Controlador é solto e volta ao trabalho
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Controlador é solto e volta ao trabalho
Meus prezados:
O ESTADO DE S.PAULO
Controlador é solto e volta ao trabalho
Depois de ser solto, na noite de sábado, o sargento Jonas Rodrigues Junior, de 43 anos, controlador há 21, que estava detido na base aérea de Salvador desde o dia 17, voltou na manhã de ontem à sala onde trabalha, no Aeroporto Internacional de Salvador, acompanhado de seu advogado, Vivaldo Amaral. "Foi uma medida protocolar, para que não houvesse reclamações de que ele 'desapareceu' depois de ser solto", afirmou Amaral. "Ele só volta a trabalhar no dia 29." Rodrigues Junior foi liberado após a Justiça Federal acatar o pedido de habeas-corpus. "Vamos ajuizar ação para limpar a ficha do profissional e entrar com ação indenizatória por danos morais contra a União", disse Amaral.
:
Fonte: Estadão Online - Tiago Décimo
Advogado diz que controlador foi preso por apontar problemas no trabalho na BA
SALVADOR - Depois de ser solto, na noite de sábado, o sargento Jonas Rodrigues Junior, 43 anos, controlador de vôo de Salvador (BA) que estava detido na base aérea da capital baiana desde o dia 17, voltou acompanhado de um advogado nesta manhã à sala onde trabalha, no Aeroporto Internacional de Salvador.
"Foi uma medida protocolar, para que não houvesse reclamações de que ele ´desapareceu´ depois de ser solto", afirma o advogado Vivaldo Amaral. "Ele só volta a trabalhar no dia 29".
Rodrigues Junior foi liberado depois que a Justiça Federal acatou o pedido de habeas-corpus impetrado pelo advogado - sua soltura estava prevista para terça-feira. Segundo um membro da associação dos controladores, que prefere não se identificar - dizendo temer sofrer represálias -, a decisão da Justiça é uma vitória da categoria, que luta pela desmilitarização do controle do setor aéreo do País.
"Pode ser que a divulgação da prisão tenha surtido efeito na decisão do juiz", pondera.
Punições
De acordo com Amaral, o controlador foi preso por apontar, em relatório, os problemas operacionais enfrentados por ele mesmo e pelos colegas no Aeroporto Internacional de Salvador. "Ele sofreu duas punições administrativas: por desobediência de ordem - no caso, por continuar registrando os problemas apesar de ter sido instruído para não fazê-lo - e por insubordinação, por exigir um advogado para defendê-lo da primeira punição", afirma Amaral. "É um exemplo claro de falta de respeito às leis. Meu cliente é professor universitário de direito aeronáutico, sabe dos direitos que tem".
Amaral conta que seu cliente pediu para que ele tomasse três atitudes, depois de sua soltura. "Vamos ajuizar uma ação na Justiça federal com o objetivo de anular o ato administrativo que resultou em sua prisão - para limpar a ficha do profissional -, vamos entrar com uma ação indenizatória por danos morais contra a União e tentar um contato com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para quem meu cliente quer contar pessoalmente os problemas que os controladores enfrentam em Salvador".
Um abraço e até mais...
O ESTADO DE S.PAULO
Controlador é solto e volta ao trabalho
Depois de ser solto, na noite de sábado, o sargento Jonas Rodrigues Junior, de 43 anos, controlador há 21, que estava detido na base aérea de Salvador desde o dia 17, voltou na manhã de ontem à sala onde trabalha, no Aeroporto Internacional de Salvador, acompanhado de seu advogado, Vivaldo Amaral. "Foi uma medida protocolar, para que não houvesse reclamações de que ele 'desapareceu' depois de ser solto", afirmou Amaral. "Ele só volta a trabalhar no dia 29." Rodrigues Junior foi liberado após a Justiça Federal acatar o pedido de habeas-corpus. "Vamos ajuizar ação para limpar a ficha do profissional e entrar com ação indenizatória por danos morais contra a União", disse Amaral.
