Os reflexos da falta de cultura militar
Enviado: Seg Set 11, 2006 12:10 pm
Triste noticia que a revista Isto É nos trás esta semana.
Triste porque é mais uma noticia “plantada” nesta revista que durante o finado programa FX foi palco das mais ridículas manobras do lobby francês capitaneado pela Embraer para desinformar, distorcer e deturpar o processo de escolha do novo caça.
A decisão da MB pela compra de um quinto submarino alemão, mesmo não sendo a ideal (esperávamos que o projeto de submarino nacional estivesse mais avançado), é de longe a mais sensata pela continuidade dos esforços de construção naval do AMRJ.
Quando se inverte os valores, chama-se a vergonhosa compra dos M-2000C de “motivo para comemorar” e a compra de um quinto submarino U-214 de “não transfere tecnologia.” Algo preocupante me chama a atenção.
Como uma manobra tão tosca pode funcionar? Como pessoas inteligentes e preparadas como as que comandam o marketing da Embraer podem apostar em táticas tão banais para torpedear decisões do brasileiro, que é seu maior cliente no mercado de defesa e seu maior agente de financiamento.
Só existe uma explicação para isto.
Primeiro é a total falta de cultura militar no Brasil. Para a sociedade civil, defesa é um tema totalmente ignorado, desconhecido, não existe imprensa no Brasil que consiga escrever uma matéria de forma imparcial sobre o tema, não existe debate.
Os oficiais superiores das FA´s deveriam acordar um pouco sobre a realidade dos últimos 10 anos, onde eles estão sendo “by passados” hora pelo governo como na compra dos M-2000C hora pelos lobys econômicos como nas relações da Embraer com o MinDef.
Abaixo da noticia da Isto É temos uma nota da VEJA, que mostra um pouco o que é a realidade política no que tange a defesa, a vergonhosa atuação do atual ministro da Defesa, totalmente inapto ao cargo, porem justiça seja feita, o primeiro ministro da defesa do governo anterior também tinha o mesmo estilo, ou seja não fazia nada, por sorte, acabou sendo exonerado por suspeitas de ligação com o crime organizado em seu estado, este é o naipe dos políticos que cuidam deste tema no Brasil.
REVISTA ISTOÉ
Brasil Confidencial :: Hugo Studart
Contradição perigosa
Na semana passada o presidente Lula (foto) posou a bordo do Mirage 2000, recém-chegado à Aeronáutica. E havia motivo para comemorar: ao optar pelos caças franceses para renovar nossa sucateada frota, o governo obteve a transferência tecnológica, capaz de fazer empresas como a Embraer ser competitivas em todo o planeta. Com a Marinha, no entanto, o caminho pode ser outro.
Na terça-feira 5, foi aprovado financiamento de 1 bilhão de euros para a compra de quatro submarinos convencionais alemães e modernização dos cinco que já temos com armamento americano. Isso enterra o programa do submarino nuclear brasileiro, pois não transfere tecnologia e coloca uma pá de cal no projeto Aramar. O comandante da Marinha não quer isso, mas o Estado Maior caminha nessa direção.
REVISTA VEJA
RADAR :: FORÇAS ARMADAS
Cada um por si
Para os três comandantes militares, o ministro da Defesa, Waldir Pires, ainda não disse a que veio. Não tem liderança, não coordena. Em compensação, não amola. Na prática, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica agem como se não existisse ministro da Defesa
Triste porque é mais uma noticia “plantada” nesta revista que durante o finado programa FX foi palco das mais ridículas manobras do lobby francês capitaneado pela Embraer para desinformar, distorcer e deturpar o processo de escolha do novo caça.
A decisão da MB pela compra de um quinto submarino alemão, mesmo não sendo a ideal (esperávamos que o projeto de submarino nacional estivesse mais avançado), é de longe a mais sensata pela continuidade dos esforços de construção naval do AMRJ.
Quando se inverte os valores, chama-se a vergonhosa compra dos M-2000C de “motivo para comemorar” e a compra de um quinto submarino U-214 de “não transfere tecnologia.” Algo preocupante me chama a atenção.
Como uma manobra tão tosca pode funcionar? Como pessoas inteligentes e preparadas como as que comandam o marketing da Embraer podem apostar em táticas tão banais para torpedear decisões do brasileiro, que é seu maior cliente no mercado de defesa e seu maior agente de financiamento.
Só existe uma explicação para isto.
Primeiro é a total falta de cultura militar no Brasil. Para a sociedade civil, defesa é um tema totalmente ignorado, desconhecido, não existe imprensa no Brasil que consiga escrever uma matéria de forma imparcial sobre o tema, não existe debate.
Os oficiais superiores das FA´s deveriam acordar um pouco sobre a realidade dos últimos 10 anos, onde eles estão sendo “by passados” hora pelo governo como na compra dos M-2000C hora pelos lobys econômicos como nas relações da Embraer com o MinDef.
Abaixo da noticia da Isto É temos uma nota da VEJA, que mostra um pouco o que é a realidade política no que tange a defesa, a vergonhosa atuação do atual ministro da Defesa, totalmente inapto ao cargo, porem justiça seja feita, o primeiro ministro da defesa do governo anterior também tinha o mesmo estilo, ou seja não fazia nada, por sorte, acabou sendo exonerado por suspeitas de ligação com o crime organizado em seu estado, este é o naipe dos políticos que cuidam deste tema no Brasil.
REVISTA ISTOÉ
Brasil Confidencial :: Hugo Studart
Contradição perigosa
Na semana passada o presidente Lula (foto) posou a bordo do Mirage 2000, recém-chegado à Aeronáutica. E havia motivo para comemorar: ao optar pelos caças franceses para renovar nossa sucateada frota, o governo obteve a transferência tecnológica, capaz de fazer empresas como a Embraer ser competitivas em todo o planeta. Com a Marinha, no entanto, o caminho pode ser outro.
Na terça-feira 5, foi aprovado financiamento de 1 bilhão de euros para a compra de quatro submarinos convencionais alemães e modernização dos cinco que já temos com armamento americano. Isso enterra o programa do submarino nuclear brasileiro, pois não transfere tecnologia e coloca uma pá de cal no projeto Aramar. O comandante da Marinha não quer isso, mas o Estado Maior caminha nessa direção.
REVISTA VEJA
RADAR :: FORÇAS ARMADAS
Cada um por si
Para os três comandantes militares, o ministro da Defesa, Waldir Pires, ainda não disse a que veio. Não tem liderança, não coordena. Em compensação, não amola. Na prática, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica agem como se não existisse ministro da Defesa