mundistas obsoletas e rançosas para uma solução favorável a quem trabalha e produz, não aos rapinantes vagabundos de sempre...
Abração, Dindo!
(((E me adescurpes, eu TINHA de dizer isso, sei que não o considerarás pessoal, aliás, jamais te sacanearia, bem sabes...)))