Meus prezados:
Caos nos aeroportos
"As medidas vêm sendo adotadas"
PUCRS examinará "área de silêncio"
fonte: jornal "Zero Hora" 10 dez 2006
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=8001
jambockrs escreveu: Meus prezados:
O PREÇO DA TRANQÜILIDADE
Controladores de vôo de Curitiba denunciam manipulações na legislação em vigor e irregularidades no controle do espaço aéreo brasileiro.
Em meio a uma crise nunca vista anteriormente no sistema aéreo brasileiro, identificamos esforços de diversas áreas da sociedade para se evitar prejuízos ainda maiores para a economia brasileira. Os controladores de vôo, em todo o Brasil, estão trabalhando com carga horária máxima, os aeronautas, apesar de estarem sofrendo na própria pele os reflexos da crise, dão sua parcela de contribuição ao colaborar com os controladores de vôo e cumprirem à risca e sem nenhum tipo de interferência ou questionamento as instruções dos órgãos de controle. As autoridades civis também estão se movimentando, criando um grupo de trabalho interministerial que estuda a situação e tem por objetivo assessorar o governo federal acerca do caos que tornou o controle de tráfego aéreo no Brasil. Até mesmo setores pouco relacionados à aviação, como o industrial e o turístico, já se manifestaram a respeito desse insustentável quadro. Entretanto, os controladores de tráfego aéreo têm observado um setor da sociedade de fundamental importância para a solução do chamado “apagão aéreo” na contramão dos demais: as autoridades militares.
No dia 29 de setembro desse ano, ocorreu o maior acidente aeronáutico de todos os tempos no Brasil. É de conhecimento de todos que, nesse dia, um jato Boeing 737-800, da empresa brasileira Gol, chocou-se no ar com um jato Legacy, de fabricação da empresa Embraer, e que isso causou a queda do Boeing e a morte de todas as 154 pessoas a bordo. O choque de duas aeronaves, em vôo, é um tipo de acidente muito raro e de proporções catastróficas para diversos setores. Tal fato influencia o mercado econômico, o setor hoteleiro, prejudica a imagem do país no exterior e - principalmente – gera um sentimento de apreensão no setor aeroviário. Essa apreensão é muito natural em casos como esse. A adoção de mais cautela e o aumento no gradiente de segurança são medidas de padrão internacional. Como exemplo, podemos citar o acidente ocorrido alguns anos atrás na Suíça, no qual um Tupolev russo chocou-se, em vôo, com um Boeing 757. Entre as vítimas, estavam 45 crianças russas. O fato comoveu a comunidade internacional e o governo suíço determinou a redução de 40% do tráfego aéreo naquele país.
Infelizmente, o que está acontecendo no Brasil é exatamente o oposto. Enquanto controladores de vôo em Brasília, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro adotam medidas para elevar a segurança de vôo para os padrões internacionais, tais como limitar a quantidade máxima de aeronaves controladas ao mesmo tempo por um mesmo controlador, trabalhar sempre com um assistente ao seu lado ou exigir equipamentos em condições aceitáveis para a execução do serviço de controle de tráfego aéreo, as autoridades militares da Força Aérea Brasileira, responsáveis pela confecção das normas e regulamentos aeronáuticos, implementam modificações nas legislações em vigor que diminuem a segurança das operações de vôo e causam indignação nos controladores de vôo que, por força do ofício de militar, precisam se calar ante as ordens de seus superiores hierárquicos.
Vem de Curitiba a denúncia de manipulações nos regulamentos que regem o andamento do serviço de controle de tráfego aéreo no Brasil. Uma das mudanças mais significativas atinge a carga horária de trabalho dos controladores. O regulamento que trata desse assunto é o Manual do Ministério da Aeronáutica MMA 100-30, datado de 23 de agosto de 1990. Entre outras coisas, tal manual regulariza quantas horas um controlador de vôo pode trabalhar por mês e por quantas horas ininterruptas o controlador pode trabalhar dentro de seu turno de serviço. Em 10 de maio de 2005, bem antes da crise atual, foi publicado o Ofício Circular nº. 331, do Subdepartamento de Operações (SDOP), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Este ofício atualiza alguns itens do MMA 100-30 e ajusta alguns parâmetros, inclusive diminuindo a carga horária máxima de órgãos de controle de maior movimento. Entretanto, em 14 de novembro de 2006, em meio à crise e às vésperas de um feriado e um iminente colapso do sistema, o Brigadeiro Ricardo da Silva Servan, publica um outro ofício do SDOP que diz que no que tange a carga horária máxima dos controladores, deve ser desconsiderado o Ofício Circular nº. 331 e se adotar o que prevê o MMA 100-30. Em outras palavras, o que o Brig. Servan fez foi aumentar a carga horária máxima dos controladores de vôo. Em Curitiba, esse aumento foi de 4 horas por mês, mas em Brasília e em São Paulo, o aumento atinge o alarmante número de 12 horas a mais trabalhadas por mês.