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Fonte: Estadão Online - Tiago Décimo
Advogado diz que controlador foi preso por apontar problemas no trabalho na BA
SALVADOR - Depois de ser solto, na noite de sábado, o sargento Jonas Rodrigues Junior, 43 anos, controlador de vôo de Salvador (BA) que estava detido na base aérea da capital baiana desde o dia 17, voltou acompanhado de um advogado nesta manhã à sala onde trabalha, no Aeroporto Internacional de Salvador.
"Foi uma medida protocolar, para que não houvesse reclamações de que ele ´desapareceu´ depois de ser solto", afirma o advogado Vivaldo Amaral. "Ele só volta a trabalhar no dia 29".
Rodrigues Junior foi liberado depois que a Justiça Federal acatou o pedido de habeas-corpus impetrado pelo advogado - sua soltura estava prevista para terça-feira. Segundo um membro da associação dos controladores, que prefere não se identificar - dizendo temer sofrer represálias -, a decisão da Justiça é uma vitória da categoria, que luta pela desmilitarização do controle do setor aéreo do País.
"Pode ser que a divulgação da prisão tenha surtido efeito na decisão do juiz", pondera.
Punições
De acordo com Amaral, o controlador foi preso por apontar, em relatório, os problemas operacionais enfrentados por ele mesmo e pelos colegas no Aeroporto Internacional de Salvador. "Ele sofreu duas punições administrativas: por desobediência de ordem - no caso, por continuar registrando os problemas apesar de ter sido instruído para não fazê-lo - e por insubordinação, por exigir um advogado para defendê-lo da primeira punição", afirma Amaral. "É um exemplo claro de falta de respeito às leis. Meu cliente é professor universitário de direito aeronáutico, sabe dos direitos que tem".
Amaral conta que seu cliente pediu para que ele tomasse três atitudes, depois de sua soltura. "Vamos ajuizar uma ação na Justiça federal com o objetivo de anular o ato administrativo que resultou em sua prisão - para limpar a ficha do profissional -, vamos entrar com uma ação indenizatória por danos morais contra a União e tentar um contato com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para quem meu cliente quer contar pessoalmente os problemas que os controladores enfrentam em Salvador".
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Serviço secreto da Aeronáutica investiga ‘rebeldes’
Meus prezados:
Serviço secreto da Aeronáutica investiga ‘rebeldes’
sexta-feira, 06 de abril de 2007 - 1:45 AM - Câmera 2
O comando da Aeronáutica acionou um grupo de agentes de seu departamento de inteligência para vasculhar o cotidiano dos sargentos que atuam como controladores de vôo. O principal objetivo da missão de espionagem é identificar os líderes escondidos por trás do motim que paralisou os aeroportos brasileiros por cerca de cinco horas no último dia 30 de março.
Parte-se da avaliação de que o serviço militar de controle do tráfego aéreo ganhou contornos sindicais incompatíveis com os rigores da hierarquia que rege as relações funcionais nas Forças Armadas. Daí o desejo de isolar as lideranças do motim. A idéia é punir exemplarmente os responsáveis pela insurreição, excluindo-os dos quadros da Força Aérea.
O blog apurou que parte dos dados levantados durante a operação de espionagem pode ser utilizada no IPM (Inquérito Policial Militar) aberto para investigar o motim do dia 30. A ordem para a abertura da investigação, formalizada pelo Ministério Público Militar, foi festejada no alto comando da Aeronáutica como uma oportunidade para restaurar a integridade da cadeia de comando.
Numa análise preliminar, a Aeronáutica concluiu que o seu serviço de inteligência falhou ao não se antecipar à rebelião. Falharam também todas as organizações de espionagem que integram o Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), coordenado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Em conseqüência, o governo foi surpreendido no dia do motim. Mercê da desinformação, estavam ausentes de Brasília durante a fatídica rebelião as principais autoridades do primeiro escalão. Entre elas o vice-presidente José Alencar, que respondia interinamente pela presidência da República, e os ministros Waldir Pires (Defesa), Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais).
