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Pescador baleado no Uruguai
A Marinha do país vizinho disparou contra uma das duas embarcações que estavam em área proibida e atingiu gaúcho no abdômen na quarta-feira à noite


RODRIGO SANTOS*
Rio Grande/Correspondente


Um pescador gaúcho foi ferido na noite de quarta-feira depois de um incidente com a Marinha uruguaia. Depois de invadir pelo mar a fronteira com o Uruguai, o barco pesqueiro Astro II, de Rio Grande, foi alvejado por uma lancha-patrulha uruguaia e um dos tripulantes acabou atingido. Outro barco, o Santa Rosa III, também foi identificado pelas autoridades uruguaias em local proibido, mas fugiu.

O incidente ocorreu pouco antes das 21h da quarta-feira. Segundo o capitão Anselmo Borges, oficial do setor de Relações Públicas da Armada Nacional Uruguaia, a lancha-patrulha verificou a presença das duas embarcações brasileiras em águas uruguaias - a 10 quilômetros da fronteira com o Brasil e a 40 da costa uruguaia. Em seguida, teriam solicitado em três idiomas, pelo rádio, que os pesqueiros desligassem seus motores. O Santa Rosa III fugiu quando a patrulha se aproximou.

Com a permanência do Astro II, os militares seguiram procedimento padrão e deram início aos disparos. Segundo Borges, os tiros foram inicialmente na água e depois nas antenas da embarcação. Após o incidente, o pesqueiro fugiu em direção às águas brasileiras, seguido pela patrulha até a fronteira entre os dois países. A patrulha uruguaia não havia sido informada sobre feridos.

Distrito Naval investigará o caso

No confronto, José Agripino da Silva Caetano, 35 anos, foi atingido no abdômen. Ele foi recolhido por uma corveta da Marinha brasileira em alto-mar e conduzido ao hospital da Associação de Caridade Santa Casa de Rio Grande, aonde chegou às 10h30min de ontem. À tarde, a mulher de Caetano, Maria Regina Perazzo, aguardava notícias do marido no hospital, sem saber detalhes do ocorrido.

- Foi um susto. Só me disseram que tinha havido um acidente. Ele é pescador desde os 14 anos - disse Maria Regina.

Caetano perdeu o baço, teve um rim comprometido e uma costela fraturada. No final da tarde, depois de uma cirurgia, o estado de saúde dele era estável.

O proprietário do barco, Paulo Hepp, não quis se pronunciar sobre o ocorrido. O Comando do 5º Distrito Naval informou que instaurará inquérito para apurar o caso. Segundo o delegado da Polícia Federal Cristiano Gobbo, por tratar-se de barcos de pequeno porte, o caso seria repassado à Polícia Civil.

A Embaixada do Brasil no Uruguai também está acompanhando o caso. Ontem, o Itamaraty não quis se manifestar sobre o assunto.

*Colaborou Francisco Amorim

luisabs escreveu:Os Uruguaios estão certos em defender a sua zona de pesca. O Brasil é que deveria seguir o bom exemplo dos seus vizinhos Chile e Uruguai. O Chile pelo bom planejamento do seu setor de defesa e o Uruguai por proteger o seu patrimônio com unhas e dentes.

luisabs escreveu:Os Uruguaios estão certos em defender a sua zona de pesca. O Brasil é que deveria seguir o bom exemplo dos seus vizinhos Chile e Uruguai. O Chile pelo bom planejamento do seu setor de defesa e o Uruguai por proteger o seu patrimônio com unhas e dentes.

morcego escreveu:

luisabs escreveu:Os Uruguaios estão certos em defender a sua zona de pesca. O Brasil é que deveria seguir o bom exemplo dos seus vizinhos Chile e Uruguai. O Chile pelo bom planejamento do seu setor de defesa e o Uruguai por proteger o seu patrimônio com unhas e dentes.

não é só uma questão de defender a zona de pesca existe muita preocupação com TRAFICO INTERNACIONAL DE DROGAS uma vez que os meios de transporte aereo para EUROPA e EUA estão muito VIGIADOS então os traficantes estão usando NAVIOS DE PESCA E MESMO IATES para fazer o transporte ((AFINAL é muito mais complicado DE vigiar marinas que aeroportos)).

ai os caras NÃO RESPONDEM nem contato por radio.

pow tem que levar BALA mesmo.