A intenção de tal medida é clara. Os brigadeiros que comandam o tráfego aéreo no Brasil se viram acuados pelos seus próprios erros e pela sua própria falta de planejamento. Eles precisavam de mais controladores para gerir a situação crítica, mas não possuíam. E nem mesmo as novas contratações iriam amenizar o quadro caótico, pois cada controlador recontratado necessitava de treinamento para se atualizar e se familiarizar com as atuais circunstâncias. A única solução que eles vislumbraram foi sobrecarregar ainda mais os já sobrecarregados controladores de vôo, principalmente em Brasília e Curitiba, dois dos maiores eixos do tráfego aéreo no Brasil. Vale dizer que, antes mesmo de o acidente ocorrer, os controladores de Curitiba e Brasília já vinham trabalhando beirando a carga horária máxima, que na época era de 152 e 144 horas mensais respectivamente.
Outra medida que desagradou bastante os controladores de vôo de Curitiba foi a publicação do Aviso Operacional nº. 05/2006 da Divisão Operacional (DO) do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA2), datado de 01 de novembro de 2006 e aprovado pelo Coronel Ayrton José Schultze, Comandante do CINDACTA2. Esse Aviso Operacional modifica o item 5.7 do Modelo Operacional do Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CW), documento igualmente aprovado pelo comandante do CINDACTA2 e que traça diretrizes próprias a cada órgão de controle que devem ser seguidas pelos controladores de vôo que ali trabalham. Segundo o Modelo antigo, cada controlador poderia controlar no máximo 6 (seis) aeronaves ao mesmo tempo, sem a ajuda de um assistente. Além disso, o modelo recomendava que os controladores ocupassem uma posição de controle por, no máximo, duas horas ininterruptas. Com a entrada em vigor do Aviso 05/2006, o número de aeronaves por controlador sem assistente subiu para até 10 e a recomendação de não ultrapassar duas horas ininterruptas numa posição de controle simplesmente desapareceu.
Parece estranho que o comando do CINDACTA2 tenha diminuído tanto assim a sua margem de segurança, sem uma explicação. Na verdade, a explicação se encontra numa decisão tomada pelo grupo de controladores do ACC-CW. Eles decidiram por bem aumentar a margem de segurança e trabalhar sempre em dupla em cada posição de controle. Além disso, devido a deficiências de equipamentos, eles também decidiram reduzir o número máximo de aeronaves por setor. Setores nos quais era permitida a evolução de 15 ou 16 aeronaves simultaneamente passaram a atingir a saturação com apenas 12 aeronaves. Isso causou a ira dos oficiais do CINDACTA 2, que declararam uma verdadeira guerra contra os seus próprios controladores de vôo. Ao longo desse mês de novembro, ameaças e discussões são uma constante naquele órgão de controle. O próprio chefe do Centro de Controle de Área, Tenente Sérgio Luiz Bonfim Pinto, em uma reunião de início de turno de serviço, ameaçou afastar os controladores que se negassem a trabalhar sob as regras do Aviso Operacional nº. 05/2006. Segundo esse oficial, os controladores de vôo afastados, seriam obrigados a se justificarem por escrito. Isso, segundo os controladores de vôo de Curitiba, seria uma artimanha dos oficiais para enquadrar os controladores no Art. 10º do Regulamento Disciplinar da Aeronáutica (RDAER) por insubordinação.
