Segredos sobre o sistema Aegis são trocados por Pornografia
Enviado: Seg Abr 09, 2007 11:37 am
Japão: marinheiros são acusados de vazar segredos
Três marinheiros japoneses foram acusados de divulgar segredos militares, em um escândalo de troca de conteúdo pornográfico que pode chegar a escalões mais altos da marinha do país. O segredo envolve um sistema norte-americano que defende navios contra ataques por mísseis.
A pornografia pode ser pecado, mas pouca gente diria que representa ameaça à segurança nacional. Três marinheiros japoneses terminaram trocando segredos militares enquanto trocavam fotos pornográficas, de acordo com as acusações apresentadas contra ele, divulgadas na semana passada pela polícia japonesa. O escândalo envolve militares de baixa patente, mas pode prejudicar os escalões mais elevados da hierarquia de comando naval, e é especialmente embaraçoso para Tóquio porque o vazamento de informações comprometeu um sistema antimíssil projetado pelos Estados Unidos.
Um jornal japonês informou que um suboficial da marinha de guerra do país, de 33 anos e casado com uma chinesa, levou para casa um CD-ROM que continha não só imagens pornográficas mas informações sigilosas sobre o sistema de defesa contra mísseis Aegis. O Aegis é uma rede de radar e sensores eletrônicos desenvolvida pelos Estados Unidos para instalação em navios, e que o Japão começou a usar para atender às suas necessidades nacionais de defesa.
O suboficial alegou que não sabia ter copiado material confidencial junto com suas imagens pornográficas. De acordo com o jornal "Yomiuri Shimbun", os arquivos foram descobertos em um disco rígido que a polícia apreendeu na casa do suboficial em janeiro. Pelo menos dois outros suboficiais da marinha de guerra japonesa copiaram os mesmos dados, e seus computadores, segundo o jornal, continham "grande coleção de imagens obscenas".
Os investigadores informaram que nenhum dos homens tinha acesso liberado às informações secretas, que incluem "fórmulas de cálculo" para o sistema interceptor Aegis, além de detalhes sobre o número de alvos que este pode acompanhar simultaneamente. A sensibilidade dos dados implica em que oficiais de patente mais alta, e com acesso superior a informações confidenciais, também estavam envolvidos no caso.
A polícia suspeita que a fonte original dos arquivos sigilosos tenha sido um tenente-comandante enviado aos Estados Unidos para aprender como operar o sistema.
O Aegis foi desenvolvido pelos Estados Unidos originalmente nos anos 60. A marinha norte-americana vende a tecnologia a países amigos, e Tóquio reforçou suas defesas contra mísseis depois que a Coréia do Norte conduziu um provocativo teste de míssil por sobre o Mar do Japão, no ano passado.
Mas o vazamento também é prejudicial à marinha dos Estados Unidos, porque o Aegis é parte das ambições de Washington para a criação de uma vasta rede de defesa que protegeria o território norte-americano e o dos aliados europeus do país contra ataques por mísseis.
Os norte-americanos por enquanto reagiram com discrição à quebra de confidencialidade. "Sei que as Forças de Autodefesa do Japão levam a sério suas operações de segurança", disse o general Bruce Wright, comandante das forças norte-americanas no Japão.
Der Spiegel
Três marinheiros japoneses foram acusados de divulgar segredos militares, em um escândalo de troca de conteúdo pornográfico que pode chegar a escalões mais altos da marinha do país. O segredo envolve um sistema norte-americano que defende navios contra ataques por mísseis.
A pornografia pode ser pecado, mas pouca gente diria que representa ameaça à segurança nacional. Três marinheiros japoneses terminaram trocando segredos militares enquanto trocavam fotos pornográficas, de acordo com as acusações apresentadas contra ele, divulgadas na semana passada pela polícia japonesa. O escândalo envolve militares de baixa patente, mas pode prejudicar os escalões mais elevados da hierarquia de comando naval, e é especialmente embaraçoso para Tóquio porque o vazamento de informações comprometeu um sistema antimíssil projetado pelos Estados Unidos.
Um jornal japonês informou que um suboficial da marinha de guerra do país, de 33 anos e casado com uma chinesa, levou para casa um CD-ROM que continha não só imagens pornográficas mas informações sigilosas sobre o sistema de defesa contra mísseis Aegis. O Aegis é uma rede de radar e sensores eletrônicos desenvolvida pelos Estados Unidos para instalação em navios, e que o Japão começou a usar para atender às suas necessidades nacionais de defesa.
O suboficial alegou que não sabia ter copiado material confidencial junto com suas imagens pornográficas. De acordo com o jornal "Yomiuri Shimbun", os arquivos foram descobertos em um disco rígido que a polícia apreendeu na casa do suboficial em janeiro. Pelo menos dois outros suboficiais da marinha de guerra japonesa copiaram os mesmos dados, e seus computadores, segundo o jornal, continham "grande coleção de imagens obscenas".
Os investigadores informaram que nenhum dos homens tinha acesso liberado às informações secretas, que incluem "fórmulas de cálculo" para o sistema interceptor Aegis, além de detalhes sobre o número de alvos que este pode acompanhar simultaneamente. A sensibilidade dos dados implica em que oficiais de patente mais alta, e com acesso superior a informações confidenciais, também estavam envolvidos no caso.
A polícia suspeita que a fonte original dos arquivos sigilosos tenha sido um tenente-comandante enviado aos Estados Unidos para aprender como operar o sistema.
O Aegis foi desenvolvido pelos Estados Unidos originalmente nos anos 60. A marinha norte-americana vende a tecnologia a países amigos, e Tóquio reforçou suas defesas contra mísseis depois que a Coréia do Norte conduziu um provocativo teste de míssil por sobre o Mar do Japão, no ano passado.
Mas o vazamento também é prejudicial à marinha dos Estados Unidos, porque o Aegis é parte das ambições de Washington para a criação de uma vasta rede de defesa que protegeria o território norte-americano e o dos aliados europeus do país contra ataques por mísseis.
Os norte-americanos por enquanto reagiram com discrição à quebra de confidencialidade. "Sei que as Forças de Autodefesa do Japão levam a sério suas operações de segurança", disse o general Bruce Wright, comandante das forças norte-americanas no Japão.
Der Spiegel