Para gerir a encrenca, o Planalto viu-se compelido a compor um gabinete de crise que incluía um funcionário de segundo escalão –Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula—, um ministro recém-chegado –Franklin Martins (Comunicação Social)— e um outro ministro vinculado à área econômica –Paulo Bernardo (Planejamento).
Deseja-se agora dotar o governo de informações estratégicas sobre os contornos sindicais que se acercaram do controle de vôo militar. A Aeronáutica dá de ombros para a argumentação da categoria, segundo a qual a revolta brotou espontaneamente, por conta de uma insatisfação que seria generalizada. A avaliação do comando da Aeronáutica é a de que não há motim sem líderes. E, sejam quem for, a Força Aérea deseja livrar-se deles, punindo-os com detenção e expulsando-os.
Estima-se que não passam de duas dezenas os supostos fomentadores da revolta. Um grupo que inclui, além dos "cabeças" do movimento, pessoas a eles ligadas. Alguns já foram identifcados. Contra outros há densas suspeitas. Encontram-se sob vigilância. Tenta-se, de resto, recuperar os movimentos que empreenderam nos dias que precederam o caos aeroportuário.
Incumbida por Lula de conduzir o plano de desmilitarização do controle de tráfego aéreo, a Força Aérea acredita que a maioria dos militares que atuam neste setor não estaria disposta a trocar o "conforto" proporcionado pela carreira militar –moradia funcional, alimentação, aposentadoria especial e plano de saúde próprio, por exemplo—pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Os que quiserem fazer a troca terão de despir os uniformes.
Pelo menos um auxiliar de Lula, ouvido pelo blog sob a condição do anonimato, revelou preocupação com a atmosfera envenenada que é respirada no comando da Aeronáutica. Avalia que a raiva não é, no momento, o melhor ingrediente para contornar a crise que consome, há seis meses, o setor de controle de vôo. O assessor do presidente rumina a impressão de que a propalada desmilitarização dessa atividade, que só não foi imposta por meio de uma medida provisória e de um projeto de lei complementar por conta da ameaça do comandante Juniti Saito (Aeronáutica) de demitir-se, pode consumir meses de conversas e reuniões e, ao final, acabar não saindo do papel.
Fonte: Folha online
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Serviço secreto da Aeronáutica investiga ‘rebeldes’
sexta-feira, 06 de abril de 2007 - 1:45 AM - Câmera 2
O comando da Aeronáutica acionou um grupo de agentes de seu departamento de inteligência para vasculhar o cotidiano dos sargentos que atuam como controladores de vôo. O principal objetivo da missão de espionagem é identificar os líderes escondidos por trás do motim que paralisou os aeroportos brasileiros por cerca de cinco horas no último dia 30 de março.
Parte-se da avaliação de que o serviço militar de controle do tráfego aéreo ganhou contornos sindicais incompatíveis com os rigores da hierarquia que rege as relações funcionais nas Forças Armadas. Daí o desejo de isolar as lideranças do motim. A idéia é punir exemplarmente os responsáveis pela insurreição, excluindo-os dos quadros da Força Aérea.
O blog apurou que parte dos dados levantados durante a operação de espionagem pode ser utilizada no IPM (Inquérito Policial Militar) aberto para investigar o motim do dia 30. A ordem para a abertura da investigação, formalizada pelo Ministério Público Militar, foi festejada no alto comando da Aeronáutica como uma oportunidade para restaurar a integridade da cadeia de comando.
Numa análise preliminar, a Aeronáutica concluiu que o seu serviço de inteligência falhou ao não se antecipar à rebelião. Falharam também todas as organizações de espionagem que integram o Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), coordenado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Em conseqüência, o governo foi surpreendido no dia do motim. Mercê da desinformação, estavam ausentes de Brasília durante a fatídica rebelião as principais autoridades do primeiro escalão. Entre elas o vice-presidente José Alencar, que respondia interinamente pela presidência da República, e os ministros Waldir Pires (Defesa), Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais).
