Fórum Defesa Brasil

Vejam este submarino:
http://www.segurancaedefesa.com/Amur950_ampliado.html

É o Amur 950 Rubin, convencional e com pequeno deslocamento (1150 t) mas que é capaz de lançar mísseis Klub com 300 Km de alcance para ataque terrestre, ou anti-navios.

Bom, eu imagino que um submarino nuclear servindo apenas para negação do mar seja um mal negócio. Eles são barulhentos, e suas missões podem ser realizadas igualmente por submarinos do tipo U-214, a não ser que se queira atacar um alvo em outro ponto do globo terrestre que esteja a mais de 1000 Km da nossa costa.
Eu imagino que o SNB ficaria sem sentido caso não venha a ter meios para ataque terrestre. Ficaria um submarino caro, que demorou milanos para ser concluído e que no final das contas, realiza a mesma função dos outros submarinos.
Como podemos ver, a introdução de capacidade de se instalar tais mísseis não é necessariamente um fator que encarece demaisadamente o submarino, a exemplo do Amur 950. Isso poderia abrir espaço para darmos aos nossos submarinos nucleares essas capacidades.
No meu ponto de vista, um submarino nuclear poderia ser útil em qualquer conflito dentro do continente sul-Americano, uma vez que ele pode atravessar sem muito esforço e ir para o Pacífico atacar frotas inimigas. E aí está o fato interessante: poderíamos realizar missões de ataques pontuais a instalações estratégicas do inimigo, isso claro, se contarem com capacidade de lançar mísseis de cruzeiro como os Klub.
Com uma frota de 5 submarinos convencionais do Tipo U-214 contando com o Tikuna, mais 2 SNB com certeza teríamos uma respeitável capacidade de defesa e negação do mar, e ao mesmo tempo de projeção de força a nível global.
Com 2 submarinos nucleares, contando com uma disponibilidade de 65% teríamos todo o tempo "1,3 submarinos", ora com dois e ora com apenas um.



Possível configuração para o SNB, com capacidade de lançamento de dez mísseis Klub.


abraços]

Brasileiro escreveu: Com 2 submarinos nucleares, contando com uma disponibilidade de 65% teríamos todo o tempo "1,3 submarinos", ora com dois e ora com apenas um.

Isso não é bem verdade. Para ter sempre um submarino nuclear em missão preciza de 3/4.

Isso não é bem verdade. Para ter sempre um submarino nuclear em missão preciza de 3/4.

Sim, mas isso é no caso de uma disponibilidade de 75%. Mas no nosso caso não precisamos de tudo isso. Além do mais, para utilizar um submarino em caso de guerra, poderíamos rapidamente colocar os dois (ou bem perto disso) em pleno serviço, aliás uma guerra não começa da noite para o dia.


abraços]

Mas aí é covardia, botar um AMUR é me fazer concordar NA HORA, POWS!!!

Com 2 submarinos nucleares, contando com uma disponibilidade de 65% teríamos todo o tempo "1,3 submarinos", ora com dois e ora com apenas um.

Muito pouco. No mínimo 4, mas como investimos muito dinheiro para isso creio que no futuro a MB terá apenas subs nucleares e o número devera ser de cerca de 8 - 12 submarinos.

Eu ja diria que o ideal seria 15 submarinos, produção de 2 por ano eterno a menos que necessitemos mais em caso de conflito, etc.

Luís Henrique escreveu:

Com 2 submarinos nucleares, contando com uma disponibilidade de 65% teríamos todo o tempo "1,3 submarinos", ora com dois e ora com apenas um.

Muito pouco. No mínimo 4, mas como investimos muito dinheiro para isso creio que no futuro a MB terá apenas subs nucleares e o número devera ser de cerca de 8 - 12 submarinos.

Eu ja diria que o ideal seria 15 submarinos, produção de 2 por ano eterno a menos que necessitemos mais em caso de conflito, etc.

Minha opinião:

- 8 subs médios (como o Tikuna ou o 214), com construção de séries de dois navios sucessivas ad-infinitum, com um novo sub incorporado a cada 2-3 anos. Cada barco ficaria na MB por 16 a 20 anos, e seria vendido depois para abrir espaço para um sub novo.

Isto daria para garantir a dissuasão ao longo do nosso litoral e do Atlântico sul, e a continuidade da capacitação tecnológica na área. E em caso de guerra temos que ter a capacidade de construir quantos subs quisermos, sem precisar do auxílio de ninguém.

- 4 subs nucleares com mais 3500 ton e boa capacidade de armamentos. Construção contínua com uma nova incorporação a cada 4-5 anos. Isto reforçaria o poder no Atlântico sul e daria uma capacidade crível de dissuasão a nível global. A capacidade de projetar poder em terra é muito desejável, mas acho que não há necessidade de lançadores verticais, mísseis podem ser lançados dos tubos lança-torpedo (mas não tenho nada contra os tubos verticais, vejam bem, só não tenho certeza de que vale o espaço ocupado). A cada 20 anos um SSN é passado para a reserva para abrir espaço para outro novo.

Um ponto muito importante é que os sistemas eletrônicos e o armamento dos subs deve ser produzido no Brasil. Se um país assume que vai construir submarinos nucleares é até ridículo continuar comprando os sistemas essenciais fora.

É claro que pode-se produzir sob licença, não precisa desenvolver tudo aqui, mas a produção local é fundamental do ponto de vista estratégico para um país com as condições geo-estratégicas do Brasil. O custo eventualmente maior faz parte da manutensão de uma capacidade militar eficaz.

Leandro acho a tua proposição mais pé no chão, resta saber se o orçamento comporta a operacionalidade de 12 Subs.
Não so forte de assuntos navais, mas penso que para viabilizar a tua proposta a MB tem que racionalizar em outros lados.

Grande abraço

juarez castro escreveu:Leandro acho a tua proposição mais pé no chão, resta saber se o orçamento comporta a operacionalidade de 12 Subs.
Não so forte de assuntos navais, mas penso que para viabilizar a tua proposta a MB tem que racionalizar em outros lados.

Grande abraço

O cenário que eu imagino é de um Brasil daqui a 10/15 anos com a eterna crise econômica já equacionada (mesmo que não totalmente resolvida) e um grande ajuste nas contas públicas, inclusive nas militares.

Se o cenário não for este, então teremos mesmo que reduzir a escala e aumentar os prazos de incorporação, mas se daqui até lá o Brasil não tiver melhorado nem um pouco acho que vou é emigrar e curtir as implementações militares de uma nova pátria, por que esta daqui... (deus me livre disso, mas eu tenho família para cuidar!!!).

Um abração Juarez,

Leandro G. Card.