Votos válidos dariam vitória a Lula no 1º turno, diz CNT/Sen
Enviado: Qua Mai 24, 2006 1:36 pm
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacio ... 24/120.htm
Cida Fontes
BRASÍLIA - A pesquisa do Instituto Sensus, divulgada hoje pela Confederação Nacional do Transporte, mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua na liderança das intenções de votos. Na pesquisa estimulada, a CNT/Sensus traçou cinco cenários. No primeiro deles, com a presença do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB), Lula obteve 40,5% das intenções de voto, mais do que o índice registrado na última pesquisa, feita em abril, de 37,5%; o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 18,7%, ante 20,6 na última pesquisa; Garotinho ficou com 11,4% ante 15,0 em abril; Heloísa Helena, 6,1% ante 4,3% no mês passado; os indecisos, votos brancos e nulos ficaram em 23,4%.
Por este cenário, o técnico da CNT, Ricardo Guedes, diz que Lula ganharia no primeiro turno. Isso acontece em todos os cinco cenários, nos quais ele obteve acima de 40% das intenções de votos.
Na hipótese de disputa com a participação de outros candidatos de partidos menores, como o PPS do deputado Roberto Freire (PE) e o PDT do senador Cristovam Buarque (DF), Lula obteve 42,7% e Alckmin, 20,3%; Heloísa Helena, 8,0%; Roberto Freire, 2,6%; Cristovam Buarque, 5%; José Maria Eymael (PSDC), 0,7%, e Enéas (Prona), 1,6%.
Pelo raciocínio de Ricardo Guedes, desconsiderando os votos nulos e brancos - ou seja, apenas os válidos -, Lula tem chance de ganhar no primeiro turno.
No terceiro cenário, em que o nome do ex-presidente Itamar Franco (PMDB) foi incluído, Lula obteve 42,1%; Alckmin, 19,3%; Heloísa Helena, 8,7%; Itamar Franco, 6,0%; e indecisos, brancos e nulos somaram 24,0%. Saindo Itamar e entrando José Alencar (PRB), os números apontaram Lula com 41,9%; Alckmin, com 20,8%; Heloísa Helena, com 8,3%; José Alencar, com 3,8%; indecisos, brancos e nulos, 25,4%.
Em outra lista, Lula ficou com 40,9%; Alckmin, com 18,5%; Garotinho, com 7,9%; Heloísa Helena, com 6,8%; Enéas, com 1,8%; Roberto Freire, com 1,5%; Buarque, 0,5% e Eymael com 0,5%, enquanto indecisos, brancos e nulos somaram 21,9%.
O ex-governador Anthony Garotinho foi incluído na pesquisa CNT/Sensus apesar de o PMDB ter decidido em convenção, no último dia 13, não lançar candidato próprio.
Pelo raciocínio de Guedes, todos foram considerados como pré-candidatos, uma vez que as convenções partidárias só tomarão a decisão final em junho. O nome de Itamar Franco foi considerado, embora ele tenha anunciado, na última segunda-feira, que ele não vai se candidatar.
Lula lidera também na pesquisa espontânea
A pesquisa CNT/Sensus, realizada de 18 a 21 de maio, depois, portanto, dos atos de violência em São Paulo e da nacionalização do gás boliviano, confirma Lula na liderança entre os candidatos à Presidência na pesquisa espontânea.
Ele obteve 28,2% da preferência e o pré-candidato na chapa PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, ficou com 8,1% das intenções de voto; Antony Garotinho, do PMDB, com 1,9%; José Serra, do PSDB, com 1,9%; e Heloísa Helena, do PSOL, 1,6%. A soma de indecisos, brancos e nulos foi de 56,7%.
O presidente Lula foi o único que cresceu na preferência dos entrevistados, em relação à pesquisa feita no mês passado, quando obteve 26,4%. Alckmin obteve 9%; Anthony Garotinho 2,8%; José Serra, 2,8%; e Heloísa Helena 0,9%. Indecisos brancos e nulos ficaram em abril no mesmo patamar da última pesquisa, divulgada hoje: 56,8%.