Para gerir a encrenca, o Planalto viu-se compelido a compor um gabinete de crise que incluía um funcionário de segundo escalão –Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula—, um ministro recém-chegado –Franklin Martins (Comunicação Social)— e um outro ministro vinculado à área econômica –Paulo Bernardo (Planejamento).
Deseja-se agora dotar o governo de informações estratégicas sobre os contornos sindicais que se acercaram do controle de vôo militar. A Aeronáutica dá de ombros para a argumentação da categoria, segundo a qual a revolta brotou espontaneamente, por conta de uma insatisfação que seria generalizada. A avaliação do comando da Aeronáutica é a de que não há motim sem líderes. E, sejam quem for, a Força Aérea deseja livrar-se deles, punindo-os com detenção e expulsando-os.
Estima-se que não passam de duas dezenas os supostos fomentadores da revolta. Um grupo que inclui, além dos "cabeças" do movimento, pessoas a eles ligadas. Alguns já foram identifcados. Contra outros há densas suspeitas. Encontram-se sob vigilância. Tenta-se, de resto, recuperar os movimentos que empreenderam nos dias que precederam o caos aeroportuário.
Incumbida por Lula de conduzir o plano de desmilitarização do controle de tráfego aéreo, a Força Aérea acredita que a maioria dos militares que atuam neste setor não estaria disposta a trocar o "conforto" proporcionado pela carreira militar –moradia funcional, alimentação, aposentadoria especial e plano de saúde próprio, por exemplo—pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Os que quiserem fazer a troca terão de despir os uniformes.
Pelo menos um auxiliar de Lula, ouvido pelo blog sob a condição do anonimato, revelou preocupação com a atmosfera envenenada que é respirada no comando da Aeronáutica. Avalia que a raiva não é, no momento, o melhor ingrediente para contornar a crise que consome, há seis meses, o setor de controle de vôo. O assessor do presidente rumina a impressão de que a propalada desmilitarização dessa atividade, que só não foi imposta por meio de uma medida provisória e de um projeto de lei complementar por conta da ameaça do comandante Juniti Saito (Aeronáutica) de demitir-se, pode consumir meses de conversas e reuniões e, ao final, acabar não saindo do papel.
Fonte: Folha online
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A revolta dos militares - Lula recua
Meus prezados:
A revolta dos militares = da Veja desta semana
sexta-feira, 06 de abril de 2007 - 16:52
"O que levou o presidente Lula a ceder tão gentilmente aos controladores de vôo amotinados nos aeroportos do país no dia 30 de março, concordando em dar-lhes compensações salariais e revogando-lhes uma ordem de prisão dada pela cúpula da Aeronáutica? O que levou o presidente Lula, dias depois, a chamar os controladores de irresponsáveis e traidores, cancelando correções salariais e autorizando prisões em caso de nova rebelião? Em sua explicação pública para tamanha guinada, Lula saiu-se com justificativas contraditórias. Primeiro, disse que, ao saber do motim dos sargentos, estava a bordo do Aerolula rumo aos Estados Unidos e não recebera um "quadro completo" da situação. Depois, encarregou seus assessores de espalhar que o recuo se explicava porque, no auge da crise, não tinha alternativa além de ceder aos controladores, sob pena de manter os aeroportos do país paralisados. Por fim, em reunião com aliados no Palácio do Planalto, disse que se sentia "traído" pela categoria. "Fui apunhalado pelas costas. Esperaram eu sair do país." O que Lula não disse é que o principal motivo de ter mudado tão radicalmente de posição foi outro: os militares peitaram o presidente – e ganharam a parada.