As reclamações dos controladores de vôo de Curitiba não param por aí. Logo após o feriado da proclamação da república, no dia 16 de novembro de 2006, o SDOP envia um fax com mais determinações do Brig. Servan ao CINDACTA2. Dessa vez, suas ordens fazem referência à Circular de Informação Aeronáutica 12/90 (AIC 12/90), datada de 28 de dezembro de 1990. Essa circular define e estipula parâmetros para a execução do controle do fluxo de tráfego aéreo. Segundo a AIC 12/90 (Item 2-3), é de responsabilidade dos órgãos de controle identificar os momentos em que há risco de congestionamento e/ou saturação dos seus setores e, a partir daí, adotar medidas restritivas ao fluxo de tráfego, a fim de evitar que os limites de segurança sejam violados. Desde 16 de novembro, as pessoas que estão, de fato, bem preparadas para avaliar os riscos e definir soluções, visando à segurança dos usuários, estão de mãos atadas, pois todas as decisões a respeito de controle e gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo passaram a ser tomadas pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). Os controladores de vôo rebatem as ordens do Brig. Servan, alegando que as suas atividades, muitas vezes, requerem medidas imediatas e a coordenação com o CGNA, demanda muito tempo, pois o órgão está localizado apenas no Rio de Janeiro. Além disso, os supervisores dos órgãos alegam que as medidas adotadas pelo CGNA não são eficazes e expõem os passageiros a riscos de colisão, pois o CGNA está preocupado apenas em liberar as decolagens das aeronaves e evitar os tumultos nos aeroportos que temos visto nos noticiários. Tal afirmação é corroborada pelo item "g", subitem "f", do fax do Brig. Servan. Segundo o documento, restringir a decolagem de uma aeronave é uma “medida extrema”. Na prática, as aeronaves decolam, mesmo com os setores saturados ou congestionados, mas elas são obrigadas a fazer esperas em vôo, voando em círculos sobre um determinado ponto, fora dos setores saturados, gastando combustível valioso e correndo riscos desnecessários.
Esses procedimentos vêm preocupando os controladores de vôo. Em Curitiba, dois operadores já estão afastados de suas funções por não concordarem com o conteúdo do referido fax. Apesar de todos os problemas já causados, os oficiais que trabalham como Chefes de Equipe no Centro de Controle de Área de Curitiba determinam que os controladores executem, à risca, as ordens passadas pelo SDOP e pelo CGNA.
A interferência dos oficiais também preocupa os controladores de Curitiba. Segundo relatos de pessoas ligadas à Sessão de Instrução do ACC-CW, os oficiais que cumprem serviço de Chefe de Equipe no ACC-CW não estão devidamente habilitados. O regulamento que traça diretrizes para habilitações técnicas e certificados para controladores de tráfego aéreo é a Instrução do Ministério da Aeronáutica 100-18 (IMA-100-18), datada de 30 de junho de 1994. Essa IMA foi atualizada, em 13 de fevereiro de 2002, pelo Ofício Circular nº. 268 do Subdepartamento de Operações do DECEA. De acordo com tais documentos, a habilitação de um Chefe de Equipe requer a conclusão de um estágio de adaptação, planejado e executado pelo órgão de controle, com carga horária mínima de 60 (sessenta) horas (Item 13.1, letra “d”, Of. Circ. Nº. 268/SDOP). Apesar de a Sessão de Instrução do ACC-CW, sessão responsável pela execução dos estágios e instruções aos militares do Centro de Controle de Área de Curitiba, desconhecer a realização do estágio por parte dos oficiais, a cada turno de serviço, há um oficial cujas atribuições são “dirigir a equipe operacional através de ações administrativas, técnicas e operacionais diretamente afetas ao órgão de controle, informando imediatamente à chefia do órgão as irregularidades ocorridas” (Item 4.1.1, IMA 100-18). A interrogação que paira sobre todos os envolvidos com os serviços de tráfego aéreo prestados pelo ACC-CW é: Como alguém pode executar uma função de tamanha importância e responsabilidade, como a de Chefe de Equipe, sem estar devidamente habilitado? Estamos frente a frente com uma irresponsabilidade semelhante a entregar um automóvel nas mãos de uma pessoa que não possui carteira de motorista.