Cenário no segundo turno confirma vitória de Lula
Se a eleição presidencial for decidida em segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria reeleito, com 48,8% dos votos, acima do porcentual obtido no mês passado, de 45%. O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, teria 31,3%, abaixo dos 33,2% registrados na última pesquisa. Indecisos, brancos e nulos somaram 20%.
Na pesquisa CNT/Sensus anterior, a rejeição era 21,9%. Se o adversário de Lula for o ex-governador Anthony Garotinho, o presidente terá 52,8%, contra 48,5% de abril. Garotinho ficaria com 20,4% contra 24,2% no mês passado. Votos indecisos, brancos e nulos, nesse cenário foram de 27%, contra 27,5% em abril.
Se a candidata for a senadora Heloísa Helena (PSOL), Lula teria 52,6% da preferência e a senadora, 20,3%. Em abril, Lula teve 52,4% e a senadora 16,9%. Indecisos, brancos e nulos somaram 27,2 contra 29,8% em abril.
No cenário em que a disputa é entre Lula e o ex-presidente Itamar Franco, Lula obteve 54,3% contra 19,2% de Itamar. Indecisos, brancos e nulos totalizaram 26,6%.
Se o adversário fosse o vice-presidente, José Alencar, Lula obteria 55,3% e José Alencar 15,8%. Indecisos, brancos e nulos, 29%.
Rejeição é estável
O índice de rejeição ao presidente Lula continua estável em relação à última pesquisa. Do total dos entrevistados, 34,7% disseram que não votariam em Lula contra 35,7% registrado no último levantamento, feito em abril.
Já o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, teve a rejeição de 40,6% dos entrevistados. Em abril, a rejeição foi menor: 33,5%. Pouco mais da metade dos entrevistados, 50,7%, disseram que não votariam na senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que na pesquisa anterior também teve uma rejeição menor, de 47,7%.
Anthony Garotinho, do PMDB, obteve uma rejeição de 60,7% dos entrevistados, contra 50,7% de rejeição no mês passado. Itamar Franco, que foi colocado na pesquisa antes de ele anunciar que estava saindo da disputa, teve 59,6% de rejeição, e José Alencar 60,1%.
Na avaliação do diretor da CNT, Ricardo Guedes, tecnicamente quem obteve mais de 40% de rejeição é considerado fora do jogo político. Por esse raciocínio, Alckmin estaria fora. Ainda de acordo com análise do diretor da CNT, o candidato com até 35% de rejeição permanece na disputa.
Na avaliação dele a greve de fome de Garotinho, em manifestação pelo direito de resposta às acusações divulgadas pela imprensa, contribuiu incisivamente para aumentar a sua rejeição.
Desempenho de Lula também mantém estabilidade
O desempenho pessoal do presidente também manteve-se estável, na pesquisa divulgada hoje. Dos entrevistados, 53,9% aprovam o desempenho de Lula ante 53,6% no mês passado; 37,8% o desaprovam ante 37,6% em abril, e 8,4% não responderam ou disseram não saber.
O presidente obteve avaliação positiva de 38,3%, acima dos 37,6% registrados em abril; 37,5% consideraram seu desempenho regular ante 36,7% no mês passado, e 22,2% o avaliaram negativamente ante 24,1% em abril.
Em relação ao governo, 8,9% disseram que o consideram ótimo, ante 9% em abril; 29,4% o consideram bom ante 28,6% em abril; 37,5% o consideram regular ante 36,7% no mês passado; 8,5% o consideram ruim ante 9,6% na última pesquisa e 13,7% o consideram péssimo ante 14,5% em abril.
Essa avaliação positiva de 38,3% foi atribuída pela CNT à estabilidade da moeda, ao aumento do emprego, ao aumento do salário mínimo acima da inflação e aos programas sociais do governo. Segundo a Confederação, são esses os principais fatores que sustentam os votos favoráveis de Lula para a eleição de outubro
28,2% desaprovam ações do governo sobre Bolívia
As ações do governo em resposta à crise do gás motivada pela nacionalização das reservas pela Bolívia foram consideradas inadequadas para 28,2% dos entrevistados pela recente pesquisa CNT/Sensus.
