F-X o retorno ?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Benke
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F-X o retorno ?

#1 Mensagem por Benke » Sex Mar 23, 2007 9:28 pm

Orçamento de Defesa pode subir para R$ 10 bi - Jornal Valor Econômico - SP
- Daniel Rittner - 23/Mar/2007

O Rafale, da Dassault, custa US$ 70 milhões por unidade e é o favorito de
boa parte da Aeronáutica na retomada do Projeto F-X O governo concluiu um
audacioso plano de reaparelhamento das Forças Armadas em que prevê
investimentos de até R$ 16 bilhões para a aquisição e modernização de
equipamentos militares. O plano pressupõe a ampliação do orçamento anual do
Ministério da Defesa para R$ 10 bilhões - o que inclui despesas de custeio
- e define prioridades na compra de armamentos. Está prevista, por exemplo,
a retomada do Projeto F-X, de aquisição de novos caças para a Aeronáutica,
com despesa de US$ 1,1 bilhão entre 2008 e 2012. Trata-se de um
investimento superior aos US$ 700 milhões estimados anteriormente para a
compra dos aviões, que foi interrompida oficialmente em fevereiro de 2005.
Excluindo despesas com pessoal, o ministério recebeu R$ 6,6 bilhões para
gastar neste ano, somando custeio e investimentos, mas a verba diminuiu
para R$ 5,3 bilhões após o contingenciamento. Ou seja, a recomendação é
praticamente dobrar o orçamento da Defesa. Após quase dez meses de
discussões, porém, o grupo de trabalho formado para discutir o assunto
chegou a um impasse: o Ministério do Planejamento e a Casa Civil deram
sinal verde, mas a Fazenda discordou do aumento dos recursos para R$ 10
bilhões por ano. Com a exposição da divergência no relatório final do
grupo, o assunto será decidido em breve pelos ministros. Cada comando
militar definiu suas prioridades, explicitando uma ordem de importância a
cada projeto, e submeteu-as à avaliação do grupo. O relatório final prevê
R$ 7,7 bilhões para atender às prioridades da Aeronáutica até 2012, R$ 4,3
bilhões para a Marinha até 2011 e R$ 4 bilhões para o Exército até 2009.
Como o grupo trabalhava com a hipótese de início dos gastos ainda em 2006,
quando promoveu suas discussões, o cronograma teria que passar agora por
leve ajuste. A defasagem tecnológica e a necessidade de reaparelhamento das
Forças Armadas tiveram ênfase nos discursos de posse dos novos comandantes
militares, nas últimas semanas. O almirante Júlio Soares de Moura Neto, que
tomou posse no dia 1º de março, afirmou que a Marinha está "perdendo a
capacidade operacional" e descreveu a situação como "insustentável". Ao
transmitir o cargo para o general Enzo Peri, o ex-comandante do Exército,
Francisco Albuquerque, também tocou no assunto. "No presente período, os
recursos à disposição da Força não foram, é óbvio, suficientes para superar
o desgaste de décadas", disse Albuquerque. O tenente-brigadeiro Juniti
Saito, que assumiu a Aeronáutica no fim de fevereiro, sinalizou com a
retomada do processo de compra de novos caças, conhecido como Projeto F-X.
Foi aberta uma concorrência internacional em 2001, com valor estimado de
US$ 700 milhões, que trouxe ao Brasil promessas de transferência de
tecnologia e fortes lobbies. Na licitação, quatro grupos chegaram à fase
final do processo: o consórcio franco-brasileiro Embraer-Dassault, a
americana Lockheed, o grupo anglo-sueco Saab e o russo Sukhoi. Na análise
técnica-operacional da Força Aérea Brasileira (FAB), o Sukhoi-35 despontou
como favorito, mas a concorrência foi colocada na geladeira pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva na sua primeira semana de governo e encerrada
formalmente em 2005. Agora, o F-X deverá ser retomado, sem a necessidade de
uma licitação formal. Os russos continuam com alguma chance, mas uma nova
geração de caças ganhou escala industrial nos últimos anos e tornou
defasadas a maioria dos aviões oferecidos anteriormente. O preferido de boa
parte da cúpula da Aeronáutica é o francês Rafale, da Dassault, cujas
unidades de série só começaram a ser entregues em 2004. Hoje custam em