Assim que teve sua ordem de prender os controladores de vôo cancelada por Lula, o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Juniti Saito, reuniu-se com um grupo de oficiais, assessores jurídicos e dois representantes do Superior Tribunal Militar (STM). A reunião aconteceu no 9º andar do prédio da Aeronáutica, na Esplanada dos Ministérios. Na discussão, ponderou-se que a decisão de Lula poderia resultar numa acusação por crime de responsabilidade. Afinal, no artigo 7º da lei que define crime de responsabilidade prevê-se punição para a autoridade que venha a "incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina". Com essa poderosa ameaça na manga, o brigadeiro convocou outra reunião, para a manhã seguinte, com os nove brigadeiros que compõem o alto-comando. Nesse encontro, discutiram como ampliar o arsenal para enfrentar Lula. A primeira decisão foi que o Ministério Público Militar, afinado com a cúpula da Aeronáutica, processaria os rebelados, a despeito das promessas do presidente de que não haveria punição. "A punição dos grevistas sempre foi questão de honra. Não voltaremos atrás nem com ordem do papa", disse a VEJA um integrante do alto-comando."
Um abraço e até mais...
A revolta dos militares = da Veja desta semana
sexta-feira, 06 de abril de 2007 - 16:52
"O que levou o presidente Lula a ceder tão gentilmente aos controladores de vôo amotinados nos aeroportos do país no dia 30 de março, concordando em dar-lhes compensações salariais e revogando-lhes uma ordem de prisão dada pela cúpula da Aeronáutica? O que levou o presidente Lula, dias depois, a chamar os controladores de irresponsáveis e traidores, cancelando correções salariais e autorizando prisões em caso de nova rebelião? Em sua explicação pública para tamanha guinada, Lula saiu-se com justificativas contraditórias. Primeiro, disse que, ao saber do motim dos sargentos, estava a bordo do Aerolula rumo aos Estados Unidos e não recebera um "quadro completo" da situação. Depois, encarregou seus assessores de espalhar que o recuo se explicava porque, no auge da crise, não tinha alternativa além de ceder aos controladores, sob pena de manter os aeroportos do país paralisados. Por fim, em reunião com aliados no Palácio do Planalto, disse que se sentia "traído" pela categoria. "Fui apunhalado pelas costas. Esperaram eu sair do país." O que Lula não disse é que o principal motivo de ter mudado tão radicalmente de posição foi outro: os militares peitaram o presidente – e ganharam a parada.
Assim que teve sua ordem de prender os controladores de vôo cancelada por Lula, o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Juniti Saito, reuniu-se com um grupo de oficiais, assessores jurídicos e dois representantes do Superior Tribunal Militar (STM). A reunião aconteceu no 9º andar do prédio da Aeronáutica, na Esplanada dos Ministérios. Na discussão, ponderou-se que a decisão de Lula poderia resultar numa acusação por crime de responsabilidade. Afinal, no artigo 7º da lei que define crime de responsabilidade prevê-se punição para a autoridade que venha a "incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina". Com essa poderosa ameaça na manga, o brigadeiro convocou outra reunião, para a manhã seguinte, com os nove brigadeiros que compõem o alto-comando. Nesse encontro, discutiram como ampliar o arsenal para enfrentar Lula. A primeira decisão foi que o Ministério Público Militar, afinado com a cúpula da Aeronáutica, processaria os rebelados, a despeito das promessas do presidente de que não haveria punição. "A punição dos grevistas sempre foi questão de honra. Não voltaremos atrás nem com ordem do papa", disse a VEJA um integrante do alto-comando."
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CUT ajuda Controladores militares na Bahia
Meus prezados:
CUT ajuda controladores militares na Bahia.
Apesar de a cúpula da Central Única dos Trabalhadores (CUT) negar influência sobre o movimento dos controladores militares de vôo, a entidade atua em conjunto com integrantes da Aeronáutica em pelo menos um Estado: a Bahia. O objetivo é proteger os militares da acusação de quebra de hierarquia e insubordinação.
O passo mais ousado da parceria entre militares e sindicalistas está sendo planejado para o dia 13, quando o ministro da Defesa, Waldir Pires, deve ir a Salvador. Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) da CUT pretendem entregar um relatório ao ministro em nome dos controladores.