O percentual representa 44,8% da população que tomou conhecimento do assunto, que foi 62,8% das duas mil pessoas entrevistadas. Consideraram adequadas as ações do governo 19,9% das pessoas ouvidas entre 18 e 21 maio, o equivalente a 31,6% da população que soube do tema. Para 35,4% dos entrevistados, o problema vai afetar o abastecimento de gás no País, enquanto 20,4% não acreditam em impacto no fornecimento.
Para 17,7% da população, o governo brasileiro deveria cancelar os investimentos na Bolívia em resposta à decisão tomada por aquele país. A segunda ação mais requisitada foi retirar as instalações da Petrobras na Bolívia, apontada por 16,1% dos entrevistados.
O total de 12,6%, querem que o Brasil processe o governo boliviano, e sugere que o País declare guerra à Bolívia - 1,4% do total das pessoas ouvidas.
Para 28,4% dos entrevistados, a crise do gás prejudica a reeleição do presidente Lula, enquanto 28% avaliaram que não afeta.
Expectativa de 49% é de que Lula vencerá
A expectativa de 49% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será reeleito em outubro. Do total de entrevistados, 13,7% acham que Geraldo Alckmin, da chapa PSDB-PFF, será o vencedor, enquanto 4% acreditam na vitória de Anthony Garotinho (PMDB), 1,6% opinaram pela vitória de Itamar Franco; 1,6% e 1,5% acreditam na vitória da senadora Heloisa Helena. De acordo com a pesquisa CNT/Sensus, 28,9% não sabem ou não responderam.
Hexa não irá ajudar reeleição
Uma eventual vitória do Brasil na Copa do Mundo não irá facilitar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na opinião de 53% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus. Para 32% dos eleitores, o eventual hexacampeonato irá beneficiar Lula.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, isso significa que o brasileiro está separando o fenômeno esportivo da política. A pesquisa também indagou aos entrevistados sobre qual seleção irá ganhar a Copa do Mundo. Para 79,8% a taça virá para o Brasil; 3,4% apontaram a Alemanha como favorita; e 1,1% apontaram a Argentina.
Para 50,1%, atentados em SP prejudicam campanha de Alckmin
A pesquisa, aponta ainda que, para 50,1% dos 2 mil entrevistados, os atentados realizados na semana passada em São Paulo prejudicam a campanha do pré-candidato (PSDB-PFL) Geraldo Alckmin à Presidência.
Esse grupo representa 59,5% da população que tomou conhecimento do assunto. De acordo com a pesquisa, 84,1% dos entrevistados tiveram conhecimento dos ataques realizados pelo PCC na semana passada.
Para 22,8% (o equivalente a 27,1% dos que tomaram conhecimento do problema) dos entrevistados o problema não vai prejudicar a campanha de Alckmin. A pesquisa não perguntou se os atentados em São Paulo prejudicariam a campanha do presidente Lula.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, essa pergunta não foi feita porque esse tema foi colocado de última hora no questionário e só ocorreu aos pesquisadores perguntar sobre Alckmin pelo fato dele ter sido o governador de São Paulo.
A CNT Sensus perguntou ainda sobre com quem estava a principal responsabilidade pela segurança pública em geral. Para 29,8% dos entrevistados, a responsabilidade principal é do governo federal; 13,7% disseram com os governos estaduais e 5,5% com as prefeituras. Ainda consideram as três esferas responsáveis, 29,6%.
Para 57% dos entrevistados os ataques em São Paulo têm origem criminal, enquanto 19,5% consideram que os atentados tiveram origem política.
Índice de satisfação do cidadão com os Estados
O índice de satisfação do cidadão com os Estados caiu de 64,25 pontos em abril para 62,25 pontos em maio. Segundo Guedes, a razão mais provável para a queda na satisfação foram os episódios de violência que ocorreram em São Paulo.
Isso teve impacto também sobre a avaliação positiva dos governadores estaduais que caiu de 46,3% em abril para 43% em maio, que foi acompanhada de um aumento na avaliação negativa de 15,5% para 17,9%, respectivamente.
