adriano de paulo geraldo escreveu:Criei este tópico para questionar com os meus colegas se é viável comprar um submarino sem tecnologia para lançar mísseis.
Pois vejo num futuro mais próximo submarinos lançando mísseis SCALP / ASTER / HARPOON / EXOCET entre outro; ou estou viajando muito.
Pois vejo que U-214 não tem esta tecnologia ou me corrijam se estiver equivocado.
Boa tarde Adriano, vou começar pela conclusão:
TUDO depende da situação tática reinante no local de disparo do míssil pelo submarino atacante.
O IKL-214 que será adquirido(contrato ainda não assinado) pela MB contempla perfeitamente o dfisparo de mísseis de alguns de seus tubos de torpedos, Porém a adoção de tal arma(mísseis de emprego tático ndisparados de submarinos) vai de encontro a dura realidade orçamentária da MB.
Optou-se portanto para se renovar o parque de torpedos pesados da Força de submarinos, por ser um sistema de armas, que preserva a maior vantagem do submarino, que é sua
descrição.
Um míssel de emprego tático, do tipo anti-navio lançado por submarino, tem um envelope de laçamento muito restrito, para não colocar por água à baixo a ocultação se seu submarino lançador. Afinal furtividade é fundamental tanto na fase de ataque qto. na de evasão pós-ataque.
No caso do disparo diurno de um m´pissil tático anti-navio ter-se-ia que executar um laçamento diurno preferencialmente durante mau tempo, para tentar ocultar oticamente a ascensão do míssil ao ser extraído do tubo de lançamento e sair da água. Por outro lado, mesmo nessas condições restaria a assinatura acústica do lançamento o que denunciaria a posição do sub no momento do disparo para outros meios do adversário navegando na área.
Ora, é muito mais fácil conduzir uma operação de busca qdo. se tem certeza do ponto zero ASW. Ou seja, do ponto onde se originará um raio de busca ASW para tentar localizar o sub atacante, do que se for estimar a posição de um provável atacante a partir da posição/direção de ataque final do míssil, o que em tempos modernos, é sempre um tremendo desafio.
Penso que o Míssil tático anti-navio tem vantagens, mormente se empregado em área em que se estiver sob cobertura aérea de forças aliadas. No entanto, tanto será mais restrito seu emprego em situações em que o sub estiver em missão de "caça-livre" dentro do raio ASW de um GT/FT adversário, fora de cobertura aérea de forças amigas. Neste caso, em que o teatro de operações estará certamente saturado de meios de busca ASW de superfície, aéreos, e mesmo submarinos, o emprego de tal artefato(missil) será TOTALMENTE desaconselhável.
Nesse caso a arma de preferência será o torpedo pesado ASuW, ou ASW, ou ainda, em situações muitíssimo especiais, as minas de fundeio.
Qto. aos mísseis de emprego não-tático citados pelo senhor, o SCALP-Naval(similar, em conceito ao Tomahawk norte-americano), cujo desenvolvimento ainda não acusou viabilidade técnica inicial, se encontrando ainda em estágios iniciais de desenvolvimento /prova de conceito, é sim viável, dentro dos conceitos de guerra naval litorânea ora sendo implementado pelas marinhas das grandes nações navais, principalmente qdo. seus alvos não tiverem capacidade dissuasória minimamente crível em ASW.
Como observação, registro que um míssil citado pelo senhor, o ASTER, não é empregado por submarinos, mas sim por embarcações de superfície contra alvos aéreos(o que inclui obviamente os citados mísseis táticos anti-navios lançados por submarinos trazidos à discussão pelo senhor).
Como outra observação registro que: praticamente todas as nações que operam mísseis estratégicos (ou “semi-táticos”como querem alguns, ou ainda misseis Cruise do tipo SLCM-Submarine Launched Cruise Missile )lançados por submarinos, o fazem a partir de submarinos com propulsão nuclear, SSNs ou SSGNs.
A única marinha do mundo que opera SLCMs ATUALMENTE a partir de submarinos do tipo SSK é Israel, que incorpora em seus subs classe Dolphin(IKL-800) os Mísseis SLCM Rafael Popeye(turbo).
Em futuro próximo a Índia tb se mobiliará com os míseis da "família" Klub-S lançados por submarinos e de emprego ASW,ASuW, e ALCM.
Caminho que observo, será tomado tb pela República Popular da China.
Sds
Walter