O tamanho ideal da força de caças da FAB
Enviado: Qua Mai 24, 2006 10:18 am
Aproveitando as discussões já levantadas no , tópico do F-5, gostaria de fazer umas continhas sobre qual seria a quantia de çacas necessária à FAB.
Acredito que devemos partir do básico, ou seja, ver quantos são os esquadrões de caça e qual a dotação de aeronaves considerada ideal pela FAB. Assim temos, por base aérea:
Anápolis:
- 1º GDA, a ser equipado com M-2000C
Natal:
-1º/4º GAV, equipado com Xavante e Impala
Santa Cruz:
-1º/1º GAV, equipado com F-5
-2º/1º GAV, equipado com F-5
-1º/16º GAV, equipado com AMX
Santa Maria:
-1º/10º GAV, equipado com AMX
-3º/10º GAV, equipado com AMX
Canoas:
-1º/14º, equipado com F-5
Teríamos ainda o 2º/5º e os três terceiros mas, embora sejam enquadrados como esquadrões de caça, são ou estão sendo equipados com o Supertucano, e não se supõe que venham a adotar aeronaves a reação em breve. Dito isso, percebemos que são 8 os esquadrões de caça em operação, sendo um deles eminentemente de treinamento (1º/4º). Unindo isso à informação que o Juarez nos apresentou de que a FAB encara como ideal para seus esquadrões uma formação de 18 aeronaves, 4 esquadrilhas de 4 caças mais dois de reserva, por uma simples multiplicação teríamos um total de 144 caças para a FAB. Obviamente que para manter essa quantidade de caças nos esquadrões seria necessária uma certa quantidade extra para fazer rotação nos parques de manutenção. Supondo um extra de 25% (abaixo eu explico o porquê desse percentual), teríamos mais 36 caças, totalizando 180
No entanto, esse número acima seria em um mundo perfeito. Como o próprio Juarez nos mostrou em outro tópico, em Santa Cruz o 1º e o 2º/1º GAV operam juntos como se fossem um só esquadrão, de modo que ambos compartilhariam os 18 caças. Se isso acontece em Santa Cruz, é razoável supor que também aconteça em Santa Maria, com o 1º e o 3º/10º GAV.
Se é assim, então na prática temos hoje dois esquadrões "reais" operando o F-5. Se cada qual tem 18 caças, teríamos 36 na linha de frente, de um total de 46, o que dá 10 caças em manutenção pesada nos PAMA. Isso dá uma proporção de 27,7% entre caças em manutenção no PAMA e disponibilizados aos esquadrões., os quais arrendondei para os 25% acima.
O caso dos AMX seria um pouco mais grave, pois de um total de 53 teríamos 33 operacionais (segundo a ASAS de meses atrás), o que dá uma proporção de 60% (notem que me refiro à proporção entre não-operacionais e operacionais, e não entre não-operacionais e total de caças). Não usei essa proporção, mas sim a dos F-5, pois a considerei mais circunstancial que conjuntural.
Agreguemos a isso o fato de o 1º/4º GAV ter a caça apenas como missão secundária, pois objetiva o treinamento, de modo que dificilmente seria equipado com caças iguais aos demais esquadrões. Acho que a tendência seria ele ser equipado ou com uma aeronave menos custosa e capaz, ou com os caças que fossem deixando os esquadrões "de combate" ao serem substituídas por outras mais modernas.
Somando isso tudo, concluímos que a FAB possui, na verdade, 5 esquadrões "reais" de caça à reação efetivamente voltados ao "combate". Equipando cada qual com 18 aeronaves (4x4+2), totalizaríamos 90 entregues aos esquadrões, ao que deveríamos somar 25% em manutenção nos PAMA, ou seja, mais 23 caças. Talvez esses 25% sejam insuficientes para manter os esquadrões com 4 esquadrilhas ativas. Se forem, em tempos de paz a força poderia manter 3 esquadrilhas ativas por esquadrão mais dois caças reservas, totalizando 14 caças, e os demais rotacionar na manutenção. De qualquer modo, o total de caças não seria prejudicado, podendo até mesmo ser diminuído.
Tentando não fazer conjecturas demais, e me atendo ao máximo aos fatos conhecidos, procuro demonstrar que hoje a FAB estaria fantasticamente bem servida com 113 caças em substituição aos F-5, AMX e Mirage.