As notícias sobre a crise aérea que assola o país estão diariamente presentes em diversas mídias. Telejornais, sites especializados em notícias, rádios, imprensa escrita, todos os meios de comunicação tentam municiar o cidadão com informações atualizadas e confiáveis sobre a situação dos nossos céus. Muitas vezes vemos notícias que falam de “situação de normalidade” ou “clima de tranqüilidade” nos aeroportos. Entretanto, normalmente não nos preocupamos com os bastidores dessas notícias e nem com os meios utilizados para atingir esse aparente ar de calmaria. Hoje sabemos que negligenciar a fiscalização sobre os órgãos de controle do espaço aéreo no Brasil é muito perigoso. As denúncias dos controladores de vôo devem ser apuradas pela justiça e, se forem constatadas irregularidades, os responsáveis devem ser indiciados e punidos. É hora de conscientizar a população – e, sobretudo, as autoridades militares - de que o atraso de um vôo significa a manutenção da segurança de todos os demais já em execução.
O(s) autor(es) deste documento pediu(ram) para manter-se no anonimato.--
Documento este em nota de rodapé da noticia na Folha de São Paulo
Controladores de Curitiba criticam a Aeronáutica
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Texto entregue à Folha por um controlador de vôo do Cindacta-2 (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo), de Curitiba (PR), denuncia que a Aeronáutica promoveu ""manipulações na legislação em vigor e irregularidades no controle do espaço aéreo brasileiro" para tentar acabar com o caos no setor e com o desgaste do governo federal no episódio.
O documento -apócrifo e intitulado ""O preço da tranqüilidade"- afirma que a carga horária mensal dos controladores aumentou quatro horas em Curitiba e 12 horas em Brasília e São Paulo. A nova carga horária entrou em vigor em 14 de novembro, após o início da crise no setor.
Entre as supostas manipulações na legislação, o texto cita uma norma do Cindacta-2 de 1º de novembro -o aviso circular 05/2006- que elevou de seis para "nove ou dez" o número de aeronaves por controlador, sem ajuda de assistente. A norma também eliminou a figura do coordenador de setor, espécie de terceiro operador para ajuda em momentos de tráfego intenso.
Fonte: Folha de SP 07/12/2006
Divulguem o mais rápido possível tal documento, a fim de garantir a integridade da segurança do espaço aéreo brasileiro.
É! Em nome de uma disciplina hierárquica e visando apenas a carreira, os chefes (não líderes, só chefetes) se anulam, ficando insípidos, inodoros, amorfos e sem peso específico em relação aos superiores e verdadeiros feitores de escravos, em relação aos seus subordinados. Na Argentina, deu-se a isso o nome de "Estatuto do dever cumprido". O subordinado cumpria cegamente as ordens emanadas do seu superior, sem qüestioná-las. Lá, como conseqüência, ocorreram milhares de assassinatos. Aqui, falta pouco para tal.
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7996
jambockrs escreveu: Meus prezados:
FAB se reúne com controladores
Logo depois de receber ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para negociar com os controladores de tráfego aéreo, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, convocou os líderes da categoria para uma conversa que, segundo relatos, foi áspera e inconclusiva.
A reunião foi ontem à tarde, antes da entrevista na qual Bueno elogiou os controladores publicamente pela primeira vez. Porém, a portas fechadas, a atitude do brigadeiro teria sido de exasperação e cobrança, em tom de voz elevado.
Os diretores da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA) teriam sido questionados por Bueno sobre suas reivindicações, especialmente na questão de aumento salarial.
Num momento mais tenso, Bueno teria culpado os sargentos pela possibilidade de "perda do poder'', alusão ao estudo do governo sobre a desmilitarização do controle aéreo civil.
Segundo relatos sobre a reunião, teria sido apresentado um problema de nova evasão de sargentos controladores, que poderiam decidir prestar o novo concurso para controladores civis e ganhar um salário mais vantajoso que o do setor militar.
Técnico diz que houve falha humana, e não sabotagem
Em relatório enviado ao Ministério da Defesa, o técnico da empresa italiana responsável pelo sistema de rádio do Cindacta-1 (centro de controle de tráfego aéreo de Brasília) concluiu que não houve sabotagem, mas falha humana na pane que praticamente parou os aeroportos de todo o país na última terça-feira. Esse relatório confirma os resultados preliminares da investigação conduzida pela Aeronáutica.