Cida Fontes
BRASÍLIA - A pesquisa do Instituto Sensus, divulgada hoje pela Confederação Nacional do Transporte, mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua na liderança das intenções de votos. Na pesquisa estimulada, a CNT/Sensus traçou cinco cenários. No primeiro deles, com a presença do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB), Lula obteve 40,5% das intenções de voto, mais do que o índice registrado na última pesquisa, feita em abril, de 37,5%; o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 18,7%, ante 20,6 na última pesquisa; Garotinho ficou com 11,4% ante 15,0 em abril; Heloísa Helena, 6,1% ante 4,3% no mês passado; os indecisos, votos brancos e nulos ficaram em 23,4%.
Por este cenário, o técnico da CNT, Ricardo Guedes, diz que Lula ganharia no primeiro turno. Isso acontece em todos os cinco cenários, nos quais ele obteve acima de 40% das intenções de votos.
Na hipótese de disputa com a participação de outros candidatos de partidos menores, como o PPS do deputado Roberto Freire (PE) e o PDT do senador Cristovam Buarque (DF), Lula obteve 42,7% e Alckmin, 20,3%; Heloísa Helena, 8,0%; Roberto Freire, 2,6%; Cristovam Buarque, 5%; José Maria Eymael (PSDC), 0,7%, e Enéas (Prona), 1,6%.
Pelo raciocínio de Ricardo Guedes, desconsiderando os votos nulos e brancos - ou seja, apenas os válidos -, Lula tem chance de ganhar no primeiro turno.
No terceiro cenário, em que o nome do ex-presidente Itamar Franco (PMDB) foi incluído, Lula obteve 42,1%; Alckmin, 19,3%; Heloísa Helena, 8,7%; Itamar Franco, 6,0%; e indecisos, brancos e nulos somaram 24,0%. Saindo Itamar e entrando José Alencar (PRB), os números apontaram Lula com 41,9%; Alckmin, com 20,8%; Heloísa Helena, com 8,3%; José Alencar, com 3,8%; indecisos, brancos e nulos, 25,4%.
Em outra lista, Lula ficou com 40,9%; Alckmin, com 18,5%; Garotinho, com 7,9%; Heloísa Helena, com 6,8%; Enéas, com 1,8%; Roberto Freire, com 1,5%; Buarque, 0,5% e Eymael com 0,5%, enquanto indecisos, brancos e nulos somaram 21,9%.
O ex-governador Anthony Garotinho foi incluído na pesquisa CNT/Sensus apesar de o PMDB ter decidido em convenção, no último dia 13, não lançar candidato próprio.
Pelo raciocínio de Guedes, todos foram considerados como pré-candidatos, uma vez que as convenções partidárias só tomarão a decisão final em junho. O nome de Itamar Franco foi considerado, embora ele tenha anunciado, na última segunda-feira, que ele não vai se candidatar.
Lula lidera também na pesquisa espontânea
A pesquisa CNT/Sensus, realizada de 18 a 21 de maio, depois, portanto, dos atos de violência em São Paulo e da nacionalização do gás boliviano, confirma Lula na liderança entre os candidatos à Presidência na pesquisa espontânea.
Ele obteve 28,2% da preferência e o pré-candidato na chapa PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, ficou com 8,1% das intenções de voto; Antony Garotinho, do PMDB, com 1,9%; José Serra, do PSDB, com 1,9%; e Heloísa Helena, do PSOL, 1,6%. A soma de indecisos, brancos e nulos foi de 56,7%.
O presidente Lula foi o único que cresceu na preferência dos entrevistados, em relação à pesquisa feita no mês passado, quando obteve 26,4%. Alckmin obteve 9%; Anthony Garotinho 2,8%; José Serra, 2,8%; e Heloísa Helena 0,9%. Indecisos brancos e nulos ficaram em abril no mesmo patamar da última pesquisa, divulgada hoje: 56,8%.