O documento está sendo elaborado pela Associação dos Controladores de Vôo da Bahia. De acordo com André Luiz Carvalho da Silva, diretor da Fentac, o texto vai detalhar as dificuldades enfrentadas no controle do tráfego aéreo no Estado.
- Vamos entregar o dossiê para Waldir Pires. Os controladores nos disseram que se fossem até o ministro seria quebra de hierarquia. Os oficiais diriam que seria insubordinação - afirma Carvalho.
Ministério pediu a sindicato que representasse militares.
Os sindicalistas se aproximaram dos militares em meados de março, após a detenção de um controlador e o afastamento de outro por questões disciplinares. Diante do quadro, a Associação dos Controladores de Vôo procurou a Fentac.
- A gente fez um movimento para denunciar a situação. Os controladores alegaram que não tinha havido quebra de disciplina - diz o presidente da Fentac, Celso Klafke.
O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, nega relações com os militares. Klafke admite que a Fentac tem relações com entidades de controladores civis:
- Conversamos há muito tempo com o pessoal do Jorge Botelho.
Presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção ao Vôo, Botelho revela que a entidade teria representado os controladores militares no grupo de trabalho sobre crise aérea criado pela Defesa.
- O próprio ministério pediu que a gente ficasse como representantes dos controladores militares - diz Botelho.
fonte: jornal "Zero Hora" 7 abr 2007
Um abraço e até mais...
CUT ajuda controladores militares na Bahia.
Apesar de a cúpula da Central Única dos Trabalhadores (CUT) negar influência sobre o movimento dos controladores militares de vôo, a entidade atua em conjunto com integrantes da Aeronáutica em pelo menos um Estado: a Bahia. O objetivo é proteger os militares da acusação de quebra de hierarquia e insubordinação.
O passo mais ousado da parceria entre militares e sindicalistas está sendo planejado para o dia 13, quando o ministro da Defesa, Waldir Pires, deve ir a Salvador. Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) da CUT pretendem entregar um relatório ao ministro em nome dos controladores.
O documento está sendo elaborado pela Associação dos Controladores de Vôo da Bahia. De acordo com André Luiz Carvalho da Silva, diretor da Fentac, o texto vai detalhar as dificuldades enfrentadas no controle do tráfego aéreo no Estado.
- Vamos entregar o dossiê para Waldir Pires. Os controladores nos disseram que se fossem até o ministro seria quebra de hierarquia. Os oficiais diriam que seria insubordinação - afirma Carvalho.
Ministério pediu a sindicato que representasse militares.
Os sindicalistas se aproximaram dos militares em meados de março, após a detenção de um controlador e o afastamento de outro por questões disciplinares. Diante do quadro, a Associação dos Controladores de Vôo procurou a Fentac.
- A gente fez um movimento para denunciar a situação. Os controladores alegaram que não tinha havido quebra de disciplina - diz o presidente da Fentac, Celso Klafke.
O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, nega relações com os militares. Klafke admite que a Fentac tem relações com entidades de controladores civis:
- Conversamos há muito tempo com o pessoal do Jorge Botelho.
Presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção ao Vôo, Botelho revela que a entidade teria representado os controladores militares no grupo de trabalho sobre crise aérea criado pela Defesa.
- O próprio ministério pediu que a gente ficasse como representantes dos controladores militares - diz Botelho.
fonte: jornal "Zero Hora" 7 abr 2007
Um abraço e até mais...
Se o serviço de inteligência da aeronáutica investigar a vida política desses controladores vai encontrar aí envolvimento com sindicalista, muita podridão.
PS: olha a esquerda aí incitando a quebra de hireraquia dentro das Forças Armadas, do mesmo jeito que tentaram antes de 1964.
PS: olha a esquerda aí incitando a quebra de hireraquia dentro das Forças Armadas, do mesmo jeito que tentaram antes de 1964.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
- jambockrs
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Por que temer a repetição de greve. Situação não mudou.