- É correto excluir a possibilidade de sabotagem - escreveu o técnico em relatório de oito parágrafos sobre a pane, explicando que tudo começou com uma interferência (os "zumbidos estranhos'', segundo oficiais da Aeronáutica) e que a queda geral do sistema foi resultado da tentativa de correção.
No texto, o italiano diz que os funcionários da manutenção chegaram à conclusão de que havia problemas técnicos e tentaram fazer uma troca.
Foi justamente nessa troca que o problema se intensificou, porque houve um conflito de números que "derrubou o link de comunicação entre as centrais''.
fonte: jornal "Zero Hora" 9 dez 2006
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7993
jambockrs escreveu: Meus prezados:
sábado, 09 de dezembro de 2006 - 01:04 - Câmera2
Lula culpa Aeronáutica por todos os problemas no setor aéreo
BRASÍLIA - Ainda sem saber como enfrentar a crise do setor aéreo, o Palácio do Planalto responsabiliza a Aeronáutica pela situação. Na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os controladores de tráfego aéreo boicotam o governo e o " problema maior está na Aeronáutica " , que, segundo um assessor do presidente, detém " todas as informações " , os sistemas e os controles, mas não resolve o problema.
Agora a situação do comandante da Aeronáutica ficou insustentável...Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7988
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Faltaram técnicos para resolver pane, diz Pires
O Brasil não tinha técnicos especializados em solucionar a pane que, na terça-feira, interrompeu todas as comunicações de rádio entre aviões e torres de controle do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), tornando inoperantes por três horas todos os aeroportos do Sudeste e do Centro-Oeste.
Essas explicações foram dadas ontem pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, a deputados da comissão extraordinária criada na Câmara para investigar as causas do caos do tráfego aéreo.
- O ministro disse que esse incidente é relativamente normal. O problema foi não ter um técnico - afirmou Alberto Fraga (PFL-DF).
Segundo Fraga e os outros deputados que entrevistaram o ministro - Alceu Collares (PDT-RS) e Carlos William (PMDB-MG) -, Pires afirmou que o problema de comunicação só pôde ser resolvido porque, casualmente, um técnico francês que trabalha na empresa italiana fabricante do rádio utilizado pela Aeronáutica estava em Manaus e foi transferido às pressas para Brasília.
A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem, em Brasília, que o problema no sistema de comunicação de rádio no Cindacta I é simples e será resolvido o mais rapidamente possível. Mas não deu prazo para a situação voltar ao normal:
- O governo agiu tentando preservar a questão da segurança, mesmo que isso causasse incômodos.
A ministra disse não acreditar que a pane tenha resultado de sabotagem.
- Acho que foi mais uma falha humana do que qualquer ato de sabotagem - afirmou Dilma.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo federal está disposto a liberar mais recursos para acabar com a crise que afeta o tráfego aéreo. Segundo ele, o setor passa por um diagnóstico.
fonte: jornal "Zero Hora" 8 dez 2006
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7983
jambockrs escreveu:Meus prezados:
O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, apresentará seu relatório sobre a crise do tráfego aéreo no próximo dia 8. Nesse levantamento são apontadas as falhas de todos os responsáveis pela operação dos controladores de vôos. Um dos destaques é a crítica à situação da ANAC, a agência reguladora do sistema.
Relator das crise do tráfego aéreo, o ministro não poupa críticas ao descaso na área dos transportes. A arrecadação da Cide (sobre combustíveis) soma R$7 bilhões. Todo esse dinheiro deveria ser aplicado em investimentos no setor, porém apenas R$1,5 bilhão foram usados pelo governo.
fonte: jornal “Zero Hora” 4 dez 2006.
Agora nós podemos ver de onde sai o dinheiro para o tal de superávit primário, que tanto entusiasma o governo.
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7950
jambockrs escreveu: Meus prezados:
http://www.fab.mil.br/imprensa/Noticias ... estiga.htm
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7978
jambockrs escreveu: Meus prezados
http://www.defesanet.com.br/zz/br_aereo_20.htm
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7798
jambockrs escreveu: Meus prezados:
"As histórias secretas dos aviões que quase bateram no ar dão um alerta dramático: ou o contrôle aéreo se torna mais transparente, ou haverá mais acidentes"
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... 45,00.html
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7793
jambockrs escreveu: Meus prezados:
A Aeronáutica registrou 796 casos confirmados de quase-colisões entre 1998 e julho deste ano. Oitenta delas foram registradas somente no ano passado, sendo que 41 foram classificadas de "risco crítico", segundo informa a edição impressa da Folha de S.Paulo.