torno de US$ 70 milhões por avião. Uma alternativa ao Rafale, também
considerada pela FAB mas com menos entusiasmo, é o Eurofighter Typhoon,
fabricado por um consórcio europeu - Reino Unido, Alemanha, Itália e
Espanha. O novo relatório do governo prevê dotação orçamentária para a
compra dos caças e reserva US$ 10 milhões para o início do pagamento, em
2008. Em 2009 a verba sobe para US$ 157,9 milhões. Os recursos aumentariam
para US$ 300 milhões em cada um dos dois anos seguintes. Em 2012 seria
quitada a última parcela do financiamento, com US$ 332,1 milhões. O valor
total da aquisição é de US$ 1,1 bilhão - aproximadamente 50% mais caro,
portanto, que o F-X original. Apesar da importância atribuída ao projeto
pela Aeronáutica, a compra dos novos caças é a segunda prioridade na lista
de ações sugeridas pela Força. A primeira é o término do Plano de
Recuperação Operacional da FAB (Profab), com aquisições já realizadas e
modernizações em andamento. Fazem parte do Profab, por exemplo, a compra de
aviões de transporte de tropas e de cargas Casa-295 da Espanha, a aquisição
de caças Mirage 2000C usados da França e a modernização dos F-5 pela
Embraer. Também está na lista a ampliação da frota de turboélices C-98 - o
modelo Caravan utilizado pelo Correio Aéreo Nacional - para transporte de
cargas leves e de passageiros entre pequenas distâncias, principalmente na
Amazônia. Originalmente previsto para terminar neste ano, o Profab teve a
sua conclusão estendida para 2012. A prioridade máxima dada ao programa
explica-se por causa do custo adicional que o refinanciamento de dívidas
teria se faltarem recursos para o pagamento das compras realizadas. Na
segunda prioridade da Aeronáutica, ao lado do F-X, está a aquisição de mais
12 jatos para aumentar a frota destinada ao transporte de autoridades. O
plano aponta a necessidade de compra de oito aeronaves Phenom 300 e de
quatro ERJ-135, ambas fabricadas pela Embraer, mesmo após as críticas
feitas durante a campanha presidencial à aquisição do Airbus 319 da
Presidência da República - o "AeroLula". A terceira prioridade da FAB é a
execução do Projeto CT-X, para fabricação de um novo turboélice que
substituirá os Bandeirantes da frota atual. Com uma encomenda inicial de
pelo menos 50 aeronaves, o projeto tem um custo estimado em US$ 300 milhões
e pretende impulsionar a indústria aeronáutica no país. Bimotores simples e
sem trem de pouso retrátil, as aeronaves terão tecnologia estrangeira, mas
serão montadas com mão-de-obra brasileira e incluirão peças nacionais,
tornando-se sucessoras do Bandeirante, com uso potencial, inclusive, na
aviação civil. O Exército definiu suas prioridades de maneira bem mais
fragmentada, com uma lista que contempla a compra de blindados, viaturas
operacionais e sistemas de defesa anti-aérea. Para atender à principal
prioridade da Força, o relatório diagnostica a necessidade de alocar R$ 1,9
bilhões para investimentos no período 2006-2009. As demais ações previstas
incluem, entre outras, a integração dos sistemas de comunicação do Exército
e a aquisição de mais helicópteros. Na Marinha, o programa de
reaparelhamento se concentra no período 2006-2011, mas prevê ações
complementares por mais 15 anos. A maior prioridade é dada à compra de seis
submarinos convencionais, ao ritmo de um por ano, bem como à modernização
dos cinco submarinos que já compõem a frota da Marinha. No ano passado, a
Força anunciou a encomenda de um submarino Ikl-214 para o estaleiro alemão
ThyssenKrupp MS. Para sair do papel, o aumento dos recursos para a Defesa e
a viabilização do programa de reaparelhamento das Forças Armadas depende de
um aval do presidente. Aguarda-se para breve uma reunião ministerial para
fechar o assunto e levá-lo a Lula, embora o assunto tenha ficado
momentaneamente parado por três fatores: o apagão aéreo, a troca de
comandantes militares (e provavelmente do ministro da Defesa) e a
formatação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

piratadabaixada vi q vc postou antes depois... :roll:




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