Meus prezados:
Por que temer a repetição de greve.
Situação não mudou
Mesmo depois de sucessivas reuniões com o governo, os controladores aéreos ganham os mesmos salários e continuam sob igual regime, sob o estresse do excesso de trabalho. Ou seja, estão mantidos os motivos para insatisfação, agravados por uma investigação que pode culminar em severas penas, previstas no Código Penal Militar. Os controladores só admitem a aplicação do Regulamento Militar, que prevê máximo de 30 dias de detenção. Se a prisão for de mais de dois anos, provocam expulsão da Aeronáutica.
O governo recuou em todos os pontos do acordo feito para encerrar a paralisação de 30 de março - anistia, gratificação e desmilitarização. E não pretende conceder reajuste salarial para os sargentos-controladores, já que teria de fazer a mesma coisa com os demais postos nas três forças.
- Não há como aumentar o salário de R$ 2 mil e não fazer a mesma coisa com os outros - diz o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB).
Acordo foi descumprido
Desarticulado pela ausência do presidente, em viagem aos Estados Unidos e com os ministros mais ligados à área fora de Brasília, o governo enviou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para negociar um acordo que fizesse os amotinados retornar ao trabalho. Depois, deixou Bernardo sozinho ao dizer que não cumpriria as promessas do ministro.
- O Paulo Bernardo agiu na hora da crise aguda. Mas o presidente já deixou muito claro que o assunto é militar - afirma Albuquerque, confirmando que o acordo, de fato, não será cumprido.
Interrompida no final da manhã, a reunião que detalharia os termos do acordo teve de ser retomada à noite, apenas com a presença de um representante dos civis, Jorge Botelho, e um dos militares, Wellington Rodrigues. Mesmo reconhecendo a forte pressão das Forças Armadas contra o acordo, os controladores ficaram ainda mais frustrados com a atuação do governo.
Indefinição do governo
Entregar a tarefa de negociar punições, remuneração e desmilitarização à Aeronáutica equivale a postergar novamente uma solução. O comando é contrário à transferência dos sargentos para a área civil, exige o cumprimento do Código Penal Militar e não tem autonomia para conceder reajustes salariais.
Paulo Bernardo afirmou, sexta-feira, que só no início desta semana vai conversar com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para saber como ele quer conduzir a questão. Um plano para resolver a crise é adiado há mais de seis meses, desde que a colisão com um jato Legacy provocou a queda de um Boeing da Gol, causando 154 mortes.
- O comando anterior da Aeronáutica foi frouxo na solução desse problema - reconhece o coronel da reserva Geraldo Cavagnari.
- É preciso um ministro (da Defesa) que tenha energia para isso e um governo que instrua o ministro - argumenta João Roberto Martins Filho, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa.
Poder de pressão
Ao cruzar os braços e parar por seis horas quase todos os aeroportos do país, em 30 de março último, os controladores de vôo mostraram o poder que têm. Antes da forte reação das Forças Armadas ao acordo obtido, a euforia tomava conta dos responsáveis pela mobilização.
- Aprendemos que podemos parar o país e exigimos ser ouvidos. Chega de arbitrariedade e desrespeito - chegou a dizer um dos sargentos que liderou o movimento.
Minada pela possibilidade de abertura de um inquérito policial militar e pela forte rejeição da opinião pública, a autoconfiança da categoria abrandou. Mas ainda que a Aeronáutica assegure ter, agora, um plano de contingência, a curto prazo é difícil substituir um grande número de operadores. E embora estejam cientes dos riscos de uma atitude radical, perceberam que até o presidente da República - ainda que tenha sido por pouco tempo - cede diante de uma mobilização como aquela.
Saiba mais
O risco de um novo motim.
Por que não temer uma nova greve.
O que prende a aviação no chão.
Vale a pena ser civil?.
Instruções são questionadas por pilotos.
Aeroviários viram alvos de passageiros estressados.