Se forem consideradas somente as quase-colisões registradas nesse ano, foram 22 os casos em que dois aviões se aproximaram muito. No Brasil, as quase-colisões são definidas como a infração do espaço de segurança em volta do avião (20 km de largura e 600 metros de altura)
A gravidade destas "quase-colisões" é medida em uma investigação interna da Aeronáutica. Os critérios estabelecidos são dois: risco "potencial" e risco "crítico", dependendo do tipo de falha que causa o incidente.
O surgimento de relatos e documentos descrevendo os riscos de segurança dos vôos, além do incidente com o vôo 1907 que deixou 154 mortos, fez com que o Comando da Aeronáutica divulgasse estas estatísticas.
Redação Terra
Se não é a imprensa descobrir e noticiar, as "autoridades" não revelariam nada
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7781
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Aéreas rejeitam proposta de criar rota com trajeto sobre o Atlântico
quinta-feira, 23 de novembro de 2006 - 09:27 - Câmera 2
O alto custo levou as companhias aéreas a rejeitarem a proposta da Aeronáutica de criar rotas sobre o Atlântico nos trajetos do Sul para o Nordeste. A idéia visava diminuir atrasos nos aeroportos ao reduzir o volume de tráfego aéreo controlado pelo radar de Brasília.
Controladores de tráfego aéreo também se posicionaram contra a mudança por questões de segurança.
Nas rotas planejadas pela Aeronáutica, os aviões ficariam fora do radar, acompanhados apenas por rádio e satélite, na mesma área de vôos transatlânticos provenientes da Europa e da África.
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic ... 2974399aa1
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Aeronáutica registra 22 riscos de colisão de aviões até julho
sexta-feira, 24 de novembro de 2006 - 01:55 - Câmera 2
Incidentes graves ocorrem quando aviões estão a menos de 300m de distância
Téo Takar
SÃO PAULO - Um relatório do Comando da Aeronáutica, ao qual teve acesso o Jornal Nacional, da Rede Globo, informa que até julho deste ano ocorreram 22 incidentes graves nos céus brasileiros. A Aeronáutica denomina "incidente grave" ocasiões nas quais aeronaves encontram-se em uma distância inferior a 300 metros uma da outra e na qual podem ocorrem colisões entre os aviões.
Em 2005, o número de incidentes graves chegou a 80.
Na noite de 15 de outubro, um destes acidentes poderia ter ocorrido. Dois aviões, um da Gol e outro da TAM, quase colidiram, segundo o documento. Duas semanas após o acidente entre o avião da Gol e o jatinho Legacy, no qual morreram 154 pessoas, um Fokker-100 da TAM e um Boeing da Gol ficaram a pouco mais de 60 metros de distância um do outro. As aeronaves deveriam estar separados por, no mínimo, 300 metros.
O vôo 1805 da Gol, procedente de Porto Alegre, se preparava para pousar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, enquanto o vôo 3831 da TAM tinha acabado de decolar do Aeroporto Tom Jobim e seguia para Campinas (SP).
No momento da quase colisão, a aeronave da Gol, em descida, estava a 16.100 pés, 200 pés (cerca de 60 metros) acima do Fokker da TAM, a 15.900 pés, e em sentido contrário.
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic ... 2974399aa1
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Foi solicitada a extinção da ANAC e reativação do DAC.
http://www.defesanet.com.br/zz/br_aereo_19.htm
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7716
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Um artigo e uma reportagem sobre a rotina dos controladores de vôo e os problemas existentes:
Revista Época: http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... 44,00.html
Programa "Fantástico" edição de 19/11/2006
http://gmc.globo.com/GMC/0,,2465-MC18-M573323,00.html
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7715
jambockrs escreveu: Meus prezados:
Impacto na imagem e no caixa
Ministro da Defesa não descarta mais atrasos em feriados e no fim do ano
DIONARA MELO E TATIANA CRUZ
A turbulência gerada entre as companhias aéreas e o governo federal em conseqüência da "greve branca" dos controladores de vôo já se reflete em cifras e afeta a imagem da aviação no Brasil e no Exterior.