Cenário no segundo turno confirma vitória de Lula
Se a eleição presidencial for decidida em segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria reeleito, com 48,8% dos votos, acima do porcentual obtido no mês passado, de 45%. O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, teria 31,3%, abaixo dos 33,2% registrados na última pesquisa. Indecisos, brancos e nulos somaram 20%.
Na pesquisa CNT/Sensus anterior, a rejeição era 21,9%. Se o adversário de Lula for o ex-governador Anthony Garotinho, o presidente terá 52,8%, contra 48,5% de abril. Garotinho ficaria com 20,4% contra 24,2% no mês passado. Votos indecisos, brancos e nulos, nesse cenário foram de 27%, contra 27,5% em abril.
Se a candidata for a senadora Heloísa Helena (PSOL), Lula teria 52,6% da preferência e a senadora, 20,3%. Em abril, Lula teve 52,4% e a senadora 16,9%. Indecisos, brancos e nulos somaram 27,2 contra 29,8% em abril.
No cenário em que a disputa é entre Lula e o ex-presidente Itamar Franco, Lula obteve 54,3% contra 19,2% de Itamar. Indecisos, brancos e nulos totalizaram 26,6%.
Se o adversário fosse o vice-presidente, José Alencar, Lula obteria 55,3% e José Alencar 15,8%. Indecisos, brancos e nulos, 29%.
Rejeição é estável
O índice de rejeição ao presidente Lula continua estável em relação à última pesquisa. Do total dos entrevistados, 34,7% disseram que não votariam em Lula contra 35,7% registrado no último levantamento, feito em abril.
Já o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, teve a rejeição de 40,6% dos entrevistados. Em abril, a rejeição foi menor: 33,5%. Pouco mais da metade dos entrevistados, 50,7%, disseram que não votariam na senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que na pesquisa anterior também teve uma rejeição menor, de 47,7%.
Anthony Garotinho, do PMDB, obteve uma rejeição de 60,7% dos entrevistados, contra 50,7% de rejeição no mês passado. Itamar Franco, que foi colocado na pesquisa antes de ele anunciar que estava saindo da disputa, teve 59,6% de rejeição, e José Alencar 60,1%.
Na avaliação do diretor da CNT, Ricardo Guedes, tecnicamente quem obteve mais de 40% de rejeição é considerado fora do jogo político. Por esse raciocínio, Alckmin estaria fora. Ainda de acordo com análise do diretor da CNT, o candidato com até 35% de rejeição permanece na disputa.
Na avaliação dele a greve de fome de Garotinho, em manifestação pelo direito de resposta às acusações divulgadas pela imprensa, contribuiu incisivamente para aumentar a sua rejeição.
Desempenho de Lula também mantém estabilidade
O desempenho pessoal do presidente também manteve-se estável, na pesquisa divulgada hoje. Dos entrevistados, 53,9% aprovam o desempenho de Lula ante 53,6% no mês passado; 37,8% o desaprovam ante 37,6% em abril, e 8,4% não responderam ou disseram não saber.
O presidente obteve avaliação positiva de 38,3%, acima dos 37,6% registrados em abril; 37,5% consideraram seu desempenho regular ante 36,7% no mês passado, e 22,2% o avaliaram negativamente ante 24,1% em abril.
Em relação ao governo, 8,9% disseram que o consideram ótimo, ante 9% em abril; 29,4% o consideram bom ante 28,6% em abril; 37,5% o consideram regular ante 36,7% no mês passado; 8,5% o consideram ruim ante 9,6% na última pesquisa e 13,7% o consideram péssimo ante 14,5% em abril.
Essa avaliação positiva de 38,3% foi atribuída pela CNT à estabilidade da moeda, ao aumento do emprego, ao aumento do salário mínimo acima da inflação e aos programas sociais do governo. Segundo a Confederação, são esses os principais fatores que sustentam os votos favoráveis de Lula para a eleição de outubro
28,2% desaprovam ações do governo sobre Bolívia
As ações do governo em resposta à crise do gás motivada pela nacionalização das reservas pela Bolívia foram consideradas inadequadas para 28,2% dos entrevistados pela recente pesquisa CNT/Sensus.