Quem quiser auditar as suposições acima, por favor fique à vontade
Acredito que devemos partir do básico, ou seja, ver quantos são os esquadrões de caça e qual a dotação de aeronaves considerada ideal pela FAB. Assim temos, por base aérea:
Anápolis:
- 1º GDA, a ser equipado com M-2000C
Natal:
-1º/4º GAV, equipado com Xavante e Impala
Santa Cruz:
-1º/1º GAV, equipado com F-5
-2º/1º GAV, equipado com F-5
-1º/16º GAV, equipado com AMX
Santa Maria:
-1º/10º GAV, equipado com AMX
-3º/10º GAV, equipado com AMX
Canoas:
-1º/14º, equipado com F-5
Teríamos ainda o 2º/5º e os três terceiros mas, embora sejam enquadrados como esquadrões de caça, são ou estão sendo equipados com o Supertucano, e não se supõe que venham a adotar aeronaves a reação em breve. Dito isso, percebemos que são 8 os esquadrões de caça em operação, sendo um deles eminentemente de treinamento (1º/4º). Unindo isso à informação que o Juarez nos apresentou de que a FAB encara como ideal para seus esquadrões uma formação de 18 aeronaves, 4 esquadrilhas de 4 caças mais dois de reserva, por uma simples multiplicação teríamos um total de 144 caças para a FAB. Obviamente que para manter essa quantidade de caças nos esquadrões seria necessária uma certa quantidade extra para fazer rotação nos parques de manutenção. Supondo um extra de 25% (abaixo eu explico o porquê desse percentual), teríamos mais 36 caças, totalizando 180
No entanto, esse número acima seria em um mundo perfeito. Como o próprio Juarez nos mostrou em outro tópico, em Santa Cruz o 1º e o 2º/1º GAV operam juntos como se fossem um só esquadrão, de modo que ambos compartilhariam os 18 caças. Se isso acontece em Santa Cruz, é razoável supor que também aconteça em Santa Maria, com o 1º e o 3º/10º GAV.
Se é assim, então na prática temos hoje dois esquadrões "reais" operando o F-5. Se cada qual tem 18 caças, teríamos 36 na linha de frente, de um total de 46, o que dá 10 caças em manutenção pesada nos PAMA. Isso dá uma proporção de 27,7% entre caças em manutenção no PAMA e disponibilizados aos esquadrões., os quais arrendondei para os 25% acima.
O caso dos AMX seria um pouco mais grave, pois de um total de 53 teríamos 33 operacionais (segundo a ASAS de meses atrás), o que dá uma proporção de 60% (notem que me refiro à proporção entre não-operacionais e operacionais, e não entre não-operacionais e total de caças). Não usei essa proporção, mas sim a dos F-5, pois a considerei mais circunstancial que conjuntural.
Agreguemos a isso o fato de o 1º/4º GAV ter a caça apenas como missão secundária, pois objetiva o treinamento, de modo que dificilmente seria equipado com caças iguais aos demais esquadrões. Acho que a tendência seria ele ser equipado ou com uma aeronave menos custosa e capaz, ou com os caças que fossem deixando os esquadrões "de combate" ao serem substituídas por outras mais modernas.
Somando isso tudo, concluímos que a FAB possui, na verdade, 5 esquadrões "reais" de caça à reação efetivamente voltados ao "combate". Equipando cada qual com 18 aeronaves (4x4+2), totalizaríamos 90 entregues aos esquadrões, ao que deveríamos somar 25% em manutenção nos PAMA, ou seja, mais 23 caças. Talvez esses 25% sejam insuficientes para manter os esquadrões com 4 esquadrilhas ativas. Se forem, em tempos de paz a força poderia manter 3 esquadrilhas ativas por esquadrão mais dois caças reservas, totalizando 14 caças, e os demais rotacionar na manutenção. De qualquer modo, o total de caças não seria prejudicado, podendo até mesmo ser diminuído.
Tentando não fazer conjecturas demais, e me atendo ao máximo aos fatos conhecidos, procuro demonstrar que hoje a FAB estaria fantasticamente bem servida com 113 caças em substituição aos F-5, AMX e Mirage.
Quem quiser auditar as suposições acima, por favor fique à vontade