MB e seu programa de nacionalização
Enviado: Qui Jan 18, 2007 1:10 pm
Srs.
Em outros tópicos havia falado sobre o Programa Permanente de Nacionalização de componentes da MB, aí vai algumas novidades na área.
Nacionalização dos Radares de Tipo Type 910, usados nas FFG´s Tipo 22.
Sistema novo para os Submarinos da Classe Tupi e Tikuna. Neste caso não apenas um componente mais um aparelho novo.
Modernização e nacionalização de todos os sistemas dos Navios da Classe Aratu
Sistema de lançamento de torpedos para Navios
Existem muitos outros, o mais importante é que os trabalho de desenvolvimento e pesquisa está sendo utilizado na prática, gerando produtos e poupando recursos.
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Em outros tópicos havia falado sobre o Programa Permanente de Nacionalização de componentes da MB, aí vai algumas novidades na área.
Nacionalização dos Radares de Tipo Type 910, usados nas FFG´s Tipo 22.
As Fragatas classe “Greenhalgh” possuem em seus radares de Direção de Tiro (DT) um componente importante, que é a válvula de microondas de potência, elemento de elevada complexidade tecnológica e alto custo, conhecida como válvula TWT (“traveling-wave tube”). Após alguns anos de esforços, o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) concluiu a última etapa para o projeto e construção de válvulas TWT no País. Com o apoio da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, o CTMSP desenvolveu, em suas instalações, um sistema de medida da impedância de interação, grandeza fundamental que indica a eficiência de conversão da energia cinética em estruturas de ondas lentas para a TWT. A tecnologia permitiu ao CTMSP o desenvolvimento dos canhões de elétrons para os radares DT das fragatas, podendo apoiar outras Marinhas e, até mesmo, iniciativas do setor privado que utilizam a tecnologia.
Sistema novo para os Submarinos da Classe Tupi e Tikuna. Neste caso não apenas um componente mais um aparelho novo.
Equipamento VELOSOM
A medição da velocidade de propagação do som na água do mar é de vital importância para a operação de submarinos, tanto no aspecto tático quanto na segurança. Para realizar essa medida, os submarinos rasileiros dispõem de um equipamento chamado VELOSOM. Fabricados no exterior,os itens entraram em processo de obsolescência, gerando estudos para sua substituição por equipamento nacionalizado. A proposta apresentou, inicialmente, dois grandes obstáculos: alto custo de aquisição de componentes no exterior e dificuldade de integração à DATA BUS, rede integradora do sistema de informações de combate do submarino. Com muita criatividade, os engenheiros da Marinha desenvolveram um sistema operacional próprio, com componentes adquiridos no mercado nacional. Um protótipo foi testado, com êxito, no Submarino “Tamoio”.
Modernização e nacionalização de todos os sistemas dos Navios da Classe Aratu
Utilizando novos equipamentos do Sistema de Contra-Medidas de Minagem, projetados pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), o Navio-Varredor “Abrolhos” reproduziu a assinatura magnética real da Fragata “Defensora”, na Raia Magnética de Itaparica, em setembro de 2 006, em exercício coordenado pelo Grupo de Avaliação e Adestramento de Guerra de Minas, do Comando do 2 º Distrito Naval. O procedimento melhora a segurança e a eficácia do estabelecimento de canais varridos pelos navios-varredores Classe “Aratu”, considerando a ameaça de minas e influência magnética. A simulação da assinatura magnética de um navio é realizada por um equipamento denominado “cauda magnética”. Nesse equipamento, que é rebocado pelo navio-varredor (daí o nome “cauda”), se aplica uma corrente elétrica, cujos parâmetros são calculados a partir de dados coletados pelo Departamento de Magnetologia da Base Naval de Aratu, na Raia Magnética de Itaparica. Para implantação do sistema, o IPqM contou com o apoio da Universidade Federal da Bahia, que desenvolveu um programa específico de modelagem matemática para cálculo dos parâmetros de varredura, inseridos nos armários de regulação dos navios-varredores. Esses armários são equipamentos que controlam todo o processo de varredura e foram nacionalizados pelo IPqM.
Sistema de lançamento de torpedos para Navios
No dia 24 de maio de 2006, foi realizado, pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, o primeiro teste de mar para avaliação do desempenho do Sistema Lançador de Torpedo - SLT Modelo 400, desenvolvido no País pela empresa ARES, que integrará a configuração da Corveta “Barroso” nas ações anti-submarino. Durante o teste de mar, realizado pela Fragata “União”, foi efetuado, com sucesso, o disparo de um torpedo Mk-46 Mod-5 de exercício contra uma bóia dotada de transponder sonar. O acontecimento é um marco no processo de desenvolvimento do equipamento, que permitirá o início da integração do SLT ao Sistema de Combate do navio, e concretiza, com pleno êxito, uma etapa no esforço de nacionalização estabelecido para a Corveta “Barroso”.
Existem muitos outros, o mais importante é que os trabalho de desenvolvimento e pesquisa está sendo utilizado na prática, gerando produtos e poupando recursos.
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