O percentual representa 44,8% da população que tomou conhecimento do assunto, que foi 62,8% das duas mil pessoas entrevistadas. Consideraram adequadas as ações do governo 19,9% das pessoas ouvidas entre 18 e 21 maio, o equivalente a 31,6% da população que soube do tema. Para 35,4% dos entrevistados, o problema vai afetar o abastecimento de gás no País, enquanto 20,4% não acreditam em impacto no fornecimento.
Para 17,7% da população, o governo brasileiro deveria cancelar os investimentos na Bolívia em resposta à decisão tomada por aquele país. A segunda ação mais requisitada foi retirar as instalações da Petrobras na Bolívia, apontada por 16,1% dos entrevistados.
O total de 12,6%, querem que o Brasil processe o governo boliviano, e sugere que o País declare guerra à Bolívia - 1,4% do total das pessoas ouvidas.
Para 28,4% dos entrevistados, a crise do gás prejudica a reeleição do presidente Lula, enquanto 28% avaliaram que não afeta.
Expectativa de 49% é de que Lula vencerá
A expectativa de 49% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será reeleito em outubro. Do total de entrevistados, 13,7% acham que Geraldo Alckmin, da chapa PSDB-PFF, será o vencedor, enquanto 4% acreditam na vitória de Anthony Garotinho (PMDB), 1,6% opinaram pela vitória de Itamar Franco; 1,6% e 1,5% acreditam na vitória da senadora Heloisa Helena. De acordo com a pesquisa CNT/Sensus, 28,9% não sabem ou não responderam.
Hexa não irá ajudar reeleição
Uma eventual vitória do Brasil na Copa do Mundo não irá facilitar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na opinião de 53% dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus. Para 32% dos eleitores, o eventual hexacampeonato irá beneficiar Lula.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, isso significa que o brasileiro está separando o fenômeno esportivo da política. A pesquisa também indagou aos entrevistados sobre qual seleção irá ganhar a Copa do Mundo. Para 79,8% a taça virá para o Brasil; 3,4% apontaram a Alemanha como favorita; e 1,1% apontaram a Argentina.
Para 50,1%, atentados em SP prejudicam campanha de Alckmin
A pesquisa, aponta ainda que, para 50,1% dos 2 mil entrevistados, os atentados realizados na semana passada em São Paulo prejudicam a campanha do pré-candidato (PSDB-PFL) Geraldo Alckmin à Presidência.
Esse grupo representa 59,5% da população que tomou conhecimento do assunto. De acordo com a pesquisa, 84,1% dos entrevistados tiveram conhecimento dos ataques realizados pelo PCC na semana passada.
Para 22,8% (o equivalente a 27,1% dos que tomaram conhecimento do problema) dos entrevistados o problema não vai prejudicar a campanha de Alckmin. A pesquisa não perguntou se os atentados em São Paulo prejudicariam a campanha do presidente Lula.
Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, essa pergunta não foi feita porque esse tema foi colocado de última hora no questionário e só ocorreu aos pesquisadores perguntar sobre Alckmin pelo fato dele ter sido o governador de São Paulo.
A CNT Sensus perguntou ainda sobre com quem estava a principal responsabilidade pela segurança pública em geral. Para 29,8% dos entrevistados, a responsabilidade principal é do governo federal; 13,7% disseram com os governos estaduais e 5,5% com as prefeituras. Ainda consideram as três esferas responsáveis, 29,6%.
Para 57% dos entrevistados os ataques em São Paulo têm origem criminal, enquanto 19,5% consideram que os atentados tiveram origem política.
Índice de satisfação do cidadão com os Estados
O índice de satisfação do cidadão com os Estados caiu de 64,25 pontos em abril para 62,25 pontos em maio. Segundo Guedes, a razão mais provável para a queda na satisfação foram os episódios de violência que ocorreram em São Paulo.
Isso teve impacto também sobre a avaliação positiva dos governadores estaduais que caiu de 46,3% em abril para 43% em maio, que foi acompanhada de um aumento na avaliação negativa de 15,5% para 17,9%, respectivamente.