LeandroGCard escreveu:cicloneprojekt,
Porque exatamente o SNB deverá utilizar a configuração mais tradicional?
Entendo que ela é a mais empregada, pois é mais leve para uma mesma potência transmitida (dispensa geradores e motores elétricos de grande porte), e aparentemente foi considerada mais adequada para se alcançar grandes velocidades submersas (30 - 35 nós), mas não acho que seja uma escolha óbvia para o Brasil.
Além de mais barulhenta, os requisitos para o desenvolvimento das turbinas são mais rígidos (imagino que elas tem que poder trabalhar com torques mais altos) e tem que ser desenvovido todo um sistema de transmissão que só iria complicar e atrasar o projeto.
Com um acoplamento elétrico poderia ser mais fácil desenvolver as turbinas (um dos maiores empecilhos para o SNB no momento) e pode-se utilizar a tecnologia já desenvolvida para os motores e controles de potência do Tikuna (em escala maior ou simplesmente duplicados).
A velocidade do sub seria certamente menor (20 - 25 nós talvez?), mas contínua (vantagem do nuclear), e acho que isto já atende bem os requisitos não?
Um abraço
Leandro G. Card
Leandro, como havia dito eu estava apenas conjecturando.
Parti do princípio de que não se desejaria reinventar a roda, partindo-se dessa forma para algo, pelo menos teoricamente mais palatável em termos de arquitetura.
A questão das turbomáquinas realmente é um entrave ao projeto do submarino nuclear(que no momento não existe, como já esclarecido em recentes declarações do ex-comandante da MB), pois pelo menos agora não vejo como conseguir transferência de tecnologia em uma área em que só se transfere pacotes fechados.
Um arranjo como o dos Rubis/Amethiste franceses já foi pensado(o termo correto é conjeturado) pela MB. Acho que devemos ficar de olho em qual saída adotará a ìndia que ao meu ver está limitada a duas possibilidades. Uma turbina do tipo VM-50 russa ou algo do tipo DA-80 ucraniana. Não sei se eles desenvolvem projetos aotóctones nessa área.
Mas , se não seguirmos este caminho tradicional, com todos esses óbces que vc citou muito bem, a nossa sáida será realmente(literalmente) "à francesa" , perdoe o trocadilho.
O motor elétrico Exitado por imãs de terras raras-ME-EITR que vem sendo desenvolvido na USP/COPPE UFRJ(não sei se a COPPE ainda está no projeto, agora a UFRS também entrou na jogada, pesquisando de maneira independente) seria uma solução, pois é uma máquina vocacionada para operações tanto de alta como baixa frequência de transmissão dispensando as engrenagens redutoras responsáveis por parte considerável do NRI global gerado por um submarino nuclear.
Mas a MB no momento está devido as limitações orçamentárias geradas , apenas aperfeiçoandso o protótipo do reator. Não existe(até onde sei, e sei bem pouco mesmo) uma linha de pesquisa visando , no momento definir qual será a arquitetura adotada na propulsão do SNB.
Mas tuas observações saõ pertinentes.
sds
Walter
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