Venezuela - Compra de Submarinos
Enviado: Seg Fev 05, 2007 10:38 pm
Venezuela expande seu poderio militar
Com compra de 11 submarinos, país terá a maior frota da América Latina
Roberto Godoy
Até 2012 a Marinha da Venezuela terá a maior e mais poderosa frota de submarinos convencionais da América Latina. Serão 11 navios, 9 dos quais modelos de alta tecnologia, e mais outros 2, modernizados. O investimento no programa é estimado em US$ 3 bilhões. Segundo o almirante Armando Laguna, Comandante da Armada, “todos deverão ter a capacidade de operar em regime furtivo por pelo menos dois meses e sem receber suprimentos externos nesse período”.
Laguna disse, em nota oficial da Marinha, que ,“na aspiração de ter submarinos de quarta geração, o comando recebeu propostas da Alemanha, da França e da Rússia”. O governo da Venezuela está desenvolvendo um vasto projeto de reequipamento das Forças Armadas. Nos últimos dez dias foram anunciados três empreendimentos importantes envolvendo o míssil antiaéreo russo Tor-M1, por US$ 290 milhões, a modernização de 12 a 16 caças americanos F-5 pelo Irã, que receberá US$ 70 milhões pela tarefa, e a compra de 9 submarinos. Em uma só tacada, gastos militares de US$ 3,37 bilhões negociados a longo prazo.
O principal parceiro da administração Hugo Chávez no empreendimento é o governo russo. Até agora foram gastos cerca de US$ 3,4 bilhões na aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47. Uma linha especial de crédito para financiar equipamentos militares, foi liberada há dois anos pelo presidente Vladimir Putin.
Os submarinos que interessam à Venezuela devem ter deslocamento na faixa de 1.750 toneladas e incorporar tecnologias de redução de ruído. A Armada está considerando três possibilidades: o alemão IKL-214 - mesmo modelo escolhido pelo Brasil para expandir a frota para seis unidades -, o francês Scórpene, semelhante aos dois navios da classe incorporados pelo Chile, e o russo Amur, favorito nas negociações. A versão de exportação dispara quatro mísseis leves de cruzeiro com alcance de 300 km, e até dez mísseis táticos ou antiaéreos. Leva ainda 18 torpedos pesados de 533 milímetros e 35 tripulantes. O casco é coberto por uma manta sintética para confundir os sinais de sonar de detecção subaquática.
O almirante Laguna, em nota oficial, destaca que “o objetivo é dispor de submarinos diesel-elétricos que garantam a defesa da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), maior que o território continental do país”. A Venezuela projeta seus limites a partir do território das ilhas oceânicas. Com isso, a linha da ZEE defendida por Caracas se sobrepõe aos extremos marítimos da Guiana, França, Holanda, EUA e das Antilhas. A Armada emprega dois IKL-209 alemães com mais de 30 anos. Ambos estão sendo atualizados nos estaleiros locais Dianca D&A.
A aviação militar da Venezuela selecionou a arma principal dos impressionantes caças Su-30. Os 2 primeiros, do lote de 24, foram entregues em julho do ano passado. Os supersônicos vão voar carregados com a versão mais moderna do R-77 Adder, russo, com 100 km de alcance e 80 km de raio de ação ideal. O míssil pesa 175 kg.
Na mesma palestra em que anunciou a escolha do R-77, o ministro da Defesa, Raúl Baduel, revelou que o arranjo a ser adotado na revitalização de 12 caças CF-5A, americanos, pelo Irã, ainda não foi definida. A indústria aeronáutica iraniana desenvolveu um projeto que virtualmente resulta em um novo supersônico, baseado na estrutura do F-5 e caracterizado pela empenagem traseira dupla.
Até o nome é novo, Sae’gheh, o Relâmpago. Os CF-5A venezuelanos foram feitos no Canadá, sob licença, nos anos 70. Sabe-se pouco sobre o Sae’gheh. Além dos dois lemes traseiros, que permitem considerável expansão da capacidade de manobra e da agilidade, um novo nariz foi criado para receber o radar N019-ME melhorado, com 80 quilômetros de cobertura no modo de vigilância e de 40 km para detecção de 10 alvos. Leva 5,5 toneladas de cargas externas - mísseis, bombas inteligentes, tanques extras.
NÚMEROS
3 bilhões de dólares
é o investimento da Marinha da Venezuela para ter a maior frota submarina da região
70 milhões de dólares
serão gastos para modernizar de 12 a 16 caças americanos F-5, que ficará a cargo da indústria do Irã
3,4 bilhões de dólares
já foram gastos com a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47
290 milhões de dólares
é o valor gasto pelo governo venezuelano para comprar mísseis antiáeresos Tor-M1, de fabricação russa
5,5 toneladas
é a capacidade de cargas externas - mísseis, bombas inteligentes e tanques extras - do novo supersônico Relâmpago
Fonte:Estado de S.Paulo
Com compra de 11 submarinos, país terá a maior frota da América Latina
Roberto Godoy
Até 2012 a Marinha da Venezuela terá a maior e mais poderosa frota de submarinos convencionais da América Latina. Serão 11 navios, 9 dos quais modelos de alta tecnologia, e mais outros 2, modernizados. O investimento no programa é estimado em US$ 3 bilhões. Segundo o almirante Armando Laguna, Comandante da Armada, “todos deverão ter a capacidade de operar em regime furtivo por pelo menos dois meses e sem receber suprimentos externos nesse período”.