Sala atrás do balcão se torna refúgio.
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zeroh ... e=&start=1§ion=Economia&source=Busca%2Ca1468971.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=23&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=
fonte: jornal "Zero Hora" 8 abr 2007
Um abraço e até mais...
Por que temer a repetição de greve.
Situação não mudou
Mesmo depois de sucessivas reuniões com o governo, os controladores aéreos ganham os mesmos salários e continuam sob igual regime, sob o estresse do excesso de trabalho. Ou seja, estão mantidos os motivos para insatisfação, agravados por uma investigação que pode culminar em severas penas, previstas no Código Penal Militar. Os controladores só admitem a aplicação do Regulamento Militar, que prevê máximo de 30 dias de detenção. Se a prisão for de mais de dois anos, provocam expulsão da Aeronáutica.
O governo recuou em todos os pontos do acordo feito para encerrar a paralisação de 30 de março - anistia, gratificação e desmilitarização. E não pretende conceder reajuste salarial para os sargentos-controladores, já que teria de fazer a mesma coisa com os demais postos nas três forças.
- Não há como aumentar o salário de R$ 2 mil e não fazer a mesma coisa com os outros - diz o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB).
Acordo foi descumprido
Desarticulado pela ausência do presidente, em viagem aos Estados Unidos e com os ministros mais ligados à área fora de Brasília, o governo enviou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para negociar um acordo que fizesse os amotinados retornar ao trabalho. Depois, deixou Bernardo sozinho ao dizer que não cumpriria as promessas do ministro.
- O Paulo Bernardo agiu na hora da crise aguda. Mas o presidente já deixou muito claro que o assunto é militar - afirma Albuquerque, confirmando que o acordo, de fato, não será cumprido.
Interrompida no final da manhã, a reunião que detalharia os termos do acordo teve de ser retomada à noite, apenas com a presença de um representante dos civis, Jorge Botelho, e um dos militares, Wellington Rodrigues. Mesmo reconhecendo a forte pressão das Forças Armadas contra o acordo, os controladores ficaram ainda mais frustrados com a atuação do governo.
Indefinição do governo
Entregar a tarefa de negociar punições, remuneração e desmilitarização à Aeronáutica equivale a postergar novamente uma solução. O comando é contrário à transferência dos sargentos para a área civil, exige o cumprimento do Código Penal Militar e não tem autonomia para conceder reajustes salariais.
Paulo Bernardo afirmou, sexta-feira, que só no início desta semana vai conversar com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para saber como ele quer conduzir a questão. Um plano para resolver a crise é adiado há mais de seis meses, desde que a colisão com um jato Legacy provocou a queda de um Boeing da Gol, causando 154 mortes.
- O comando anterior da Aeronáutica foi frouxo na solução desse problema - reconhece o coronel da reserva Geraldo Cavagnari.
- É preciso um ministro (da Defesa) que tenha energia para isso e um governo que instrua o ministro - argumenta João Roberto Martins Filho, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa.
Poder de pressão
Ao cruzar os braços e parar por seis horas quase todos os aeroportos do país, em 30 de março último, os controladores de vôo mostraram o poder que têm. Antes da forte reação das Forças Armadas ao acordo obtido, a euforia tomava conta dos responsáveis pela mobilização.
- Aprendemos que podemos parar o país e exigimos ser ouvidos. Chega de arbitrariedade e desrespeito - chegou a dizer um dos sargentos que liderou o movimento.
Minada pela possibilidade de abertura de um inquérito policial militar e pela forte rejeição da opinião pública, a autoconfiança da categoria abrandou. Mas ainda que a Aeronáutica assegure ter, agora, um plano de contingência, a curto prazo é difícil substituir um grande número de operadores. E embora estejam cientes dos riscos de uma atitude radical, perceberam que até o presidente da República - ainda que tenha sido por pouco tempo - cede diante de uma mobilização como aquela.
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fonte: jornal "Zero Hora" 8 abr 2007
Um abraço e até mais...