Em levantamento preliminar, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias contabiliza prejuízo de R$ 40 milhões nos primeiros 10 dias da crise, deflagrada no feriado de Finados. O ministro da Defesa, Waldir Pires, não descartou ontem a ocorrência de novos atrasos em vôos nos próximos feriados e festas de fim de ano. Também defendeu a criação de um órgão público civil, controlado pelo governo, para gerenciar o tráfego aéreo comercial.
Para o diretor da Consultoria Brand Finance, Gilson Nunes, a aviação civil brasileira passa por um dos momentos mais dramáticos da sua história - e não só por conta da operação padrão dos controladores de tráfego. Segundo o consultor, o problema de imagem das companhias não se restringe ao acidente com 154 mortos no Boeing da Gol.
Nunes lembra que a TAM também teve a imagem arranhada por um acidente com um Fokker 100 e a Varig nem conseguiu fazer os negócios decolarem desde a falência que culminou na sua venda para a VarigLog.
- Isso afeta a demanda de vôos dentro e fora do país. Os atrasos só contribuíram mais com a crise. A imagem brasileira está sendo desgastada lá fora, a demanda por viagens, caindo, e o governo fica num jogo de empurra-empurra que mais parece CPI (comissão parlamentar de inquérito) - analisa Nunes.
Outro efeito do cancelamento de vôos pode ser sentido na ocupação de hotéis na capital gaúcha. Segundo o sindicato dos hoteleiros de Porto Alegre, o recuo foi de 9,2% em outubro ante igual período de 2005.
O professor-adjunto da Universidade Federal do Rio e presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respicio Espírito Santo Junior, acredita que a imagem das companhias não sofrerá tanto com a crise quanto o bolso.
- Num primeiro momento, as companhias agiram errado, deixando os passageiros no saguão dos aeroportos sem explicar o que estava acontecendo. Depois, passaram para uma abordagem mais correta. Embarcavam os passageiros e os deixavam dentro das aeronaves, servindo refrigerante, sanduíches, e explicando a cada momento que não tinham autorização do controle de tráfego aéreo para decolar - avalia.
Especialista avalia que Anac está "literalmente perdida"
Os prejuízos financeiros, porém, Respicio projeta que não serão ressarcidos. Quanto à greve branca, responsabiliza de um lado o governo, de outro, os controladores:
- Se o acidente com o Boeing da Gol não tivesse acontecido, eles (os controladores) fariam a greve? Se dizem que o sistema está em colapso, porque não fizeram a greve na alta temporada, em junho e julho?
Para o governo deixa um recado:
- Na minha universidade, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não passaria. Sendo muito condescendente, daria nota 5. Ela está literalmente perdida.
A cobrança
Para amenizar os danos, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias quer que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) adote medidas compensatórias, como redução de tarifas e desconto no preço do querosene de aviação. As duas entidades se reuniram na segunda-feira no Rio, mas não houve solução até agora. A Anac informou que os pedidos estão sendo analisados pela diretoria colegiada.
fonte: jornal "Zero Hora" 18 nov 2006
Um abraço e até mais...
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=7683
Amigo jambockrs,
As notícias que você traz ao fórum são muito importantes e interessantes, e o seu debate é necessário para que nós possamos compreender o quadro atual. Ainda assim, não há a menor necessidade de se criar um tópico novo para cada uma das notícias que você posta. Isso apenas dispersa as discussões e dificultam o debate.
Gostaria de pedir a você, novamente, que pare de criar tópicos o tempo todo, sem necessidade. A partir de agora, concentre as notícias sobre o caos aéreo aqui, neste tópico. Sugiro, também que você crie um tópico, que poderia se chamar "notícias aéreas", onde constassem boa parte das notícias que você traz ao fórum. Te garanto que seria um tópico muito importante, e uma grande ajuda ao fórum, ao ter suas notícias centralizadas, em boa parte, por lá.
De qualquer forma, com a criação deste tópico aqui, todos os outros sobre Caos aéreo que você criou estão sendo bloqueados, muito embora estejamos informando o link do tópico de origem da notícia, para os usuários saberem de onde saiu e que foi realmente você que postou.
Aos demais usuários: Tentem centralizar as discussões sobre caos aéreo aqui neste tópico.
Grato pelo atenção,
César