Porta-aviões Alemao encontrado em águas polonesas
Enviado: Qui Jul 27, 2006 8:40 pm
A companhia de petróleo polonesa Petrobaltic foi quem fez a descoberta no dia 12 de julho, no fundo do mar (80 metros de profundidade) a cerca de 60 quilômetros ao norte da cidade portuária de Gdansk (Danzig). Suspeitando que poderiam ser os destroços do porta-aviões Graf Zeppelin, a Marinha polonesa fez uma investigação, na terça-feira (25/07), para determinar que se tratava de fato do navio nazista.
A investigação foi feita com o uso de um robô subaquático guiado por controle remoto e equipamento sonar de fotografia com qualidade digital. "As análises das fotos sonares e comparações com documentos históricos mostram que se trata de fato do Graf Zeppelin."
"É a maior carcaça já encontrada no Mar Báltico", afirmou Jerzy Januczkowicz, presidente do clube de mergulhadores de Gdansk. O único porta-aviões alemão durante a 2ª Guerra Mundial foi lançado ao mar no dia 8 de dezembro de 1938, na cidade de Kiel, numa cerimônia que contou com a presença de Adolf Hitler.
Com 262 metros de comprimento e 36 metros de largura, foi projetado para transportar 42 aeronaves de guerra. Atingido pela artilharia inimiga, caiu nas mãos do Exército soviético em abril de 1945. Acredita-se, portanto, que os soviéticos tenham afundado o navio, apesar de se desconhecerem, até agora, detalhes da operação.
Suposições históricas
O que se sabe é que o porta-aviões construído em 1935 estava apenas 85% equipado e nunca foi visto em ação. Hitler era conhecido por não demonstrar interesse por este tipo de instrumento de guerra.
Após a rendição alemã, o destino da embarcação tornou-se incerto. De acordo com os termos da Comissão Tripartite dos países aliados, um navio de categoria C (danificado) deveria ter sido destruído ou afundado o mais tardar em 15 de agosto de 1946. Mas, em vez disso, os russos decidiram consertá-lo.
Em março de 1946, já estava novamente apto a navegar. A última foto conhecida do porta-aviões seria datada de 7 de abril de 1947, deixando a cidade de Swinoujscie (na época Swinemünde), carregado de contêineres, caixas e materiais de construção. Com isso, levantou-se a suspeita de que estaria sendo usado para carregar equipamentos de fábrica da Polônia e Alemanha para a União Soviética.
Por muitos anos, nenhuma outra informação a respeito do destino do navio foi divulgada. Especulou-se ser improvável que a carcaça tenha chegado a Leningrado, já que diziam que a chegada de tão larga e diferente embarcação seria notada pelos serviços de inteligência ocidentais. Tal suposição parecia implicar que a carcaça tivesse se perdido no mar durante travessia de Swinoujscie para Leningrado.
Uma explicação possível é a de que teria batido numa mina marítima no norte de Rügen, em 15 de agosto de 1947. Mas tal localidade, ao oeste de Swinoujscie, não estava na rota de Leningrado. A área altamente minada, mais ao norte, no Golfo da Finlândia, difícil de ser monitorada, seria o local mais provável onde teria afundado.
Difícil de afundar
Após a abertura de documentos do arquivo soviético, no entanto, surgiram novas informações. Aparentemente, o carregador foi rebocado para Leningrado. Lá, após ser descarregado, foi designado PO-101. Os russos esperavam poder repará-lo, mas ao concluírem que seria impraticável, o teriam levado de volta ao mar, para a mesma região de Swinoujscie.
Lá, a 16 de agosto de 1947, foi usado como alvo de treinamento de navios e aviões soviéticos. Os russos teriam colocado bombas aéreas no deque de pouso, hangares e até mesmo dentro da embarcação (para simular um carregador de munições de combate). Então, teriam lançado bombas de aeronaves e disparado torpedos nele.
O ato acabaria por obedecer a determinação do mandato tripartite e ainda proporcionar aos soviéticos a experiência de afundar porta-aviões. Nesta ocasião, a Guerra Fria já havia começado e os russos tinham consciência do grande número deste tipo de embarcação da Marinha norte-americana.