Laguna disse, em nota oficial da Marinha, que ,“na aspiração de ter submarinos de quarta geração, o comando recebeu propostas da Alemanha, da França e da Rússia”. O governo da Venezuela está desenvolvendo um vasto projeto de reequipamento das Forças Armadas. Nos últimos dez dias foram anunciados três empreendimentos importantes envolvendo o míssil antiaéreo russo Tor-M1, por US$ 290 milhões, a modernização de 12 a 16 caças americanos F-5 pelo Irã, que receberá US$ 70 milhões pela tarefa, e a compra de 9 submarinos. Em uma só tacada, gastos militares de US$ 3,37 bilhões negociados a longo prazo.
O principal parceiro da administração Hugo Chávez no empreendimento é o governo russo. Até agora foram gastos cerca de US$ 3,4 bilhões na aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47. Uma linha especial de crédito para financiar equipamentos militares, foi liberada há dois anos pelo presidente Vladimir Putin.
Os submarinos que interessam à Venezuela devem ter deslocamento na faixa de 1.750 toneladas e incorporar tecnologias de redução de ruído. A Armada está considerando três possibilidades: o alemão IKL-214 - mesmo modelo escolhido pelo Brasil para expandir a frota para seis unidades -, o francês Scórpene, semelhante aos dois navios da classe incorporados pelo Chile, e o russo Amur, favorito nas negociações. A versão de exportação dispara quatro mísseis leves de cruzeiro com alcance de 300 km, e até dez mísseis táticos ou antiaéreos. Leva ainda 18 torpedos pesados de 533 milímetros e 35 tripulantes. O casco é coberto por uma manta sintética para confundir os sinais de sonar de detecção subaquática.
O almirante Laguna, em nota oficial, destaca que “o objetivo é dispor de submarinos diesel-elétricos que garantam a defesa da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), maior que o território continental do país”. A Venezuela projeta seus limites a partir do território das ilhas oceânicas. Com isso, a linha da ZEE defendida por Caracas se sobrepõe aos extremos marítimos da Guiana, França, Holanda, EUA e das Antilhas. A Armada emprega dois IKL-209 alemães com mais de 30 anos. Ambos estão sendo atualizados nos estaleiros locais Dianca D&A.
A aviação militar da Venezuela selecionou a arma principal dos impressionantes caças Su-30. Os 2 primeiros, do lote de 24, foram entregues em julho do ano passado. Os supersônicos vão voar carregados com a versão mais moderna do R-77 Adder, russo, com 100 km de alcance e 80 km de raio de ação ideal. O míssil pesa 175 kg.
Na mesma palestra em que anunciou a escolha do R-77, o ministro da Defesa, Raúl Baduel, revelou que o arranjo a ser adotado na revitalização de 12 caças CF-5A, americanos, pelo Irã, ainda não foi definida. A indústria aeronáutica iraniana desenvolveu um projeto que virtualmente resulta em um novo supersônico, baseado na estrutura do F-5 e caracterizado pela empenagem traseira dupla.
Até o nome é novo, Sae’gheh, o Relâmpago. Os CF-5A venezuelanos foram feitos no Canadá, sob licença, nos anos 70. Sabe-se pouco sobre o Sae’gheh. Além dos dois lemes traseiros, que permitem considerável expansão da capacidade de manobra e da agilidade, um novo nariz foi criado para receber o radar N019-ME melhorado, com 80 quilômetros de cobertura no modo de vigilância e de 40 km para detecção de 10 alvos. Leva 5,5 toneladas de cargas externas - mísseis, bombas inteligentes, tanques extras.
NÚMEROS
3 bilhões de dólares
é o investimento da Marinha da Venezuela para ter a maior frota submarina da região
70 milhões de dólares
serão gastos para modernizar de 12 a 16 caças americanos F-5, que ficará a cargo da indústria do Irã
3,4 bilhões de dólares
já foram gastos com a aquisição de 24 caças Sukhoi-30, cerca de 35 helicópteros e 100 mil fuzis Kalashnikov AK-47
290 milhões de dólares
é o valor gasto pelo governo venezuelano para comprar mísseis antiáeresos Tor-M1, de fabricação russa
5,5 toneladas
é a capacidade de cargas externas - mísseis, bombas inteligentes e tanques extras - do novo supersônico Relâmpago
Fonte:Estado de S.Paulo