Após ser atingido por 24 bombas e projéteis, o navio ainda não havia afundado e teve que ser alvo de torpedos. A posição exata da embarcação se manteve desconhecida durante décadas, até a descoberta deste ano.
A investigação foi feita com o uso de um robô subaquático guiado por controle remoto e equipamento sonar de fotografia com qualidade digital. "As análises das fotos sonares e comparações com documentos históricos mostram que se trata de fato do Graf Zeppelin."
"É a maior carcaça já encontrada no Mar Báltico", afirmou Jerzy Januczkowicz, presidente do clube de mergulhadores de Gdansk. O único porta-aviões alemão durante a 2ª Guerra Mundial foi lançado ao mar no dia 8 de dezembro de 1938, na cidade de Kiel, numa cerimônia que contou com a presença de Adolf Hitler.
Com 262 metros de comprimento e 36 metros de largura, foi projetado para transportar 42 aeronaves de guerra. Atingido pela artilharia inimiga, caiu nas mãos do Exército soviético em abril de 1945. Acredita-se, portanto, que os soviéticos tenham afundado o navio, apesar de se desconhecerem, até agora, detalhes da operação.
Suposições históricas
O que se sabe é que o porta-aviões construído em 1935 estava apenas 85% equipado e nunca foi visto em ação. Hitler era conhecido por não demonstrar interesse por este tipo de instrumento de guerra.
Após a rendição alemã, o destino da embarcação tornou-se incerto. De acordo com os termos da Comissão Tripartite dos países aliados, um navio de categoria C (danificado) deveria ter sido destruído ou afundado o mais tardar em 15 de agosto de 1946. Mas, em vez disso, os russos decidiram consertá-lo.
Em março de 1946, já estava novamente apto a navegar. A última foto conhecida do porta-aviões seria datada de 7 de abril de 1947, deixando a cidade de Swinoujscie (na época Swinemünde), carregado de contêineres, caixas e materiais de construção. Com isso, levantou-se a suspeita de que estaria sendo usado para carregar equipamentos de fábrica da Polônia e Alemanha para a União Soviética.
Por muitos anos, nenhuma outra informação a respeito do destino do navio foi divulgada. Especulou-se ser improvável que a carcaça tenha chegado a Leningrado, já que diziam que a chegada de tão larga e diferente embarcação seria notada pelos serviços de inteligência ocidentais. Tal suposição parecia implicar que a carcaça tivesse se perdido no mar durante travessia de Swinoujscie para Leningrado.
Uma explicação possível é a de que teria batido numa mina marítima no norte de Rügen, em 15 de agosto de 1947. Mas tal localidade, ao oeste de Swinoujscie, não estava na rota de Leningrado. A área altamente minada, mais ao norte, no Golfo da Finlândia, difícil de ser monitorada, seria o local mais provável onde teria afundado.
Difícil de afundar
Após a abertura de documentos do arquivo soviético, no entanto, surgiram novas informações. Aparentemente, o carregador foi rebocado para Leningrado. Lá, após ser descarregado, foi designado PO-101. Os russos esperavam poder repará-lo, mas ao concluírem que seria impraticável, o teriam levado de volta ao mar, para a mesma região de Swinoujscie.
Lá, a 16 de agosto de 1947, foi usado como alvo de treinamento de navios e aviões soviéticos. Os russos teriam colocado bombas aéreas no deque de pouso, hangares e até mesmo dentro da embarcação (para simular um carregador de munições de combate). Então, teriam lançado bombas de aeronaves e disparado torpedos nele.
O ato acabaria por obedecer a determinação do mandato tripartite e ainda proporcionar aos soviéticos a experiência de afundar porta-aviões. Nesta ocasião, a Guerra Fria já havia começado e os russos tinham consciência do grande número deste tipo de embarcação da Marinha norte-americana.
Após ser atingido por 24 bombas e projéteis, o navio ainda não havia afundado e teve que ser alvo de torpedos. A posição exata da embarcação se manteve desconhecida durante décadas, até a descoberta deste ano.